Garoto Errado. escrita por AlgodãoDoce
Notas iniciais do capítulo
Eu estava na escola, por isso demorei de postar. Acabei de escrever... Espero que gostem.!
Narrado por Daniel:
Ainda não acreditava que Julie estava ali, parada, apenas me fitava, parecia estar preocupada, a chuva caia, eu estava ensopado. Minha vontade era de sair daquele lugar e voltar para a edicula. Mas meu orgulho não deixava, admito que fiquei feliz ao ver Julie, mas ainda estava muito chateado.
– Vá embora Julie... - Falei ao ver que a humana não tirava os olhos de mim.
– Eu não vou sem você.
– Não pretendo sair daqui.
– Daniel, deixa de ser teimoso. - Ela olha para seu relógio de pulso. - Já são quase nove horas.
– Huh.. - Dei de ombros.
– Está frio... - Julie tentava me convencer de voltar.
– Julie, já disse. Vá embora. - Respondi em um tom grosseiro, Juliana abaixa a cabeça.
Estranhei sua atitude, ela havia fechado o guarda chuva, porém, ainda se protegia pois usava uma capa. Voltei a olhar para o chão.
– Se não vir comigo. - Ela tira sua capa de chuva. - Eu vou ficar aqui. - Juliana cruza os braços, e começa a pegar chuva. Sua roupa começa a molhar.
– Vai se resfriar, garota. Vá embora.
– ... Não...
– Teimosa.
– Teimosa? , Eu sou a teimosa?! É você que está ai... pegando essa chuva gelada.
Se não fosse por sua causa, eu não estaria aqui. Hesitei com a cabeça, e me levantei.
– Garota chata... - Reclamei. E fui andando. - Coloca essa capa, e vamos.
Enquanto caminhavamos, Julie não parava de reclamar.
– Não acretido que molhei meu cabelo...
– Ninguém te obrigou a ficar parada na chuva...
– Você é a primeira pessoa que eu conheço que fica assim, todo chateado por causa de um show cancelado...
– Huh... Não estou assim pelo show...
– Como? - Ela pergunta.
– Esqueça.
Julie bufou.
– Dan..
– Eu. - Respondi frio.
– Que música você compôs? - Sua pergunta me deixou nervoso...
– Martim... Idiota. - Reclamei, culpa do Martim a Julie descobriu que eu fiz uma música nova.
– Não queria que eu soubesse da música? - Pergunta ela.
– Não.
– Porquê?
– ... - Não a respondi.
– Daniel, eu não te entendo, ontem você me defendeu do Nicolas, e hoje, está me ignorando...
Julie continuava a discutir, eu não a respondia. Apenas lembrava daquela cena atormentadora, ela e o cretino aos beijos, felizmente, não foi Julie que o beijou.
– Porque não está discutindo comigo?... - Ela estranha meu jeito. Pois sempre que discutiamos, eu começava ou então, eu dava umas boas respostas;
– Porque é mais facil te ignorar a ter que gastar saliva.
Finalmente chegamos, Julie pegou uma toalha na varanda, enquanto eu atravessava a parede.
– Daniel. - Ela me chama. Voltei para a varanda.
– O que?...
– Sobe para o meu quarto. - Diz Julie, autoritária.
– Porque eu deveria te obedecer?
– Só sobe!.
Decidi subir, chegando lá o quarto estava vazio. Depois de algum tempinho Juliana chega.
– Olha como você está... - Diz a humana, se aproximando. - Todo molhado. - Julie passa a toalha sobre minha cabeça, secando meus cachos.
– Estou com frio. - Sussurrei. - Nem sabia que isso era possivel. - Afinal, sou um fantasma.
– Claro que está com frio, tá todo molhado. - Julie coloca a toalha sobre seu ombro. A segurando. - Vamos, tira essa blusa. - Ela desabotoava minha blusa vermelha, depois de tirar meu terno.
Julie notou meu fisíco, ela esconde o rosto, mas percebi que ela estava vermelha.
– É melhor se secar... - Ela sussura. E começa a passar a toalha sobre meu peito e minha barriga.
Eu não falava nada, apenas aproveitava o momento, Julie e eu trocamos olhares. Eu arfava, talvez por causa do frio.
– Porque fez isso? Porque ficou esse tempo todo parado na chuva? - Julie pergunta, passando a toalha lentamente sobre meu rosto.
Eu apenas a fitava, pensando em uma boa resposta, ou melhor, tentando pensar em alguma coisa, pois eu não conseguia, Julie estava com os cabelos úmidos, o rosto vermelhinho, estava linda.
– Daniel... - Ela me chama. Voltei a mim. - Responde. - Julie sussurra, mas ignorei sua pergunta.
– Porque você beijou o Nicolas? - Aquela pergunta a calou, Ela ficou pensativa.
– Como soube disso?
– Félix me contou. - Menti, eu mesmo havia visto, mas não queria dar essa satisfação a ela;
– Huh... Não foi eu, foi ele, ele me agarrou. - Diz Julie, em um tom triste. Precisava ouvir aquilo da própria Julie, ainda não acreditava muito no que Félix havia me contado, mas agora, com a confirmação de Julie, acredito. - Eu não gostei. - Conclui ela, sorri torto, mas logo disfarcei.
Voltamos a ficar em silêncio, Julie ainda passava a toalha sobre meu rosto, que já estava completamente seco.
– To molhado aqui... - Disse puxando a mão de Julie para o meu peito. Ela deu um sorriso timído. Ela começa a passar a toalha novamente sobre o meu peito. Sorri torto, estava gostando. Eu respirava intensamente, e com dificuldade.
Julie voltou a me olhar, enquanto ainda passava a mão sobre meu peito. Nós dois trocavamos olhares.
– Você se molhou tanto... que os pingos de chuva do seu cabelo tão caindo no ombro... - Julie ri. - E na nuca.
– Então... seca pra mim. - Sussurrei, Julie ouviu, mas ficou timída. Segurei sua mão com a toalha, e passei sobre minha nuca.
Nós dois estavamos ali, sozinhos. Tentava controlar os meus desejos, mas era quase imposivel. Peguei a toalha de Julie, e joguei longe. A mesma me olhou disconfiada, segurei sua mão e coloquei na minha nuca. Julie a apertou, puxei Julie para mais perto do meu corpo. Precisava esquecer pelo menos por alguns instantes, de que era um fantasma, e Julie, uma humana. Precisava mostrar meus sentimentos. A beijei, a beijei intensamente. Minha lingua atravessava a sua, sentia que Julie retribuia, mais ainda timidamente. Sua mão que estava na minha nuca, desceu para o meu peito, me deixando ainda mais incontrolavel. A puxei ainda para mais perto, queria tê-lá só para mim.
Julie precisava respirar, mas não conseguia parar de beija-lá, o beijo estava ficando tão intenso, que até eu mesmo perdi o folêgo. Paramos, nos olhamos, Julie tentava controlar sua respiração. Dei alguns selinhos, tentando a acalmar.
–.... - Julie tentava falar, mais ainda não conseguia. - ..Dan..
– Calada... - Disse em um tom de voz doce, e voltei a beijar, da mesma forma que a beijei antes. Intensamente.
Ela ainda não havia recuperado totalmente o fôlego. Mas eu não me importava. Não imaginava que Julie retribuiria, afinal... ela é uma humana... e eu...
– Sou um fantasma. - Falei entre beijos. Parei de beija-lá. - Julie...
Juliana me fitou assustada.
– ... - Ela não falava. Mas hesitou com a cabeça.
– Isso nunca daria certo, disculpa... não sei onde eu estava com a cabeça para fazer... fazer uma coisa dessas.
Julie segurou meu rosto, percebi que ela tentava me acalmar, afinal, sei que nem ela estava totalmente boa da cabeça para ter retribuido o beijo.
– Olha... - Julie começa, mas a interrompi.
– Não... Eu sou um fantasma... - Me afastei, e abri a porta. - Isso não daria certo. - Abaixei a cabeça. - Vamos esquecer que isso aconteceu. - Fechei a porta e sai.
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=/
Não me matem pelo drama do capitulo! ... Reviews? u-u