Garoto Errado. escrita por AlgodãoDoce


Capítulo 18
Demonstrando os Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Eu estava na escola, por isso demorei de postar. Acabei de escrever... Espero que gostem.!



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Narrado por Daniel:


Ainda não acreditava que Julie estava ali, parada, apenas me fitava, parecia estar preocupada, a chuva caia, eu estava ensopado. Minha vontade era de sair daquele lugar e voltar para a edicula. Mas meu orgulho não deixava, admito que fiquei feliz ao ver Julie, mas ainda estava muito chateado.

– Vá embora Julie... - Falei ao ver que a humana não tirava os olhos de mim.

– Eu não vou sem você.

– Não pretendo sair daqui.

– Daniel, deixa de ser teimoso. - Ela olha para seu relógio de pulso. - Já são quase nove horas.

– Huh.. - Dei de ombros.

– Está frio... - Julie tentava me convencer de voltar.

– Julie, já disse. Vá embora. - Respondi em um tom grosseiro, Juliana abaixa a cabeça.

Estranhei sua atitude, ela havia fechado o guarda chuva, porém, ainda se protegia pois usava uma capa. Voltei a olhar para o chão.

– Se não vir comigo. - Ela tira sua capa de chuva. - Eu vou ficar aqui. - Juliana cruza os braços, e começa a pegar chuva. Sua roupa começa a molhar.

– Vai se resfriar, garota. Vá embora.

– ... Não...

– Teimosa.

– Teimosa? , Eu sou a teimosa?! É você que está ai... pegando essa chuva gelada.

Se não fosse por sua causa, eu não estaria aqui. Hesitei com a cabeça, e me levantei.

– Garota chata... - Reclamei. E fui andando. - Coloca essa capa, e vamos.

Enquanto caminhavamos, Julie não parava de reclamar.

– Não acretido que molhei meu cabelo...

– Ninguém te obrigou a ficar parada na chuva...

– Você é a primeira pessoa que eu conheço que fica assim, todo chateado por causa de um show cancelado...

– Huh... Não estou assim pelo show...

– Como? - Ela pergunta.

– Esqueça.

Julie bufou.

– Dan..

– Eu. - Respondi frio.

– Que música você compôs? - Sua pergunta me deixou nervoso...

– Martim... Idiota. - Reclamei, culpa do Martim a Julie descobriu que eu fiz uma música nova.

– Não queria que eu soubesse da música? - Pergunta ela.

– Não.

– Porquê?

– ... - Não a respondi.

– Daniel, eu não te entendo, ontem você me defendeu do Nicolas, e hoje, está me ignorando...

Julie continuava a discutir, eu não a respondia. Apenas lembrava daquela cena atormentadora, ela e o cretino aos beijos, felizmente, não foi Julie que o beijou.

– Porque não está discutindo comigo?... - Ela estranha meu jeito. Pois sempre que discutiamos, eu começava ou então, eu dava umas boas respostas;

– Porque é mais facil te ignorar a ter que gastar saliva.

Finalmente chegamos, Julie pegou uma toalha na varanda, enquanto eu atravessava a parede.

– Daniel. - Ela me chama. Voltei para a varanda.

– O que?...

– Sobe para o meu quarto. - Diz Julie, autoritária.

Porque eu deveria te obedecer?

– Só sobe!.

Decidi subir, chegando lá o quarto estava vazio. Depois de algum tempinho Juliana chega.

– Olha como você está... - Diz a humana, se aproximando. - Todo molhado. - Julie passa a toalha sobre minha cabeça, secando meus cachos.

– Estou com frio. - Sussurrei. - Nem sabia que isso era possivel. - Afinal, sou um fantasma.

– Claro que está com frio, tá todo molhado. - Julie coloca a toalha sobre seu ombro. A segurando. - Vamos, tira essa blusa. - Ela desabotoava minha blusa vermelha, depois de tirar meu terno.

Julie notou meu fisíco, ela esconde o rosto, mas percebi que ela estava vermelha.

– É melhor se secar... - Ela sussura. E começa a passar a toalha sobre meu peito e minha barriga.

Eu não falava nada, apenas aproveitava o momento, Julie e eu trocamos olhares. Eu arfava, talvez por causa do frio.

– Porque fez isso? Porque ficou esse tempo todo parado na chuva? - Julie pergunta, passando a toalha lentamente sobre meu rosto.

Eu apenas a fitava, pensando em uma boa resposta, ou melhor, tentando pensar em alguma coisa, pois eu não conseguia, Julie estava com os cabelos úmidos, o rosto vermelhinho, estava linda.

– Daniel... - Ela me chama. Voltei a mim. - Responde. - Julie sussurra, mas ignorei sua pergunta.

– Porque você beijou o Nicolas? - Aquela pergunta a calou, Ela ficou pensativa.

– Como soube disso?

– Félix me contou. - Menti, eu mesmo havia visto, mas não queria dar essa satisfação a ela;

– Huh... Não foi eu, foi ele, ele me agarrou. - Diz Julie, em um tom triste. Precisava ouvir aquilo da própria Julie, ainda não acreditava muito no que Félix havia me contado, mas agora, com a confirmação de Julie, acredito. - Eu não gostei. - Conclui ela, sorri torto, mas logo disfarcei.

Voltamos a ficar em silêncio, Julie ainda passava a toalha sobre meu rosto, que já estava completamente seco.

– To molhado aqui... - Disse puxando a mão de Julie para o meu peito. Ela deu um sorriso timído. Ela começa a passar a toalha novamente sobre o meu peito. Sorri torto, estava gostando. Eu respirava intensamente, e com dificuldade.

Julie voltou a me olhar, enquanto ainda passava a mão sobre meu peito. Nós dois trocavamos olhares.

– Você se molhou tanto... que os pingos de chuva do seu cabelo tão caindo no ombro... - Julie ri. - E na nuca.

– Então... seca pra mim. - Sussurrei, Julie ouviu, mas ficou timída. Segurei sua mão com a toalha, e passei sobre minha nuca.

Nós dois estavamos ali, sozinhos. Tentava controlar os meus desejos, mas era quase imposivel. Peguei a toalha de Julie, e joguei longe. A mesma me olhou disconfiada, segurei sua mão e coloquei na minha nuca. Julie a apertou, puxei Julie para mais perto do meu corpo. Precisava esquecer pelo menos por alguns instantes, de que era um fantasma, e Julie, uma humana. Precisava mostrar meus sentimentos. A beijei, a beijei intensamente. Minha lingua atravessava a sua, sentia que Julie retribuia, mais ainda timidamente. Sua mão que estava na minha nuca, desceu para o meu peito, me deixando ainda mais incontrolavel. A puxei ainda para mais perto, queria tê-lá só para mim.

Julie precisava respirar, mas não conseguia parar de beija-lá, o beijo estava ficando tão intenso, que até eu mesmo perdi o folêgo. Paramos, nos olhamos, Julie tentava controlar sua respiração. Dei alguns selinhos, tentando a acalmar.

–.... - Julie tentava falar, mais ainda não conseguia. - ..Dan..

– Calada... - Disse em um tom de voz doce, e voltei a beijar, da mesma forma que a beijei antes. Intensamente.

Ela ainda não havia recuperado totalmente o fôlego. Mas eu não me importava. Não imaginava que Julie retribuiria, afinal... ela é uma humana... e eu...

– Sou um fantasma. - Falei entre beijos. Parei de beija-lá. - Julie...

Juliana me fitou assustada.

– ... - Ela não falava. Mas hesitou com a cabeça.

– Isso nunca daria certo, disculpa... não sei onde eu estava com a cabeça para fazer... fazer uma coisa dessas.

Julie segurou meu rosto, percebi que ela tentava me acalmar, afinal, sei que nem ela estava totalmente boa da cabeça para ter retribuido o beijo.

– Olha... - Julie começa, mas a interrompi.

– Não... Eu sou um fantasma... - Me afastei, e abri a porta. - Isso não daria certo. - Abaixei a cabeça. - Vamos esquecer que isso aconteceu. - Fechei a porta e sai.



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Notas finais do capítulo

=/
Não me matem pelo drama do capitulo! ... Reviews? u-u