Garoto Errado. escrita por AlgodãoDoce
Notas iniciais do capítulo
And that's why I smile
It's been a while
Since everyday and everything has felt this right
And now
You turn it all around
And suddenly
You're all I need, the reason
Why
I smile
The reason, why
I smile ♪
Narrado por Daniel:
Aquelas palavras sairam sem querer, Bia não escondia o sorriso maroto e o olhar de ' te peguei ', ela me encarou fixamente, enquanto voltei a tocar guitarra.
– Eu já suspeitava que você tinha uma quedinha pela Julie, mas... APAIXONADO? - Bia ria.
– Esquece isso... por favor.
– Porque?
– Não quero que ninguém descubra. E esse 'ninguém' é a Julie.
– Não quer que eu conte a ela?
– Exatamente. É um segredo. É o nosso segredo - Afirmei.
– Daniel, eu não vou contar. - Fiquei aliviado com suas palavras. - Mas você não pode esconder isso para sempre. - Bia se levanta e sai.
– Espera aí, Bia ! - A gritei, ela voltou a edicula.
– Que foi ? - Ela chega na edicula. Com um sorriso, parecia que queria ouvir algo do tipo ' Vou contar para Julie a verdade ' ou então ' Vou conquista-lá '
– Quando vai ser o show da banda? - Perguntei, Bia desfez o sorisso.
– Vai ser na quinta, no parque onde nós gravamos o clipe ' Invisível. '
– Ata.
– Só isso que queria perguntar? - Ela ergue uma de suas sombrancelhas.
– Só, já pode ser retirar. - Dei um sorisso torto.
– Grosseiro. - Ela sussurrou enquanto saia.
Voltei a compôr a música, mas nesse momento, só pensava na Julie, resolvi então dar uma volta. Depois de andar pelo quarteirão, ainda não consegui espairecer. Fui para o unico lugar onde eu iria conseguir me divertir, e esquecer um pouco essa historia.
– ... Daniel... É você? - Pergunta Klaus, um pouco assustado, pois a maquina de vide-games da loja estava funcionando 'sozinha'.
Olhei em volta, vi que apenas restava Klaus na loja.
– É, sou eu. - Resolvi aparecer. Ele sorriu.
– E então? Como está?
– Nada bem.
– Como nada bem? - Ele me encara. - Você e sua banda vão fazer um show daqui a uns dias, a Bia me contou.
– É... - sorri pensando no show. - Sabe, você estava certo Klaus. Estou apaixonado. - Suspirei.
– Ahhh Garoto, isso é bom! - Klaus deu uns tapinhas nas minhas costas. Como boa sorte.
– Nem tanto. - Disse desanimado. - Sou um fantasma.
– O que que tem? ... A garota que você gosta é fantasma... então, está tudo resolvido.
Encarei Klaus, ele não sabia exatamente de quem eu gostava.
– Não, ela é viva. - Afirmei.
– Também não vejo problema em ela ser viva. - Klaus continua a me incentivar.
– É que no meu mundo, os fantasmas não podem ter quaisquer relação com humanos. Temos regras. E o Demétrius sempre está de olho em mim...
– Demétrius?... - Klaus susurra.
– É... você não o conhece. - Respondi. - Ainda bem.
– Não... acho que já ouvi falar, juro que tenho um disco aqui na loja, e é desse tal Demétrius aí...
– Como ? Impossível.
– Se você não acredita... bom, ainda vou dar uma limpeza nessa loja, vou tentar achar o disco, ninguém comprou ainda.
– Huh... - Admito que fiquei curioso com isso.
Fiquei pensativo por um tempo, Klaus andava pela loja, talvez a proucura do tal disco.
– Ahh... Julie.. - Suspirei. Klaus me encarou surpresso.
– Julie? Você... está apaixonado pela Julie?! - Ele pergunta.
– A... é... estou. - Não havia motivos para mentir, afinal, Klaus era uma boa pessoa.
– Daniel...- Ele sorriu e se aproximou. - Precisa contar a ela, não importa o que esse Demétrius vá fazer. Eu conheço a Julie a muito tempo, ela se mudou pra cá quando ainda era pequena. Sou como um parente para ela.
– Eu nunca teria coragem de dizer... - Fiquei desanimado.
– A Julie gosta muito de música.
– ahh.. Disso eu sei né...
– Então. Vocês não vão fazer um show essa semana?
– Vamos;
– Ótima oportunidade, Daniel! Cante uma música para ela!
Até que não era uma má ideia.... Afinal, estou compôndo uma música nova esses dias... seria otimo.
– Vem cá, mas... porque está me ajudando ? - Perguntei, estava com aquela velha disconfiança.
– Não gosto do tal Nicolas... o garoto que a Julie está apaixonada...
– Huh... somos dois então. - Respondi, Klaus até riu. - Poxa, valeu mesmo pela força Klaus, preciso ir. - Disse animado, e sumi.
Cheguei na edicula, tive inspiração e começei a compôr a música, ficou perfeita... seria a melhor maneira de me declarar...
– E também, a melhor maneira de me magoar... - Falei para mim mesmo. Fiquei um tempinho em silêncio, depois de compôr, estava um tédio total, Martim e Félix deviam estar com a chata da Débora, Mannu... nem quero saber dela, não quero problemas;
– Não... Nicolas, eles não estão. Eles... sairam! - Ouvi Julie gritar ao longe, ainda estava na edicula, vi Nicolas se aproximar rapidamente.
– Eu quero conhecer os integrantes dessa banda... - Nicolas falou.
Rapidamente coloquei o uniforme, as luvas e a máscara. Fiquei parado na edicula, esperando a chegada do cretino. – Nicolas , Nicolas! Não abra essa porta!!! - Julie gritava, porém foi em vão.
– Oi. - Nicolas me comprimenta.
– oi. - Disse entre os dentes, mas ele não percebeu, já que não via o meu rosto.
– E então, vamos? - Julie puxa Nicolas, parecia estar nervosa.
– Não... espera aí. - Ele se solta de Julie, e se aproxima de mim, Ergui a cabeça. - E então? Vai tirar essa máscara?! - Pergunta Nicolas, sorridente. Parecia um retardado.
– Não. - O respondi, frio.
O sorriso do cretino desaparece.
– PORQUE NÃO ? - Ele me encara. - Vamos, tira logo! - Ele tenta puxar minha máscara.
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Vou postar o proximo daqui a pouco.