Sangue Winchester escrita por N Baptista


Capítulo 17
Os irmãos Winchester (parte 1)




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Os Winchesters estavam à horas na estrada, já era noite e eles decidiram ir para mais um motel, sem destino certo não precisavam virara a noite. Estavam chegando ao estacionamento quando o Impala derrapou e rodou, acabou morrendo a alguns centímetros da vaga:

– Que droga! – Gritou Dean batendo as mãos no volante.

– Dean, é melhor levar em um mecânico, ele não tá funcionando direito dês de o caso do boto.

– Eu sou mecânico Sammy, posso concertar.

– Tá Dean, então amanhã vamos para a casa do Bobby e lá você concerta.

Os três saíram do carro e os rapazes o empurraram até a vaga:

– Se precisar eu levo pro Bobby.

Eles entraram e pegaram um quarto para passar a noite. A manhã chegou e os raios de sol atravessaram a janela acordando Sam, ele perturbou Dean no sofá até que o irmão também levantasse, este por sua vez perturbou Natale, e quando os três estavam prontos para partir tiveram uma surpresa:

– Ah não... Não... Não. – Dean ficou rodeando o Impala com as mãos na cabeça.

– Não sobrou nenhum vidro inteiro. – Natale também estava chocada.

– Quem poderia ter feito isso? – Sam estava boquiaberto.

– Não sei – Dean estava furioso – Mas quando descobrir eu MATO!

– Vamos ver o Bobby.

Após uma chupeta, o Impala os levou para a conhecida casa de Bobby Singer, passando pelo ferro velho Natale se lembrou de Samuel e ficou pensando na forma como a imagem que ela tinha dele mudava de herói para vilão com tanta facilidade:

– O que aconteceu? – perguntou Bobby quando eles pararam o carro que não seria religado tão cedo.

– A gente também não sabe. – Respondeu Dean saindo e batendo com força a porta do motorista.

Natale e Sam entraram na casa, a garota se jogou no sofá com o seu diário nas mãos, enquanto Sam ia para a cozinha procurar o que comer. O tempo foi passando e Dean e Bobby não saíam de perto do carro, eles analisaram, desmontaram e se irritaram pra valer quando não acharam nada de errado. Natale que é pra lá de impaciente, logo não aguentou mais ficar quieta na sala por isso se levantou e começou a explorar em busca de novidades. Ela se viu no escritório, perdida em um mar de livros e recortes de jornais que ela já sabia bem o que significavam:

– No telefone você disse que não estava caçando. – Disse Dean quando ele e Bobby entraram no escritório.

– Não estou – Respondeu o Singer – Estas coisas são pro Garth.

– E como é que ele está? – Sam também entrou no escritório.

– Perdido e enrolado – Respondeu Bobby – Ele não é bom pra se virar sozinho.

– Quem é Garth? – Natale entrou na conversa.

– Um cara que a gente conhece que como caçador, é um excelente lunático. – Dean estava rindo.

Natale pegou alguns recortes para ler e foi quando o celular de Bobby tocou:

– Falando no diabo... – Disse Singer pegando o aparelho.

Garth: - Oi amigão.

Bobby: - Ainda não tenho a informação...

Garth: - Não faz mal. Eu to ligando pra dizer que não precisa mais.

Bobby: - Você descobriu o que é a criatura?

Garth: - Não exatamente...

Bobby: - O que você fez?

Garth: - Eu segui uns caçadores de animais... Estamos na floresta agora...

Cada pausa na fala de Garth era na verdade um bocejo:

Bobby: - Está tudo bem?

Garth: - Sim, é só um soninho...

Bobby ouviu um barulho estranho como se o telefone tivesse caído no chão, e depois disso o outro não respondeu mais:

– Acho que aquele idiota se meteu em confusão. – Disse Bobby guardando o celular.

– A onde ele está? – Perguntou Sam.

Bobby escreveu um endereço em uma folha de papel e entregou à Sam que foi saindo com o irmão e a sobrinha, quando chegaram à porta Dean barrou a passagem de Natale:

– O que foi? – perguntou a garota.

– Pode ser perigoso – Disse o Winchester – Você não vai.

Sam e Dean pegaram uma caminhonete que era o carro disponível no momento e partiram pela estrada. Os dois já tinham passado da metade do caminho quando o celular de Dean tocou:

Dean: - Fala Bobby.

Bobby: - A Natale sumiu! A malandra escondeu o telefone fixo e tinha sumido com a bateria do meu celular também.

Sam estava ouvindo as respostas do irmão e ria muito (a mescla de raiva, confusão e orgulho que Dean estava sentindo resultou em algo realmente engraçado), após guardar o celular, o mais velho parou o carro no acostamento e os rapazes saíram, eles encontraram Natale sentada na parte de trás da caminhonete:

– por que demoraram? – Perguntou a garota rindo sem graça.

– Você deve ser louca! – Disse Dean pegando a filha pelo braço e arrastando a garota até a cabine.

Eles retomaram a viajem e logo tinham chegado ao chalé que Garth tinha habitado, estava tudo arrumado e personalizado de um jeito que os Winchesters jamais fariam:

– Pelo menos ele tem estilo... próprio. – Disse Dean olhando as fotos que estavam desnecessariamente em cima da mesa.

Os três reviraram tudo em busca de pistas, mas o caçador que procuravam era uma pessoa confusa, e as pesquisas sobre a criatura estavam incompletas, depois de algumas horas eles foram almoçar:

– E ai, o que acha Sammy?

– Não fala de boca cheia Dean! Não faço ideia, do jeito que os campistas, naturalistas, caçadores e escoteiros estão desaparecendo na mata... Parece Wendigo, mas não tem histórico.

– Talvez tenha migrado para a região só agora.

– Não sei não Dean, eles não costumam fazer isso.

Natale que estava sobrando na conversa, pegou o diário de John para pesquisar “O que era Wendigo?”:

– Nem Adianta - disse Sam – Se for Wendigo você não vai caçar.

A garota olhou para ele com cara de “Até tu Brutus” e se virou para Dean pedindo apoio:

– Não olha pra mim, eu concordo com o Sammy.

Ela bufou e se afundou na cadeira:

– Então, o melhor que temos a fazer é ir procurar o Garth na mata. – Disse Dean terminando de beber o seu refrigerante.

– Vocês também vão para a mata – Um casal que tinha acabado de chegar ouviu a fala de Dean – Podemos ir todos juntos.

– Acontece que não vamos a passeio – Disse Sam – Um amigo nosso sumiu.

– Minha irmã também – Disse a moça – Os policiais foram procurar e também não voltaram, mas não posso ficar parada.

Eles concordaram em ir todos juntos, mas Sam queria de qualquer jeito deixar a Natale no chalé:

– Relaxa Sammy – Dean tinha arrastado o irmão para falarem a sós – A gente toma conta dela. Além do mais, vai ser pior se a deixarmos sozinha de verdade nesse lugar perto do nada.

Por fim Sam acabou cedendo.

* * *

Diário da Natale

Nós já tínhamos avançado vários quilômetros mata a dentro, e eu já estava arrastando os meus pés, porque sentia que as pernas não aguentavam mais o peso, andamos mais um pouco e de repente uma névoa densa cobriu os nossos calcanhares, a medida que avançávamos, ela ia subindo, e já estava na minha cintura quando começamos a ver silhuetas caídas no chão.

A mulher pareceu ter visto a irmã e saiu correndo mais para dentro, e foi quando eu tropecei em uma das pessoas caídas, Dean veio até mim e reconheceu Garth roncando como um porco:

– Dean, cadê você? – Sam não podia mais ver a gente.

– To aqui. – Respondeu Dean bocejando.

Sam deu uns dois ou três passos na nossa direção e depois caiu inconsciente, me virei para Dean que também tinha caído, por fim eu bocejei e senti meus olhos pesando, tentei ficar acordada de todas as formas possíveis (Fazia isso na escola também), mas o sono que me envolveu era muito forte, e eu só pude ver um vulto laranja passar antes que eu também caísse.




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