Fiquei estática e logo ouvi passos perto de mim.

Tom: hum… - passou a mão pelas tranças, e me deu um sorriso de lado - eu vou… - apontou para a porta - falar com eles - saiu, me deixando sozinha com Taylor na cozinha.

Sabe aquela situação constrangedora que você passa, perto da pessoa que gosta de você?Pois é, isso mesmo que aconteceu.

Carla: eu…te liguei.Porque não retornou? - meu estômago estava ás voltas e eu sentia que iria desmaiar ali mesmo.

Taylor: eu…não estava aqui. Meu irmão teve um acidente em Nova Iorque, e eu tive que ir pra lá - assenti.

Carla: ele está bem? - tentei mudar o rumo da conversa.

Taylor: sim, mas não foi por isso que vim aqui - engoli em seco - vocês vão em turnê amanhã e…eu. Que merda! - fechou os olhos como se estivesse brigando consigo mesmo - é assim Carla.Por mais que eu te ame, ame tanto que até dói, eu não quero perder tua amizade, pois sem ela eu não sou nada. Eu sei que parte da culpa é minha, se eu tivesse dito que te via com outros olhos nada disso iria acontecer, mas…me desculpa. Eu não quero ficar assim com você durante 3 meses. Por favor me desculpa - ele falou tudo de uma vez e quando acabou fiquei calada. Meu cérebro ainda processava o que ele tinha falado.

Carla: Taylor, você é um idiota - ele sorriu e eu fiz o mesmo - mas é meu melhor amigo idiota, e não precisa pedir desculpa - nos aproximamos e nos abraçamos. Eu queria sentir algo mais por ele, mas não conseguia. Acho que aquela frase que diz”nos apaixonamos pelas pessoas erradas” é verdade…

O despertador tocou alto no quarto, me fazendo dar um pulo e pisar em Ana que dormia no chão.

Ana: au!!! - gemeu de dor no chão e não pude deixar de rir - quase quebrou meu braço.

Carla: não exagera Ana.

Ana: se você quer saber, exagero sim. Eu estava sonhando com Slash pô - reclamou mais uma vez e eu ri.

Carla: acorda a Sara, daqui a pouco os rapazes estão aí - entrei no banheiro, fazendo minhas higienes e saindo logo a seguir.

Sara: Rússia é fria né? - assenti entrando no closet - ah!odeio frio! - rimos.

Ana: você nasceu num país frio e reclama?

Sara: Portugal não é tão frio como Rússia - assenti saindo do Closet com uma roupa não muito quente, pois mudaria depois no avião.

Para ser exata, eram 5h30 da manhã, tínhamos voo marcado para ás 07h45 direto para Rússia aonde ficaríamos 5 dias e depois íamos para Espanha.

Ana:http://www.polyvore.com/ana_travel/set?id=48322927&.locale=pt-br

Carla:http://www.polyvore.com/carla_travel/set?id=48323087

Sara:http://www.polyvore.com/sara_travel/set?id=48323254

Desci com as malas e as meninas, encontrando os rapazes na sentados na sala a conversarem com nossos pais.

Carla: não têm casa não? - perguntei enquanto descia as escadas.

Eduardo: Carla! - me repreendeu e eu ri.

Carla: brincadeira pai - cumprimentei todos e fomos tomar o café. Nele falamos de como eram os outros países e de como seria bom passar por Alemanha de novo.

Jeremy: vou sentir muita a vossa falta - quase chorou e rimos.

Ana: chora não Jerm - brincou e ele limpou os olhos - também vamos sentir vossa falta.

Pedro: Juízo Ana Melassy - rimos mais uma vez - nada de beber.

Sara: até parece tio Pedro - Ana lhe deu um tapa no braço e mandou ela calar a boca.

Marie: você também menina Sara Bettencourt, nada de muitas bebidas alcoólicas e juízo - assentiu e entrou no carro.

Eduardo: nada de… - o interrompi.

Carla: bebidas alcoólicas, drogas e menos cigarro. Lembrando que você é uma Goulart e tem o nome da família a honrar - girei os olhos - já sei pai - ele sorriu e me deu um abraço.

Tom: Carla! - me cutucou com o cotovelo e apontou para o outro lado da rua.Estava colocando as malas em um outro carro, quando o vi. Ele estava mais lindo do que nunca e sorria, o que me fez sorrir também.

Carla: obrigada - sorrimos e atravessei a rua - vou sentir saudades - o abracei com força e ele me apertou forte contra seu corpo. Escutei um soluço e  ele estava…

Diogo: estou chorando igual a uma menininha - passou as mãos nos olhos e sorri, também deixando lágrimas molharem meu rosto.

Carla: você vai ficar bem?Sem mim? - estava preocupada com ele, mas não podia fazer nada.

Diogo: sim, prometo - beijou meu rosto e me deu outro abraço - agora vai e boa viagem. Vê se liga ok?

Carla: ok - nos separamos e ele tirou do  bolso um colar(http://ateliermariliachiele.files.wordpress.com/2011/03/clave-de-sol.jpg)Com uma clave de sol como pingente.Lindo...

Diogo: não tira, nunca - assenti e coloquei o colar no pescoço - tchau - sorriu.

Carla: tchau - virei e ele ficou lá.

Seria extremamente difícil ficar longe dele, da minha casa, minha cama. Seria difícil andar 3 meses em hotéis e cidades diferentes, tendo que ter cuidado com fãs e paparazzis. Tendo cuidado com o que falo e o que faço. 3 meses longe da minha vida normal, era tudo que eu achava que aquela turnê seria.

Mas não era a única coisa, seria muito mais do que simples 3 meses de trabalho.