Things That Remain Unspoken escrita por JK2_Faberry


Capítulo 4
Ate que a verdade os Separe


Notas iniciais do capítulo

So explicando uma coisinha. Emily é a ex-namorada da Alex, falei dela no capitulo Uma Bebida e Um Amor da primeira temporada.Não que ela va aparecer nesse capitulo mas só pra explicar mesmo.Sobre esse cap, tem algumas reviravoltas que começam a da um novo rumo pra fic. Espero que gostem do cap.=)



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Well life has a funny way of sneaking up on you When you think everything's okay and everything's going right And life has a funny way of helping you out when You think everything's gone wrong and everything blows up In your face.

Realmente a vida tem um jeito engraçado de te ajudar quando tudo parece estar desmoronando, e depois de três longos anos era a primeira vez que sentia finalmente ter a oportunidade de dar a volta por cima, e que maravilhosa coincidência, justo no dia do meu casamento.

Estava tão nervosa e desapontada que quase agi por impulso, mas consegui me controlar. Não poderia perder a chance de descontar, com grande estilo, todo sofrimento que passei. Tinha em minhas mãos a chave para minha liberdade, tão parecida com a que me prendeu e ainda a ocasião perfeita para usá-la.

Levantei da cama com os berros da minha mãe, preocupada com o fato de que já deveria estar me arrumando e atrasaria o casamento. Não deveria me importar afinal, que péssima noiva seria se não me atrasasse? Mas também não queria causar problemas antes da hora, então resolvi descer e começar os preparativos. Pra minha surpresa, Sant estava sentada no sofá da sala, e como, eu ainda não estava vestida. Veio correndo me encontrar enquanto descia as escadas parecendo preocupada.

– Podemos conversar?

– Claro, mas tem que ser rápido ainda tenho que...- não terminei a frase Sant já me puxava pra cima de volta pra o quarto - O que foi Sant, esta tudo bem?

– Não Quinn não esta. Depois do que aconteceu ontem, achei que uma hora dessas, você já teria pelo menos adiado esse casamento. - não podia contar o que estava planejando, então não falei nada. – Vai ficar calada agora?

– Sant eu sei o que estou fazendo.

– Sabe? Por que pra mim parece que você esta preste a cometer outro erro.

– Você confia em mim?

– Quer que eu diga a verdade, ou minta pra te agradar?

– Eu sei que dei muitos motivos para você não acreditar em mim, sei dos meus vacilos nesses últimos anos, mas hoje espero conserta parte disso.

– Como? Se casando com o Finn?

– Você vai ver Sant, o que posso dizer é que você terá a resposta do por que de muitas das minhas atitudes.

– O que você esta tramando Quinn?

–Pode ficar tranquila, não vou estragar tudo dessa vez Sant, eu só preciso que você confie em mim e me siga em determinado momento.

– Te seguir? Quando?

– Conhecendo sua curiosidade, sei que você vai saber à hora certa. – minha mãe bateu na porta e entrou como uma louca

– Ai esta você Quinn, já devia estar se arrumando, e você Santana já deveria estar pronta.

– Já estou indo Sra.Fabray. – Sant olhou pra mim mais uma vez antes de sair – Espero que saiba mesmo o que esta fazendo. – apenas acenei enquanto observava minha mãe entrar de novo no quarto e deixar o vestido em cima da cama.

Quase uma 1hr depois estava pronta. Tenho que admitir minha mãe escolheu o vestido perfeito, o penteado perfeito, a maquiagem e o buque, eu estava perfeita. Sabia que tudo aquilo seria inútil, mas para minha mãe era um sonho se realizando e não pude deixar de sentir meu coração apertar pela reação dela.

– Meu Deus Quinn, você esta linda. – seus olhos estavam cheios de lagrimas enquanto eu não conseguia demonstrar nenhuma emoção. – Hoje é o começo de uma nova vida. Você, Finn e - ela fez uma pausa colocando a mão na minha barriga- Esse bebe serão muito felizes. – aquela frase seria incrivelmente irônica se não tivesse a palavra bebe nela.

– O que? Como você sabe?

–Sou sua mãe Quinn, não achou que ia esconder isso de mim não é?

– Me desculpe mãe, eu só não sabia o que fazer.

– Sei que ficou preocupada com a possível reação do seu pai,a religião o tornou escravo de antigos costumes e intolerante as coisas do mundo moderno, sabe que ele não aceita essa amizade suas com os Berrys e nem aprova a ida deles ao casamento, mas eu não sou como ele e fiquei triste por você não ter me contado. Quero alem de ser sua mãe ser sua amiga, então me prometa que a partir de agora nada de segredos. – não respondi e antes que pudesse dizer alguma coisa, minha mãe me puxou para um abraço. – E bom seu pai não sabe e nem desconfia dessa gravidez. Anda tão ocupado com o trabalho que não repara em mais nada.

– Claro. – senti mais uma vez meu coração apertar ao perceber o quanto minha mãe era inocente. – Você realmente acredita que ele fica esse tempo todo no trabalho?

Minha mãe me olhava confusa sem entender o que queria dizer com aquela pergunta, mas esqueceu completamente quando o assunto da conversa entrou no quarto parecendo mais empolgado do que ela.

– Olha como minha princesa esta linda. – disse me dando um beijo na testa. – Estou tão orgulhoso de você.

– Não posso dizer o mesmo. – sussurrei

– Disse alguma coisa Quinn?

– Nada, acho que deveríamos ir certo?

– Sim, na verdade já estamos bem atrasados. Vamos? – meu pai ofereceu o braço para que o acompanha-se, já teria que aguentar isso na minha caminhada ao altar, agora só queria distancia dele.

– Vão na frente, desço em um minuto.

Um pouco sem graça, meu pai virou o braço para minha mãe que, ao contrario de mim aceitou, e deixaram o quarto. Fui ate o armário, procurei pelas fotos da festa de ontem e olhei mais uma vez, pegando o que me faltava de coragem.

– É isso ai Quinn. Hora do Show.

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Alex...

Definitivamente, eu odeio casamentos. Qual o problema das pessoas serem pontuais nesse dia? Acho que eu é que estava com pressa afinal quanto mais perto Quinn estivesse do meu irmãozinho, mais longe ela estaria da minha namorada, e essa era uma distancia muito maior do que os quilômetros entre Nova York e Ohio.

Incrível como mesmo depois de tudo que aconteceu ainda me sentia completamente ameaçada por ela. É claro que eu sabia que a insistência de Rachel em não voltar a Lima tinha a ver com o fato de nunca ter superado Quinn de verdade, e no fundo agradecia por isso, não sei o que ela poderia causar vindo a esse casamento.

Com a demora de Quinn comecei a reparar na decoração. A igreja estava linda. Tudo parecia minuciosamente arrumado. Flores brancas enfeitavam alguns pontos, nada muito exagerado, mas tinham a simetria perfeita. Parecia ate que os convidados foram colocados por ordem como se cada um tivesse o lugar certo pra se sentar. Com certeza os Fabrays abriram o bolso. Carole recebia muito bem, e Finn tinha o dinheiro que ganhava na oficina, mas todo aquele ar presunçoso, aquela tentativa de ser incrivelmente correto tinha a cara dos Fabrays.

Santana, Brittany e eu podíamos agradecer Quinn pelo bom gosto ao escolher os vestidos de dama de honra, enquanto meu irmão era acompanhado de um cara estranho de moicano, Kurt que era filho do novo namorado de Carole e Blaine, o melhor amigo de Quinn que ela queria como padrinho e que meu irmão aceitou desde que eu fosse uma das madrinhas.

– A Quinn esta levando a serio essa coisa de que noiva tem que se atrasar hein? – comecei a puxar papo Santana parecia tão impaciente quanto eu.

– Não é? Pra que toda essa demora, esse suspense. É por isso que odeio casamentos.

– Bem vinda ao clube. Fazem tanto drama atoa. É só chegar ouvi meia dúzia de palavras, dizer sim e pronto felizes para sempre, será que é tão difícil?

– Não sei se é difícil, mas algo me diz que não é o que vai acontecer hoje.

– Como assim? – Santana fez cara de quem tinha falado de mais

– Deixa pra la. Me conta como esta a Rachel, sinto tanta saudade dela.

– Ela esta bem. Tem um teste importante hoje, e se conseguir, vai fazer parte do elenco de um novo seriado.

– Serio? Que bom, tomara que ela consiga. Diga que mandei lembranças, e que vai ser bom vê-la mesmo que pela TV.

– Pode deixar.

– Cara com seria engraçado estar sentada na sala, assistindo a Tv e de repente... Aquela não é a Rachel?

– É acho que é essa a reação, e ela mudou tanto desde o colégio. Não sei se é possível, mas ela esta ainda mais linda.

– Estou vendo e concordo com você. – Sant apontou para um local da igreja de onde ao lado de Leroy e Hiram, Rachel acenava.

O que me sobrava de tranqüilidade acabou naquele momento e quando pensei em sair do altar e ir ate onde ela estava, a musica começou a tocar e Quinn finalmente apareceu.

Quinn caminhava a passos incrivelmente lentos, com a cabeça erguida o tempo todo, mas como se fosse programado para acontecer, chegando perto de onde Rachel estava sentada, ela olhou para o lado exatamente na direção da minha namorada e parou, assim como meu coração. Rachel retribuía o olhar para ela, e eu pensei que nunca me sentiria tão mal dentro de uma igreja. Nem percebi Finn se aproximar de mim e tentar me perguntar da forma mais discreta possível

– Pode me explicar o que sua namoradinha esta fazendo aqui?

– Não faço a mínima ideia.

Russel continuava parado segurando o braço de Quinn sem entender o que estava acontecendo, então Finn tomou atitude e foi buscá-la. Russel deu um beijo em Quinn que pareceu voltar para a realidade, e a entregou para meu irmão que fez com que ela voltasse a caminhar, e o meu coração voltar a bater, descompassado e nervoso.

Apesar do ocorrido à cerimônia parecia correr perfeitamente. Russel matinha um sorriso idiota no rosto enquanto Judy estava aos prantos. Carole do outro lado segurava a mão de Burt cheia de orgulho. Atrás deles, no único lugar que evitava olhar estava Rachel e seus pais. Preferia não saber quais as reações dela, só o fato dela estar la já me machucava o suficiente.

Depois de muita conversa chegou à parte realmente importante, que acabou sendo o começo do meu pesadelo.

– Quinn Fabray, você aceita Finn Hudson como seu legitimo esposo, prometendo amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza ate que a morte os separe? – foi à primeira vez durante a cerimônia que vi Quinn sorrir, e por alguns segundos acreditei que ela estava feliz pelo casamento, mero engano.

– Não! – junto com a resposta dela, vieram os burburinhos do fundo da igreja. Todos estavam espantados e sem reação. O pastor coçou a garganta visivelmente surpreso.

– Desculpa Quinn, você não ouviu direito, vou repetir a pergunta.

– Não precisa. Eu escutei perfeitamente e a resposta é não. Eu não amo Finn, e não vou viver mais um dia sequer essa mentira. – Judy desmaio no colo de Russel enquanto Quinn virava e saia correndo da igreja. Demoro um tempo pra cair à ficha e Finn sair correndo atrás dela.

Acho que meu lado pessimista já esperava por aquilo e não fiquei tão espantada quanto os outros. Santana também parecia mais lúcida.

– Nos deveríamos ir atrás deles não? Quer dizer ele é meu irmão e...

– Ela é minha amiga, claro devemos segui-los. - Santana e eu saímos da igreja a procura dos dois.

Pude ver Finn virar a primeira esquina a direita, e corri atrás dele com Santana do meu lado. Quando alcançamos os dois, Finn segurava o braço de Quinn com força, que gritava pra que ele a soltasse e nem perceberam que estávamos ali escutando todas aquelas confissões.

– Me solta Finn, eu não tenho mais nada com você.

– Você esta esperando meu filho.

Ou Santana não escutou aquilo direito ou já sabia para não ter esboçado nenhuma reação.

– Espera ai. Ela esta grávida? – perguntei para Santana

– Surpresa? Não achou nada estranho esse casamento relâmpago? – agora era tão obvio que me senti idiota por não ter pensando nisso antes. Voltei minha atenção para a conversa dos dois.

– Infelizmente não são todos os meus erros que posso consertar, mas não preciso morar com você pra cuidar dessa criança e não vou.

– A vai sim, ou você se esqueceu do nosso pequeno segredinho hein?

– O que Finn? Que você tem fotos minhas com a Rachel e vem me chantageando todo esse tempo? Advinha só, quer mostrar pra todo mundo, então mostra. Eu não dou à mínima. Não tenho mais medo de ser quem eu sou. – Quinn conseguiu se soltar do braço do meu irmão e virou finalmente vendo Santana e eu.

– Só pode ser brincandeira? – Quinn não respondeu nada. Apenas me encarou, passou por Santana e continuou correndo para qualquer lugar que eu nem queria saber. – Não acredito que você fez isso Finn, você é um idiota mesmo – Santana voltou para igreja enquanto eu continuava ali parada olhando para meu irmão.

– Me diz que você não fez isso Finn.

Ele sentou no passeio cobrindo o rosto com as mãos, e começou a chorar como uma criança. Lagrimas caiam dos meus olhos também, mas não pelo meu irmão e sim por saber o que tudo aquilo significava. Santana voltou 5 minutos depois trazendo junto com ela Britt, Russel e Rachel.

– Alex o que aconteceu? – ao ouvir a voz dela, Finn se levantou, foi pra cima de Rachel acertando um tapa em seu rosto.

– Isso é tudo culpa sua. Por que você não volta pra Nova York de onde nem devia ter saído. – coloquei as mãos no peito de Finn e empurrei pra trás

–Você perdeu a cabeça é? Finn você pode ate ser meu irmão, mas se encostar mais um dedo na minha namorada, eu te mato.

– Namorada? Não me surpreende. O fruto nunca cai muito longe da arvore, mas o que essa aberração tem a ver com tudo isso?

– Por que não pergunta pra sua filha – não aguentava mais ouvir aquelas coisas a respeito de Rachel

– O que você esta dizendo? – dessa vez Rachel quem resolveu responder e disse encarando Russel.

– Você realmente acreditou que eu dormi na sua casa por que briguei com meus pais?

– Minha filha nunca teria nada com você, sua imunda.

– Não é o que piscina do seu quintal diria. Quase transamos la uma vez.

– Sua lésbica maldita. – Russel levantou o braço para acertar Rachel, quando Leroy e Hiram chegaram.

– Posso saber o que esta acontecendo aqui?

– Vocês! Não ficaram satisfeitos em estragar só a sua filha, tinham que fazer isso com a minha também. Vocês vão todos pro inferno.

– Você acha que sua filha é um brinquedo estragado que sua religião pode consertar Russel?

– Já chega. – gritei afastando os dois. – Russel por que você não vai atrás da sua filha hein? Com certeza vocês têm muito o que conversar. Leroy, Hiram levem a Rachel e, por favor, liguem no aeroporto, vamos embora ainda hoje, só vou deixar esse idiota em casa e pegar minhas coisas.

Todos seguiram seus caminhos enquanto eu empurrava Finn ate o carro. Chegamos rápido em casa e na mesma velocidade troquei de roupa e comecei a arrumar minha mala. Queria voltar pra minha casa em Nova York, voltar pra minha rotina, pra minhas brigas bobas com a Rachel, e toda a idiotice de Lauren. Aquela viagem foi um errou que eu ainda iria me arrepender bastante.

Quando finalmente terminei, sai do quarto e encontrei Finn sentado no sofá da sala ainda chorando.

– Estou indo embora, diz pra Carole que ligo pra ela depois. – ele continuou parado olhando para mesinha de centro. Ignorei aquilo e continuei caminhando ate abrir a porta.

– Eu amava a Quinn, e eu me odiei tanto quando a perdi por um vacilo meu que prometi que faria de tudo pra reconquistá-la. Então eu a segui-la e quando a vi com a Rachel, foi como se ganhasse um presente, a chance de ter ela de volta, e foi o que eu fiz. Eu a amava tanto que não medi as conseqüências, eu apenas fiz.

– Por que você esta me dizendo isso Finn, acha que explica o que você fez?

– Não, eu fui um idiota e eu sei disso, mas Alex você ama Rach certo?

– Ela é tudo pra mim.

– Como seria perder o que é tudo pra você?

– Não quero imaginar isso

– Mas é bom começar irmãzinha. Aconteceu alguma coisa que mudou a Quinn,e eu não posso obriga-la a ficar comigo só por que ela esta grávida. Com o caminho livre, quanto tempo você acha que vai demorar ate que ela procure a Rachel?

– O que você quer dizer Finn?

– Que se você quer passar o resto dos seus dias com sua preciosa namoradinha é melhor começar a pensar em um jeito de prendê-la também.

Nem pensei em respondê-lo, apenas peguei minha mala de novo e fui embora com as palavras de Finn na minha cabeça. O que eu fazeria pra não perde a Rachel?

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Quinn...

Não podia voltar pra casa. Depois de fugir do meu casamento é claro que não podia voltar para casa. Na verdade naquele momento era apenas uma garota louca vestida de noiva dirigindo um carro extremamente barulhento puxando latinhas pelo caminho. É eu precisava me livrar daquele carro, e principalmente daquele vestido. Sem opções fui ate minha casa. Subi correndo as escadas, entrei no meu quarto e sai recolhendo todas as roupas que via pela frente, depois fui ate a cozinha, peguei água e alguns pacotes de biscoito.

Liguei meu carro e dirigi para o único lugar que sabia que ninguém iria me procurar. Sabia que o jornal só abriria amanha cedo, e ate la poderia pensar em outro lugar pra ficar depois que a poeira abaixasse. Entrei na minha sala, troquei minhas roupas e fiquei escondida ali ate a noite cair. Sentia uma liberdade sem tamanho misturada com a tristeza de ter demorado tanto pra fazer aquilo.

– É você me surpreendeu – virei assustada e encontrei Sant encostada na porta me encarando.

– Eu disse pra confiar em mim. Como sabia que eu estava aqui?

– Pela lógica é o único lugar que seus pais não pensariam em te procurar. – ela entrou na sala se aproximando de mim. – Então era isso, todo esse tempo o Finn vinha te chantageando.

– Pois é. E eu fui suficientemente fraca e covarde. Tinha tanto medo do que meus pais iam pensar se soubesse que acabei deixando Finn me controlar. Mas acabou, estou livre e muita coisa vai mudar.

– E o que você pretende fazer agora?

– Bom primeiro eu preciso achar um lugar pra morar e cuidar do meu filho.

– Acho que sei onde você pode ficar.

– Serio?Onde?

– Você confia em mim? – nos duas rimos

– Claro que sim

– Então pronto, mas tenho que te fazer mais uma pergunta. E a Rachel? Vi como vocês se olharam no casamento, alias todo mundo viu.

– Provavelmente uma hora dessas a Alex já deve ter contado pra ela que estou grávida. Ela deve me odiar ainda mais. Você estava certa nossa historia já teve um ponto final.

– Talvez não, talvez seja só uma imensa vírgula. Eu erro às vezes também. Agora é melhor irmos, você não pode dormir aqui.

Santana me ajudou a recolher minhas coisas e fomos para o meu carro. Ela dirigia para uma rua conhecida ate que parou o carro na porta da casa dos Berrys

– Sant eu não acho que seja uma boa ideia, e se a Rach estiver ai?

– Ela não esta. Alex e ela foram embora às pressas depois da briga.

– Que briga?

– A é não te contei. Depois que você fugiu, Finn partiu pra cima da Rach, a Alex brigou com Finn, seu pai entrou no meio e brigou com a Rach também, foi muita confusão. A propósito seu pai já sabe que vocês duas tinham um caso. Vocês transaram na piscina?

– Quase. E o que meu pai disse?

– Acho que ate agora ele não acreditou. Vocês terão que conversar.

– Não importa, só quero distancia daquele homem, e eu tenho o que é preciso pra isso.

Saímos do carro e como de costume entramos na casa dos Berrys sem bater. Leroy e Hiram estavam na sala e vieram correndo me abraçar.

– Querida esta tudo bem com você? – Leroy perguntou segurando minha mão.

– Sim, como há muito tempo não estava.

– A Quinn precisa de um lugar pra ficar ate as coisas acalmarem um pouco. – Sant começou a falar. – Achei que não teria problema trazê-la pra cá

– De maneira nenhuma, você pode ficar o tempo que quiser. – Hiram fazia um carinho gostoso no meu rosto quando escutamos a porta bater.

– Mas ela não vai ficar nem mais um minuto aqui. – meu pai foi entrando na casa com minha mãe chorando atrás. – Sabia que mais cedo ou mais tarde você viria atrás desses desencaminhados. Você me deve uma explicação garota.

– Quinn não te deve nada e você não é bem vindo nessa casa Russel. – Leroy tomou a frente

– Não estou falando com você sua bichinha e é melhor sair da minha frente antes que...

– Antes que o que Russel, vai me bater? Posso ser gay, mas nao deixo de ser sou homem e não tenho medo de você.

– Espera Leroy, meu pai esta certo ele merece uma explicação e eu tenho uma. Eu sou gay.

– O que? – minha mãe parecia espantada. – Minha filha, por favor, diz que isso é a sigla de um comunidade para grávidas adolescentes indefesas.

– Não mãe, é com y e significa garota que gosta de outras garota.

– Então é verdade, você estava de namorinho com a filha desses ai?

– Sim, e eu só me afastei dela por que o Finn ameaçou contar pra vocês o que tínhamos. Por isso voltei a namorar com ele.

– Espera ai Judy – meu pai estava vermelho – O que você quis dizer com grávida? – minha mãe ficou sem reação e mais uma vez tive que explicar

– O que ela quis dizer é que eu estou grávida.

– Você o que? Grávida?Eu não acredito que você é minha filha. E você Judy sabia e não me contou nada? É tão mentirosa quanto ela. – era a hora de acabar com aquela palhaçada

– Como você ousa chamar minha mãe de mentirosa quando é você quem vem enganando ela todo esse tempo hein?Onde você estava ontem à noite? Aposto que disse que ficou a noite inteira trabalhando não é?

– E eu estava no trabalho.

– Serio? Por que Santana e eu vimos você na festa da casa do prefeito se agarrando com a filha dele.

– Isso é mentira! Você só esta querendo sujar minha imagem com a sua mãe.

– Pensei que você fosse dizer isso e quer saber pai, Finn pode ser um idiota, mas ele me ensinou uma coisa. Você precisa ter provas caso às pessoas não acreditem em suas palavras. – fui ate minha bolsa e procurei no meio das roupas as fotos da noite passada, e entreguei pra ele. – Quantos anos ela tem? 15,16? Sei como homossexualismo é visto pelos pastores da sua igreja pai, mas o que eles acham de traição e pedofilia?

– Você me paga menina. – quando meu pai veio pra cima de mim, Leroy entrou na frente de novo e acertou um soco no seu rosto.

– Eu disse que não tinha medo de você. Agora vai embora Russel antes que eu chame a policia. – ele se levantou do chão meio cambaleante e foi em direção a porta.

– Se você acha que vai ficar assim menina...

– E vai por que se você se aproximar deles, dessa casa, ou de mim, você vai ver sua cara estampada em cada jornal dessa cidade.

– Espero que esteja feliz Quinn, você acabou de perdeu um pai.

– E ganhou mais dois. – Leroy disse enquanto Hiram me abraçava – Agora de o fora da minha casa.

– Vamos Judy.

– Você não pode ir com ele mãe. - Ela ficou parada me olhando.

– Anda. – meu pai a puxou pelo braço para fora da casa batendo a porta.

Fiquei ali parada por um tempo ate que Leroy segurou minha mão.

– Venha querida, vou te mostrar seu quarto.

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Lauren...

Será que Lima é tão atrasada assim a ponto de não terem sinal de telefone? Não aguentava mais ficar sem noticias de Alex e Rachel, e minha cabeça já começava a trabalhar nas piores possibilidades.

Eram quase dez horas da noite quando escutei o barulho da porta se abrindo e sai correndo do meu quarto. Nunca senti tanta felicidade em ver as duas entrando no apartamento.

– Graças a Deus vocês voltaram. As duas, e junto. Obrigado senhor.

– Também sentimos saudades Lauren.

– Ei o que aconteceu? – Rach tinha um pequeno roxo no lado esquerdo do rosto, e Alex não parecia nem um pouco feliz.

– Quinn disse não no casamento, Finn achou que era minha culpa e me bateu, o pai da Quinn entrou na discussão e acabou descobrindo que ela e eu ficávamos, enfim longa historia, mas agora é definitivo, nos nunca mais vamos voltar pra Lima.

– Eu disse que não era uma boa ideia, sabia que causaria problemas.

– O que eu sei é que preciso de um banho. Alex você me espera? – ela continuava calada e respondeu Rach apenas com um gesto de positivo e se sentou no sofá.

Quando escutei o barulho do chuveiro ligando sentei-me do lado dela.

– Olha eu juro que fiz de tudo pra ela não ir nessa viagem, mas você sabe como sua namorada é quando coloca alguma coisa na cabeça.

– Não importa Lauren, ela indo ou não isso aconteceria de qualquer jeito. E a propósito você estava certa sobre ser estranho o casamento ter sido feito as pressas e o motivo é que a Quinn esta grávida.

– Como não pensei nisso antes? Caramba é tão obvio. Rach sabe?

– Sim, eu contei pra ela.

– E o que ela disse?

– Não conversamos sobre isso, eu apenas disse e pronto. E essa nem é a pior parte.

– Da pra ficar pior?

– Quinn só terminou com a Rachel por que meu irmão descobriu o relacionamento delas e disse que ia contar pra toda a cidade se ela não terminasse com a Rachel e ficasse com ele.

– Mais que merda, Alex teu irmão é um idiota. Não é possível que a Rachel também não disse nada sobre isso? – ela ficou calada – Espera você não contou pra ela? Você tem que parar de ficar guardando segredos da Rach.

– Eu vou contar.

– Quando?

– Eu só preciso de um tempo ta legal?

– Nos duas sabemos que você não tem muito tempo Alex.

– Então que diferença faz se vou perde-la de qualquer jeito – Alex levantou do sofá gritando. Respirou fundo tentando se acalmar. – Olha eu estou muita cansada, vou esperar a Rachel no quarto dela.

Alex foi pro quarto de Rach e eu fui pro meu, não queria mais ouvir gritos aquela noite.

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Alex...

Depois de uns 20 minutos Rachel apareceu no quarto, enrolada numa toalha um pouco curta e com os cabelos molhados. Eu estava sentada na cama brincando com um ursinho de pelúcia que tinha dado pra ela no nosso primeiro aniversario de namoro.

Tivemos uma pequena discussão no aeroporto. Quando ela disse que só tinha ido a Lima rever os pais, meu ciúmes falou mais algo e sabendo como ela reagiria a aquilo, acabei contando que a razão daquele casamento era a gravidez de Quinn. Não trocamos uma palavra sequer durante todo o vôo e nem no taxi que pegamos para o apartamento e agora estava ali sentada na cama dela, tentando me fazer de difícil e não olhar Rachel enrolada naquela toalha.

– Foi meio assim que nos conhecemos se lembrar? – Rachel disse parando na minha frente.

– É eu me lembro, mas infelizmente era eu que estava com a toalha.

– Ate que eu trombei com você e ela caiu.

– E depois disso nem precisei mais dela, o tanto que você ficou me secando.

– Não fiquei não. Você que veio com aquele papinho de que eu ficava linda quando estava nervosa.

– Você fica linda de qualquer jeito.

– Me desculpa? Eu não devia ter ido a esse casamento. – Rachel passou a mão pelo meu rosto

– Antes de pedir desculpa, acho que eu devia te contar uma coisa. É sobre a Quinn.

– Eu não quero falar sobre a Quinn, ou o Finn ou sobre nada que não seja você e eu. – levantei da cama e deu um selinho em Rachel. Ela segurou meu pescoço aprofundando o beijo. Passava minhas mãos pelos ombros molhados dela ate que a toalha caiu.

– É agora esta exatamente como aquele dia.

Nos duas rimos antes de voltarmos a nos beijar. Rachel secava o corpo ainda molhado nas minhas roupas. Tirei minha camisa e o sutiã enquanto ela desabotoava minha calça puxando junto minha roupa de baixo. Rachel estava com o corpo quente e cheirosa do banho, completamente irresistível. Ela era atrevida, distribuía beijos e mordidas pelo meu pescoço, e descia ate meus seios. Virei Rachel de costas e a empurrei ate a parede que dividia o quarto dela com o de Lauren. Mordia sua nuca enquanto uma de minhas mãos brincava com sua intimidade. Ela gemia a cada movimento meu e puxava meus cabelos com força. Quando chegou ao orgasmo Rachel virou de frente pra mim e me dando um beijo foi me empurrando para trás ate cairmos exaustas na cama.

– A gente devia ter feito isso quando se conheceu.

– Concordo.

– Já que é pra ficar relembrando momentos, tenho uma surpresa pra você. Mas preciso que feche os olhos.

– Okay.

Não fechei os olhos e pude ver Rachel sair do quarto. Três minutos depois ela estava de volta e gritou antes de entrar.

– Esta com os olhos fechados?

– Sim. – dessa vez fechei de verdade, senti Rachel sentar na cama e comecei a escutar estalos como se estivesse tentando acender um fósforo. – Rachel você não esta colocando fogo na cama,esta? Eu já te desculpei.

– Pode abrir. – Quando abri os olhos Rachel segurava um bolinho com uma velhinha em cima. – Você me mandou um no meu aniversario quando a gente ainda estava se conhecendo, parece bobo, mas foi um dos presentes que mais gostei, e sempre quis uma chance de fazer isso com você. Acho que um pedido de desculpa é uma boa oportunidade não? – nada que eu disse poderia explicar o que estava sentindo, então não disse nada. - Faça um pedido?

De repente as palavras de Finn voltaram na minha cabeça. Queria passar o resto dos meus dias com Rachel, não podia perde-la, e ela mesmo me deu a resposta de como faria isso.

– Vamos Alex, faça um pedido?

– Eu quero que você venha morar comigo Rachel.

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Notas finais do capítulo

Sei que não parece, mas esse é o começo do fim de Ralex, afinal morando no mesmo teto fica mais difícil guarda segredos, e a Quinn ta livre agora, sera que ela vai procurar a Rachel? Próximo capitulo semana que vem é o jeito, Beijos ate la deixem reviews que eu fico feliz e posto antes kkk. *.*



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