Things That Remain Unspoken escrita por JK2_Faberry


Capítulo 3
Got a Secret Can you Keep it? Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Era pra ter postado ontem mas aconteceu uns contra tempos ai, mas antes tarde do que nunca neh.De novo partes em itálico são as lembranças.Erros de português,relevem. Espero que gostem *.*



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Mesmo ignorando 80% das coisas que Quinn dizia, tinha que concorda com ela. Inverno em Lima era uma droga. Já era a terceira vez que reescrevia a mesma matéria em uma tentativa sem sucesso de gastar meu tempo, mas parecia que quanto mais rápido eu queria, mais devagar ele parecia passar, e já não aguentava mais aquela saudade ,nem por um minuto.

Completavam duas semanas. Duas eternas semanas desde que não via minha garota, minha Britt. Não era como se um dia eu fosse acabar me acostumando com essas constantes viagens com o grupo de dança, muito pelo contrario. Cada vez que Britt fazia as malas, sai pela porta da nossa casa e entrava naquele ônibus para mais um viagem sem destino certo e sem previsão para voltar, mais sentia meu coração doer e parecia partir junto com ela.

Então se alguma coisa poderia me deixar feliz com aquele casamento absurdo da Quinn era saber que veria meu amor. A conhecia muito bem pra saber que mesmo não entendendo como aquilo aconteceu, não perderia o casamento de uma amiga, ainda mais sendo uma das madrinhas, mas tinha que esperar esses malditos três dias que pareciam não passar. Tinha que fazer alguma coisa, matar o tempo, ocupar minha cabeça e o convite de almoçar na casa do Berrys me pareceu uma ótima oportunidade de deixar meus pensamentos em outra coisa que não fosse "quando a Britt vai chegar ".

Acabei minhas matérias e fui para a antiga casa da minha antiga melhor amiga. Era impossível estar la sem me lembrar dela. Rach fazia tanta falta. Sempre senti como se tomasse conta dela, mas a verdade é que Rach sempre estava la, me ajudando, cuidando de mim, e sem ela e com a ausência de Britt era como se vivesse outra vida, uma vida incompleta, totalmente diferente do colégio. De repente me vi obrigada a crescer e graças aquela promessa idiota que fiz pra Rach, tive que tomar conta do que de certa forma era principal causa dela não estar mais aqui. Pena que Quinn conseguia dar mais problemas que as duas junto.

Ela me confundia, não entendi suas atitudes. Perto dos pais, e principalmente quando o namorado idiota estava perto, Quinn se comportava da maneira de sempre quando achei que ela iria finalmente mudar. Também pensava que Quinn continuar com Finn seria o meu grande problema, até que ela me apareceu com um novo corte de cabelo, roupas estranhas e um cigarro entre os dedos. Aquilo me deu problemas. Por varias noites tive que buscá-la em bares bem distantes de Lima, e a encontrava completamente bêbada, aos beijos com alguém.

Quinn parecia estar perdida, sem caminhos ou esperanças, vivendo por viver, mas isso começou a mudar quando ela me disse que tinha encontrando uma câmera e queria começar a trabalhar com fotografias. Ela queria trabalhar, eu tinha uma vaga no meu trabalho. Sei que não era o que ela planejava, mas me esforcei pra que ela aceitasse. Assim teria ela por perto para ficar de olho, o que acabou ajudando na nossa amizade.

Não significa que Quinn parou de me arrumar problemas, mas agora, pra minha sorte, contava com a ajuda dos Berrys. Hiram e Leroy pareciam entender o que a fazia agir daquela forma sentir todo aquele medo que eu não entendia. Eles se conheceram no aeroporto no dia que Rach foi embora e apesar de terem todos os motivos para não gostarem de Quinn, não foi o que aconteceu mesmo a amizade deles vindo bem depois disso.

Tudo começou quando Blaine, melhor amigo de Quinn, resolveu sair do armário e ir ao um baile com um amigo. Na saída enquanto esperava seu pai buscá-lo, alguns garotos que viram os dois resolveram bater em Blaine,em um ato de pura homofobia. Quinn ficou revoltada e juntas resolvemos fazer uma matéria falando sobre esse tipo de preconceito.

Quinn com medo obviamente, não quis dar sua palavra, mas chamou Blaine para contar sobre o que sofreu e ainda sofria. Também não tive vergonha de compartilhar coisas que já havia escutado por causa do meu relacionamento com Britt, mas faltava algo naquela matéria. Faltava uma historia de superação com aquele final feliz que todos gostam de ouvir, e eu só conhecia um casal que podia mostrar isso.

Não foi fácil convencer Quinn a ir comigo. Claro que aquela casa trazia lembranças a ela,e ainda tinha o receio de o que o pai dela pensaria, mas no final consegui. Ela ficou o tempo todo encostada na parede, apenas ouvindo o casal contar como foi difícil ficarem juntos em uma época que o preconceito era muito maior do que hoje. Quinn chorou quando Leroy contou a reação dos pais dele quando descobriram a relação dos dois. De como ele foi expulso de casa apenas com o que vestia e encontrou abrigo na casa dos pais de Hiram que aceitavam melhor a condição do filho. Quando acabou o relato, Quinn simplesmente abraçou Leroy como se compartilhasse da dor, e ele retribuiu com lagrimas nos olhos. Me juntei a Hiram olhando aquela cena.

Desde então nos tornamos praticamente uma família. Eles se preocupavam com nos como se fossemos suas filhas, como se supríssemos a falta de Rach, que desde que descobriu sobre essa amizade se afastou deles, e para nos duas, Hiram e Leroy se tornaram segundos pais.

– Cheguei. - como ja era de casa não bati na porta, e fui entrando direto para a cozinha. Os dois estavam dançando juntinhos numa ceninha um tanto romântica que não queria atrapalhar. Melhor se tivesse batido na porta, ou chegasse no horário marcado.

– Chego bem cedo Sant, começamos a preparar a comida agora, pensávamos que viria mais tarde.

– É eu também pensei, mas não tínhamos muito que fazer no trabalho então resolvi vir mais cedo e ajudar em alguma coisa. Desculpa incomodar.

– Que isso querida não incomoda em nada, mas falando no plural, cadê a Quinn?

–Foi dar um jeito naquele cabelo rebelde dela. Adorava aquele penteado, mas aquilo não serve pra um casamento.

– Nossa é verdade, já esta chegando o dia. Sou o único a achar muito estranho esse casamento repentino? – Dei de ombros como se não soubesse a verdadeira razão. Não sei por que, mas Quinn não quis contar nem pra eles sobre a gravidez

– Não Leroy, mas vindo da Quinn tudo é tão confuso. Afinal se ela não gosta da Rach por que foi atrás dela no aeroporto? E por que tem essa relação estranha com o Finn quando é claro que não que não gosta dele? Ela parece esconder tantos segredos.

Mesmo descobrindo a maioria deles tinha a mesma impressão que os Berry. Aquele relacionamento forçado com o Finn escondia alguma coisa que ela não havia me contado, muito alem daquele "é complicado" que ela insistia em me dar como resposta, mas que eu ainda iria descobrir.

– Concordo com você Hiram. A verdade é que ela é uma bagunça por dentro, e é bom pra ela ter amigos como vocês por perto.

– De quem vocês estão falando?- Uma nova Quinn, mas com os mesmos hábitos antigos de também não bater na porta, entrou na cozinha cortando o assunto.

– Quinn como você esta bonita. Não que não gostássemos do seu cabelo como estava antes. - repetíamos tanto aquilo que acho que ela desconfiava que não gostávamos daquele cabelo - Mas agora esta perfeito

– Obrigada

– Concordo plenamente. Agora sim você parece uma mãe. - recebi uma mistura de olhares curiosos e confusos dos Berrys, junto com o olhar assassino de Quinn. – Co co com sua mãe, quero dizer você ficou parecida com ela porem mais nova, não que sua mãe seja uma velha. Quer saber? Estou faminta o almoço ainda não esta pronto neh? - Mudar de assunto me parecia uma melhor opção.

– Okay!? Vamos terminar o almoço. - disse Hiram ainda confuso, voltando sua atenção para a comida junto com Leroy, enquanto Quinn me puxava pelo braço para a sala.

– Você não consegue guarda um segredo mesmo hein?

– Desculpa, saiu sem querer. Mas também não entendo por que eles não podem saber.

–Eu não quero que ...a é complicado.

– Essa é sua resposta pra todas as perguntas que eu faço, e não vou mais aceita-la. Então me diga logo por que não quer que eles saibam?

– Porque não quero que a Rach saiba ok? - esse era o tipo de coisa que me deixava completamente confusa em relação aos sentimentos de Quinn

– Não sei o que passa na sua cabeça, mas isso faz algum sentido?

– Eu nunca coloquei um ponto final na nossa historia e todos os dias eu rezo pra que ela não tenha colocado um também. Peço pra que, quando ela tenha visto convite tenha pensando "que se dane casamentos terminam todos os dias", mas quando ela souber que estou grávida, que de alguma forma sempre vou estar ligada ao Finn, na vai ter mais jeito, esse é o ponto final certo?

– Quinn, a Rach foi embora. Ela tem uma vida em Nova York, uma namorada, novos amigos. Nem os pais ela procura mais. Ela seguiu em frente e você? Bom você vai ser casar com o idiota que escolheu ao invés dela. Acredite,também queria que fosse diferente, mas essa historia já teve um ponto final. - Vi os olhos de Quinn se encherem de lagrimas e me senti mal, talvez tenha sido um pouco grossa. Passei a mão no seu rosto impedindo que elas começassem a cair. – Por favor Quinn esquece isso, e não chora. Que tal você ir ao banheiro, lavar o rosto, respirar fundo e voltar com uma carinha melhor?

Quinn balançou a cabeça positivamente e foi para o banheiro. Voltei para a cozinha e ajudei os Berrys a terminar a comida. Tivemos um almoço super agradável. Rimos e conversamos bastantes sempre evitando assuntos relacionamentos a casamentos e pessoas em Nova York.

– Bom, muito obrigada, a comida estava ótima, mas realmente preciso ir embora agora. Grande festa hoje à noite, e preciso estar absolutamente divina pra entrevistar as pessoas mais chatas de Lima.

– É acho que já vou também. Quer uma carona Sant?

– Claro. Com o tanto que comi não acho iria conseguir chegar em casa andando.

Nos despedimos dos Berrys e entramos no carro. Quinn estava quieta, calada parecia ainda triste. Já conhecia aquele jeito e o que ele queria dizer, fiquei chateada mas não vou falar nada, então sabia que teria que perguntar pra acabar com aquele clima.

– O que foi Quinn?

– Nada.

– Eu te conheço o bastante para saber quando algo esta te incomodando mas não quer dizer.

– Não é nada, só estou um pouco triste.

– É por causa daquilo que eu falei? - o silencio dela foi minha resposta. - Me desculpa, não devia ter dito aquilo.

– Não Sant você esta certa. E é isso que me deixa triste. - paramos na porta da casa de Britt- Então, nos vemos daqui a pouco.

Dei um sorrisinho de lado pra Quinn e sai do carro, ainda preocupada com ela. Entrei em casa e agradeci que os pais de Britt não estavam. Não que não gostasse deles, mas era estranho ficar la quando ela não estava.

Quando acabou o colégio meus pais resolveram se mudar para New Orleands onde meu pai tinha uma empresa. Na época Britt e eu estávamos mais que apaixonadas e ficar longe dela era algo que não suportaria. Como ainda não trabalhava e não tinha condições de me virar sozinha, minha desculpa foi que não podia deixar a faculdade, mas não queria deixar a Britt. Meus pais disseram que poderia ficar desde que tivesse onde morar, e foi assim que me mudei para casa da Britt.

No começo era legal. Os pais dela eram super simpáticos, sabiam que tínhamos uma relação e acreditavam que eu fazia bem pra filha deles, ficávamos juntas o tempo todo e era ótimo. Mas em momentos como agora, onde me via sozinha na casa dos pais da minha namorada, sentia-me totalmente deslocada, não sabia como agir com eles e passava o maior tempo possível fora de casa, apenas evitando-os.

Subi para o quarto que Britt dividia comigo, afim de dormir um pouco antes de me arrumar para a festa, mas quando abri a porta percebi que isso não ia acontecer.Não podia acreditar,mas Britt estava ali sentada na cama, com um imenso sorriso olhando pra mim.

– Então vai ficar ai de boca aberta ou vai vim me dar um beijo?- voltei para realidade e corri para os braços de Britt distribuindo beijos. Meu coração batia acelerado, como se fizesse anos que não a via.

– Eu estava com tantas saudades de você. – disse sem me afastar dela. – Achei que você ia chegar só no domingo, que ótima surpresa. – Britt separou nossos lábios e me encarou mais sedutora do que nunca.

– Mas eu ainda nao te dei a surpresa. – ela se levantou da cama e ficou de frente pra mim tirando o nó do casaco que só agora percebi que ela vestia e foi soltando os botões enquanto fazia uma dancinha lenta que me deixava louca ate que finalmente chegou ao ultimo botão e tirou o casaco. Sim eu estava surpresa. Britt estava completamente nua e no meio de toda aquela perfeição, o desenho de um coraçãozinho com a letra S se destacava, na lateral do abdômen. - Gostou?

– Posso te mostra o quanto gostei? – Britt mordeu o lábio me dando sinal verde, levantei da cama e me ajoelhei na frente dela, ficando na altura do desenho, onde depositei o primeiro beijo. Fui subindo os beijos pelo abdômen de Britt, em seus seios, seu pescoço. Dei uma leve mordida na sua orelha e sussurrei. – Isso mostra o quanto eu gostei?

Britt fez que não com a cabeça, passou a mão pela borda da minha blusa e a puxou para cima. Jogou a peça em qualquer lugar e voltou à atenção para minha calça, dessa vez Britt que se ajoelhou, e foi puxando ela para baixo. Beijava minhas coxas enquanto eu passava a mão pelos seus cabelos. Puxou minha calcinha com delicadeza, de maneira que sentia a ponta dos seus dedos roçarem na minha perna causando arrepios.

Britt levantou e começamos a nos beijar. Suas mãos passeavam pelas minhas costas a procura do ultimo empecilho. Meu sutiã se soltou facilmente e caiu no chão do quarto. Sem nada entre nos, puxei Britt para mais perto para sentir todo o seu corpo. Sentei-me na cama e ela sentou no meu colo, colocando suas pernas entre mim.

Britt segurava meus cabelos e os apertava forte beijando meu pescoço. Uma de minhas mãos passeava entre seus seios e descia ate sua intimidade, enquanto a outra dava apoio a suas costas.

– Santana? – Britt pulou do meu colo se assustando com a voz da mãe no andar de baixo. - Santana, você esta ai em cima?

– Sim, estou aqui.- disse recuperando o fôlego.

– Você esta bem querida? Escutei alguns barulhos estranhos, esta passando mal? – Tivemos que segurar pra não rir.

– Não só estava assistindo um filme.

– Ah entendi. Se já tiver acabado será que você e a Britt poderiam me ajudar a guardar umas compras?

Ok, agora eu fiquei sem graça. Olhei para Britt que parecia também confusa.

– Por favor me diz que sua mãe sabia que você ia chegar hoje e que ela não ouviu a gente transando e reconheceu sua respiração ofegante. – Britt ficou calada. – Ótimo eu nunca vou sair desse quarto. Droga eu tenho que sair desse quarto, e agora, se não vou me atrasar.

– Pra que?

– Tenho que cobrir uma festa essa noite.

– E você não pode faltar? Tinha planos pra nos duas, quem sabe, continuarmos de onde a gente parou. – Britt se aproximou de novo passando as mãos pelo meu pescoço.

– Tentador, mas infelizmente eu tenho que ir. Cara eu odeio ser a melhor do meu trabalho.

– Quanta humildade. Mas concordo, Quinn e você formam uma ótima dupla. Falando nisso, como ela esta?

– Não sei Britt. É difícil definir como a Quinn esta. Como ela gosta de dizer, é complicado.

– Eu entendo, as pessoas ficam assim longe de quem elas amam. Ela só esta perdida sem a Rach. Assim como eu ficou perdida sem você.- Britt me deu um selinho.- Diz que mandei um beijo pra ela.

– Pode deixar. Vou me arrumar então e você vai ajudar sua mãe. Vou precisar de um tempo pra encarar ela de novo.

Fui para o banheiro me arrumar, já que agora contra a minha vontade eu tinha que ir naquela festa. Mesmo tentando ser rápida acabei chegando um pouco atrasada. Como todo grande evento da alta classe de Lima era feito na imensa casa do prefeito, e havia muita comida, bebida e claro gente rica esnobe tentando ser o mais antipático possível. Encontrei Quinn perto de uma das mesas segurando um copo de suco e com uma expressão de quem não estava gostando nem um pouco de estar ali.

– Cheguei, desculpa o atraso.

– O que aconteceu? Você estava empolgada pra festa.

– Estava, ate descobrir que minha mulher resolveu vir mais cedo me fazer uma surpresa. Agora enquanto ela esta em casa me esperando, e eu estou aqui nessa droga de festa. Ela te mandou um beijo.

– Diga que mandei outro. Olha eu não estou com muito clima pra festa então porque você não faz uns comentários eu tiro algumas fotos e a gente da o fora daqui.

– Não da, esqueceu que o chefe disse, toda festa de rico acaba em escândalo, então só podemos sair depois de conseguir um. Enquanto isso que tal bebermos todas e dar um grande prejuízo pra esses riquinhos?

– Eu não bebo Sant.

– Desde quando? – Quinn cruzou os braços e disse o mais baixo que podia.

– Preciso te lembrar.

– Ops! Foi mal. Sem problemas, eu bebo por nos duas. – peguei dois copos na bandeja do garçom que passava e virei de uma vez.

No meio da festa, percebi que os garçons pararam de me servi então resolvi, eu mesma , puxando Quinn comigo,ir ate a mesa de bebidas. Enquanto preparava um drinque reparei a distancia algo que me chamou atenção.

– Ei Quinn, aquele não é o... ?

– Sim. O que ele esta fazendo aqui? – Quinn mal terminou a frase e já estava indo atrás da pessoa. Larguei a bebida na mesa e a segui.

Já havia participado de tantas festas naquele lugar que sabia exatamente que Quinn caminhava pra o jardim dos fundos daquela casa, que parecia um imenso labirinto. Quando enfim a alcancei, Quinn estava parada olhando fixamente para algum lugar.

– Será que pode me esperar da próxima vez?- Quinn fez sinal de silencio sem tirar os olhos do local. Segui a direção que ela olhava e ainda sem entender o que tanto espantava. – Olha aquela não é a filha do prefeito. Cara quem é esse que ela esta agarran... O meu Deus.- Agora sim entendi a expressão de Quinn aquilo era inacreditável, mas a atitude dela foi ainda mais. Ela subiu a câmera e mirou na direção do casal a alguns metros de nos e começou a tirar fotos. – Quinn, que merda você esta fazendo?- Quinn me olhou com uma raiva nos olhos que nunca tinha visto antes.

– Consegui nosso escândalo.

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Mais uma noite sem dormir e tudo graças a Alex que não era minha namorada, mas conseguia tirar meu sono. Agora de cabeça fria resolvi que era hora sair do quarto. Fui ate a cozinhar preparar um café que preferi tomar no sofá da sala enrolada no meu edredom.

Fazia muito frio aquela manha, e tive vontade de matar a infeliz, quando ela abriu porta do apartamento e ficou parada ali esperando uma palavra pra entrar.

– Pelo amor de Deus Alex entra logo e fecha essa porta. – ela fechou a porta e em passos lentos veio na minha direção.

– Ei, a Rachel já acordou? Queria me despedir dela.

– Ainda não, sabe como sua namorada é pra acorda nos sábados. Mas é bom você ter chegado antes, queria te pedir desculpas pela minha atitude de ontem. Acho que acabei fazendo exatamente o que você tem medo que a Rach faça não é. Fugir?– Alex deu um sorriso e se sentou no sofá

– Tudo bem, já me acostumei com esse tipo de reação.

– Mas não devia Alex. Nao de uma amiga, e muito menos da sua namorada, mas eu entendo e ate que você tenha coragem de contar tudo pra Rach, você pode contar comigo pra qualquer coisa. – Alex se levantou e me deu um abraço, que retribui. Não percebemos a porta do quarto de Rach se abrindo.

– A que bonitinho. – ela batia palmas e ria olhando para aquela cena. –Acho que isso explica por que você estava nervosa ontem quando chegou da casa dela? Sabe Lauren, acho que já esta na hora de você aprender a se virar sem a Alex.

– Não é nada disso.

– Tudo bem, pode sentir saudade da minha namorada, eu não tenho ciúmes. – Rach ria enquanto Alex fazia cara de quem não estava entendendo nada daquilo.

– Não sei do que vocês estão falando e não tenho muito tempo pra saber. Só vim te dar um beijo antes de ir. – Alex segurava a cintura de Rach e ela passou as mãos pelo seu pescoço

– Não vou conseguir mesmo te convencer a não ir?

– Já paguei a passagem e eles não vão me reembolsar. – claro que Alex estava sendo sarcástica. – Quer que eu de algum recado para seus pais?

– Mesmo se eu disser que não você vai dizer qualquer coisa pra eles, então como punição prefiro deixar você quebrar a cabeça.

– São seus pais Rachel. Não pode ignorá-los pra sempre, mas eu invento alguma coisa. Agora vou indo. Boa sorte no teste.Te vejo na segunda. – Alex puxou Rach para um beijo demorado, cheio de paixão. Confesso que fiquei com pouco de inveja

– A que isso eu também quero beijo. – elas se afastaram.

– Tchau Lauren. – acenei com a mão e Alex foi embora.

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Já era noite quando Rach e eu assistíamos a um filme na sala e o telefone tocou. Ela deu um pulo do sofá pensando que talvez fosse Alex dando noticias de Lima.

– Alo... sim é ela... cancelado como assim?...Tudo bem então aguardo o próximo dia. – virei-me curiosa pra Rach que estava em pé colocando o telefone na mesinha. – Meu teste foi cancelado.

– Disseram por que?

– Resolveram adiar, não explicaram direito os motivos.

– Bom então a gente pode planejar alguma coisa pra fazer amanha – Rach continuava do lado da mesinha do telefone, e pegando o convite branco esquecido ali, teve a pior ideia que poderia imaginar

– Quer saber Lauren, eu vou nesse casamento. – falou correndo para o quarto. Joguei meu edredom para o lado e pulei do sofá indo ate atrás de Rach que já tinha colocado uma pequena mala em cima da cama e procurava algumas peças no guarda roupas.

– Você ficou louca?

– Não. Estou seguindo seu conselho. Você que falou que se eu queria tanto saber o motivo da Alex querer ir nesse casamento deveria ir com ela?

– Não?!Eu nunca disse isso, e a Alex nunca pode saber que eu disse. Alem do mais Rach o que você vai fazer la?

– Vocês vivem me dizendo que eu tenho que voltar a conversar com meus pais. Essa é uma ótima oportunidade.

–Liga pra eles, manda email, uma carta sei la. E também você nao prometeu nunca voltar a Lima?

– Promessas são feitas para serem quebradas, certo?

– Regras Rach, regras são feitas para serem quebradas, não promessas.

– Não importa, de qualquer jeito a Alex já a quebrou mesmo. – disse fechando a mala e saindo do quarto.

– Não,não Rach essa é uma péssima idéia. Já é noite, vai ser difícil conseguir um avião.

– Você sabe que não é difícil. O máximo que pode acontecer é pegar um dos últimos vôos e chegar la amanha de manha. Não tem erro Lauren. – Rach me deu um beijo no rosto e gritou batendo a porta do apartamento- Te vejo na segunda.

– Droga, a Alex vai me matar.


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Notas finais do capítulo

É isso ai. Bom sempre que eu falo quando vou posta o próximo capitulo,tudo da errado, então não vou fala kkk mas deve ser domingo ou segunda que vem. ate então



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