Polícia - A Gang South Pie escrita por judy harrison


Capítulo 8
Trol


Notas iniciais do capítulo

Jon agora tenta descobrir quem é o verdadeiro chefe da gang, pois sabe que não é Trol.



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Jon tinha uma vantagem enfim, entendeu que havia urgência naquele plano, e o prefeito teria que ser morto até o fim da semana.

Trol abriu uma grande folha de papel onde tinha uma réplica da planta da residência do prefeito. Ela mostrou que entendia bem como encurralar uma pessoa e a partir das ideias de Jon, elaborou algumas armadilhas para os seguranças que estariam rodeando a casa.

Enquanto ela falava e debatia com Raymond, o mentor daquele plano observava também. Trol era inteligente e astuta, mas muito inexperiente quanto a tratar de seu pessoal, falava com autoridade e arrogância, não acatava conselhos ou sugestões. Ela não tinha o perfil de uma líder.

Apenas quando Jon falava ela ficava em silêncio e o encarando atenta, concordava com suas sugestões e enaltecia as ideias novas ou mudanças.

Daquela vez, Linda participou dizendo como atrairia a atenção se um dos militares para desmantelar a segurança. Os mais jovens atacariam os outros com tiros, e o velho abriria caminho para que Walter, Jon e Raymond entrassem sem obstrução, chegando até o prefeito. Era função de Jon acha-lo e mata-lo à queima-roupa, para garantir o sucesso da operação.

Trol concluiu:

_ Todo o esquema tem que durar entre três e cinco minutos, depois de Linda, ok? Precisamos de um treinamento intensivo amanhã, não podemos falhar dessa vez. – levantou-se e eles fizeram o mesmo saído da mesa.

Todos foram embora.

Uma hora depois Jon voltou.

Trol estava na cozinha preparando um chá, já passava das oito da noite quando escutou o barulho do carro de Jon. Ela correu para a porta e a abriu sem demora.

Jon entrou e a encarava com um sorriso de desconfiança.

_ Veio terminar seu serviço da outra noite? – ela perguntou e tentou beijá-lo, mas Jon esquivou-se a deixando no ar.

_ Eu vim para saber o que quer de mim. – ele havia pensado em tirar dela mais informações, já que notou sua simpatia por ele.

_ Como assim? – ela disse paralisada onde ele cortou sua empolgação.

_ Raymond me disse que você sabe que eu não sou bom atirador e que estarão me testando. Se eu falhar acabarei como o outro.

Ela se virou.

_ Ora, mas não foi você que se prontificou a matar o prefeito? E, além disso, eu não disse nada a Raymond sobre você! Ele me disse que você atira mal, mas eu nem me convenci.

Ele a segurou pelo queixo devagar, mas foi firme ao falar.

_ Ele disse que o chefe pediu isso e você apenas acatou.

Antes de responder, ela pensou um pouco. Não havia dúvidas para Jon, Trol não era o chefe.

_ Do que está falando? Sou eu quem dá as ordens, Raymond não sabe o que diz e ele está se arriscando com isso.

Ela saiu de sua frente e foi para o quarto, Jon ficou à sua espera e não foi em vão. Trol voltou depois de um banho e novamente vestia roupas sensuais, e sentou-se em um “Puff”, na frente dele, cruzando as pernas num gesto sensual. Sua vestimenta agora era de cor púrpura e reluzente. Combinava com seu ar superior e ao mesmo tempo romântico.

_ Não quer tomar chá comigo?

_ Eu quero que me conte a verdade. Estou prestes a deixar a operação se sentir que estão armando para mim.

_ Não seja bobo! – ela arrumava os cabelos para frente, Jon não ignorava que Trol era muito sensual – Eu seria a primeira a evitar. Sou a chefe.

_ Eu não duvido! – ele se ajoelhou e a segurou pela cintura. Depois a beijou como se a devorasse. Disse encarando-a com desejo.

_ Quero estar com você lado a lado! Esse posto de soldado não me serve, pois sou muito mais do que um reles atirador. – ele a tocou em suas partes íntimas, tinha que deixa-la vulnerável, e não demorou a fazê-lo – Se é tão poderosa me dê esse poder também. Poderemos ser um casal perfeito!

_ Eu não posso! – ela gemeu quando sentiu dedos fortes a molestá-la – Oh, Jon! - ela o abraçou e sentiu seu corpo tremer.

Num rápido movimento ele a levantou em seu colo e a levou para o quarto. Mas não pretendia fazer nada com ela exceto provar a si mesmo que a dominava quando bem quisesse, e dominava como ninguém.

Ele a colocou na cama e deitou ao seu lado para acariciar o rosto corado pelas sensações provocadas.

_ Eu te amo e quero estar à sua altura. Conceda-me esse favor, Trol!

_ Eu não posso.

_ Por quê? É verdade que ele não permitiria? Seu superior?

_ Sim! – ela o beijou e queria que ele avançasse, estava eufórica.

_ Leve-me até ele antes da operação!

Mas ela recuou e sua euforia diminuiu.

_ Está querendo tomar o meu lugar, Jon?

_ Não, quero ajudar você, para que toda operação seja perfeita como essa será! Quero ser líder como você, juntos seremos mais poderosos.

_ Como tem tanta certeza?

_ Eu me garanto! E você é tudo que quero!

Jon a despiu e, contrariando-se, deu o que ela queria, não podia retroceder agora, e seus instintos falavam mais altos do que a decisão de ir embora.

Deitados lado a lado, Trol e Jon se beijavam, depois do sexo, como se nunca mais fossem se deixar.

Incomodado com aquilo que estava sentindo, Jon se afastou um pouco. Trol era uma assassina e ele não queria esquecer.

_ Me diga por que mentiu pra mim. – ele pediu, ainda olhando para ela e sentindo o calor de seu corpo.

Muito relutante, ela acabou cedendo. O olhar castanho e o rosto jovem de Jon a deixou vulnerável, ela estava perdidamente apaixonada.

_ São ordens. Eu só sigo ordens. Desculpe-me. – disse chateada.

Jon tinha que achar as palavras certas.

_ Se eu morrer, não sentirá remorsos? Está me iludindo e me fazendo te amar, pra depois me jogar fora como descartável? – ela negou com a cabeça e acariciou seu rosto – Me conte por que o chefe quer me ver morto.

_ Raymond inventou isso tudo! – disse finalmente – Se disse isso é por que não gosta de você. O... Chefe não quer você morto, queria que tirássemos você da operação.

Jon ficou confuso. Raymond não havia dito nada a ele, certamente por que não sabia, mas era certo que Trol tinha acesso ao chefe.

_ Por quê?

_ Disse que você não servia para nós, mandou-me dispensá-lo. – ele ficou surpreso, aquilo parecia mentira – Eu não quero dispensá-lo, mas ele me deu essa única ordem.

_ Ele é um membro da comissão de segurança de Sacramento?

_ Não! – ela disse, mas seus olhos diziam “sim” – Por que quer saber, Jon! Não brinque com ele! Se acha que somos maus, ele é ainda pior, não espere para ver!

Jon deu um beijo de despedida nela e saiu da cama.

Triste pela separação ela pediu que ele dormisse lá.

_ Não posso, eu preciso ir. Nos veremos amanhã. E espero que você me diga quem ele é, pois eu mesmo vou falar com ele. A ideia do ataque foi minha e ele não pode me descartar.

_ Afronta-lo é o mesmo que assinar sua sentença de morte. – lamentou e se levantou, jogou-se nos braços dele – Não quero perder você, Jon!

_ Quer que eu saia da gang?

_ Acharemos um jeito, eu tentarei convencê-lo a deixar você em outro posto!

_ Está bem.

Jon saiu e sua cabeça fervia. Não queria acreditar, mas suas suspeitas apontaram para uma única pessoa: o comissário Weber.


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