Polícia - A Gang South Pie escrita por judy harrison
Notas iniciais do capítulo
Jon conhece detalhes da vida de Linda e se apaixona por ela.
Linda contou a Jon que estava presa à gang, não podia desistir, pois temia que alguém tomasse sua filha.
_ Sei que também errei, disse que queria entrar para vingar a morte do meu pai. - ela dizia enquanto suas lágrimas caiam – mas eu não quero mais. Estou pagando um preço alto por minha vingança.
_ Quem é o chefe, Linda? – ele a encarava com desconfiança, queria muito acreditar em tudo aquilo.
_ Eu não sei, mas sei que é um homem de poder!
Ele ficou pensativo, enquanto Linda tentava se acalmar. Alguns minutos se passaram num total silêncio.
_ Acha que podemos voltar agora. – ele perguntou, queria agir.
_ Sim. – secava seus olhos com um lenço.
_ Você confia em mim, Linda?
Ela tinha dúvidas.
_ Não sei em quem confiar, na verdade.
_ Me prove que posso confiar em você e eu a ajudarei a sair dessa gang sem se machucar.
_ Como? É impossível! – riu triste.
_ Eu darei um jeito.
_ Não tenho nada que prove tudo isso, a não ser minha palavra.
Satisfeito com a resposta ele saiu com o carro, e quando chegaram perto de onde saiu ele parou. Estava disposto a livra-la por causa de Cindy, e não a acusaria quando fosse entregar toda a gang. Mas tinha que saber se ela era verdadeira.
_ Me diga onde você mora, eu quero conhecer sua filha.
Linda não concordou de imediato, tremeu, hesitou muito, ele chegou a achar que tudo era farsa. Quase a jogou para fora do carro.
Mas ela disse enfim.
_ Vire à esquerda e siga até um muro branco, vire à direita, e é lá que moro.
Sem demora ele fez o trajeto rapidamente. Parou em uma casa bonita, bem arranjada e com dois carros de luxo na garagem.
_ Me leve até lá, quero conhecer sua família.
Linda fez o que ele pediu, mas não o fez de bom grado, estava com muito medo, pois não era permitido entre gangs se relacionarem com o âmbito familiar de um integrante.
Quando ela abriu a porta, Jon estava atrás dela, e acompanhando seus passos, olhando cada canto.
De repente Cindy veio na direção dos dois, uma criança sorridente com uma roupa de balé e com seus cabelos loiros como era os de Jon, sem seu disfarce. Ele observou o encontro das duas.
_ Mama! Eu vi o ursinho, vovó achou pra mim!
Cindy estendeu os braços, não tinha mais que umas dezenas de centímetro e era muito esperta. Linda a pegou no colo e se afastou da porta.
_ Que bom, minha filha. Onde está vovó?
_ No banho. Ela saiu já, está trocando.
Ela virou o rosto atrás de sua mãe e encarou Jon, ele sorriu acanhado, meio perdido. Linda enfim falava a verdade. E Cindy era um encanto.
_ Oi. – ele disse, e a menina sorriu também.
_ Cy, vai dizer à vovó que eu cheguei.
Obediente, a menina foi depressa. Ela mostrou o sofá, desanimada.
_ Sente-se, eu vou buscar um café para você.
Jon sentou-se, observou toda a sala. Era muito bonita, com móveis novos e decoração perfeita. Ele passou a mão sobre o tecido do sofá, era muito macio.
_ Bom dia! – era a mãe de Linda.
Jon levantou-se depressa. Era uma mãe jovem e tão bonita quanto sua filha.
_ Bom dia, senhora.
Linda chegou em seguida com Cindy.
_ Mamãe esse é Jon, meu namorado. – ele a encarou admirado, enquanto a mãe dela segurava sua mão.
_ Muito prazer, senhora...
_ Mary, prazer! Eu vou deixar vocês agora, está na hora de levar a menina para a aulinha de balé, com licença. – ao se virar a chave do carro caiu de sua mão e Jon a pegou, entregando de volta – Obrigada.
Ela saiu com sua neta em um dos carros que estavam estacionados.
Linda entregou o café a ele, sentou-se em sua frente e esperou que ele falasse. Mas eles flertaram e acabaram sorrindo um para o outro.
Jon estava satisfeito por ter descoberto que ela estava sendo verdadeira.
_ Sua menina é muito bonita, se parece com você.
_ Obrigada. – mas seu semblante triste voltou – Agora, se você se virar contra mim, terá minha família em suas mãos.
_ Não diga bobagens. – disse indignado – Eu quero proteger você.
Ele queria contar que era policial, mas era cedo ainda. Pediu que ela sentasse ao seu lado e contasse como Cindy nasceu.
Depois de falar sobre a menina, Linda contou a ele sobre seu pai.
_ Ele era corrupto, eu sei, mas foi enganado pelos poderosos. Eu só queria justiça. Mas não queria matar gente inocente.
_ Foi um ato estúpido, matar não fará justiça.
_ Diz isso como se não estivesse lá pelo mesmo motivo.
_ Sim, eu estou, mas as circunstancias são outras. Eu já disse que nada tenho a perder.
Ela se agarrou a ele.
_ Eu queria muito que nada disso fosse verdade! Que fôssemos namorados de verdade e eu sairia como você para o parque, com Cindy, e fosse feliz como qualquer outra mulher! – Jon a apertou contra si, estava penalizado – Há dois anos estou sem vida!
_ Não se aflija. Tudo vai acabar!
Linda se afastou um pouco para olhar seus olhos.
_ Não se importou que eu tivesse mentido para minha mãe?
_ Eu sei que não poderia me apresentar como seu colega de uma gang... Eu até gostei.
Ambos sorriram e se abraçaram.
Jon procurou seus lábios para beijar. Linda concedeu e o beijou primeiro.
Depois de mais alguns beijos, ele achou melhor sair de lá, pediu que Linda nunca contasse que estiveram juntos.
_ Nos veremos hoje à tarde, nem uma palavra ou gesto suspeito, está bem? Em breve eu darei um jeito para libertar você, eu prometo.
Ela ficou pensativa enquanto recebia as mãos grandes de Jon a acariciar seu rosto.
_ Por que esse interesse por minha vida assim, Jon?
Ele não poderia dizer que era um homem de princípios e que estava ao lado da lei.
_ Por sua filha. Você errou muito, mas ela não pode pagar por isso. – aquilo era verdade.
Eles se despediram com outro beijo ardente, e Jon se foi com a sensação de que tinha o dever de livrar Linda e sua filha daquela opressão.
Mas havia o outro lado, Jon tinha muito que descobrir, e não queria esperar mais. À tarde, na reunião, Raymond disse que ele seria o atirador naquela emboscada.
_ Temos a planta da casa do prefeito aqui. É um lugar fácil de invadir, um sítio aberto. Só teremos que cuidar dos seguranças em volta do local. Antes temos que cortar o sistema telefônico.
Jon compartilhou suas ideias de invasão como todos, e ajudou a elaborar um plano que tinha chances quase nulas de falhar.
Mas a segurança era cerrada e todos teriam que participar. De modo que nem Trol poderia ficar de fora.
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