Polícia - A Gang South Pie escrita por judy harrison


Capítulo 2
Infiltrado


Notas iniciais do capítulo

Bruce muda completamente sua aparência em prol dessa missão. Agora ele é JON, um revoltado jovem filho de assassino em busca de vingança.



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Bruce estava em seu quarto, um pequeno hotel onde foi abrigado a pedido do capitão, para que ele tivesse tempo de achar uma morada fixa. Já com um mês em sacramento desde que saiu de São Francisco, ele não tinha cabeça para mais nada.

Ali ele tinha comida e serviço de graça, pagos pela prefeitura.

A cama estava quente. Fazia frio naquela noite, mas ele não conseguia dormir. Premeditava a farsa para realizar sua façanha, e surpreender de novo, mas não deixava de pensar em outras coisas. Às vezes a imagem de Jamie ou Grace invadia seus pensamentos e ele sentia ódio da vida, então pensava em sua mãe, a verdadeira mulher de sua vida, e sorria um pouco, mas sabia que estava em falta com ela. Nunca ligava nem mandava cartas, estava ainda magoado por Laurence tê-la roubado dele. Ai ele esquecia tudo e voltava a pensar no trabalho, sempre árduo e tenso.

Para sentir-se melhor, ele falava sozinho.

_ Sei que o comissário me odeia, ele quer me ver pelas costas! Mas eu não ligo. Vou trazer aquele bandido para o Prefeito e pedir uma transferência para Los Angeles.

Ele não gostava de ter inimigos, sempre procurou a amizade de todos os colegas para poder fazer um bom trabalho e contar com cada um. Mas ter um superior que o detestava, que só o tolerava por conveniência era uma experiência que ainda não tinha vivido.

Seu disfarce era simples. Ele cortou e pintou os cabelos antes franjados que tapava suas orelhas e eram loiros de tom pastel, agora estavam castanhos e curtos. Além daquela mudança brusca, ele pediu a uma agente que fizesse uma modificação em suas sobrancelhas, e o ajudasse na mudança de seu figurino também. Seu toque final era uma tatuagem de Hena, um desenho de dragão e lentes de contato castanhas.

Enfim, ele estava pronto para seu plano.

Com a ajuda de seus contatos particulares, ele conseguiu um encontro com um integrante da Gang South Pie. E depois de ser revistado e fotografado, ele foi chamado.

_ Bem, então você é Jon? Jon de quê?

Era Raymond, o intermediário entre o chefe e os novos integrantes. Um rapaz jovem, de 25 anos, baixo e musculoso, tinha a cabeça raspada e exibia nela uma grande cicatriz de ferimento, seu modo de falar demonstrava tranquilidade, não tinha nada que apresentasse sua valentia, dita por conhecidos da polícia. Raymond era responsável por matar as mulheres que ascendiam na sociedade.

_ Eu me chamo Jon, e é só! – disse para se mostrar duro.

Bruce agora era Jon, estava em um campo inimigo, tinha que ser cauteloso.

_ Bem, - sorriu – eu preciso saber o que você quer com a gente. Tem que ter uma boa razão para entrar para nossa “fraternidade”.

_ Sou filho do homem que o prefeito de Sacramento mandou matar a cinco anos.

_ Bem, se você se refere a John, ele não tinha filho nenhum.

_ Você está olhando para ele! Com não? – disse serio.

_ Prove! – Raymond desafiou.

Obviamente, Jon já estava prevenido e havia conseguido um documento exatamente igual ao que pertenceu a John, que provava que ele tinha um filho, e também uma certidão de nascimento. John era matador de policiais na época, e foi morto em uma operação.

Raymond pegou o documento e leu.

_ Você é esse rapaz aqui? – se referia a uma foto na identidade.

_ O que você é? Cego? – disse impaciente, a foto não era ele, mas por estar danificada, apresentava semelhanças com seu novo visual.

_ Ok, você terá que fazer uns testes.

Jon sabia, não estava preparado, mas sabia.

Depois de responder a outras perguntas, Jon estava a ponto de conhecer o chefe deles.

_ Diga a ele que pretende matar o prefeito, o desgraçado responsável pela morte de seu pai.

No mesmo dia ele foi convocado a comparecer diante de Trol, o poderoso entre eles.

Enquanto levava Jon, Raymond explicava que ninguém o conhecia exceto quem ele decidisse, e que Jon só devia falar se fosse solicitado.

Quando chegaram a uma casa, eles entraram e Jon se deparou com a pessoa que, segundo Raymond, era temida pelos cinco integrantes da gang. Atônito ele a encarou.

Trol não era um homem, e sim uma mulher, uma linda e encantadora mulher.

_ Então, você é filho de John! – ele não disfarçava sua admiração - Não me olhe assim! – ela disse visivelmente surpresa com ele também, era um homem jovem, lindo e robusto – Submeta-se! – disse com autoridade.

_ Não vim me submeter a você. – ele disse e Raymond arregalou os olhos – Vim trabalhar com você!

Aquele era o plano desde o início, mas ele nunca esperou se deparar com uma mulher. Porém não podia mudar o que já tinha planejado.

Trol deu uma gargalhada, divertindo-se.

_ Raymond, você não disse a ele? Eu não cumpro ordens. – ela chegou mais perto dele e o “aspirou” de cima a baixo com seus olhos – Ainda mais de um menino.

Jon trabalhou rápido com sua mente. Precisava deixar de lado o medo que tinha de uma mulher, não medo físico, mas o medo de maltratá-la ou de agir em vantagem, tinha que se lembrar de que ela era perigosa, assassina e perversa. Precisava agir à sua altura.

Mesmo tremendo um pouco, ele criou coragem para incorporar o homem que precisava ser. Enquanto Trol o rodeava sutilmente ele a acompanhou com os olhos e disse com meio sorriso.

_ Quer que eu te mostre o menino que sou?

_ Ah! – era riu, parando em sua frente – Eu devia sentir medo?

_ Talvez. – insistia com seu olhar no dela - Se dispensar seu mensageiro, eu vou dizer de que medo estamos falando.

_ Você é bem atrevido! – ela sorria, estava desejando-o – E se tentar me matar?

_ Se eu conseguir, certamente você pedirá bis.

Ele mesmo achou aquilo engraçado, mas Trol estava atraída por sua beleza e masculinidade, além daquela petulância.

Num gesto com a cabeça ela ordenou que Raymond saísse. E na frente de Jon acariciou seus cabelos. Ele ainda a encarava, seu semblante parecia congelado e ele precisava fazer algo que o denotasse um gangster merecedor de sua confiança. Então conseguiu sorrir.

_ Me parece que é você quem quer me causar medo. – ele disse.

_ Não, mas sabe que lá fora eles entrarão se ouvirem um grito meu.

_ Gosto disso. Uma garotinha ingênua bancando a poderosa!

_ Eu sou poderosa! – disse perdendo seu sorriso, mas logo sorriu de novo – Eu posso ter uma missão para você, Jon e talvez você vá gostar.

Ela o abraçou e ambos se beijaram. Jon a apertou contra si e a beijava com voracidade enquanto ela respirava forte se esfregava no corpo dele, se insinuando.

Trol estava de calça jeans e uma jaqueta feminina de couro, tinha um corpo torneado e era tão alta quanto ele, seus cabelos cheios e tratados eram grandes, até abaixo dos ombros e castanho claros. Ela tinha 30 anos, mas aparentava ter quase 25.

Mesmo com todo aquele movimento, Jon não tinha a menor excitação. Quando viu que a tinha dominado e que ela estava se entregando aos poucos, ele a deixou no vácuo. Foi para a porta enquanto ela se arrumava dos amassos que tinha em sua roupa, completamente envergonhada.

_ Por que fez isso? – disse achando-se indigna, pois não havia provado ainda o rejeito.

Seguro de si, Jon respondeu de onde estava.

_ Vim aqui para trabalhar. Se isso foi um teste, saiba que não me entrego facilmente.

_ Ora, mas que prepotência! – ela disse indignada – Eu não estou interessada em um fedelho. Tenho homens de verdade, poderosos, que me fazem morrer de prazer, quando eu quiser!

_ Estou contratado ou não? – ele disse tentando não responder àquela declaração de despeito.

_ Sim. RAIMOND! – berrou, e ele entrou – Leve Jon para a sala de tiro. Vamos ver se ele é tão esperto com diz ser! – disse olhando para Jon com raiva.


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