Polícia - A Gang South Pie escrita por judy harrison


Capítulo 13
Intervenção Do Mau


Notas iniciais do capítulo

Jon agora se vê em uma situação que parece não ter solução. Sua vida corre perigo e ele não encontra saida.



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Jon havia combinado com o capitão uma emboscada bem elaborada. Pretendia surpreender a todos exatamente no momento em que entrassem na casa para atirar no prefeito.

Faltava uma hora para o ataque quando um dos policiais que integravam o grupo do capitão avisou inocentemente a Weber sobre aquela armadilha.

_ Na casa do Prefeito?

_ Sim... – o soldado observou seu rosto surpreso – O senhor não nos ordenou a...

_ Não! – disse nervoso, mas voltou atrás – Sim, mas eu não sabia que vocês os surpreenderiam dessa forma. É perigoso!

Weber pediu que o capitão fosse à sua sala e o repreendeu com muita fúria.

_ Você vai perder suas credenciais e eu farei com que seja responsabilizado por cada uma das mortes que porventura ocorrerem!

_ Eu tenho a informação de que o prefeito será atacado de novo se não os prendermos, Weber! Como posso deixar Bruce sozinho, ele conta comigo!

_ Eu mandarei uma equipe para lá. Para onde o prefeito foi?

_ Eu não sei, ele não me disse.

_ É para lá que deve seguir. Faça isso, ou... Já sabe. Vá, e me informe onde está o prefeito e faremos a coisa do modo correto.

O capitão saiu da sala atordoado, sabia que Jon estava à espera de seus agentes para prender a gang. Mas não queria perder seu cargo que tanto lutou para conseguir.

_ Bruce que me perdoe, mas ele terá que sair de lá. Tentarei avisa-lo de algum jeito.

Mas não havia mais tempo.

Trol avisou Jon pelo rádio que estaria a caminho da casa.

_ Espere mais um pouco, Trol, tem um carro parado na frente da casa e um casal entrou na residência do prefeito. – mentiu, estava tenso.

Ele olhava seu relógio no pulso e seu coração acelerava cada vez mais.

_ Onde está você, capitão? – se perguntava, havia combinado que eles deveriam cercar o sítio para fechar o cerco quando Trol chegasse.

Ele foi com o carro até o escritório e não encontrou ninguém lá. Mas foi informado pelo faxineiro de que o capitão esteve lá e que Weber saiu com alguns agentes.

Estava claro para Jon. Ele foi descoberto.

Com sua mente em conflito ele pensava em muitas coisas, mas não chegava a nenhuma conclusão.

Até que se lembrou de que era o mentor do plano de ataque e informante, e que poderia fazer as mudanças necessárias.

_ Trol, a missão tem que ser abortada. O prefeito foi levado por terceiros com sua esposa.

_ Jon... – ela hesitou em dizer – me ligaram, eu recebi a ordem de estar ai em dez minutos.

_ Mas... Ele não está aqui!

_ Eu não sei o que você viu, mas não é o prefeito, ele está escondido dentro da casa, o... Chefe supremo ordenou. Aguarde ai na frente.

Jon não entendeu nada, mas, sabendo que eles chegariam, ele foi para dentro da casa e verificou todos os lugares para saber se não havia alguém escondido.

A sala era grande como um salão de festas e tinha grandes janelas de vidro com grades, um imenso corredor levava a quatro quartos com banheiros. A casa era de alvenaria reformada que ficava em um sítio, afastado da cidade, e em volta do terreno, havia um mini bosque que seria o lugar de esconderijo na emboscada que ele combinou com o capitão.

Devolta à sala, Jon não encontrou nada, e estava apreensivo, pois Trol chegaria logo com a gang e ele teria que agir rápido. Mas, como faria sozinho sem o apoio da polícia?

_ O chefe supremo é o senador. – falava sozinho, raciocinando – Então Weber o contatou, sabe que eu estou aqui, e que eles virão logo.

Ele se lembrou de que Weber saiu de lá com vários agentes e num estalo entendeu sua pretensão.

Mas não havia mais nada a fazer, Trol já estava lá fora estarrecida por ver que não havia seguranças e a porta estava aberta.

Cauteloso e sem saber se foi descoberto pela gang também ele empunhou sua arma.

_ Calma, sou eu! – Trol disse, entrou e ordenou que todos entrassem também – Onde ele está, Jon?

Mas, no mesmo momento em que o último integrante entrou, Jon fechou a porta atrás dele e ouviu um barulho que vinha de fora.

_ Abaixem-se todos! – ele gritou.

Foram poucos segundos e uma chuva de balas atravessou os vidros das janelas. Trol e Raymond se abaixaram a tempo, mas os outros não tiveram sorte e foram atingidos.

Jon, apavorado, tentou passar para o corredor e saiu abaixado.

_ Jon! – Trol gritou igualmente assustada, olhando para os quatro homens que se retorciam no chão enquanto Raymond recolhia as armas.

Jon suava frio, não sabia por onde poderia escapar, e conhecendo Weber, imaginou que ele invadiria em poucos minutos o local para acabar de matar o restante da gang, Tinha certeza que sua vida não seria poupada.

Trol conseguiu correr para o corredor também, e Raymond se levantou para verificar de onde os tiros vinham. Ele pensava em parecer mais valente que Jon para impressionar Trol.

Mas alguns segundos se passaram, e não se ouvia nada.

_ Jon! – Trol insistiu, e o encontrou em um dos quartos.

Abraçando-o com seu corpo trêmulo ela pediu explicações.

_ A polícia nos descobriu. Alguém nos delatou. – ele disse, sentia-se mesmo um gangster, pois estava sendo tratado como tal, e não podia ser quem realmente era – Vá para outro quarto! Temos que nos separar!

Ele tentava tirá-la de perto de si, mas ela queria ficar ao lado dele. Raymond apareceu e estava com o semblante tranquilo. Encarou Trol com desdém por ver que ela estava amedrontada e nos braços de Jon.

_ Viu agora o quão covarde ele é? – jogou as armas no chão.

Raymond disse aquilo por despeito, mas Trol entendeu de outra forma.

_ Você, seu traidor! Armou para nós!– ela ia levantar sua arma contra ele.

Mas ele se adiantou e deu-lhe um soco no rosto.

Tenso e irado, Jon avançou sobre Raymond e revidou o soco, tão forte que ele desacordou.

Mas enfim ouviram vozes e alguém entrou na casa, abrindo a porta com a chave da porta da sala.

Imediatamente Jon se lembrou de Linda.

_ Onde está Linda?

_ Ela ficou. - Trol disse – Ordens do chefe!

Então a pessoa que entrou se revelou. Era a própria Linda com uma arma apontada para Jon.

Seus olhos eram de ódio e ela o encarava com insistência.

_ Linda! – ele exclamou decepcionado, tentando se esquivar, mas ela o acompanhava.

_ Abaixe essa arma, Linda! – Trol ordenou em vão.

_ Cale a boca, vadia! – agora apontou para ela.

Quando Linda desviou o olhar, Jon se jogou contra ela e conseguiu derrubá-la, fazendo com que a arma caísse de sua mão. Ele correu para a sala, pretendia sair de lá, mas não seria fácil, pois devia haver atiradores por todos os lados. Certamente aguardavam a saída de qualquer um deles.

No chão, dois dos feridos ainda estavam vivos, apenas ficaram deitados e sem força para levantar.

Linda voltou com a arma na mão, mas abaixada, e se aproximou devagar. Parou para olhar a janela.

_ Por que está fazendo isso, Linda? – ele tentava se desviar na mesma velocidade – Pare com isso, eu não sou seu inimigo!

_ Mentiu pra mim, colocou minha filha em perigo! – ela dizia visivelmente irada e Jon percebeu que ela estava chorando.

_ Eu disse que livraria você dessa vida! Tive que fazer aquilo.

Ela voltou a lhe apontar a arma, estava a 8 metros de distancia e suas mãos tremiam muito. Lembrando-se de que Linda não era boa atiradora e que seus tiros no treino pendiam para a esquerda, ele se preparava para pular para trás de um sofá à sua direita.

_ Você é um policial! – seu rosto horrorizado demonstrava que ela estava transtornada e que provavelmente foi induzida a mata-lo.

_ Abaixe essa arma, Linda, pense em sua filha! Se me matar ficará presa. – Jon sentiu medo pela primeira vez em sua vida.

_ Albert me livrará! – disposta a atirar ela afirmou sua D.Leagle nas mãos, quando Trol chegou às pressas e gritou!

_ NÃO, JON! – ela correu na direção de Linda.

Linda se virou e foi surpreendida com a mulher se jogando sobre ela, as duas caíram no chão e a arma disparou.

Jogando a arma para o lado, Linda foi se arrastando tentando sair de baixo do corpo de Trol, enquanto ela gemia. O tiro acertou seu abdome, abaixo do estômago, que logo começou a sangrar.

_ Trol! – Jon se aproximou dela quando viu que Linda estava desarmada, e se abaixou – Trol! – a segurou nos braços e apoiou as costas dela em sua perna.

_ J-Jon... – ela tentou falar, mas perdia sangue com rapidez, a bala atravessou seu pâncreas, atingindo artérias e rasgando os tecidos.

Com seu coração abalado, Jon sentiu por um segundo que a amava, não queria que ela morresse, mas sabia que não havia nada a fazer, pois o ferimento era profundo.

Os olhos dela estavam em lágrimas e foram se fechando devagar enquanto ela olhava para Jon. Um suspiro derradeiro pôs fim ao seu sofrimento e ela morreu.

Ouvindo barulho de carros Jon teve que deixar de lado seu sentimento por ela. Levantou os olhos e Linda o encarava, em choque. Ele deixou Trol no chão e se levantou.

Lá fora uma diligência chegava, mas Jon não sabia se era comandada pelo capitão ou por Weber.

Devido ao que acabara de presenciar, ele se aproximou de Linda e a segurou com força.

_ Me solte! – ela disse com sua voz trêmula e confusa.

Prendendo seus braços para trás ele a segurou com firmeza. Jamais agrediu uma mulher e não queria fazer aquilo naquele momento, pois cria que ela ainda era uma vítima, mas não podia ser bonzinho.

_ Me diga quem mandou me matar! – ele forçava os braços dela.

_ Albert! – disse num grunhido de dor – Ele soube que você é da polícia! Me solta, Jon! – ela implorou em prantos.

De repente a porta foi arrombada e Weber entrou com seus homens. Sete policiais armados e com roupas próprias para operações arriscadas invadiram o local e dois deles renderam Jon, outros foram a outros cômodos.

_ Me soltem! Eu sou da polícia! – ele esbraveou tentando se livrar em vão dos soldados, e percebeu que os outros passaram por Linda e nem sequer olharam para ela.

_ Cale-se... Jon! - disse Weber se aproximando dele, ironizando seu nome – Até que seja tudo esclarecido, você está sob a custódia da polícia de Sacramento. Podem leva-lo! – quando passaram com ele em sua frente ele disse – Eu avisei que saísse e você não me ouviu.

Jon ficou em pânico, não tinha dúvidas do que Weber ordenaria que fizessem com ele.


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Notas finais do capítulo

A fic está chegando ao seu fim, eu agradeço a quem está acompanhando até agora, e quero dizer que nos dedicamos muito para dar um final a essa história, e esperamos que fique de seu agrado. Um abraço e obrigado/Obrigada.



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