Polícia - A Gang South Pie escrita por judy harrison


Capítulo 12
Preparando Para Atacar


Notas iniciais do capítulo

Não havia mais volta, o momento do ataque era iminente, e Jon teria que seguir com seu plano.



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Eram quase dez da manhã do dia de sábado, Jon havia passado toda a sexta feira providenciando a emboscada que planejou para aquela gang.

Antes de ir para a casa de Trol, ele foi até o ponto de ônibus onde Linda estava e parou o carro em sua frente.

Linda o encarou com ódio, mas ele abriu a porta para que ela entrasse. Como o ponto estava cheio ela não queria chamar a atenção e entrou.

_ O que você quer? Vai me sequestrar também? – demonstrava na voz toda sua mágoa enquanto ele seguia para a casa de Trol.

_ Não. – disse sem olhar para ela – Eu tive que fazer aquilo, não machucaria sua filha, e você sabe. Eu queria saber quem é meu chefe verdadeiro.

Linda secou as lágrimas que já caiam.

_ Foi por isso que se aproximou de mim?

Vendo seu descontrole, ele parou no meio fio, e segurou a mão dela com carinho.

_ Eu lamento por tudo isso, mas fiz um juramento a você, e vou cumprir, por Cindy. – segurou o rosto dela com delicadeza – Se eu não fosse quem sou certamente teríamos uma chance de ficarmos juntos. Mas isso é impossível. Saberá quando tudo se esclarecer.

_ Não me importo com quem você é, Jon! – ela o abraçou em prantos – Fique comigo!

Jon sentiu uma apunhalada no peito, correspondeu ao abraço apertado, depois a beijou. Linda era tudo que ele queria, mas era filha de um corrupto e amante de outro ainda pior, os quais ele pretendia colocar na cadeia. Era um romance marcado para nunca acontecer.

_ Temos que ir. – ele disse secando as lágrimas de Linda.

Em seus olhos também havia uma lágrima tímida que logo foi extirpada sem chance de rolar. Ele tinha que ser duro como sempre foi. Ninguém ficaria impune diante da lei. Bruce era a lei! E ali era Jon quem sentia aquela dor, não ele.

Quando chegaram à casa de Trol, Jon pediu que ela entrasse na frente para não despertar ciúmes em sua chefe.

Quando ele entrou e se deparou com a dona da casa seus sentimentos por ela haviam mudado. Era Linda que devia ter sentido seu corpo, era ela que merecia ter ido ao céu todas aquelas vezes e o deixado loucamente apaixonado. Mas foi Trol que teve seu coração e brincou de fazer amor com ele. Ela foi dona de seus suspiros e súplicas. E, por mais que ele tivesse tentado não deseja-la, sua vontade foi mais forte que a razão.

Mas agora tudo acabou. Trol não passava de uma assassina que teria o mesmo fim que os outros.

_ Atrasado, Jon? – ela notou sua frieza – Não o vi ontem...

_ Estive ocupado. Onde estão todos?

_ No quintal. Vamos repassar o plano e eu entregarei parte do dinheiro de vocês.

_ Dinheiro?

_ Não acha que trabalham de graça, não é? – ela também tinha o semblante fechado.

Jon havia esquecido aquilo. Mas pouco importava, pois sabia que era um dinheiro sujo.

Pegaria apenas para adicionar às provas.

No quintal havia uma grande quantidade de armas, de onde Trol tirava algumas para distribuir entre o grupo. Uma para cada função.

Walter havia voltado e participaria como cobertura do lado de fora.

_ Como vai seu fígado? – Jon perguntou a ele, com sinceridade.

_ Melhor. Obrigado. Seu plano é ótimo. Parabéns!

Jon sorriu. Pensou um pouco enquanto olhava para cada um deles. Ele tinha pena dos rapazes que faziam aquilo por pensar que eram revolucionários, e que estavam fazendo a coisa certa. O mais velho deles era um assassino de outros assassinos, estava ali por dinheiro. Linda era a parte sórdida de toda a coisa, era óbvio que não estava lá por vingança, e sim para preservar a vida de sua família. Raymond e Walter queriam provar sua valentia, eram superficiais e imaturos.

Trol... Ele ficava confuso ao avalia-la. Preferia pensar que ela fazia aquilo por capricho. Quem a conheceu como ele, sabia que ela era um poço de sensualidade e muito feminina, mas seu gênio cruel era algo inexplicável, de uma índole doente.

_ Jon. – ela estava em sua frente agora – Quer usar essa D. Eagle? Ela é boa.

_ Não, eu tenho minha própria arma.

Ela sorriu, e disse baixo.

_ Sabe que não é permitido, mas usa o tempo todo...

_ Nunca me proibiu! – ele sentia a paixão exalar dos olhos dela.

_ Você é um homem especial. Quando isso acabar, pedirei que você seja meu parceiro. Tudo bem?

Jon teve certeza naquele momento que ela gostava dele de verdade. Mas apenas assentiu e pegou a D. Eagle para disfarçar.

_ Tenho uma Magnum 44. Usarei essa para segunda opção.

Trol sorria com cumplicidade para ele.

Depois da distribuição de armas, ela mandou que todos fossem para dentro. Ia distribuir o dinheiro para cada um segundo sua função. Depois de feito, ela avisou.

_ Eu não quero erro dessa vez. O plano de Jon é perfeito e não há como serem pegos. Se falharem dessa vez não terá a segunda parte e terão que devolver essa que dei. Eu mandei trazerem umas bebidas naturais e muito comida para que vocês saiam daqui diretamente para o local. Ou seja, a partir de agora, estamos confinados, e eu tenho um informante que me dirá se o prefeito for sair de sua casa.

_ Se ele sair, o pegaremos nas ruas? – um dos jovens perguntou.

_ Não, idiota! – ela respondeu séria – Vamos esperar que ele volte! Por enquanto fiquem à vontade, a casa é de vocês.

Trol foi para seu quarto, mas antes Jon disse em secreto que ia para lá assim que tivesse chance. Queria sair da casa para organizar outra parte da emboscada.

Em visita ao quarto dela, uma hora depois, ele pediu permissão para sair. Mas era um pedido sério, sem toques ou jogos de sedução.

_ Eu acabo de dizer que estamos confinados! – ela disse e se aproximou, mas Jon se esquivou, não queria mais tocá-la – O que vai fazer?

_ Sinto meu estomago em chamas! É devido à ansiedade, eu acho. Eu preciso de um remédio que está em minha casa.

Ela pensou um pouco, enquanto ele a encarava, passando a mão pela barriga.

_ Eu tenho que dar uma desculpa para o pessoal, mas volte logo, está bem?

Jon saiu depressa do quarto e não notou que Raymond o viu.

Quando Jon saiu para a rua, Trol disse a todos que pediu a ele que fosse checar se o informante estava vigiando a casa do prefeito.

Mas Raymond não acreditava. Ainda estava queimado com o tapa que recebeu e com aquela ameaça de morte. Pretendia se vingar dela de algum modo.

O carro de Jon estava na frente de sua casa provisória, ele sabia que mesmo gostando dele, Trol colocaria alguém para segui-lo e o fez mesmo. Mas a pessoa que estava atrás dele não imaginava que por trás daquela casa havia uma saída que levava a outra rua. E ele deixou o seu carro na frente da casa e foi para seu destino de taxi.

Na delegacia, ele procurou pelo capitão e falou com ele em secreto.

_ Não permita que Weber dê as ordens.

_ Mas, Bruce, o que é isso? – disse surpreso, com seu visual – Você está disfarçado?

_ Sim, eu não tenho tempo capitão, precisa me ouvir! Eu estou com a gang e eles vão atrás do prefeito que não vai estar lá, e quero que você impeça que as ordens de Weber interfiram nessa emboscada, ok?

_ O que pensa em fazer? – o capitão conhecia bem Bruce e o respeitava muito.

Depois de explicar a ele quem Weber era e o que ele devia fazer, Jon voltou para a casa provisória, saiu e foi até o carro do vigia.

_ É melhor você não ficar aqui. Os assaltos são constantes. – riu para ele, entregando-lhe o dinheiro dado por Trol, era o mesmo homem que estaria vigiando a casa do prefeito, até a hora do ataque – Não volte mais aqui, senão ela te mata! -

A quantia em dinheiro tirou o homem de seu caminho, uma vez que ele aceitou a propina e tinha que desaparecer.

Jon avisou Trol pelo rádio.

_ Trol, eu estou com o rádio do informante. Ele desertou.

_ Burro! Inútil! – ela praguejava.

_ Mas não se preocupe, vou ficar no lugar dele.

_ Eu queria você aqui, Jon, ao meu lado.

Ele apertou os olhos. Trol não sabia que aquilo nunca mais aconteceria.

_ Eu também, mas não podemos nos arriscar. Ficarei aqui e avisarei se algo sair do normal.

_ Tudo bem. Tome cuidado!

Finalmente o grande momento estava para chegar.


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