Polícia - A Gang South Pie escrita por judy harrison
Notas iniciais do capítulo
Se você está lendo essa ficção e não está deixando review, deixe, por favor, apenas para dizer o que está achando.
Aqui é decidido quem será o autor do disparo que matará o prefeito.
Linda fechou os olhos e seu coração disparou, ela não queria nem mesmo olhar para Jon. Foi até a porta e com a cabeça baixa pediu que ele fosse embora.
Antes de sair ele encarou a garota visivelmente abalada.
_ Eu juro pela minha vida que vou encontra-lo e fazer com que ele pague por tudo isso.
Ele viu uma lágrima molhar a blusa de Linda. Sentia muito pesar por ela. Mas foi embora.
Linda sentou-se novamente e chorou muito, queria acabar com aquele pesadelo, pois a situação estava insustentável para ela.
Na casa de Trol, todos estavam de prontidão e esperando pela chefe na mesa de reuniões. Mas a cabeça de Jon não estava ali. Ele pensava em tudo que descobriu, tentava juntar os fatos e chegar ao grande responsável pelas mortes de autoridades. Entendia que Weber era apenas mais uma peça de manipulação, um “peão” nas mãos do político, em seu jogo de crimes.
_ Jon! – chamou Trol – Não me viu chegar? O que houve?
_ Oi, eu... É só uma indigestão. – disse com meio sorriso.
Trol riu.
_ Isso é desculpa para não trabalhar! – outros riram com ela.
Ele reparou que Trol vestia um terno feminino, como o de um chefe de estado que a deixou mais bonita, naquela tarde seu rosto estava maquiado e a feição radiante com o mesmo ar de superioridade ao olhar para todos.
Jon também sorriu, mas o sorriso não fazia parte do seu disfarce, ele se lembrou de que Trol foi ao comissário para pedir que ele fosse poupado. Era um gesto que a tornava menos intragável.
_ Não fujo do trabalho. – ele disse sério - Vamos começar com o treino ou não?
Lembrando-se de que não queria ver Jon se expor, Linda falou pela primeira vez na reunião.
_ Senhora Trol, eu queria ser a atiradora dessa vez. Jon foi o mentor, e fez a sua parte.
Trol sorriu, enquanto Jon arregalou os olhos. Ele a repreendeu.
_ O que acha que está fazendo? – disse irritado e olhou para Trol, indignado – Eu serei trocado por uma menina?
Trol parecia achar a ideia boa. Os outros apenas escutavam a discussão, admirados com a prontidão de Linda. Mas ela estava se arriscando por que sabia que se falhasse não seria eliminada.
_ Você pode ser, mas terá que fazer os dois papeis. Não temos outra pessoa para distrair os seguranças.
_ Eu armei o esquema para estar na frente do Prefeito! – Jon bravejou - Não pode mudar minha posição.
_ Silêncio! – Trol ordenou em alta voz, e jogou um olhar severo para Jon - Sou eu quem decide! Vamos ao alvo e ver como está sua pontaria, Linda.
Todos saíram da mesa, e Jon o fez por último, atrás de Trol. Ele a segurou pelo braço, para deixar que os outros se afastassem, para falar com ela.
_ O que é isso, Trol? - disse indignado – É uma afronta?
_ Você é um péssimo atirador, não é? Linda fica em seu lugar, e você dará cobertura a ela! – ela livrou-se dele e saiu.
Linda estava diante da tela de alvo colocada no terreno a uma distancia de 10 metros, tinha uma arma verdadeira nas mãos e precisava atingir o ponto minúsculo no meio da tela.
Atrás de todos estava Jon, observando com sua mente em movimento.
Então Linda atirou, não foi certeiro, mas a bala pegou uma distancia de 20 cm do ponto.
Trol deu a ela a ordem.
_ Atira de novo, Linda. Descarregue, mas faça isso andando para os lados!
Havia cinco círculos e Linda conseguiu acertar ainda mais dois e os últimos tiros atingiram o quinto círculo, a 90 cm do ponto.
Impaciente, Jon tirou da cintura sua Magnum e gritou.
_ Saiam da frente! – estava a 20 metros do alvo.
Todos se viraram e se afastaram ao ver que ele estava com a arma apontada para o alvo.
Jon atirou quatro vezes, uma vez exatamente no ponto, além de acertar também as faixas de três círculos, numa linha reta. Depois ele se aproximou.
_ Estou cansado de brincadeiras! Não se coloca uma pessoa que não tem intimidade com uma arma para atirar. – ele chegou perto de Linda, a encarou e disse com firmeza – Eu serei o atirador!
Ele foi para dentro enquanto os outros olhavam para Trol, esperando sua reação. E ela apenas ordenou que o treinamento continuasse.
_ Vocês vão se aquecendo. Voltarei em alguns minutos para ver seu desempenho. Raymond, você lidera! – ela passou por Linda dizendo – Eu tentei, mas você só tem a beleza a seu favor. Jon continua no posto de atirador.
Trol foi para dentro procurar por Jon, e o encontrou na mesa.
_ Queria me desmoralizar? – perguntou parada no batente com os braços cruzados.
_ Eu nunca recuo, Trol, quando estou decidido. – disse com um sorriso de ironia – Sua moral com eles não me importa.
_ Como conseguiu uma pontaria daquela em tão pouco tempo?
_ Eu nunca disse que era ruim. Raymond deduziu isso num único tiro que dei.
_ Raymond também é ótimo. Vou coloca-lo em seu lugar.
Jon não suportava mais. Saiu de onde estava e a segurou pelo colarinho, pressionando-a contra a parede.
_ Escute aqui, Trol! Eu não vou pedir de novo. Pare de brincar comigo e deixe-me trabalhar, ou eu...
_ O que? Ou você me mata? – ela disse ofegante, estava impressionada com a ousadia de Jon, e sentiu medo – Me solte antes que eu comece a gritar!
Ela a soltou e se mostrou irado.
_ Não! Farei o serviço sozinho!
Ela arrumava sua roupa, não sentia raiva dele, pelo contrário, gostou de sua valentia.
_ Se pode fazer sozinho, por que não o faz?
_ Quero me certificar de que se for pego, trarei alguém comigo - disse com sarcasmo.
Seu descontrole foi real, ele estava estressado e precisava descansar.
_ Vá embora, não precisa treinar se você é o mentor da operação e atira tão bem. Eu quero você aqui às dez da manhã no sábado.
Jon olhou para ela e notou que não havia mágoa pelo que ele fez. Sem entender o motivo, fez o que sentiu vontade naquele momento.
Ele a segurou de novo pelo colarinho, mas para beijá-la, e a beijou com paixão. Trol sentiu suas pernas bambas com o roçar de suas línguas quentes.
_ Vou ficar e esperar por você em seu quarto. – ele disse a soltando bruscamente.
Jon foi para o quarto e se fechou, deixando para trás uma mulher completamente louca por ele.
Trol saiu com um sorriso nos lábios ainda molhados do beijo de Jon. E se assustou com Raymond parado em frente à porta de saída para o quintal.
_ O que está fazendo aqui?
_ Sou eu que devo perguntar, não é? Eu vi quando se beijavam.
_ E dai? – colocou as mãos na cintura – Por acaso lhe devo satisfações?
_ Seu envolvimento com Jon é proibido e você sabe.
_ É só sexo, Ray! E não me venha ditar as regras, eu sei muito bem...
Mas ele a segurou pelo braço.
_ Então dá seu corpo em troca dos serviços dele. Para mim não dá mais, não é?
_ Me solte! – livrou seu braço e sorriu com desdém – Você não chega aos pés de Jon.
_ Sua vagabunda! – ele disse quando ela se virou para sair.
Repentinamente e com ira, Trol voltou e deu-lhe um golpe que o derrubou, tirou sua arma do bolso do casaco, apontou para o rosto dele, sua mão tremia e ela bufava.
_ Tr-Trol... Cu-cuidado! – ele disse deitado no chão com as mãos levantadas.
_ Tome cuidado você! Dá próxima vez eu me irritarei de verdade. – e o soltou.
Raymond voltou para o grupo que treinava e ela foi também devagar e sentindo seu ódio por Raymond. Sabia que ele apenas estava com ciúmes dela. Nunca cedeu às suas investidas e sempre desprezou o fato de ele ser um homem forte e bonito, além de prestativo. Era a submissão que o diferia de Jon, a quem ela não dominava e por quem se apaixonou por causa de sua autoridade e atrevimento.
Depois de conceder a cada um a sua missão os homens se foram, inclusive Raymond. Linda ficou para trás para falar com Trol.
_ Sinto muito por falhar. Eu nunca fui boa com armas.
_ De qualquer modo, mesmo que você fosse boa, Jon não aceitaria. – olhou desconfiada para ela – Por que queria ficar no lugar dele?
_ Quero ter o gosto de matar o prefeito com minhas mãos. – ela mentiu.
Trol não teve discernimento para ver que o motivo era a paixão que Linda tinha por Jon. E depois de dispensá-la também foi para o quarto.
Diferente dela, Jon já entendia que tudo não passou de uma tentativa para protegê-lo de uma possível punição severa.
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