Living Behind Books escrita por koala_die
Notas iniciais do capítulo
DEMOREI ANOS LUZ, mas cá estou eu. 8D
-Upside, inside, out! She is livin la vida loocaaaa!
Não contive uma risada quando vi Reita ‘brisando’ com seu headphone no computador.
Ele tava cantando Ricky Martin?
-Aki...
-LIVIN LA VIDA LOOCAAAA!
-Akira!
O vi pular na cadeira, quase caindo da mesma e morrendo enforcado com o fone. Ele o tirou das orelhas e me olhou, corado.
-Livin la vida loca, hm? –cruzei os braços, rindo.
-...E-eu só... –pude ver claramente suas bochechas vermelhas, já que estava sem faixa. E sem camisa também, aquele depravado.
-Tem She Bangs aí também? – ri mais alto, descruzando os braços.
-Vá morrer, nanico. – ele revirou os olhos, se arrumando na cadeira. – E como você entrou aqui?
-A tia disse... –eu me referia a mãe dele como tia. Tia Suzuki. –Que você tava aqui cantando música de viado. Aí vim conferir.
Ele me olhou com um olhar assassino antes de mudar a música do Media Player do computador.
-Tá, tá. Minha mãe não dá uma dentro mesmo. Mas mal sabe ela que o gay é você. – aí ele sorriu, jogando a cabeça para trás e me olhando de cabeça-para-baixo enquanto eu me sentava na cama.
-Quem ouve Ricky Martin é você, amor. Beijos.
Ele riu, se virando na cadeira para mim e se levantando.
Era tão estranho vê-lo sem aquele treco cobrindo a cara que eu mal reconheci o Akira que se jogou na cama ao meu lado.
-Guarde seus beijos para o moço tarado da livraria, não os disperdice com o loiro com nariz de batata aqui. – ele piscou para mim e então puxou um travesseiro, batendo nele para eu me deitar ao seu lado, o que fiz prontamente.
-Mas é claro que sim. Sua batata me broxa.
-Mentiroso, cê morre de tesão por ela.
Nós gargalhamos muito, durante uns cinco minutos, até recuperarmos o fôlego.
E ainda me perguntavam porque o Reita era meu melhor amigo.
-E aí? Suas notas tão boas ou tão afundando em alto mar iguais as minhas? –ele sorriu, mexendo no meu cabelo.
-...Acho que vou ficar retido em Física. Mas tanto faz.
-Seu pai vai falar um monte.
-Falando sem estar com uma faca ou um cinto por perto. –ri amargo, fechando os olhos.
-Sua mãe nunca pensou em denunciar ele? –eu podia jurar que ele estava com a testa franzida e os lábios cerrados, como sempre fazia quando estava preocupado.
-Se pensou, nunca o fez.
Ficamos em silêncio e eu só ouvia o farfalhar dos fios de cabelo quando Reita mexia neles.
-Mas então, mudemos de assunto, chibi! –ouvi sua voz tomar um tom mais animado. – E o tal de Uruha?
-Então... –minha voz tremeu e senti Akira se remexer na cama, ficando de um jeito que pudesse ver o meu rosto.
-Ele fez algo pra você, chibi? – sua expressão estava séria. –Se ele tiver feito, eu quebro a cara dele!
Comecei a rir, mexendo nos cabelos loiros de Reita, que por sinal, não estavam espetados como sempre.
-Não nesse sentido.
-Com’assim? –ele arregalou os olhos. – O QUE ELE FEZ, CHIBI?
Eu abri a boca para falar, mas senti meu rosto esquentar.
Sabe, eu sempre contei tudo, TUDO, da minha vida pro Reita, mas...Eu ficava meio sem jeito de contar pra ele que o Uruha havia me masturbado na cara dura, na livraria.
-...POR DEUS, RUKI, VOCÊS TRANSARAM LÁ?
Ah.Meu.Deus.
Acho que até o vizinho ouviu agora.
-AKIRA! –lhe dei um tapa na testa. – Sua mãe deve ter ouvido isso!
-Ah, mal aí. – ele soltou um riso fraco. – ISSO É UM ‘SIM’?
-NÃO! –lhe dei outro tapa. –Bem...Quase.
Aí ele me olhou mais curioso ainda e eu...Desatei a contar.
Contei tudo, tudinho. Detalhe por detalhe. Eu nunca detalhei tanto algo que ocorreu na minha vida.
O resultado foi um Reita de olhos esbugalhados e boca escancarada.
-...E-eu não acredito nisso, Takanori. C-como...?
-Como o quê? – perguntei confuso.
-Como você...Pôde? – ele finalmente disse, com uma expressão que mesclava assombro com desaprovação. Senti minha espinha gelar. – E-eu sempre falava, sobre você fazer... Algo com ele na livraria. Mas sabe, nunca...Eu nunca iria realmente pensar que você fosse fazer algo com um cara que você nem conhece, Takanori. – depois dessas palavras, ele se sentou na cama, suspirando.
-Quê...? O-oi? Rei...? –eu gaguejava nervoso. O que ele...?
-...Não faz mais isso, tá? – ele se virou para mim, com uma expressão tensa.
Fiquei em silêncio, tentando digerir tudo aquilo.
...E eu achando que o Reita ia me dar tapinhas no ombro depois de ouvir a história.
Eu não respondi nada à ele, apenas me levantei e saí de seu quarto, e logo de sua casa.
Ainda o ouvi me chamar, mas felizmente ele não tentou me segurar.
Eu não podia dizer que não faria mais nada com Uruha. Eu estaria mentindo.
E se eu dissesse a verdade, era capaz de Reita me dar uns tapas na cara.
-Obaa-san! Cheguei! –praticamente gritei, tirando os tênis logo no hall de entrada.
-Por que diabos você gritou?! Tá achando que eu sou surda ou o que, Akihide?! – ouvi vovó responder, carinhosa como sempre.
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...Ainda tenho fãs? q