Living Behind Books escrita por koala_die


Capítulo 4
Chapter Three ...STOP THAT, U PERVERT!


Notas iniciais do capítulo

Quase esqueci das notas : DDD

...Bem...Eu...Não tenho nada pra falar, acho ._.

Só...

°sorriso maníaco° Hewhew : D q


Enjoy it.



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-COMO ASSIM? APERTOU? NA CARA DURA?

 

 

A professora olhou para a minha cara. Para a cara de Aki e balançou negativamente a cabeça. Acho que já se acostumara com as crises de berros do Reita. Ela e os alunos que nem ligavam mais pro garoto de faixa, loiro que gritava no fundo da sala.

 

 

 

-Fala baixo, por favor, Aki. – me encolhi na minha cadeira, querendo sumir.

-...- ele olhou pros dois lados, se abaixando ligeiramente, tentando chamar menos atenção. – Ele...Apertou? Mesmo?

-Uhum. Eu acho. – sussurrei.

-Como assim... – ele percebeu que falava mais alto, voltando a sussurrar. – Como assim você acha? Ou ele apertou ou não.
-Eu senti ‘algo’ pegar na minha bunda. Pegar. Com firmeza, saca?

-Sei, sei...Mas e aí?

-Juro que o vi sorrindo depois. Mas sei lá. – mordi o lábio inferior, voltando a me sentar normalmente na cadeira.

-O cara vai ser daqueles médicos que trancam a porta e bolinam os pacientes. – Reita disse, pondo a mão na boca, acho que abafando o riso, porque também o fiz. Eu não ligaria de ser um desses pacientes.

 

 

 -Matsumoto, Suzuki. Queiram por favor pararem de cochichos. E não me interessa quem apertou o quê. – a professora disse, se virando, parando de escrever na lousa.

-G-g-gomen nee, sensei. – eu disse, engolindo seco.

 

 

 

Vi a professora Mizumi suspirar e voltar a escrever sobre a Divisão Geopolítica do Japão. Eca.
Uma bolinha de papel acertou minha cabeça, me fazendo lançar um olhar nada feliz para Reita. Peguei a bolinha e a abri, corando.

“Aperta ele também, porra. :D”

 

 

 

 

-Não, mãe, não vou na casa do pai hoje. Não quero. – eu dizia, no celular em viva voz, enquanto me trocava para ir pra livraria. Hoje eu iria estudar Química, já que na escola eu não fazia merda nenhuma.

-Simplesmente não quer ou ele fez alguma coisa, Takanori? –minha mãe suspirou, mais nervosa do que cansada. – Me fala, filho.

-Ele...Não fez nada, mãe. –menti da melhor forma o possível, não queria minha mãe se preocupando com isso. –Eu só vou ficar mais tempo na livraria hoje, okkei? Tenho que estudar pro vestibular.

-Ta bom, Taka. Me ligue qualquer coisa, amor.

-Claro, mãe. Beijos. Te amo.

 

 

 

Desliguei o celular, pondo o aparelho no bolso da calça jeans que eu acabei de por, procurando a camiseta que eu queria, uma branca de manga cumprida. Achei e a vesti, arrumando o cabelo de forma rápida em frente ao espelho. Puxei minha mochila e pus um caderno velho e algumas canetas, para fazer anotações e sai de casa, sem avisar a velha incherida.

 

 

 

 

 

“Então é só calcular o MOL¹ com base no...”, mordi a tampa da caneta, tentando entender o que diabos era MOL. Se foder, treco chato.

Fechei o livro, coçando a nuca. É, eu não passaria na Todai nem o loiro me agarrando e me jogando contra a estante e - -

 

 

 

-Oi, pequeno.

 

 

 

Gelei, erguendo o rosto. Ele sorriu e logo voltou a caminhar, guardando um manga na estante. Desde quando ele me cumprimentava?

Voltei a ler, observando ele de canto, pegar um livro de um escritor estrangeiro famoso, Paulo Coelho, acho. Começou a folhea-lo de pé mesmo, parecendo entretido.

Voltei minha atenção ao MOL e a massa da molécula ou seja lá que for aquilo. Ah, na teoria parecia tão fácil e...Agora ele folheava um livro do Dan Brown, com uma das mãos coçando o queixo de um jeito adorável.

PORRA. Voltemos a Química, Takanori!

Se a massa da mólecula for igual à...

 

 

 

-Alô? – aquela voz fez um arrepio MONSTRO subir minha espinha, arrepiando todos os pêlos do meu corpo. O celular do loiro havia tocado e ele o atendera da forma mais discreta o possível. –To na livraria, Shiro, não enche. –ele riu, a risada mais gostosa e excitante que eu já ouvi. –Não enche, eu já disse, não to afim de sair contigo. – ele enfiou a mão no bolso da calça jeans, dando de ombros. Observei sua calça jeans, levemente agarrada, e...Céus, mas que porra de volume era aquele? Óbvio que não era a mão. –Amanhã a gente se fala, Shiro, beleza? Não, não tem nenhum trabalho de Fisiologia pra amanhã. Tá, tá, vá morrer você também. – ele sorriu, desligando o aparelho e o pondo no bolso da calça, tirando a mão do outro bolso, deixando a minha visão desobstruída para ver se o volume ali na frente era por conta da mão no bolso ou...Nah, não era a mão no bolso. Acho que ele me viu secando-o porque quando fui olhar para seu rosto, ele sorria. Para. Mim.

 

 

 

Corei e desviei o olhar, voltando a tentar fazer o cálculo do MOL.

Não adiantava, aquela merda não cabia na minha cabeça...E pelo jeito, o ‘amiguinho’ do loiro não cabia direito na calça dele. DEUS, RUKI, PÁRA COM ISSO. E logo o meu não caberia também e - -

Joguei o caderno na mochila junto com o lápis e a caneta, a fechando e a levando em uma das mãos enquanto na outra eu carregava o livro para guarda-lo. Joguei a mochila no chão e fiquei nas pontas dos pés para guardar o livro de Quimica na pratileira alta da estante. Ouvi passos mas achei que fosse no corredor da outra fileira de estantes, mas não.

 

 

 

-Licença, chibi. –ouvi sua voz soar próxima demais da minha orelha, até senti seu hálito quente, e então, sua mão. Passeou suavemente pela parte da minha barriga descoberta pela camiseta, já que eu estava todo esticado guardando o livro. Senti um calor súbito, nem tanto pela mão no meu abdomen mas...Aquele...Aquela...A-aquele ‘volume’ roçou em mim. E não foi de leve, não. Céus, parecia que ele...Tinha forçado o quadril contra o meu, sei lá. Só sei que tão rápido como ele veio, ele foi.

E eu fiquei lá, feito trouxa, olhando pro lado, com o rosto mais vermelho que um tomate e com a ‘barraca armada’. Perfeito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-COMASSIM, RUKI?! E POR QUE VOCÊ NÃO AGARROU ELE?! – Reita berrou no telefone.

 

 

 

Afastei o telefone do ouvido, eu morreria surdo com aquilo. O Reita devia ir no otorrino para saber se ele ouvia bem...Gritar daquele jeito não era normal.

 

 

 

-Porque...Não sei, não deu tempo, acho. Ele se afastou muito rápido. –eu falava baixo, quase sussurrando, para a minha mãe não ouvir, mesmo eu estando trancado no quarto.

-Mas ele...Te apertou de novo?

-Pra que ele apertaria se ele roçou aquela COISA –enquanto eu não arranjasse um nome pr’aquilo, seria ‘coisa’. – no meu traseiro?

-...- Reita teve um acesso de riso, e depois ouvi um baque. Acho que ele caiu da cama. – Meu, Taka, cê ta bobeando. Joga logo esse cara contra a estante e agarra ele...!

-Você acha que é fácil jogar um cara que é maior que você contra uma estante e agarrar ele? – bufei.

-Acho. – viado!

-Ah, tá, Akira, quando se interessar por um loiro, você agarra ele, valeu?

-Eu já disse que o gay é você, não eu, Ruki. –o ouvi suspirar. – Saco! Minha mãe chegou com o namorado, depois a gente conversa, bai.

 

 

 

Ai ele desligou.

Ele sempre desliga na minha cara, aquele bastardo. Olhei no relógio de pulso, já ia dar meia noite. Suspirei e mexi na gaveta da cômoda, tirando um maço de cigarros e um isqueiro. Eu já fumava há algum tempo, mas ultimamente eu tenho evitado porque o Reita é sensivel e tava com uma crise de bronquite asmática esses dias.

Me sentei no batente da minha janela e acendi um cigarro, o tragando profundamente, observando a cidade a noite. Era uma das visões mais tentadoras que já tive, me corroia por não sair na noite e aproveitar o que Tokyo tinha de bom.

 

 

 

 

 

 

 

-Nee, Ru-chan, chegou aquele livro da Anne Rice que você tinha me pedido. – vi Kai sorrir, me bagunçando os cabelos. Sorri também, o empurrando de leve.

-Okkei, vou levar. – pela primeira vez em meses, eu comprava um livro.

-Hountouni?! Vai comprar?! –ele sorriu mais ainda.

-Vou, vou. Eu to com um dinheiro sobrando, mesmo.

-Só vai comprar? Não vai ficar?

 

 

 

Mordi o lábio inferior, eu tava querendo ir pra casa, estava um pouco cansado da aula de Educação Física.

 

 

 

-Acho que sim, Kai-chan.

-Tá, vou pegar o livro.

 

 

 

Ele se distanciou, indo até um canto da loja, onde havia uma porta, acho que era o estoque. Enquanto isso percorri a livraria com o olhar. O loiro tesudo que me perdoasse, mas eu queria ir pra casa, eu estava morrendo de cansaço e...E...

 

 

 

-Olha, Shiro, o Kama Sutra! – ouvi sua voz bem baixa, acho que estava no segundo andar. E então uma risada, levemente alta. “Deixa eu ver!” ouvi a voz da risada dizer.

 

 

 

Senti uma ponta de ciúmes.

Uma ponta? EU SENTI O ICEBERG INTEIRO DE CIÚMES.

 

Vi Yutaka voltar com o livro em mãos. Meu estomago revirava.

 

 

 

-Kai, guenta ae, lembrei de ver um livro no segundo andar.

-Claro, claro. –ele me olhou confuso.

 

 

 

Subi as escadas de três em três degraus, quase capotando. Caminhei feito gato entre os corredores.

 

 

 

-Olha essa posição, meu! –ouvi o dono da risada dizer, rindo de novo.

-Alguém pode se machucar fazendo isso. –o loiro disse, seguindo na risada também.

 

 

 

Me escorei em uma das estantes e decidi espiar.

O loiro estava acompanhado de um rapaz moreno, quase de sua altura, corpo esguio e cabelo cumprido, mais ou menos até o ombro, bem escuro.

 

 

 

-Olha, olha! – ele puxou o livro das mãos do loiro, apontando uma imagem, e depois se virou para o ele, um sorriso safado enfeitou seus lábios, tão ou mais carnudos que o do maior. – Que tal tentarmos essa mais tarde, Uru?

 

 

 

Confesso que meu estomago revirou. Minha cabeça também, mas cada um em um sentido oposto. Fiquei nervoso, enciumado, mesmo sem ter o por quê, já que eu nem sabia o nome do loiro e...

Perai! O moreno chamou ele de Uru! Uru...Nome...Apelido...? Tanto faz, agora ja tenho como chama-lo.

Uru. Uru-boy, Uru-baby, Uru-love, Uru-sexy, Uru-sex, Uru-porn...Tá, eu tive que conter o riso.

 

 

 

-Não enche, Shiroyama, seu idiota. Tu sabe que não quero nada contigo, por que fica insistindo? – o tom da voz do loiro pareceu irritada e o vi tomar o livro das mãos do tal Shiroyama, guardando o na prateleira.

-Ah, Uruha, poxa – URUHA, ISSO! Uru de Uruha, óbvio... – Me dá uma chance, meu!

-Você é um dos meus melhores amigos, Yuu, te conheço como ninguém...Por isso, esquece, então pára com isso antes que eu pegue raiva de você, seu galin - -

 

 

 

Antes que o Uruha terminasse, vi o Shiroyama se jogar contra ele, o prensando contra uma das estantes, a da seção de Biologia, o beijando de forma ansiosa. Cerrei os punhos vendo o loiro colocando as mãos entre os dois corpos, empurrando o menor e depois lhe dando um soco. Ele estava vindo em minha direção, se não fosse pelo Shiroyama que segurou lhe o braço, o puxando de volta.

“PENSA, RUKI, PENSA.”

 

 

 

Olhei para os lados e puxei um livro grosso da seção de Literatura Nacional, o deixando cair no chão, fazendo um barulho significativo. Vi Yuu soltá-lo, assustado, e o loiro praticamente correu, sem olhar para trás.Acho que ele me viu. Eu corri, desci as escadas em pulos, indo até Kai.

 

 

 

-P-pronto, Kai-chan, e o livro? – eu estava ofegante, não consegui disfarçar. Graças a deus Kai é um rapaz discreto e não perguntou nada.

 

 

 

Ele sorriu e me apontou o caixa, fui até lá, paguei e retirei o livro.

 

 

 

-KOUYOU! – ouvi a voz do moreno soar logo atrás de mim, alta, e me virei. Ele descia as escadas, com o lábio cortado, acho que pelo soco, e na frente, já no piso térreo, a alguns metros de mim, vinha Uruha, caminhando com passos pesados e cara fechada. O segui com o olhar, e quando ele passou por mim, o vi suavizar a expressão e sussurrar algo pra mim, saindo logo em seguida.

 

 

 

Fiquei estático, vendo o moreno ir atrás dele.

 

 

 

 

Uruha sussurrara um “Obrigado, pequeno.”.


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Notas finais do capítulo

¹: MALDITA MATÉRIA DE QUÍMICA. rs

Uru-porn (L)



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