Amor Mascarado 2 escrita por LunaCobain


Capítulo 9
Sem lembranças - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo curto. Enfim...



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Lá, desmaiada,estava Catherine, no meio de uma poça enorme de sangue, uma faca no chão. Meu anjo tinha se machucado de novo, mas dessa vez parecia bem pior. Não eram cortes rasos nos braços. Ela tinha dois cortes grandes, no ombro e pulso esquerdo, um corte que parecia muito profundo, cortando a carne macia de seu pescoço e por último, e pior, um corte no rosto que riscava desde desde o canto externo de sua sobrancelha direita até o canto inferior direito do lábio. Era o corte que mais parecia ter sangrado e que com certeza deixaria uma enorme cicatriz.

Catherine, por quê? Por que, meu anjo?, por que foi fazer isso consigo mesma?

A respiração da minha pequena estava entrecortada e fraca, como a batida do seu coração. Eu nunca tinha visto tanto sangue na minha vida inteira.

Peguei Catherine nos meus braços e, sujando o quarto e minhas roupas, saí correndo, decidido a encontrar o hospital mais perto daquelel lugar.

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POV Catherine

Eu não conseguia abrir os olhos, mas conseguia sentir o lugar ao meu redor. Meu corpo latejava. Eu tinha certeza de que não tinha ficado inconsciente na cama de solteiro macia onde parecia estar agora. Não me lembrava do que tinha acontecido. A dor que sentia me incomodava profundamente. Tentei me mexer, mas a dor começou a me queimar. Mãos grandes e quentes envolveram minha mão direita, com força mas de um jeito gentil, ainda assim. 

-Catherine. Cathy, meu anjo, por favor não me deixe. Por favor, Catherine. - uma voz sussurrava, repetidas vezes, aflita. -Catherine, fale comigo. Por favor, por favor...

Por mais que eu quisesse, não conseguia responder. Era como se eu estivesse aérea. Só então me dei conta de um irritante beep-beep, contínuo, em algum lugar ao meu lado. Será que eu estava em um hospital? Ah, não, de novo não.

Resolvi tentar mais uma vez. Juntei toda a força que restava dentro de mim, e abri os olhos, lentamente. O ambiente ao meu redor estava insuportavelmente claro, e meus olhos demoraram para se ajustar e me deixarem ver alguma coisa. A primeira coisa que percebi foi que eu realmente estava num hospital. Então meus olhos, ansiosos, se voltaram para a pessoa que segurava minhas mãos com preocupação. Era um homem de rosto familiar, embora um pouco... Er,... estranho. Metade do seu rosto estava coberta por uma meia máscara branca, e mesmo assim, ele era lindo. Cabelo preto, olhos azuis, maçãs do rosto altas e ombros largos... Mas quem era? O homem parecia estar tão preocupado, e no entanto, eu não me lembrava dele. Seus olhos, apesar de lindos, estavam vermelhos de choro, e suas maçãs do rosto perfeitas estavam encharcadas de lágrimas.

-Catherine! Você está viva, meu anjo.

-É. - eu sussurrei, minhas voz fraca de rouca. -Mas o que aconteceu? - perguntei.

-Pensei que fosse você que pudesse me responder sobre isso. Tudo o que eu sei é que te encontrei no seu quarto sangrando muito, com quatro cortes profundos - um no pulso, um no ombro, um no pescoço e um no rosto. Tenho certeza de que andou se cortando de novo,mas não sei por que, Catherine. Achei que você pudesse... - o homem preocupado pausou, enquanto eu continuava a encará-lo, confusa.- Você não se lembra do que aconteceu?

Balancei a cabeça negativamente, euquanto assistia os olhos do homem se encher de horror e desesperança.

-Catherine... - ele murmurou, receoso. - Você... Er... Se lembra de mim?

-Sinto muito, mas não. - eu respondi, na mesma voz fraca de antes. Mais lágrimas começaram a escorrer de seus belos olhos, e então, do seu lado, apareceu um outro homem, provavelmente o médico. Ele colocou o braço nas costas do homem mascarado, dando-lhe tapinhas gentis de consolo.

-Não se preocupe. Amnésia é realmente muito comum nesses casos. - ele disse, em inglês. - Vai passar. Você vai precisar ajudá-la.

Amnésia? , pensei. Não, não. Aquilo não podia ser possível. Eu me lembrava muito bem de...De... Tudo bem, eu não me lembrava de nad

Demorou alguns minutos até que o médico fosse embora, me deixando sozinha com o homem mascarado. 

-Quem é você? - eu perguntei hesitante, com medo da reação do homem que me parecia tão familiar. Eu não queria magoá-lo. 

Os olhos dele se encheram de tristeza do mesmo modo.

-Cathy. - ele disse dessa vez pegando minha mão esquerda com delicadeza. - Eu sou seu marido, Erik.

Meu queixo caiu instantaneamente. Então eu era casada com aquele deus grego misterioso e mascarado? Por que eu não me lembrava? Lágrimas silenciosas desceram pelas minhas bochechas, enquanto eu tentava ao máximo lembrar qualquer coisa sobre ele. Sem sucesso algum. Olhei para a mão que ele segurava com tanto afeto. Lá estava, uma aliança - um anel de aro fino, de ouro, com um discreto coração de diamante no centro.

-Ora, Catherine, não chore. - ele disse, soltando minha mão para enxugar as lágrimas do meu rosto.

-Me desculpe...E-eu queria tanto... M-me lembrar de você, mas eu não c-consigo.... - minhas palavras saíram entrecortadas pelos meus soluços de desespero.

-Não é culpa sua, Catherine. Nada disso é culpa sua.

Eu não sei o que aconteceu, pensei, mas tenho certeza de que é tudo culpa minha.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar.
Beijos, Luna :*