Fallen Angels escrita por Lívia Nunes


Capítulo 29
Coisas de Anjos e reencontros sobrenaturais


Notas iniciais do capítulo

Ei, galera1 Acho que devo algumas desculpas para os meu leitores - os que eu tenho conhecimento que existem huehue -, né? Bem, mesma coisa de sempre: falta de inspiração. Ultimamente ando passando por alguns problemas pessoais e realmente fica difícil escrever alguma coisa, ou pelos sair alguma coisa o que dificulta MUUUUITO. Enfim, eu gostei do capítulo, apesar de não ter muita ação, acredito que ao lerem o capítulo vocês entenderão o porquê, hehe ♥ Bem, vou começar a montar a história final em minha cabeça, juntar com as ideias que tenho pois a fic está entrando em reta final, dar nós nas pontas soltas e tudo mais. Vocês não sabem o quão difícil é escrever isso. Escrevo FA por dois anos e não é fácil me despedir desses personagens :( mas relaxem, MUUUUITA coisa ainda vai acontecer e espero que vocês estejam por aqui para dar suas opiniões e incentivos, OBRIGADO A TODOS ♥ agora vamos ler.



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“— Claire, o que aconteceu aqui? — Ela pergunta com lágrimas nos olhos.

Suspiro, ela deveria saber da verdade.

Engulo a seco enquanto olhava para a imagem da minha melhor amiga machucada, desesperada e apavorada, tudo por culpa minha”.

— Olhe, Jenna, você precisa prestar bastante atenção no que eu vou te contar agora. — Engulo uma lufada de ar antes de prosseguir: — Você acredita em mim?

Jenna olhou para mim e em um átimo parou de chorar.

— Argh, depois de tudo isso você ainda me pergunta isso? Claro que sim, Clai. — Ela diz com convicção e acredito nela, mas ainda senti uma hesitação por trás de toda essa vontade de saber do que realmente se tratava o fato de sua casa ter sido invadida por um homem com forças, aparentemente, sobrenaturais.

Não era de se espantar que ela estivesse, no mínimo, assustada. Ela deveria estar em choque e eu a devia uma explicação plausível. Ok, apague, o que eu iria falar para Jen não tinha nada de plausível.

E foi então que acabei falando tudo para Jen. De novo. Desde quando eu descobri, finalmente, que Trish era a voz até a minha recém-descoberta de que eu era um Anjo e tinha habilidades sobrenaturais.

Quando terminei a última frase ainda esperava que Jen me desse um tapa na cara e me enxotasse para fora da sua casa gritando que eu era uma louca varrida, mas bem, ela não o fez e suspirei aliviada por isso.

Em troca, ela ficou calada por seis minutos. Seis longos minutos de espera e desespero para mim. Seis minutos e trinta e oito segundos, para ser mais exata. Ultimamente eu simplesmente sabia quantos minutos tinham se passado ou até mesmo saber as horas que eram perfeitamente sem precisar de um cronômetro ou relógio, era uma coisa meio involuntária. Deve ser essa coisa de Anjo.

— E-então você está me dizendo que v-você é um... Um Anjo? — Jenna se atrapalhava ao pronunciar as palavras, atropelando-as.

Era o melhor que poderia acontecer diante dos fatos.

—Bem...Sim. Sou. Sua melhor amiga que conhece você desde quando você se lembra é um ser sobrenatural.

Jenna parece engolir a seco ao ouvir as palavras com tanta naturalidade.

— Você já viu Deus? Ele é como dizem mesmo? — Jenna irrompe em perguntas e só o que eu consigo fazer é rir de incredulidade.

— Sério, Jenna? Eu acabo de falar pra você que sou um Anjo e tudo o que você consegue me perguntar é se eu já conheci Deus? — Pergunto, querendo enfiar a cara nos travesseiros do sofá e morrer. Temporariamente.

Mesmo sem estar olhando para ela, sinto seus olhos revirarem nas orbitas.

— Argh, isso é sério. —Ela dá ênfase na última palavra e viro meu olhar para ela novamente.

— Não, Jenna, nunca vi Deus. — E nem quero ver tão cedo. Acrescento mentalmente.

Se Deus ainda não deu as caras e tudo já está uma bagunça, imagina então se ele aparecesse? Seria o apocalipse bíblico na minha vida, no mínimo.

Meus pensamentos são interrompidos por sirenes ao longe, para ser exata no final da rua de Jen. Eles estavam a caminho.

— O que foi? — Jenna pergunta ao ver minha expressão longe.

— A polícia, ela está chegando.

— Você pode ouvi-la? —Ela pergunta com um ar duvidoso.

— Coisa de Anjos.

— Uau, nem parece ser tão ruim assim.

Reviro os olhos.

— Ok, mas você já sabe o que vai falar para a polícia? — Pergunto, voltando um olhar preocupado para Jenna. Ela arregala os olhos um pouco e vejo que ela espera que eu dê as instruções. — Apenas diga que a casa foi invadida por um cara de capuz e que você não conseguiu identificar o rosto. E que ele nos agrediu fisicamente. Vou confirmar o depoimento.

Ela assente e depois de alguns segundos os olhos são invadidos por um brilho de preocupação.

— Ah, meu deus, Clai! Eu me esqueci completamente! Você deve estar com uns ferimentos horríveis, o cara te machucou feio. — Jenna diz e vejo seus olhos começarem a se encher de lágrimas novamente. Ela tateia meu corpo a procura de ferimentos até que eu a impeço, segurando suas duas mãos.

— Ei, Jenna, estou bem, está vendo? Eu me curo rápido...

— Coisa de Anjos? — Ela completa a minha frase, arqueando uma sobrancelha.

Um sorrisinho brota no canto de meus lábios.

— Sim. — Digo, e, bizarramente por conta da situação, caímos na gargalhada como sempre.

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Meus olhos se abrem e fito o teto claro do meu quarto ser invadido por um fino véu de luz que fazia meus olhos arder.

Desenrosco o lençol de minhas pernas preguiçosamente e cambaleio até o banheiro para tomar uma ducha rápida.

Coloco as roupas e desço a escada, ainda com sono. Mamãe não estava em casa como de costume, havia ficado em New York a trabalho. Argh.

Encho um copo d’água, mas ao ir em direção ao filtro embutido na parede, esbarro na fruteira e vejo pela visão periférica a maça ir em direção ao chão. Com uma leveza e rapidez sobrenatural, pego a maça em plena queda. Foi até fácil.

Sorrio comigo mesma na cozinha quando sinto uma presença em minhas costas. A respiração acelera. Meus punhos esmagam a maça em minha mão involuntariamente.

Viro-me com rapidez sobrenatural e me jogo contra a pessoa que me observava, enroscando meus dedos em volta de sua garganta até que... Bem, até que sinto seu cheiro invadir minhas narinas e algum tipo de eletricidade irrompe por todo o meu corpo. Um par de olhos azuis me fitavam e eu via muitas coisas neles. Frustração, surpresa, paixão, luxúria...

Sim, luxúria também estava presente em seus olhos perfeitos que pareciam sacudir minha alma a níveis altamente ridículos.

— Você está... Diferente, Claire. — Trish diz, passando os olhos de baixo para cima do meu corpo, fazendo o mesmo tremer ao contato de seus olhos.

Sigo seu olhar e percebo que estava em cima dele, cada perna minha estava em cada lado de seu quadril, minha saia havia subido um pouco e pairava no meio das minhas coxas. Minha mão esquerda ainda pairava em sua garganta.

Afrouxo os dedos ao redor de sua pele perfeitamente branca de seu pescoço, minha boca provavelmente estava aberta em um “O” de surpresa, alegria, descrença e raiva, muita raiva. E foi exatamente esse sentimento que me fez levantar e gritar para ele:

—Trish, Trish. Então quer dizer que você resolveu dar as caras? Por quê? Sentiu minha falta? Pois bem, agora vá à merda! — Grito e vejo ele avançar para mim, a expressão impassível.

— Não se aproxime, Trish! Eu te... Eu te odeio tanto! O que você está fazendo aqui? Você resolve aparecer quando quer e some quando quer? Pois bem, se for pra ir embora me deixe, eu não vou continuar procurando por alguém que não quer ser encontrado! — Digo e sinto o desespero e a saudade apertarem meu peito ao ver que não tinha mais para onde recuar, minhas costas bateram de encontro com a parede da sala e Trish estava a menos de trinta centímetros de mim. E bem, continuava a se aproximar.

— Você realmente tem certeza do que está falando? — Ele pergunta, seu nariz quase roçando o meu. Sinto seu hálito rodar ao meu redor e a vontade de fechar meus olhos e beija-lo para sempre ficava cada vez mais insuportável. Mas mantenho os olhos abertos e a expressão firme. — Você tem tanta certeza assim de que me odeia?

Não, não, não, eu te amo. Cada célula do meu corpo dizia isso. Mas eu ainda tinha meu orgulho e não iria ceder com tanta facilidade. Não de novo. Mas eu também não iria continuar mentindo para ele e muito pior: para mim mesma.

— Há alguns segundos eu realmente te odiava, Trish. Como você pode fazer isso comigo? Ir embora sem ao menos se despedir... Você sabe o quão doloroso foi ver você partindo aos poucos e não poder fazer nada? Ver minha vida desmoronando e ver você levando consigo pedaços importantes dela e apenas poder assistir isso acontecer de mãos atadas? Você entende isso Trish? — As palavras jorram de minha boca e só depois de ter terminado o discurso percebo que estava chorando convulsivamente. Tudo o que eu queria agora é fazê-lo sentir a perda que eu senti ao vê-lo partir. — Caleb foi a pessoa que mais me ajudou com isso. Com a sua perda, c...

Sou interrompida pelo punho de Trish batendo com violência na parede ao lado de minha cabeça. Minha garganta se fecha.

— O que? Foi isso mesmo que eu ouvi? Caleb, sério? — Ele pergunta, a voz embargada de ódio.

Engulo a seco e balanço a cabeça positivamente. O punho dele bate novamente na parede. Seus olhos se fecham e estendo a mão para tocar sua face, mas no meio do caminho desisto e deixo minha mão cair ao lado do corpo novamente.

— Eu não entendo você, Trish. Se você não queria tanto que eu me envolvesse com Caleb, por que você me deixou? — Minha voz falha da última frase e sinto as lágrimas se acumularem em meus olhos novamente, mas dessa vez prendo elas ali, não as deixaria escapar. Não agora, talvez mais tarde.

Trish parecia sem saber o que falar. Olho para seus olhos e por um instante os vejo brilhar em lágrimas, mas quando olho novamente eles estão normais como sempre. O azul parecia ter sido petrificado e pareciam mais escuros.

Tudo o que eu queria era abraçar Trish e acabar com sua dor aparente, mas eu simplesmente estava magoada de mais para fazê-lo.

—Se você não se importa, tenho que ir para a aula. — Digo, parecendo indiferente de mais para o turbilhão de emoções que se passavam dentro de mim.

Ele sai contra a vontade da minha frente e continua em silêncio. Sinto vontade de gritar.

Pego minha bolsa e ando em direção a porta, quando minha mão toca a maçaneta ouço a voz de Trish reverberar pelo cômodo:

— Eu preciso explicar para você o que aconteceu, mas só posso fazê-lo se você quiser escutar. Sei que o que fiz não foi certo, mas na hora parecia a coisa mais sensata a se fazer e é uma coisa a qual eu sempre irei me arrepender e terei de lidar com isso. Você tem todo o direito de não querer ouvir uma explicação, mas eu estou pedindo por uma chance. Você vai me concedê-la? — Ele diz. Sinto meus ombros formigarem com o calor de seu olhar. Um arrepio desce por minha espinha quando digo em alto e bom som antes de abrir a porta e sair:


— Não tenho nada melhor para fazer. Encontre-me na Eighthree Avenue às oito horas. Não se atrase.



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Notas finais do capítulo

E ai, HAHAHAHAHAHAHAA SERÁ QUE TEREMOS MOMENTO CLAIRE & TRISH NO PRÓXIMO CAPÍTULO?? LEVANTEM SUAS APOSTASSSSS HAHAHAAH enfim, bora pras reviews? Até o próximo capítulo, guys ♥ XX



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