Fallen Angels escrita por Lívia Nunes


Capítulo 22
Verdades Celestiais


Notas iniciais do capítulo

Sim, essa sou eu morrendo de sono e vindo aqui no nyah apenas para postar mais um capítulo de FA para vocês. Viu como eu amo vocês? IUDFHAIUHDFJFODIJO ok, vamos a leitura logo que nem notas iniciais decente eu estou conseguindo elaborar agora. Bora ler pessoal.
ATENÇÃO LEITORES, ATAQUES DO CORAÇÃO PODE OCORRER A MEDIDA QUE VOCÊS LEREM O CAPÍTULO, PESSOAS COM HIPERTENSÃO PAREM DE LER AGORA brinks, pessoal com hipertensão pode ler também.
OBS: Se vocês lerem algum errinho de português não se preocupem, a autora aqui não está ficando analfabeta: foi apenas o sono que acabou deixando uns errinhos escaparem, amanhã corrigo tudinho.



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“— Nós realmente precisamos conversar. — Trish diz.

Fico entre a porta atrás de mim, Trish a minha frente e sua afirmação entre nós.”

— E-eu sei. — Digo, a voz falhando minimamente. Trish parece perceber meu nervosismo e se afasta um passo. Tento respirar no minúsculo espaço entre nós.

Ando rapidamente para o sofá e ele me segue. Logo que nos sentamos ele se vira para mim, fazendo-me encara-lo diretamente.

— Eu não sei se você vai conseguir acreditar em tudo isso que vou te falar agora, isso é com você — Ele diz, suspira, e continua: — Mas eu preciso te dizer mesmo assim. Mesmo que talvez depois eu vá parecer um louco, eu preciso te falar.

Parte de mim já tinha a ideia do que ele iria me falar, parte de mim já sabia exatamente do que ele iria falar. Mas essa mesma parte de mim que dizia isso, tinha medo da minha reação. Não que eu iria sair correndo, achando que ele estava louco. Bem, era uma possibilidade, remota, mas não deixava de ser uma possibilidade. Essa mesma parte de mim tinha medo de que eu acreditasse no que Trish me falaria, tinha medo de tudo sair do controle, e tudo o que eu mais temia era que algo saísse do meu controle.

— Claire... — Ele suspira e coloca uma das mãos na têmpora, como se estivesse com enxaqueca. — Eu não sei nem por onde começar.

— Você pode tentar pelo começo, geralmente funciona. — Meu instinto de fazer piadinhas quando estou nervosa falou mais alto e praguejo internamente pela piada idiota.

Ele tenta sorrir, mas não chega aos seus olhos. Era realmente difícil para ele falar o que quer que ele tenha para me falar.

— Acredito que você saiba que muitas coisas das quais você já passou não são normais, ou pelo menos não acontecem com pessoas normais. — Ele diz e subitamente vejo em minha mente flashs de quando eu via meu pai mesmo depois dele morrer, de sonhar o mesmo sonho todas as férias, o incidente com a sapatilha, o incidente com a Jen... — E você sabe que, bem, eu também não sou uma pessoa normal, afinal, eu conversava com você por pensamentos. — Ele diz com cuidado, como se estivesse esperando que eu começasse a gritar e sair correndo para longe dele. Mas não o fiz, quem dera se eu tivesse o feito.

Finalmente, finalmente Trish tinha falado que era a voz. Por mais que meu eu escondido no fundo de meu âmago – que ultimamente vinha muito à tona – já soubesse disso, finalmente ele disse com todas as letras. Isso era um alívio e ao mesmo tempo desesperador.

Balanço a cabeça positivamente para que ele continuasse.

— E isso não é a única coisa que eu posso fazer com relação a mente das pessoas e a minha própria: Telecinese, clarividência, precognição e percepção extrassensorial são algumas delas. A Parapsicologia não é um mito: ela realmente existe. Mas o ser humano não é capaz de tê-la.

Os vários incidentes que aconteceram comigo passam pela minha cabeça novamente.

— Então você está falando que... Que eu não sou h-humana? — Digo, a voz baixando o tom até ser incapaz de ser ouvida. Mas Trish conseguiu ouvir.

Ele parece engolir a seco.

— O nome Shekinah te lembra algo? — Trish diz, olhando no fundo de meus olhos, em busca de qualquer sinal de reconhecimento.

Meu corpo é assolado por ondas elétricas apenas por ouvir esse nome. Nome o qual Caleb já me chamou, o nome o qual me era tão familiar...

*

— Shekinah — Um homem de cabelos loiros e olhos castanhos que reconheço como Iblis me chama, fazendo uma pequena reverência. — Haziel está te chamando.

Sinto-me meio atordoada, mas aos poucos vou me integrando com a menina de longos cabelos ruivos e vestido branco esvoaçante que era esse novo eu.

Atravesso grandes portões esculpidos em ouro e encontro Haziel de costas para mim. Ele vira-se e vejo sua forma perfeita brilhar em uma luz calma e ofuscante.

Um segundo depois já estou em seus braços, seus lábios procuram os meus com desespero.

— Shekinah, senti sua falta. — Haziel diz, beijando cada centímetro de minha pele.

— Ah, Haziel. — Digo entre suspiros e arquejos.

Suas mãos passeiam pelas minhas costas, abrindo os vários botões que desciam por toda a extensão da minha pele. O vestido claro desliza por minha pele e logo está no chão. Logo Haziel está como eu e somos apenas um ser, minha pele roçando a sua em intervalos pequenos.

Depois de alguns segundos arrastados estamos deitados na grama alta, corpos colados um ao outro.

— Haziel... E se os Serafins descobrirem sobre nós? Você também faz parte da Primeira Tríade, mas os Serafins... Eles são tão próximos dele... Eu não sei o que poderia acontecer. — Digo, escondendo o rosto da curva do pescoço de Haziel.

Ele suspira.

— Ninguém irá descobrir, Shekinah. Ninguém pode tirar o que nós temos. Ninguém. — Haziel diz e me aperta contra seu corpo.

Horas, dias, meses passam e os encontros com Haziel continuam. Eu sentia Iblis ficando cada vez mais distante e observador, como se a qualquer momento fosse meu assolar com diversas perguntas.

Ando lentamente pelos portões esculpidos de ouro, e logo vejo Haziel a minha espera. Sinto-me de imediato aliviada.

Paro subitamente ao ver uma cena que nunca tinha acontecido: Haziel estava encurralado por dois Serafins que tinham em suas mãos pequenas adagas de bronze celestial.

Sinto-me desesperada.

Fique longe, Shekinah! Haziel grita em minha mente, sua voz ecoando em minha cabeça desesperada.

Começo a correr em sua direção, mas outros dois Serafins me seguram e outros três olhavam de longe toda a cena.

Todos os Serafins existentes estavam ali, isso era impossível! Algo estava tremendamente errado, alguém tinha conhecimento de que relação eu mantinha com Haziel...

Iblis aparece em meu campo de visão e tudo começa a fazer sentido: Esses últimos dias em que ele parecia tão observador... Ele estava me observando e observando Haziel.

— Você tem certeza disso, Iblis? — Um dos Serafins diz, apontando para mim e para Haziel.

— Sim. Shekinah e Haziel tem uma relação. — Ele diz, desviando o olhar do meu a todo o momento.

— Isso... Isso é um grande problema. Isso não pode sair daqui, toda a hierarquia celestial vai entrar em guerra quando souber que dois irmãos mantinham uma relação. — O Serafim continua, suas palavras como tapas em minha face.

Lágrimas começam a rolar pelo meu rosto. Eu não tinha o que falar, apenas o que eu poderia fazer era esperar.

— Haziel... Você traiu a confiança de toda a Tríade, será julgado por toda a sua eternidade. — O Serafim diz, aproximando-se de Haziel.

— Me condenem! Não condenem Shekinah! — Ele diz, gritando em desespero.

Soluços subiam pelo meu peito, não achava a voz dentro de mim.

— Ah, Haziel. Ela merece ser punida, assim como você. — Ele olha para o outro Serafim que via tudo, apontando com o queixo para mim. Ele vem em minha direção.

— Ela vai esquecer tudo o que aconteceu aqui, irá virar humana e nunca lembrará de nada. Haziel... Você irá continuar com suas lembranças intocadas, mas pagará pelo resto de sua eternidade a falta que Shekinah irá lhe proporcionar.

Ele aponta para mim.

— Mate-a.

O Serafim que estava em minha frente gira a adaga de bronze celestial em sua mão e nada pude fazer, meus dois braços estavam sendo segurados por outros dois Serafins. Sinto meu corpo estremecer quando a adaga é cravada em meu coração, uma luz ofuscante emanar de minha pele e o grito de desespero de Haziel. Então tudo escureceu.

*

Sou teletransportada para o presente novamente e tudo começa a fazer sentido de um modo horripilante. Apenas um segundo tinha passado.

Lágrimas ameaçavam cair de meus olhos e nada pude fazer com relação a isso. Tudo estava muito claro em minha mente agora.

Eu era Shekinah, a personificação feminina de Metraton, Arcanjo não muito conhecido da justiça e mensageiro de Deus.

— Quem é você? — Digo, mesmo já sabendo da resposta. A voz baixa e duvidosa.

Ele suspira e olha novamente para mim.

— Haziel, um dos sete Querubins da Primeira Tríade Celestial. — Trish diz, fazendo um arrepio descer pela minha espinha.

Suspiro.

Eu era um Arcanjo e Trish era um Querubim, minha vida estava ficando cada vez mais emocionante. Penso ironicamente.


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Notas finais do capítulo

E ai galerita, estão vivos depois de tantas surpresas? HEHEHEHEHE espero que sim pq agora é hora das reviews, mereço? espero que sim, adeussss e até o próximo capítulo guys!!!