Um Segredo Revelado escrita por Srta Snape


Capítulo 8
Descobrindo Snape


Notas iniciais do capítulo

Pessoal obrigada pelos reviews, gostei muito, valeu mesmo.. espero que gostem do capítulo, ´curtinho , mas com amor.... bjusss



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Capítulo 8 – Descobrindo Snape

  Alguns dias se passaram quando finalmente Harry acordou. Desta vez ele foi mais cuidadoso e se levantou devagar se sentando na confortável cama. Seu peito ainda doía, mas a dor era mais leve, parecida como uma fina camada de ardência.

  - Olá

  - Dobby? – Perguntou Harry se assustando ao ver um elfo ao seu lado.

  - Não mestrezinho. Sou Lyni, elfa domestica da família – Disse Lyni colocando os óculos de Harry em seu rosto para que o menino pudesse vê-la melhor e perceber a grande diferença entre ela e Dobby. – O senhor nos deu um grande susto quando quis fugir.

  - Oh, eu.... – Harry parecia muito atrapalhado ao pedir desculpas enquanto tentava lembrar-se de tudo que havia acontecido – Desculpe por te empurrar

  - Não se preocupe mestrezinho. O importante é que o senhor esteja bem.

  - Estou me sentindo bem melhor. Obrigado – Sorriu fraco – Onde estou?

  - Na mansão Snape senhor.

  - Mansão Snape? Eu estou na casa do professor Snape?

  - Sim mestrezinho. Mestre Snape é um grande professor, ficou muito preocupado com o senhor

  - Onde ele está?

  - Ali – Apontou para o que Harry pensara ser um cobertor estendido em um sofá definitivamente menor que ele – Está tentando descansar. Ficou acordado à noite inteira cuidando do senhor. Mais uma vez tive que obrigá-lo a descansar, se eu não fizesse isso ele ainda estaria acordado.

  - Há quanto tempo estou aqui? – Perguntou ainda observando Snape no pequenino sofá.

  - Uma semana senhor

  - Tudo isso!

  - Fale baixo mestrezinho, vai acordar o mestre Snape.

  - Por que simplesmente não me deixaram em ST’Mungus? Pouparia trabalho.

  - Mestre Snape jamais negaria ajuda a alguém e o senhor apareceu aqui muito machucado. O senhor agora é filho de meu mestre e ele jamais deixaria o senhor nas mãos dos incompetentes daquele lugar. Foi o que disse quando Lyni sugeriu isso. “É um Snape, Lyni, mesmo que ele não queira, ele é meu filho, não posso deixar que ele corra esse risco” Desde então mestre Snape cuida do senhor. Mas também tem o motivo do feitiço lançado sobre os dois – Comentou Liny com seus olhos castanhos grandes - Então ele tinha medo do que os medibruxos fariam com o senhor. Lyni tem que confessar que sentiu muito medo quando mestre Snape sentiu uma dor muito forte no peito – Deu uma parada permitindo que Harry respirasse um pouco – O senhor está bem aqui mestrezinho, mestre Snape cuida do senhor.

  - Mas nada disso é típico do Snape.

  - O senhor dirá que muitas coisas não são típicas de meu mestre, mas é exatamente isso que ele é, ele é o que o senhor não vê.

  Harry sentiu uma dor forte no fundo da garganta que nada tinha a ver com seu ferimento. Era uma dor de vergonha.

  Uma semana.

  Lembrava-se vagamente dos braços dele lhe carregando, tirando-o da chuva. Cuidando dele. Sua voz preocupada, sua mão medindo sua temperatura. Uma semana sendo cuidado por ele, tratado por ele somente porque ele achava que os medibruxos do ST’Mungus não o cuidariam bem.

  “Ele é o que o senhor não vê”

  Lyni agora cobria Snape que se encolhia de frio.

  - Por que ele não foi para o quarto dele?

  - Mestre Snape ficou acordado a maioria dos dias e noites, dormiu pouco. Ficou com medo do senhor acordar com dor e ele não estar aqui. Por isso ele não sai de perto de sua cama.

  - Isso é estranho.

  - O que é estranho mestrezinho? – Perguntou Lyni ajudando-o a se levantar e ir até o banheiro.

  - Eu nunca tive alguém que cuidasse de mim e agora receber esse tipo de atenção de Snape é simplesmente surreal.

  - Tente entender mestrezinho. Mestre Snape também não tinha ninguém para cuidar dele, ninguém para protegê-lo. Lyni tentou fazer o possível para fazê-lo feliz. Agora ele não quer tratá-lo como o pai dele o tratou. Ele quer ser um bom pai, mestre Snape é muito bom, mestrezinho.

  - Eu ainda estou tentando me acostumar com essa coisa de pai – Confessou – Você o conhece bem.

  A elfa que tinha orelhas em pé e uma aparência velha, mas não estragada, bem conservada e bonita sorriu-lhe com os grandes olhos castanhos. Parecia diferente dos outros elfos que Harry conhecia, ela era cuidada, sem marcas de castigos e parecia feliz em servir aquela família. Vestia uma veste incrivelmente branca, diferente dos trapos velhos que havia visto em outros elfos.

  - Conheço mestre Snape desde que nasceu. Fui eu quem ajudou a senhora Snape a fazer o parto. Eu o vi crescer, cuidei dele o máximo que pude, mas mestre Thobias não permitia que eu o visse por isso mestrezinho Snape fugia para meu armário onde eu o abraçava e fazia carinho em seus cabelos até ele dormir.

  “Mestre Snape passou por muitos sofrimentos. Muitas vezes ficou de cama machucado quando aquele que não deve ser nomeado o convocava para uma reunião, e ele teve somente Lyni para cuidar dele. Fiz um juramento mestrezinho. Jurei para a senhora Snape, antes dela sucumbir nas mãos do senhor Thobias, que eu cuidaria de mestre Snape, que estaria sempre ao lado dele e não deixaria que ele caísse na escuridão do mal que o cercava. Jamais quebrei minha palavra.”

  “Mas agora mestre Snape tem o senhor, e talvez o senhor consiga trazer a felicidade dele de volta. Lyni espera por isso há muito tempo”

  Quando a elfa terminou de falar Harry já estava de roupa trocada. Ele ficou de pé ao lado da lareira enquanto Lyni pegava o cobertor que Snape havia jogado no chão enquanto se mexia no minúsculo sofá. Ele agora estava de barriga para cima e Harry conseguia ver o seu rosto. Parecia realmente muito cansado. Tinha olheiras enormes e negras em seus olhos e as feições, mesmo dormindo, eram duras e cansadas. Ele estava péssimo.

  - Tenho uma coisa para lhe mostrar mestrezinho.

  Harry andou devagar até a sala de estar onde Lyni o ajudou a se sentar em uma das cadeiras e foi destrancar a porta em frente.

  - Sabe que dia é hoje?

  - Não

  - Hoje é um dia que há muito tempo não vejo ter nessa casa – Disse Lyni sorrindo como se abrir aquela sala fosse a melhor coisa do mundo.

  A porta dava acesso a uma grande sala com uma mesa oval no meio, uma lareira ao canto e uma enorme árvore de natal enfeitada com luzes coloridas e anjinhos que batiam suas asas. Ele andou devagar até a árvore e tocou em um dos anjos que riu e bateu suas asas novamente. Harry amava árvores de natal, mas jamais pôde sequer chegar perto da dos tios, e chegou um dia a sonhar com um presente embaixo dela.

Ele foi até a lareira em frente onde Lyni estava parada e viu que haviam ali três meias vermelhas. A maior tinha o nome de Snape escrito em sua caligrafia fininha, a menorzinha tinha o nome da elfa escrito em uma letra garranchada. Prova de que Snape realmente considerava Lyni como sua família, que gostava mesmo da pequenina elfa, dificilmente um dono dá a o elfo um presente como esse.

Finalmente ele foi para a última, uma meia de tamanho médio que não havia nada escrito. Em sua cabeça ele tentava imaginar por que aquela meia era a única que não tinha nada escrito. Como se lendo sua mente a pequena elfa respondeu sua pergunta.

- Essa é a do senhor. Tem uma pena especial dentro da meia para que o senhor possa escrever seu nome.

- Quem...

- Mestre Snape. Ele não confessará, mas está feliz de ter o senhor aqui.

- Mas hoje não é Natal, foi há uma semana.

- Não aqui, nessa casa o Natal acontecerá no dia em que o mestrezinho estiver aqui com mestre Snape. Mestre Snape quem disse isso.

  A dor em sua garganta só aumentou a cada palavra da elfa.

  - Mestrezinho, são para o senhor – Disse Lyni mostrando os presentes embaixo da árvore – São de seus amigos. Chegaram vários presentes de seus fãs, mas mestre Snape os separou em uma sala depois de verificar que nenhum deles era perigoso, deixou só os de seus amigos aqui na árvore

  Harry nunca havia ganho tantos presentes assim. Todos os seus amigos haviam lhe dado mandando algo. Hermione, Rony, Hagrid, Sr e Sra Weasley, Dumbledore, até os professores lhe enviaram algo, McGonagall, Flitwick, Sprout, Hoot e Snape.

  - Ele me deu um presente?

  - Não foi fácil escolher. Mestre Snape não sabe muita coisa do senhor.

  Harry abriu a grande caixa vermelha e dentro havia uma miniatura de Hogwarts com os meninos detalhes , inclusive o campo de quadribol com bonecos se movimentando, mostrando seu primeiro jogo como apanhador da grifinória.

  - É linda – Disse maravilhado.

  Na porta de entrada havia um pergaminho com a escrita fina e inclinada de Snape.

  “Ouvi dizer um dia que Hogwarts era seu lar. Agora seu lar irá contigo para onde for”

                                                                             SS


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