Um Segredo Revelado escrita por Srta Snape


Capítulo 3
Depois da verdade


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, obrigada pelos reviews, fiquei muito feliz... espero que gostem dessa fic... bjussss



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Harry mantinha a cabeça abaixada e sentia-se fora de seu próprio mundo. Sua mente não conseguia captar o restante da lembrança que ainda continuava a ser passada. Tantas perguntas rodavam em sua cabeça, tanta raiva e tantas dúvidas. A voz de Lillian começou a entrar novamente pelo seu ouvido, mesmo contra sua vontade.

            - Quando você nasceu, você era tão pequeno, tão frágil, Thiago ficou maravilhado com você e eu não pude dizer a ele a verdade, por isso fiz um feitiço em você, é por isso que você é igual a ele e somente os meus olhos estão em você, eu queria que você pudesse lembrar de mim de alguma forma. Desculpe-me meu filho, eu fiz tudo que fiz por que amo você. Eu te amo Harry, por favor lembre-se disso.

            O coração de Harry quase pulou fora de seu corpo tamanha a surpresa da noticia. As lágrimas desceram e o ar faltou.

            - Calma Harry – Disse Dumbledore – Respire.

            - Fique longe de mim

            - Harry, escute...

            - Não! Eu não quero escutar nada!

            Por mais que não fosse culpa do diretor, por mais que não fosse culpa dele próprio, ele queria gritar com Dumbledore e com qualquer um que estava ali, queria correr o mais rápido que pudesse e se esconder no lugar mais escuro onde ele ficaria lá, junto com os ratos e as baratas, sucumbindo como um ser inexistente. Seu grito explodiu de seu peito e seu corpo bateu com força na parede. Por mais que segurasse sua cabeça com as duas mãos, ele sentia que tudo girava, que tudo rodava em sua volta. Ele iria cair.

            - Meu pai é Thiago Potter! - Gritou tentando convencer a si mesmo.

            Seu corpo caiu no chão duro e gelado. Tremia e arrepiava-se.

            - É Thiago Potter - Repetia.

            Sua visão embaçou e antes de desmaiar ele viu a silhueta de Snape o observando como se jamais o tivesse visto.

            - Potter

            Um homem estava bem perto dele e passava a mão com carinho em seus cabelos revoltos. Ele ouvia de longe uma voz o chamando.

- Harry

            A voz começou a mudar conforme ficava mais alta.

            - Harry, acorde.

            Não era seu pai. Era Lupin

            - Não toque em mim!

            - Harry, entenda...

            - Como pôde? Como pôde fazer isso? Ele era seu amigo.

            - Harry por favor pare de gritar e se acalme.

            - Não! Você o traiu, ERA AMIGO DELE. E você - Apontou para Snape - Você...

            - Eu não era amigo do Potter - Respondeu Snape.

            - Seu canalha.

            Snape segurou as mãos de Harry quando o menino tentou a todo custo lhe socar, lhe bater, descontar nele a sua raiva.

            - Eu não tenho culpa se seu pai deixava Lilly tão insatisfeita a ponto dela procurar outros homens para satisfazê-la.

            Harry caiu novamente quando o professor o jogou longe.

            - Chega - Disse Dumbledore ainda sentado em sua cadeira - Harry por favor, entendo que esteja confuso, mas precisamos terminar isso. Precisamos saber quem realmente é seu pai.

            - Eu não quero saber, meu pai é um só e ele está morto.

            - As coisas não são assim Harry - Explicou Dumbledore - É lei que um bruxo com suspeita tem que fazer o teste de paternidade.

            - E seu eu não quiser?

            - Você não tem escolha. Sinto muito Harry meu rapaz, mas é assim.

            - E então o que vocês precisam? Um fio de meu cabelo, uma gota de sangue?

            - Não, precisamos apenas que você guarde sua varinha na caixinha em cima da mesa e a tranque.

            Harry hesitou a principio, mas era Dumbledore quem estava pedindo, então ele guardou e trancou a caixinha.

            - Ministro, por favor - Dumbledore indicou a caixinha e o Ministro lançou um feitiço nela - Agora Harry quero que entregue essa caixa para Lupin e depois para Severus. Eles tentarão abrir, mas somente seu pai, cujo sangue corre em suas veias, conseguirá abrir. Se ela não abrir então você é filho de Thiago Potter.

            Dumbledore entregou a caixinha e Harry a pegou com as mãos trêmulas. Era bonita, negra com adornos dourados. Ele a olhou por um tempo, mas logo se dirigiu para o lupano. Lupin o olhava no fundo dos olhos e Harry viu o pedido silencioso de perdão. Perdão por algo feito a muito tempo. Ele pegou a caixinha e ainda olhando para Harry forçou a fechadura, tentou abrir, mas nada aconteceu.

            Estava trancada

            Não era Lupin.

            Harry pegou a caixinha e entregou de qualquer jeito à Snape sem olhar para os olhos do professor. Por um momento Harry imaginou ter visto Snape tentar abrir e não conseguir, mas logo em seguida se desiludiu quando a tampinha foi aberta e a sua varinha estava brilhando ali dentro.

            Snape olhava absorto para o objeto em sua mão. Não podia ser. Ele não podia ser o pai de Harry Potter, não podia, simplesmente era impossível. Não, não era. Ele sabia que não era. Era só fazer as contas a partir do dia em que a linda mulher ruiva o convidou para sua cama em um momento sensível de sua vida.

            - Severus - Chamou Dumbledore - Entregue a varinha à Harry.

            Snape pegou a varinha da caixinha e foi até o menino que se encolheu em um canto da sala tentando fingir que aquilo não era verdade. O professor apontou a varinha para o menino que não olhava para ele, sua raiva era tamanha que suas mãos tremiam.

            Ele pegou a varinha

            Ela brilhou

            Uma luz forte se levantou no ar e passou pelos corpos deles, ligando-os, unindo-os como um cordão umbilical.

            - Está feito - Disse Dumbledore - A ligação entre pai e filho. Agora vocês estão unidos pela magia assim como pelo sangue.

            Snape soltou imediatamente a varinha do menino e virou-se para o diretor.

            - Acabou ou a festa continua?

            - Continua Severus, agora que está comprovado que é você o pai de Harry, ainda temos alguns dados para resolver. Por favor sentem-se.

            Harry sentou-se do lado oposto da mesa, longe de Snape, sua mente ainda estava confusa quanto a tudo que aconteceu, a tudo que descobriu. É como se ele estivesse em um mundo paralelo, um mundo diferente, um mundo só dele, onde ele possa pensar e ingerir tudo aquilo.

            - Preciso que entendam - Continuou Dumbledore - Que essa noticia implica em alguns critérios importantes. A partir de hoje você Severus é o guardião legal de Harry, você é o responsável por ele, pelos atos dele, mesmo ele sendo adulto perante a lei.

            "Harry, você já não tem mais ligação com Thiago Potter. Seu cofre em Gringotes será transferido para o cofre da família Snape. Suas férias serão passadas com sua nova família. Uma manchete será enviada ao Profeta Diário. E o mais importante, esse feitiço é antigo e poderoso, através dele vocês terão uma ligação a mais além de pai e filho. Severus poderá lhe informar mais depois Harry, mas você precisa saber que é uma ligação bem forte e você deve saber aproveitá-la. Agora podem ir.”

            Snape foi o primeiro a levantar e sumir de vista. O ministro e seus conselheiros também se foram. No final somente Dumbledore, Harry e Lupin permaneceram na sala.

            - Harry, como você está? - Perguntou Lupin exitante.

            - Como acha que estou? Descobri que toda minha vida é uma mentira, que meu verdadeiro pai é uma pessoa que nem ao menos gosta de mim.

            - Harry, sua vida não é uma mentira. - Disse Dumbledore - Thiago Potter lhe amou desde que soube da gravidez de sua mãe, mesmo não sabendo que não era o pai. E quanto a Severus, peço que pense com carinho Harry, ele fez muito por você e agora fará mais ainda. Ele é seu pai Harry, tente ter um convívio bem com ele. Pode fazer isso?

            - Não sei senhor

            - Tente pelo menos

            - Sim senhor

            - Agora vamos para Hogwarts. Você precisa descansar.

            Harry acompanhou Lupin e o diretor até a entrada do castelo, de lá subiu para o dormitório, estava sem fome e queria aproveitar enquanto o dormitório ainda estava vazio. Ao chegar, suas compras que estavam com Snape já estavam devidamente arrumadas no pé de sua cama. Sem nem olhar para elas ele se jogou na cama e fechou as cortinas em volta enterrando-se nos travesseiros, socando-os, gritando, deixando o som reverberar pelas paredes nuas do quarto.

            Já era manhã quando Harry pegou no sono. Ele sonhou com Lily rindo carregando-o em seus braços, ela se aproximou de uma árvore e ali no chão estava Snape sentado lendo um livro. Ele o pegou em seus braços e Harry viu que seus cabelos eram iguais aos dele.

            Harry acordou suado, assustado e com frio. As cortinas de sua cama estavam abertas e entrava uma fraca luz solar pela janela onde Severus Snape se encontrava parado, olhando-o.

            - O que faz aqui?

            - Precisamos conversar senhor Potter.


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Notas finais do capítulo

O que será que Snape dirá, ou fará????????? leiam o proximo..... reviews??????