Um Segredo Revelado escrita por Srta Snape


Capítulo 2
O segredo de Lillian


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, quero agradecer a leitura de minha fic, fico muito feliz por lerem, obrigada Lacie pelo review, gostei muito..... espero que gostem do proximo capitulo
Bjussssss



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Capítulo 2 - O segredo de Lillian

            - Harry! - Exclamou Dumbledore ao ver o menino olhando para onde Snape acabara de ir - O que faz aqui?

            - Só estava passando diretor – Respondeu Harry desviando o olhar do corredor para o diretor - O que....o que aconteceu com o professor Snape?

            - Sabe como é o professor Snape - Disse Dumbledore sorrindo - Harry, quando você for comprar o seu material, um dos professores irá lhe acompanhar.

            - Mas, senhor, eu já sou maior de idade e, perdoe-me, mas fiquei quase um ano viajando sozinho. Acho que posso ir até o Beco Diagonal sem acompanhante.

            - Eu sei Harry, e não estou duvidando de que você possa fazer suas compras sozinho. Só que prefiro que vá acompanhado, tenho que prezar pelos meus alunos e no momento você é minha responsabilidade.

            - Tudo bem - Concordou Harry desgostoso.

            Trinta minutos depois Harry dirigia-se para a entrada do castelo torcendo para que fosse Hagrid o professor que o acompanharia até o Beco Diagonal, mas para sua infelicidade o professor parado na escada não era seu grande amigo barbudo e sim o intragável professor de poções. O convívio entre os dois pode ter melhorado, mas ainda assim Snape era o professor ferino de sempre.

            - Professor Snape? É o senhor que vai me acompanhar?

            - Sim senhor Potter, infelizmente Dumbledore descobriu que eu iria ao beco diagonal hoje e me incumbiu dessa infeliz tarefa. Então se não se incomoda, é melhor irmos andando não quero perder mais tempo.

            Harry apenas virou os olhos e o acompanhou pelo jardim, em silêncio chegaram aos portões de Hogwarts onde aparataram diante da loja do senhor Olivaras que voltara a exercer sua função feliz e contente.

            - Onde precisa ir primeiro Potter? - Perguntou Snape amarrando a cara quando várias bruxinhas começaram a dar gritinhos ao ver Harry.

            - Aaaa - Atrapalhou-se um pouco procurando a carta de Hogwarts com a lista de seus novos materiais - Floreios e Borrões.

            Snape não falou nada, apenas dirigiu-se a loja com prateleiras lotadas de livro. O professor ficou parado a um canto com os braços cruzados aguardando que o menino fizesse logo suas compras. Harry entregou a lista de livros para o atendente e logo os livros voaram até o balcão onde Harry pagou com o dinheiro que havia pego em Gringotes dias antes. Rapidamente Snape encolheu os livros e os guardou no bolso de seu sobretudo sem responder ao questionamento mudo de Harry. Gastaram algumas horas comprando o restante dos materiais, pois com a guerra Harry perdera tudo que tinha, então foi preciso arranjar outro malão, outro caldeirão, instrumentos de poções, ingredientes. Estavam quase prontos quando Harry se lembrou que precisava de uniformes novos também.

            Madame Malking sempre fora a melhor loja do Beco Diagonal para se comprar roupas por isso Harry não se fez de rogado e foi logo entrando na loja e procurando a velha senhora, mas ao invés disso encontrou uma menina de cabelos cacheados na recepção.

-         Olá – Disse Harry

-         Oi – Respondeu a menina olhando surpresa para os dois, havia até mesmo medo nos olhos dela ao se dirigir a Snape – Procura algo para o senhor ou para seu filho

-         Filho? - Perguntou Harry não entendendo a menina

-         Preciso de uniformes da Grifinória – Respondeu Snape sem dar atenção a pergunta da menina – Rápido por favor.

-         Sim senhor, só um momento

            Harry viu a menina sair da recepção e sumir atrás de uma cortina. Após alguns segundos ele olhou para Snape que não parecia nem um pouco interessado com nada daquele lugar

-         Por que ela disse aquilo?

-         Ela não é bruxa, é uma trouxa parente de Madame Malking, está aqui passando alguns dias e conhecendo nosso mundo. Ela conhece a sua história, mas não como um bruxo, não te reconheceu e muito menos sabia que seu pai está morto, ela viu um homem adulto com um adolescente e tirou a conclusão mais obvia.

-         É falta de educação usar legilimência nos outros

            Snape não respondeu apenas se sentou em uma poltrona quando finalmente a senhora Malking apareceu arrastando Harry para cima de um pequeno palanque onde pôde tirar as medidas dele e mandar fazer seu uniforme. Após muitas exclamações e agradecimentos da mulher, Snape pôde finalmente ir até a botica e encomendar os ingredientes que precisava em seu laboratório.

-         Mais algum lugar que precise ir senhor Potter?

-         Não, já comprei tudo

-         Então vamos embora, o almoço é dentro de uma hora.

            Harry já estava caminhando com Snape em direção a uma rua menos movimentada para aparatar, quando três homens de vestes negras os pararam impedindo sua passagem. Automaticamente Snape e Harry sacaram as varinhas e apontaram para eles.

            - Senhor Harry Potter? - Perguntou o maior dos três olhando para ele sem se importar com a varinha

            - Eles estão falando com o senhor, Potter - Disse Snape sem baixar sua varinha

            - É .... sim, sou eu mesmo.

            - Venha conosco.

            - Mas, por quê? - Perguntou Harry já desconfiado imaginando se aqueles homens não seriam comensais fugitivos.

            - Apenas venha conosco senhor Potter – Disse o maior deles

            - Com licença senhores, mas sou professor do senhor Potter e, no momento, responsável por ele, exijo que diga onde querem levá-lo.

            - O senhor saberá, senhor Snape, pois irá junto. Não temos muito tempo então por favor nos siga.

            Snape ergueu a sobrancelha, mas não fez pergunta alguma, olhou para Harry e indicou para ele ir na frente enquanto ia atrás ainda com a varinha erguida assim como Harry. O menino não podia fazer nada mais do que seguir os homens que os levavam para um beco escuro e de lá para uma casa abandonada. Ao chegarem na sala os homens pegaram um saquinho e entregaram para Snape.

            - Não temos resposta à suas perguntas, os senhores irão para o Ministério onde o ministro estará esperando com o professor Dumbledore. Peguem o Pó de Flú e entrem na lareira.

            - Snape?

            - Eu vou primeiro – Disse Snape baixando a varinha, em sua mente só havia uma possibilidade para isso estar acontecendo e ele não queria que estivesse certo

            Snape pegou o pó de Flú no saquinho e entrou na lareira indicando que deveria ir para o Ministério. Harry ainda estava com a varinha erguida enquanto pegava o pó de flú e se dirigia para a lareira. Não era sua especialidade viajar de pó de flú, ainda se lembrava das últimas vezes em que viajou dessa forma, a lembrança das cinzas em sua boca ou suas paradas em lugares totalmente diferentes não eram reconfortantes. Rezando para que dessa vez fosse melhor que as anteriores ele fechou os olhos e falou com clareza seu destino sumindo em meio as chamas verdes. Quando ele parou de girar e saiu da lareira se viu diante de um Snape nada feliz e cheio de cinzas.

-         Eu também não gosto de viajar de lareira – Disse Harry limpando suas roupas – Você poderia fazer um feitiço para nos limpar.

-         Tanto tempo viajando juntos e a senhorita Granger não foi capaz de lhe ensinar um simples feitiço de limpeza? - Pergunta Snape ferino

-         Se preferir posso testar o feitiço no senhor

-         Não, obrigado, quero continuar com todos os membros de meu corpo – Respondeu Snape limpando suas roupas com um simples aceno de varinha

-         E as minhas?

-         Teste em si mesmo – Disse Snape com um sorriso de canto antes de sair caminhando

-         Seboso – Resmungou Harry testando o feitiço em si, para sua sorte suas roupas ficaram limpas sem nada mais perigoso ter acontecido. Rapidamente ele alcançou Snape e caminhou ao seu lado em silêncio.

            Os três sujeitos que estavam com eles no Beco Diagonal apareceram na frente deles e pediram que os acompanhassem. Logo estavam descendo no elevador até o departamento de mistérios. Harry desceu do elevador e olhou para o piso lustroso do lugar vendo breves flashs em sua mente da noite em que estivera ali com seus amigos combatendo comensais da morte fugitivos. Fora nessa mesma noite que perdera sua família, sua única e verdadeira família

            Sirius.

            Ele se foi há tempos, mas a dor ainda permanecia viva dentro de si.

            Snape estava parado observando o menino, prestando atenção em sua expressão de dor ao ver a porta da sala das profecias, sabia o que se passava na cabeça da menina e lhe deu alguns minutos para sentir o pesar da perda novamente, mas precisavam continuar, estavam esperando por eles.

            - Dumbledore não vai esperar a vida inteira Potter.

            O menino assentiu e o acompanhou de volta pelo corredor frio. Ao chegarem a sala indicada foram avisados para esperarem. Logo Dumbledore apareceu sendo seguido por uma leva de bruxos, dentre eles alguns conhecidos como Lupin, Quim, o ministro e outros que Harry vira quando fora interrogado pelo ministério em seu quinto ano.

            - Olá Harry.

            - Olá diretor - Cumprimentou Harry ainda não entendendo o que fazia naquela sala - Diretor, o que está havendo?

            - Você saberá em breve Harry.

            - Alvo, por um acaso é sobre aquele assunto? - Perguntou Snape.

            - Sim.

            - Poderia ter me dito, ao invés de mandarem ir me buscar no meio do Beco Diagonal.

            - Sinto muito Severus, mas a situação fugiu do meu controle, eles ficaram sabendo da suspeita e queriam saber logo a resposta. Falando em Beco Diagonal, conseguiu comprar todo seu material Harry?

            - Sim, senhor.

            - Que ótimo, então se puder se sentar Harry, eu agradeço. Severus - Disse indicando o lugar que ambos deveriam sentar.

            Harry sentou-se ao lado de Lupin e Dumbledore. Não podia negar que estava nervoso, mas a presença de Lupin ajudava a se controlar, a esquecer as borboletas em seu estomago.

            - Sabe o que eles querem? - Perguntou a Lupin.

            - Não faço a menor idéia Harry. Fui praticamente arrastado de casa pelos aurores. Mas não deve ser nada de grave.

            - Espero que não.

            O lupano sorriu de leve e Harry sentiu o calor do ex professor. A sua capacidade de fazê-lo se sentir bem. Snape revirou os olhos com aquela cena paternal.

            - Senhores - Chamou o ministro levantando-se - Chamei-os aqui para esclarecermos um assunto importante que foi deixado em nossas mãos. Essa lembrança que está aqui foi mandada há um mês. Exatamente um ano depois do senhor Harry Potter completar a maioridade já que o Lord das Trevas não permitiu entregas por parte do banco Gringotes.

            “Essa é uma lembrança - Continuou - Uma lembrança deixada por Lillian Evans Potter, lembrança que deixa em dúvida certos detalhes de uma vida, de uma história. Vamos vê-la. Dumbledore”

            O diretor se levantou, pegou a lembrança e a colocou em uma penseira. Agitou a varinha e a imagem de Lillian Evans apareceu em tamanho grande para todos poderem ver.

            Ela estava linda

            Os olhos de Harry brilharam ao ver a imagem de sua linda mãe olhando para ele como se estivesse ali, mas ela não estava, ela estava morta há muito tempo.

            - Olá Harry - Disse Lillian, com sua voz macia fazendo o coração de Harry pular - Harry se você está tendo acesso a essa lembrança é porque infelizmente eu já não estou ao seu lado, mas sei que você está vivo, tenho fé em você, meu amor.

            A sala estava em pleno silêncio. Dumbledore olhava para Harry observando atentamente os seus movimentos e seus olhos. Lupin estava com a mão postada no ombro do menino lhe passando segurança.

            - Mas não estou aqui para lhe dizer o quão grande você é, e sim para lhe informar de um assunto importante e que você tem o direito de saber - Ela parou um pouco, respirou e secou uma lágrima que caia em seu rosto - Quando eu ainda estudava em Hogwarts eu namorei o seu pai, isso todos sabem, o que ninguém sabe é que antes de seu pai eu namorei com mais dois homens, na verdade eu acho que não posso chamar isso de namoro, foi um relacionamento rápido, apenas algumas noites de encontros, mas que deixaram profundas marcas de paixão em mim. Por favor, não me julgue mal, eu os amava também, mas não podia ficar com eles, pois já amava o Thiago.

            “Comecei a namorar seu pai no final do sétimo ano e quando terminamos Hogwarts fomos morar juntos, nos casamos e éramos muito felizes, mas jamais esqueci meus outros amores. Teve uma época do casamento em que eu e Thiago não estávamos bem e eu estava muito frágil emocionalmente. Foi exatamente nessa época que eles reapareceram em minha vida, um após o outro. E eu fiz o que jamais deveria ter feito. Eu trai seu pai. O trai com os dois, primeiro um, depois o outro. Jamais contei ao Thiago. Ele não me perdoaria jamais, principalmente com quem foi.”

            Harry mordia o lábio inferior com raiva do seu próprio sangue. As lágrimas queimavam em seus olhos sem ter permissão para caírem. Não acreditava no que ouvia

            - Esses homens são pessoas nobres - Continuou Lillian - Homens de muita honra. Eu não sei o que aconteceu com eles, pois um deles se aliou ao Lord das Trevas e o outro se escondeu por um pequeno problema pessoal. Não adianta eu demorar mais, mas lembre-se Harry que eles não sabem disso, ninguém sabe disso, então seu verdadeiro pai não teve culpa de não estar ao seu lado. Não posso lhe dar o nome do seu pai, pois não sei quem é, mas os dois homens são Remus Lupin e Severus Snape.


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Notas finais do capítulo

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