Only You escrita por Leticia Di Angelo, Laís di Angelo


Capítulo 17
Voltando para casa


Notas iniciais do capítulo

Hello guys!
Laís aqui! Como estão??
Queria agradecer aos reviews lindos: OBRIGADAAA!
Escrevi esse capitulo rapidinho, porque a escola me atrapalhou muito durante a semana e eu estava sem ideias...
ESPERO QUE GOSTEM!



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POV Agatha

  Pela janela do carro, encarei a casa à minha frente. Todas as janelas estavam fechadas, o que não me surpreendia, sempre foi assim. Acho que meu pai tinha medo de deixa-las abertas e monstros nos espionassem… Idiota, talvez, mas pra ele era a coisa que mais poderia nos proteger. E agora eu entendia. Fiquei observando o lugar e imaginando o que faria.

- Amor, você esta bem?

 A voz de Jake me tirou dos devaneios. Ele apertou minha mão, delicadamente, e eu me virei para ele.

 - Tudo bem? – Repetiu.

 Ainda com os olhos meio vidrados, eu assenti.

 - Sim. É só que… Eu meio que estou com medo. – Respondi.

 - Eu que devia estar. Daqui a uma semana vou conhecer seu pai. – Ele sorriu e tocou meu rosto. – Para de ser boba, ok? Ele escondeu de você a verdade exatamente por isso, porque tinha medo de você reagir dessa forma. Então, pare com essa idiotice, tá? É serio. – Ele retrucou duro, mas acabou sorrindo no final.

 Respirei fundo.

 - Você tem razão. – Me rendi.

- Que ótimo! – Ele se recostou no banco aliviado, mas logo depois se virou pra mim. – Me promete que não vai fugir?

 - Fugir? – Perguntei fingindo não saber do que ele estava falando.

 - Não vá atrás de sua mãe. Não quero problemas. Passei toda essa semana de olho em você…

 - Foi por isso que passou toda essa ultima semana junto comigo? – Indaguei incrédula.

 Ele gargalhou.

 - Claro que não, Agatha! Amor da minha vida, entenda, eu te amo e passei essa semana com você por isso. Era nossa ultima semana juntos no Acampamento, queria aproveitar. Entendeu?

 - Mas vai dizer que não tinha a ver com o fato de estar querendo ir atrás da minha mãe?

 -Sim, Agatha, tem a ver. Mas vai dizer que não gostou de ficar no Acampamento comigo? - Ele sorriu maliciosamente e se aproximou.

 Nos beijamos por um longo tempo. Agradeci pelos vidros serem fumê.

 - Eu te amo. – Ele sussurrou.

 - Eu também te amo. – Peguei minha mochila no banco de trás do carro e a coloquei no colo. – Será que Emily já chegou?

 - Nico disse que eles vão sair do Acampamento na hora do almoço… – Ele olhou no relógio. - Devem sair daqui a três minutos, então.

 - Ok… Tem certeza de que não vai entrar? – Peguei sua mão.

 - Não. – Ele respondeu rapidamente. – Vocês três tem o que conversar por um bom tempo. Eu volto no próximo fim de semana e venho enfrentar seu pai… Não sei o que esperar disso.

 - Nem eu. – Eu comecei a rir imaginando várias maneiras desse encontro acontecer. Mas logo meu sorriso desapareceu. – Não some, tá? Não gosto da ideia de ficar longe de você…

 - Agatha, juro pra você que venho todo dia te ver. Vou te pegar na escola todos os dias. Só que essa semana eu preciso ir até… Minha antiga casa e resolver uns problemas.

 - Você disse isso. Tem certeza de que não quer que eu vá com você?

 Ele sorriu.

 - Não, meu amor. É coisa rápida. Eu só preciso ver o que vou fazer com a casa e as coisas de lá. – Seu olhar foi inundado por uma tristeza repentina. Ainda era difícil pra ele falar sobre isso. Me arrependi na mesma hora por nos levar a este assunto. – É meu presente de aniversário de dezoito anos. – Acrescentou fechando os olhos.

 Eu me estiquei e o abracei fortemente.

 - Eu vou te dar um presente melhor. – Falei.

 - Continue viva. – Ele pediu. – É o meu melhor presente.

 - Ah, eu estava pensando em coisa melhor. – Eu disse desapontada.

 - Por favor…

 - Agatha, vamos!

 Emily começou a bater no vidro do lado de fora. Respirei profundamente e dei um ultimo beijo em Jake.

 - Te espero fim de semana. – Eu disse.

 - Vou contar os segundos. Te amo. Se cuida. – Ele sorriu de lado.

 - Também te amo.

 Saí do carro com o coração na mão e encarei as figuras do lado de fora.

 – Até mais, Nico. – Eu dei um rápido abraço no meu cunhado enquanto Emily dava adeus a Jake e depois caminhei para a entrada de casa.

POV Emily.

 Eu e Nico ficamos a manhã inteira abraçados no meu Chalé até que tivemos de levantar para arrumar minha mochila. Como isso era torturante.

 - Você vai levar tudo isso? – Ele perguntou olhando para meu closet.

 - Claro que não! Só algumas peças.

 Fui jogando todas as minhas roupas dentro da mochila sem nenhum cuidado e depois peguei a caixinha de música que Nico tinha me dado de aniversário. Com essa, sim, tomei cuidado.

 - Você a guardou? – Ele indagou.

 Sorri.

 - Claro, Nico! Eu ficava quase o dia inteiro observando ela quando estávamos separados.

 - Bom saber que gostou. – Ele se esticou e me deu um beijo rápido. – Sabe, eu estava pensando em ir falar com seu pai.

 De repente eu me engasguei com o próprio ar. Não me pergunte como.

 - Como é que é?

 - É, Emily, você sabe do que eu estou falando.

 - Não vai me pedir em casamento, vai?

 - Não, só mais pra frente. – Ele riu. – Mas o que acha?

 - Adoraria me casar com você, Sr. di Angelo. – Eu disse rindo também. – Emily di Angelo… Soa tão bem!

 - É verdade. – Ele passou os braços pela minha cintura e me puxou para seu colo. – Soa muito bem. Quando assinamos os papéis?

 - Você vai ter que falar com meu pai primeiro. – Devolvi rindo.

 - Já me arrependi de ter comentado isso. – Ele disse arregalando os olhos.

 - Meu pai não é tão ruim, Nico. – Falei para tentar acalmá-lo.

 Nico assentiu.

 - Eu sei. Mas eu estou preocupado é com que a Agatha vai fazer nessa hora. Você já imaginou o que sua irmã pode fazer enquanto eu estiver na sua casa? Ela já gritou pra Acampamento inteiro que me viu saindo do seu Chalé semana passada!

 Fechei a cara só de lembrar.

 - Ela me fez ficar vermelha até os pés com aquela conversa.

 Nico riu ainda mais.

 - Deve ter ficado linda!

 - Isso, ri mesmo! – Eu agitei as mãos. – Onde o senhor estava pra me salvar dela?

 - Acho que dormindo!

 - Gracinha! Mas, serio, eu cuido da Agatha.

 Nico me olhou desconfiado. Qual é o problema? Todo mundo acha que não consigo lidar com a Agatha? Isso é sacanagem!

 - E o que você vai fazer, amor? – Nico perguntou. Ah, ele era tão lindo.

 - Se ela fazer qualquer coisa, eu revido quando o Jake for lá em casa.

 - E o Jake vai?

 - Claro, né, Nico! O Jake é todo tradicional! Bem, dane-se se a Agatha falar ou não alguma coisa, quando o Jake for lá, ela que me aguarde. Vou me vingar por ela ter me feito passar aquele mico do “Emily, o que você e Nico fizeram ontem a noite trancafiados no Chalé?” Ela me paga.

 Nico apenas ria. Conversamos mais um pouco, mas logo nosso tempo acabou e precisamos nos levantar. Nico pegou minha mochila e a levou para mim. Logo fui invadida por aquela sensação horrível de viagem nas sombras. Quando finalmente me senti bem novamente, abri meus olhos.

 - Quando você vai voltar? – Perguntei a Nico, imediatamente.

 - Não tenho nada pra fazer, então, depende de você. Se quiser muito posso vir todos os dias te ver. – Ele me abraçou.

 - Sim, eu quero muito. Ainda mais com a escola… Eu não sou muito fã de escola, por isso fico isolada. Preciso de você!

 - E a Agatha?

 - A Agatha anda com um monte de gente igual a ela e já é difícil conviver com ela, imagina conviver com gente assim que eu não tenho um pingo de amor?

 - Você é dramática, Emily! – Ele riu e pegou minha mão.

 Caminhamos lentamente até o carro em que Jake havia trazido Agatha e eu a chamei. Enquanto ela saía, me despedi rapidamente de Nico.

 - Não desapareça. – Falei depois de nosso ultimo beijo. – Te amo.

 - Também te amo, linda. Até mais.

 Agatha saiu do carro se despediu de Nico e eu de Jake. Ela parecia mais nervosa que eu, e acho que ela tem razão por estar. Então, caminhamos lentamente até a porta e eu mesma, sem rodeios, a escancarei.

 - Tem alguém em casa? – Gritei da porta.

 Por incrivel que pareça estava tudo arrumado e limpo. Um cheiro de comida caseira invadia a casa e me fez ficar com fome na mesma hora. Fui andando em direção a sala e Agatha ficou um pouco pra trás.

 - Pai! – Gritei de novo.

 Ouvi um barulho no andar de cima e fui até o pé da escada. Em menos de dez segundos meu pai desceu correndo e me abraçou tão forte que senti o ar indo embora.

 - Emily! Filha você esta inteira! Oh, santo Zeus!

 - Oi, pai! Cuidou bem da casa sem a gente, hein?

 Meu pai riu com os olhos cheios de lágrimas. Então, ele focou em um ponto atrás de mim e sorriu ainda mais.

 - Não pensei que voltaria pra casa depois de tudo. – Ele disse a Agatha com os olhos quase transbordando.

 - Também me surpreendi com isso. – Agatha respondeu sorrindo para evitar chorar.

 Meu pai caminhou até ela rapidamente e a abraçou também. Ownt! O momento ficou lindo! Perfeito!

 Não fosse a criatura que estava na cozinha vir até a sala ver o que estava acontecendo.

 - Jared, quem está a…

 A voz da bela mulher morreu quando nos viu. Meu pai se virou para ela e sorriu.

 - Ah, sim, querida, estas são minhas as minhas preciosas. Mas acho que você já as conhece. – Ele disse a ela.

 A mulher caminhou até mim com um sorriso gentil nos lábios.

 - Você é Emily, não é?

 - Exato. Você deve ser a namorada do meu pai. Cintia, não é? Saí cedo demais no começo do verão, não tive tempo de conhece-la. – Respondi tentando ser o mais educada possível.

 Bem, digamos apenas que meu pai trabalhava com ela e eles começaram a namorar. Eu não sou a favor disso, mas meu pai tem a vida dele, claro. Infelizmente, saímos as pressas no começo do verão e nem conseguimos conhecer a coitada! Mas até que ela parecia ser legal… Peraí! Ela estava morando na minha casa? Ah, não!

 - Você… - Engoli seco, mas logo tentei encobrir meu desconforto. Por meu pai que fique claro. - Se mudou para cá? – Sorri.

 - Sim, querida, eu espero  que não se importe. – Ela sorriu, mas algo na voz dela não me deixou feliz. Depois ela se virou e foi falar com Agatha.

 Passei por elas e fui pegar minha mochila que estava lrgada no chão da sala. Quando escuto um som no andar de cima. Viro meus olhos para a escada e encontro uma garota de uns quinze anos, mais ou menos. Mesmo estando de costas para Agatha vejo pela postura que ela adota que ela esta tão surpresa quanto eu. Porém, a voz de meu pai diz calma:

 - E aquela é Malu.

 A garota começou a descer as escadas de um jeito totalmente superior e… Metido. Se é que tem como, mas tudo bem. Mesmo com o barulho do salto que ela usava, ainda ouvi um sussurro ameaçador de Agatha:

 - Pai, você tem muito o que explicar.


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Notas finais do capítulo

MANDEM REVIEWS!!!
Gostaram? O que acham da nova integrante da familia?
Mandem esses reviews lindos de sempre!
Amo vocês!
xoxo