I Was Wrong escrita por Sweet Cullen, DayaStew


Capítulo 10
Capítulo 10 - Depois da tempestade


Notas iniciais do capítulo

Oie loves...
Mil desculpas pela demora, mas já sabem, não é? Falta de inspiração e de tempo acabam com uma pessoa, mas eu não irei desistir dessa fanfic e irei leva-la até o final, não importa o quanto demore para postar ok?
Bom para esse capitulo já estava com a ideia a algum tempo, só não conseguir escrever, mas finalmente saiu õ/
Espero que vocês goste, nos vemos lá em baixo!



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PDV – Edward

Bella acabou dormindo nos meus braços em algum momento, não consigo dizer exatamente quando foi, pois permanecemos em silêncio por tem o suficiente para ela ter dormido muito antes do momento que notei sua respiração mais leve e resolvi olhar para seu rosto. Coloquei-a no carro e dirigi até a sua casa. Renée estava na varanda quando estacionei, seu olhar demonstrava preocupação e medo, mas sorri para ela o que pareceu aliviar a situação. Sai do carro, abri a porta do passageiro e peguei Bella – que continuava dormindo – em meu colo. Levei-a até o seu quarto aonde a coloquei deitada sobre sua cama, procurei um cobertor para aquecê-la e após cobri-la dei um leve beijo em sua testa tomando cuidado para que não a acordasse.

Seu rosto dava a impressão de estar completamente cansada, fiquei aliviado pelo fato dela estar dormindo. Permaneci alguns minutos dentro do quarto apenas observando ela dormir. Como pude causar tanta dor para está garota? Como pude ficar confuso em relação aos meus sentimentos? Como pude deixar que o medo dela atrapalhasse tudo? Está estampada em meu rosto para quem quiser ver que estou totalmente entregue a esta garota. Não é só uma paixão adolescente, disso tenho certeza.

Com ela imagino um futuro, casa, filhos, netos e tudo que tiver direito. Quero poder chegar todos os dias em casa e ver ela me esperando no sofá ou na cozinha – seu lugar favorito da casa, como um dia ela me contou que seria – mesmo que eu fale para ela não fazer isso. Quero ver a emoção nos olhos dela quando descobrir que está esperando um filho meu e até mesmo as suas lágrimas em nosso casamento. Podemos ter uma casa grande ou pequena, um filho ou três, morar em Forks ou em Londres, contanto que fiquemos juntos todo o resto será apenas consequência. Eu sei, isto é extremamente clichê, mas é tudo o que sinto agora.

Finalmente sai de seu quarto com um sorriso estampado em meu rosto. Renée estava parada no meio do corredor com os olhos cheios de lágrimas, mas um velo sorriso. Fechei a porta do quarto de Bella e andei até aonde minha sogra se encontrava.

- Ela te contou tudo, não é? – Assenti. – E mesmo assim você está aqui? – Assenti novamente dessa vez com um sorriso no rosto. – Como isso pode acontecer? – Sua voz era tão baixa que tive duvidas se ela queria que eu ouvisse, mas mesmo assim já tinha a resposta.

- Sou apaixonado por Bella. – Renée arregalou os olhos. – Essa é a mais pura verdade. Você sabe muito bem, foi difícil conseguir descobrir isso, só vendo... – Fiz uma pequena pausa tentando controlar minha voz e as lembranças que vinham em minha mente. – Eu... Naquele dia que vim ver Bella para pedir desculpas já tinha pensando na hipótese de estar apaixonada. Irei te contar uma coisa que não contei para ninguém, nem mesmo minha mãe sabe. – Abaixei o tom de voz olhando para o chão, não tinha orgulho do que iria falar e muito menos tinha idéia do porque falar isso justamente para a mãe da pessoa que amo, mas no momento é isso que tenho vontade de fazer.

- Pode me contar Edward, não se preocupe, não irei te julgar ou algo do gênero. Confie em mim. – Sorrio limpando as últimas lágrimas que escorriam por seu rosto.

- Tudo bem então... – Respirei fundo. – A Bella não foi a primeira garota que eu humilhei daquela forma, não mesmo. Tiveram várias e várias tudo por pura pressão de meus amigos, ou melhor, daqueles que diziam dizer serem meus amigos. Achava que eles sempre tinham razão e isso acabou fazendo com que eu deixasse que eles comandassem minha vida. Hoje se eu pudesse iria atrás de cada garota que eu humilhei e até mesmo daquelas que eu peguei e joguei fora para pedir desculpas, por mais que isso causasse muitos tapas na minha cara, faria isso se pudesse. Eu vi quanta dor causei na Bella e não agüentei. Com ela foi diferente de todas essas, eu fiquei com... Medo, isso, medo define bem. Ela poderia nunca mais querer olhar na minha cara ou nunca me perdoar pela mentira que contei e apenas pensar nisso doía. Talvez você não entenda o que eu quero dizer, mas tudo se resume a uma coisa: eu amo Bella. Não importa quem são seus pais verdadeiros, quantos segredos ela ainda não queria me contar ou o que ela passou antes de ficar comigo. O que importa agora é fazê-la feliz, acho que esse é meu objetivo a partir de hoje. Eu quero a Bella como nunca quis ninguém. É por isso que continuo aqui, é por isso que confio nela.

Renée não respondeu nada, simplesmente me abraçou. Pude a ouvir fungando baixo como se não quisesse que eu ouvisse. Retribui seu abraço com um sorriso nos lábio. Bella uma vez me disse que sua mãe em certos momentos agia como uma adolescente e chegava ao ponto de pedir colo para ela. Quando ela me contou isso não acreditei, mas agora vejo que isso realmente pode ser possível de acontecer. Qualquer um que visse como nós estávamos poderia dizer que eu estava cuidando dela e realmente isso estava acontecendo. Passei alguns minutos abraçado com ela. Quando me soltou Renée depositou um beijo em minha bochecha, ela era bastante maternal apesar de tudo, nesse aspecto parecia muito com Esme.

- Obrigada Edward. – Olhei para ela confuso. – Obrigada por ter percebido tudo isso... Por fazer tão bem pra ela. Você não faz idéia de como fico feliz quando ela está feliz. Eu sei que você sempre fará a coisa certa, confio em você e sabe esses erros que você cometeu no passado? Esqueça-os. Você está fazendo coisas maravilhosas para o seu futuro.

Assenti e dei um último beijo em Renée. Já estava tarde e precisava ir para casa dona Esme iria querer um relatório inteiro da minha história. Dei risada com meu próprio pensamento. Como nós podemos ser tão adultos para algumas coisas, mas ao mesmo tempo sermos tão infantis em outras?

No caminho até minha casa fui pensando em tudo o que aconteceu, desde o começo com toda aquela confusão com Bella. Eu sabia que era apaixonado por ela, mas não sabia a intensidade desse sentimento. É estranho hoje pensar em tudo o que aconteceu. Parte de mim quando se lembra queria que nada daquilo tivesse acontecido e outra grita que talvez, mas só talvez, se nada tivesse acontecido hoje eu não estaria onde estou e não estaria ao menos perto de ficar junto com Bella. É aquela antiga história de que “a males que vem para o bem” se concretizando.

_______ [...] _______

- Bella vamos logo. – Gritei descendo as escadas. – Carlie já está nos esperando com esse maldito presente. – Resmunguei.

- Edward Cullen não chame o meu presente para a minha princesa de maldito. – Pude imaginar Bella fazendo bico após terminar a frase, acabei dando risada. – E para de rir de mim, ok? Já estou descendo.

Revirei os olhos, já era a terceira ou quarta vez que ela repetia “já estou descendo” como se eu não soubesse muito bem que ela ainda não tinha escolhido nem a roupa que queria. Dei risada novamente. Meu relacionamento com Bella só tinha melhorado desde o dia que ela me contou sua história a duas semanas atrás. Agora estávamos mais juntos do que nunca.

Esme e Carlisle pareciam satisfeitos de não terem mais que esconder esse segredo de mim. No começo Bella evitava ir para minha casa e enfrentar Esme, sempre inventando uma desculpa “estou cansada de mais” e “hoje não, quem sabe amanhã?” foram as frases que mais ouvi durante cinco dias seguidos. Por mais que ela não falasse estava obvio que era por causa de Esme. Bella ficou realmente chateada por minha mãe ter me contado antes que ela mesma tomasse coragem para isso, mas não queria admitir, como sempre parecia se importar tanto com os outros que acabava escondendo o que realmente pensava. Pedi ajuda para Renée – que agora é muito mais do que simplesmente minha “sogra”, ela me trata como um filho -  que aconselhou ela mesma marcar um encontro em sua casa o que faria com que as duas fossem obrigadas a se encontrar e foi isso que aconteceu. No domingo Bella e Esme foram obrigadas a se encontrarem e ficarem de frente uma para outra, minha mãe iria se desculpar, mas Bella não permitiu isso dizendo que estava tudo bem. Fiquei impressionado como a atitude dela, mas muito orgulhoso do que ela fez.

Bella e eu aproveitávamos ao máximo nosso tempo juntos. Saiamos para jantar ou simplesmente assistíamos a um filme com pipoca e refrigerante na casa dela. Praticamente todos os dias da semana tínhamos que ir para o orfanato e era algo que realmente gostava de fazer. Era incrível ver Bella com as outras crianças principalmente com Carlie, ela parecia se apegar a nós cada dia mais e obviamente nós a ela. Consegui entender melhor a relação de Bella com o orfanato e sorria toda vez que pensava nisso. Ela passou por tanta coisa e se sentia bem em passar tempo com pessoas que tiveram que passar pelo mesmo. Mas ainda tudo sendo tão belo tínhamos um grande problema vindo pela frente, ou melhor, dois.

- Edward? – Bella me chamou tirando-me de meus devaneios. – No que você tanto pensa? Estou te chamando há horas. – Bufou.

- Horas? – Revirei os olhos. – Eu estou te chamando a horas! Agora pega esse presente logo e vamos embora.

- Está estressado hoje? – Ela me olhou com uma sobrancelha erguida, não consegui evitar e dei risada.

- Não, apenas tentando fazer com que não fiquemos mais atrasados do que já estamos.

Ela revirou os olhos, mas finalmente pegou o presente de Carlie e abriu a porta. Saímos da casa dela e fomos para o meu carro. O caminho todo até o orfanato Bella foi falando suas teorias para a reação de Carlie ao receber seu presente. Apenas dava risada do exagero de minha namorada, como ela poderia achar que uma criança iria jogar uma casa da Barbie na direção dela por não ter gostado?

Tínhamos prometido dar para Carlie uma Barbie para compensar o dia em que não fomos ver ela no orfanato. Descobrimos pela dona do orfanato que nossa ausência tinha feito nossa pequena chorar praticamente o dia inteiro, além de que ela não quis brincar com ninguém muito menos ouvir as histórias de Rosálie. Isso nos deixou preocupado, ela não poderia ficar assim, o que aconteceria se ela fosse adotada algum dia? Não poderíamos ficar nos intrometendo na nova vida dela. Tentava não pensar muito nisso, mas tinha que admitir que estiva com medo de quando esse dia chegasse.

Estacionei o carro na frente do orfanato e desci do carro junto com Bella. Ela segurou minha mão e sorrio ao entrar no orfanato. Assim que entramos fomos dar “oi” para Rose e Emm que estavam brincando com algumas das crianças e logo que nos viram eles apontaram para a direção em que Carlie estava brincando. Sorri e fui silenciosamente até onde ela estava e peguei-a no meu colo fazendo com que ela soltasse um grito surpresa.

- Edward! – Sorrio ao ver que era eu quem a segurava. Ajeitei-a em meu colo e dei um beijo em sua bochecha. 

- Oi pequena, olha só o que eu e Bella trouxemos para você.

Bella estendeu a sacola para Carlie o que fez com que os olhos das duas brilhassem. Dei risada da cena e logo depois a pequena estava rasgando o papel de presente junto com Bella. Quando viu que o que tinha dentro era uma casa da Barbie pulou no colo de Bella que deu risada enquanto recebi vários beijos na bochecha. As duas começaram a brincar e eu me afastei apenas observando a cena com um enorme sorriso no rosto.

Qualquer um que olhasse a cena iria dizer que as duas eram mãe e filha. Talvez elas pudessem ser algum dia. Meu sorriso só aumentou com essa possibilidade. Bella, Carlie e eu vivendo juntos seria perfeito, mas infelizmente nem tudo que é perfeito demais pode acontecer.

Meus pensamentos foram interrompidos por uma conversa que acontecia ao meu lado. Uma das donas do orfanato estava com um casal que parecia ver as crianças, provavelmente eles pretendiam adotar alguma delas. Observei a mulher e reparei que seu olhar estava na mesma direção que o meu estava: Bella e Carlie. Ofeguei quando finalmente entendi o que estava acontecendo e a confirmação da minha hipótese veio logo a seguir.

 - Quem é aquela? – A mulher perguntou apontando para a minha pequena.

 - Aquela é Carlie, ela é uma das crianças mais adoráveis desse orfanato. – O sorriso da mulher aumentou e o meu sumiu de meu rosto. Queria sair correndo e pegar Carlie em meu colo apenas para dizer que ela é minha. – Vocês estariam interessados nela.

 Meu coração perdeu uma batida e congelei no lugar. Bella estava alheia daquela conversa e agradeci mentalmente por isso. Pareceram passar horas desde que a pergunta tinha sido feita, mas também pareceu que a resposta veio cedo demais.

 - Não, não estamos apenas interessados. Queremos ela, queremos a Carlie.

 E nesse momento tudo se transformou em escuridão.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
O que será que vai acontecer com nosso casal e com a linda da Carlie? Estava morrendo de saudades da nossa pequena e resolvi coloca-la no capitulo novamente *-*
Tenho muita coisa para desenvolver ainda então aquela historia de "short fic" já foi para o espaço kkkk
Até o próximo cap que eu prometo sair mais rápido
Beeijos