Eles chegaram na casa de Ino e ele ia imaginando, enquanto adentrava o local, como era o quarto dela. Imaginou um cômodo rosa com vários bichos de pelúcia em cima da cama, algumas fotos e um grande espelho. De tudo isso, a única coisa que ele acertou foi o espelho.

-Ino-chan, eu acho que devo ir embora. Não quero arranjar problemas com seu pai, que pode me torturar mentalmente, nem constranger você.

-O único constrangido por aqui é você, neko-kun.

Ela sorria de um jeito que deixava explícitas todas as suas intenções. Sendo assim, não havia por que hesitar. Agarrou-a pela cintura e começou a espalhar beijos em sua boca, pescoço e orelhas. Logo as roupas estavam empilhadas no chão e eles se divertiam a própria maneira.

De manhã, ele acordou, se vestiu e foi embora. Esperava que ela acordasse e não se lembrasse de nada. Na hora do almoço, ele saiu do Ichiraku e a viu. Estava conversando alegremente com um garoto, que parecia bem mais interessado em olhar o corpo dela do que em conversar. Aquilo fez seu sangue ferver e, não podendo conter seus movimentos, foi até ela e começou a encarar ferozmente o rapaz, que se se despediu de Ino e foi embora.

-Ohayo, neko-kun. Não tinha percebido você aí. Por que foi embora hoje?

“Droga, ela lembra” –Não sei, Ino-chan.

-Por acaso estava com ciúme daquele garoto?

-Eu? Ciúme? Nunca! Eu dormi com você, Ino, não casei.

-Bom mesmo. Se é assim, já vou. Tenho um outro gatinho pra recuperar.

-Espera, Ino.

-O que foi?

-Bem...você já almoçou?

-Não. E eu aceito seu convite, estou com fome. Vamos no Ichiraku? Vi que você acabou de sair de lá, então só vai pagar.

“Essa garota...nem ouviu o que eu ia dizer e já decidiu que ia pagar um almoço pra ela. E o pior: é isso que me prende nela e me deixa louco.”

-Eu sei que sou linda, mas pare de sonhar acordado, neko-kun.

-Pare de me chamar assim. Eu não gosto.

-Sério? Parecia que gostava ontem. Era o sake, ou era eu?

“Céus, ela vai mesmo me deixar maluco!”