My Dear Devil escrita por ana_christie


Capítulo 49
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

SUGOI!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Pessoal, é com o maior prazer que trago mais um capítulo da minha fic preferida aqui hoje! Finalmente a Naonix conseguiu escrever alguma coisa! A coitada está passando por um problema sério de bloqueio de criatividade que está prejudicando inclusive sua vida acadêmica, até escrever seus projetos da Faculdade está difícil para ela.
Mas ela não desistiu dessa história e de nós, seus leitores que a amam e amam sua história e conseguiu escrever um capítulo maravilhoso!
Quando eu recebi email dela dizendo que tinha escrito um novo capítulo e o mandado eu quase tive um troço! Me arrepiei toda! Li o capítulo rindo com cara de boba, e depois, mais uma vez, enquanto revisava duas vezes, fiquei feliz e sentindo gosto de quero mais.
Infelizmente ela não sabe quando vai escrever outro ainda. Que vai, ela vai, mas por causa desse bloqueio, ela ficou muito atrasada nas coisas da Faculdade dela, e precisa colocar em dia. Mas espero que logo logo ela possa escrever de novo!
Se divirtam com mais um capítulo da incrível My Dear Devil!



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― Como se fosse... sua namorada? ― meu rosto esquentou com minhas próprias palavras.

Ele respirou mais forte agora.

Sem que em nenhum momento nossos olhos se separassem... Mamoru levantou só um pouquinho... aproximando-se de meus lábios novamente.

Depositou um beijo ali e voltou a me olhar.

― Como namorada...

Por um momento tudo pareceu rodar… tudo pareceu não existir à minha volta…

Jamais pensaria que um dia Mamoru perguntaria isso para mim…

Mas... a forma como ele me pediu... foi tão estranha.

Tempo indeterminado?

Aqueles olhos azuis escuros fitavam-me sérios e, até mesmo, pareciam ansiosos pela minha resposta.

Meu coração voltou aos doki-doki de forma contínua.

Tentei respirar mais uma vez...

Mas o ar não queria entrar!

Como namorada?

COMO NAMORADA?!

Ele realmente me quer como namorada?!

Meu peito explodia...

O seu perfume e o seu calor não me faziam pensar direito...

Kami-sama…

Namorada?

― Su-sua na-namorada? ― minha voz tremia... e eu estava ainda sem fôlego por tudo o que acontecera até aquele momento.

Todo aquele calor...

Todos aqueles beijos...

Todo o seu...

Corpo...

Um sorriso lindo se formou em seus lábios… e novamente as palavras sumiram de minha boca.

Uah… Uah…

Parece que o negócio travou aqui... Porque nenhum ar está saindo!?!?!

Ouvi sua risada gostosa soar em meus ouvidos, e ele depositou um beijo sobre meus lábios e voltou a me fitar com aqueles olhos azuis agora claríssimos.

Havia tanto carinho ali... tanto...

Kami-sama...

Meu mundo inteiro estava abalado.

Ele me beijou mais uma vez e tocou gentilmente os fios de cabelo perto de minha orelha.

― Você me deve uma resposta... seus olhos deslizaram por todo meu rosto, como se ele mesmo o decorasse... como se quisesse que aquele momento fosse eterno...

Deus... seria mesmo? Ou eu mesma estava imaginando tudo isso?

O que estou pensando afinal?

Deus, eu... eu não faço ideia de para onde meus pensamentos estão me guiando...

Eu só queria responder! Só isso... mas as palavras não queriam sair de forma alguma!

A pele dele estava fervendo sobre a minha… ou era a minha que fervia?

Vi seu rosto começar a rodar levemente.

Mamoru estava rodando... bem lentamente… ou era eu quem estava rodando?

Ahhh... Kami-sama... O que tá acontecendo com a minha cabeça?

Eu formei com meus lábios um “sim”, mas o som não saía.

Era tão estranho isso...

Cada vez que as pessoas fazem essas coisas que nós acabamos de fazer... ficam assim?

Tão estranho...

Uah... o mundo inteiro está rodando agora…

― Diga alguma coisa… você está me matando com esse silêncio... ― ele disse e sorriu bonitinho de lado, mostrando aquela covinha no rosto.

Hum… gosto tanto da forma como ele sorri...

Me arrepiei agora...

Uah...

Sério... eu acho que vou ter uma parada cardíaca a qualquer minuto!

Esse cara me causa tantos sentimentos e emoções diferentes ao mesmo tempo...

Tantos que eu não consigo agir direito...

Não consigo falar direito...

E Kami-sama… eu não consigo ao menos pensar direito! Por que está tudo rodando?

― Usako?― ouvi sua voz soar por todos os lados.

Qual o problema comigo?

Não era isso que eu queria ouvir dele?

Eu não queria ser namorada de Mamoru Chiba?

Por que minha voz não saía?

Por que eu não dizia logo “sim”?

E por que… droga... estou tão tonta?

Deve ser o perfume dele... ou esse calor dele… que está me deixando dessa forma...

Mas... argh… estou com um pouco de frio também...

― Usako!?

Hmmm…

Fechei os olhos.

Deus…

Esse apelido me deixa ainda mais tonta...

― Usa... ― a voz dele mesmo pareceu desaparecer por um momento.

Ficando longe…

Longe…


#####

Usa… a voz veio gentil em meus ouvidos.

Não... sussurrei de forma abafada… enterrei meu rosto ainda mais em meus braços.

Não quero que ninguém me veja...

Não quero ver ninguém…

Não quero nada...

Por favor… me deixem em paz!

Usa... olhe para mim… a voz dela era extremamente gentil... mas por que... por que doía tanto ouvi-la falar?

Não... não é verdade… chorei mais uma vez.

Kami, como estava difícil respirar…

Olhe para mim, querida… sua voz saiu mais dolorida ainda.

Por que era tão difícil olhar para ela?

Senti seu toque em meu braço, e era como se, ao sentir seu toque, eu pudesse me partir a qualquer momento...

Apertei meus olhos mais forte agora... não queria olhar para ela… não queria…

Mas mesmo assim ela me puxou para um abraço, me segurando fortemente.

Eu sei, querida… eu sei… mas temos que ser fortes agora… fortes... a voz dela saiu num lamurio.

Fazendo meu coração se partir mais uma vez.

Minhas lágrimas caíram sobre seus ombros, e eu abri meus olhos.

Fitei a entrada da porta aberta…

A escuridão cobria pouco a pouco os pequenos raios de luz que estavam no chão…

Escurecendo para sempre a figura sorridente dele... que, algumas horas atrás, tinha me esperado no mesmo local... com seus braços abertos.


#####


Meus olhos se abriram rapidamente… e eu me sentei assustada na cama.

Kami-sama!

Meu coração bateu aceleradamente no peito.

O que foi esse sonho?

Por que… por que me lembrei disso agora?

Meu corpo tremia… e Deus… isso me assustou um pouco.

Por que essa memória surgira dessa forma?

― Pesadelos? ― ouvi uma voz ao meu lado e virei minha cabeça de forma rápida na direção do som.

E ele estava ali...

Deitado ao meu lado... com travesseiros apoiando sua cabeça…

Uma luz fraca iluminava-nos... pude ver que ele estava sem camisa... e apenas o lençol cobria até sua cintura.

Pisquei algumas vezes.

Mas o que ele estava fazendo aqui?

― O que você está fazendo aqui?

O vi suspirar e abrir um sorriso bonito.

― Essa sua perda de memória temporária me deixa louco, Usako...

Ah?

Pisquei algumas vezes.

Kami-sama...

Meu rosto ferveu de uma hora para outra.

― UAH!― coloquei rapidamente minhas mãos em cima de meus olhos.

UAH!! UAH!!! UAH!! UAH!!! UAH!! UAH!!!

O QUE É ISSO, MEU DEUS!!!!????

MAMORU CHIBA SEM CAMISA DEITADO AO MEU LADO E SÓ COM UM LENÇOL!!!!!!!!!

UAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!

QUE VERGONHA… QUE VERG…

Mas… isso me é familiar... eu já tinha visto isso antes… eu... é que...

OH, MEU DEUS!!!!!!!!!!!

OH, MEU DEUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

EU + MAMORU + CAMA + LENÇOL + SEM CAMISA =…

OH, MEU DEUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Olhei rapidamente para baixo…

Estava usando uma camisa preta com mangas longas... e meu corpo se arrepiou.

E todo aquele momento que eu e ele tivemos juntos... voltou de uma forma quente…

Esquentando toda a minha pele…

Sem querer… acabei cruzando os braços... como proteção e vergonha…

Deus... realmente tinha acontecido…

Kami-sama…

Kami-sama...

Meu coração batia de forma ensurdecedora…

Mamoru podia ouvir? Ele podia ouvir o barulho que estava saindo de meu peito?

― Essas caretas... posso dizer exatamente cada pensamento que você teve nesse exato minuto...

A voz dele trouxe choques por toda a minha pele… e eu me virei para ele com minhas bochechas queimando.

― Eu não faço caretas, Mamoru-baka…

Ele sorriu mais uma vez e se ergueu, sentando ao meu lado.

― Você é tão previsível...― disse com uma voz carinhosa, ainda com o mesmo sorriso fofo em seu rosto. Vi sua mão erguer em minha direção... e eu segurei minha respiração.

A sua palma tocou minha testa num toque gentil e quente… e novamente vi estrelas. Fechei meus olhos com o contato… aproveitando a forma como esse simples gesto mexia com a minha pele... meu corpo... meu tudo.

― Duas vezes…― disse por entre um suspiro… deixando sua voz de uma forma macia e gostosa de ouvir.

― Hum? ― voltei a abrir meus olhos, fitando aquelas íris azuis claras... que não se afastariam de mim tão cedo... e pouco a pouco ele afastou sua mão de minha testa.

― Duas vezes teve febre... e as duas foram por minha causa...

Pisquei várias vezes.

― Ah?

― A primeira quando tentei te forçar a transar comigo… e a segunda agora... quando transamos… hmm… você realmente é uma estraga prazeres, Usako...

E meu rosto esquentou estupidamente.

― UUAAHH?! ― gritei alto… e Mamoru colocou sua mão em minha boca, abafando meus gritos.

― Não grite, Odango-baka... já passa das três horas da madrugada...

Abri meus olhos ainda mais.

Três horas da manhã??!!

― O-o quê? ― minha voz soou abafada e vi Mamoru sorrir mais uma vez e afastar sua mão de minha boca.

― Odango-baka... Você vem na minha casa... me deixa louco com suas atitudes... transa comigo... e, quando tem algo importante para me responder… dorme por causa de uma febre…. completamente nua ainda por cima... Eu tinha que fazer algo, não é verdade? Você praticamente me deu liberdade de abusar de seu corpo à vontade...

― AH!!!

Fervi por inteiro agora…

O QUE ESSE IDIOTA TÁ FALANDO?????

― O que pensa que está falando??!! VOCÊ FEZ UMA COISA DESSAS?!

ELE ABUSOU DE MIM ENQUANTO EU ESTAVA FEBRIL?!

Rapidamente abracei meu corpo com meus braços, me sentindo extremamente indefesa.

O QUE ELE FEZ?! O QUE ELE PENS...

Senti um peteleco na testa.

― ITAI! ― o olhei com mais raiva ainda.

― Não fiz nada.

A-ah?

Pisquei várias vezes, fitando seus olhos semicerrados.

― Tive a oportunidade… e não vou negar que eu quis fazer coisas que você nem ao menos sonha… mas não fiz nada.

Meu rosto esquentou mais uma vez.

A-ah?

E-ele não fez nada??

E-eu…

Uah…

― Não teria graça… fazer tudo sozinho― murmurou, e eu o olhei… seus olhos azuis olhavam para o outro lado... e ele passou a mão pelo cabelo, tirando da frente de seus olhos.

Hentai…

Brrr… Mamoru me deixa fraca… e-eu nem ao menos sei o que pensar... e o que falar…

Kami-sama… e como ele pode falar dessas coisas vergonhas tão abertamente…?

Ele ergueu a mão e tocou gentilmente meus cabelos, colocando algumas mechas atrás de minha orelha.

― Eu te... machuquei?― piscou olhando diretamente nos meus olhos.

Ele estava tão sério… que fazia aqueles mesmo arrepios brotarem em minha pele... causando aquelas sensações deliciosas por todo o meu corpo.

Fico até mesmo sem conseguir respirar...

Deus… isso é normal?

Como posso sentir e pensar essas coisas por uma pessoa?

Como posso…

― Iie...― sussurrei, desviando nossos olhares por um momento.

Eu me senti tímida novamente...

Voltei para seus olhos... e eles estavam ali... observando todos os meus movimentos.

― Só que… hmm...― fechei meus lábios... mordendo-os... olhando para baixo novamente.

Kami-sama... como posso me sentir tão tímida assim…? Tudo que fizemos juntos... nós ficamos íntimos de uma forma... que eu mesma não sei como posso me expressar com ele agora…

― Diga...― ele disse olhando para minha boca e voltando para meus olhos.

― É que… humm... é meio vergonhoso...― coloquei minhas mãos sobre as bochechas, tentando esconder a vermelhidão que já crescia em minha pele.

― Vergonhoso? ― ele piscou por um momento e se ajeitou na cama, fazendo com que se sentasse virado totalmente de frente para mim. Dessa vez pude ver que ele vestia uma calça preta... e eu olhei rapidinho para cima. ― Você... não gostou?

― Não!! Não é isso... é que... ― argh... como era difícil de falar… ― Hummm… eu... ― olhei para o lado e voltei para ele mais uma vez ― gostei... mas, Mamo... nem ao menos nos conhecemos o suficiente… você não sabe nada sobre mim... e… agora fizemos isso… mas isso normalmente é feito depois que as pessoas se conhecem e estão juntas por um bom tempo... bem, é isso o que Mama fala... mas, na verdade, isso deveria ter acontecido depois do casam...

Recebi um beijo.

Hmmm...

Seus olhos me fitaram carinhosamente enquanto sua boca se afastava…

Ele me beijou assim… sem mais nem menos…

Talvez... para me calar… porque realmente minha boca não ia parar tão cedo… mas…

Outro beijo.

Hmmm...

Sua mão encostou em minha bochecha... segurando meu rosto.

Deus…

Ele quer realmente me matar… só pode!

Afastou sua boca novamente da minha... mas seu rosto ainda estava bem perto.

― Eu sei que nos precipitamos…― ele disse suavemente. ― Eu me precipitei… e… sei que tem razão... ― suspirou tocando meu rosto com carinho. ― Sei também que fiz algo arriscado com você hoje… ― ele mordeu os lábios, fitando os meus. ― E juro que tentei me controlar... ― voltou seus olhos para os meus de novo, agora estavam azuis escuros. Ele suspirou de uma forma nervosa. ― Mas de forma alguma eu me arrependo...

Meu coração estava a mil por hora...

― E eu quero que fique comigo a partir desse momento, Usako... ― gentilmente encostou sua testa na minha.

Deus… estou tonta novamente...

― Vamos… nos conhecer pouco a pouco… ― sua voz pareceu tremer por um momento. ― Quero saber tudo sobre você... ― afastou sua testa da minha, olhando agora todo o meu rosto.

Kami… havia tanto carinho em sua voz…

― Que-quero saber tudo sobre você também, Mamoru...― olhei para ele com o coração pulando… e juro que vi um risco de angústia surgir em sua face… mas ele não disse nada. Apenas continuou acariciando meu rosto… e seus olhos desviaram por um segundo dos meus… mas logo voltaram ainda mais decididos.

― Você tem obrigação de ficar comigo, Usako…

Me arrepiei...Mas não pude deixar de sorrir pela forma como ele falou no final.

Kami-sama...

Minha cabeça girava várias e várias vezes.

Ele me olhava como se esperasse minha resposta.

E única coisa que eu podia fazer era sorrir... e assentir.

Você também tem a obrigação de ficar comigo agora, Mamo-baka…

Sua mão deslizou pela minha bochecha e me puxou para mais um beijo…

E aahhh…

Nos beijamos mais...

E mais…

E mais...

Eu não conseguia parar de beijá-lo...

Ele deixava minha mente em branco... meu corpo quente...

E as mesmas borboletas em meu estômago estavam lá… causando arrepios e choques...

Foi ele que afastou a boca, com um gemido triste.

E, Kami... eu ainda estava sem ar por causa do beijo… mas, quando abri meus olhos... os dele estavam lá… agora quase negros enquanto me fitavam... adoro a forma como seus olhos mudam de cor... do azul mais claro ao mais escuro de acordo com suas emoções...

Um calor gostoso se espalhou por todo o meu corpo.

Mamoru parecia nutrir os mesmos sentimentos que eu sentia por ele.

E isso me fez feliz...

E me deu uma vontade terrível de abraçá-lo…

Mas só pude deixar que um sorriso se formasse em meu rosto.

― O quê? ― ele falou agora com um sorriso de lado, enquanto me olhava.

― O que “o quê”? ― perguntei sem conseguir disfarçar minha própria felicidade.

― Por que esse sorriso? ― ele mesmo já sorria, com um ar de desconfiado.

― Sorriso? Que sorriso? ― tentei fechar minha boca, mas era inevitável…

Ele me deixa feliz...

― Não adianta esconder, Odango-baka… eu já vi esse sorriso... e eu quero ele para mim agora...

Eu ri quando ele me pegou pelo queixo, começando a me puxar para ele.

Ainda rindo, virei minha cabeça para os lados... evitando que ele olhasse meu rosto.

Ele me tocava... e eu o tocava enquanto o riso escapava de minha boca.

― Falando nisso! ― eu disse rapidamente afastando suas mãos de mim.

― Hum? ― ele parecia um pouco perdido pela forma que me olhava.

― Essa camisa… ― falei segurando as mangas da camisa preta que eu vestia.

― Minha…― falou olhando para o tecido e voltando para mim. ― Como eu disse... você estava completamente nua e desmaiada na minha cama… tive que pensar rápido antes que perdesse o controle...

Corei furiosamente.

― Ah… a-arigatou...― eu acho...

Camisa dele...

Hummmm…

Eu me sentia de certa forma tão segura dentro daquela camisa...

Segura… e quente.

E Kami-sama… ela tinha o cheiro dele!

Aquela fragrância única de sua pele...

Levei o tecido até minhas narinas e puxei o ar para meus pulmões.

Minha pele se arrepiou pela milésima vez.

Como pode cheirar tão bem?

Como essa pessoa pode cheirar tão bem??

― Eu estou aqui, e você cheira a minha camisa...― ouvi a sua voz rouca e macia vibrar em meu ouvido.

Levantei meus olhos para ele e senti meu rosto esquentar mais uma vez.

Ele me fitava com aqueles olhos semicerrados, analisando todos os meus movimentos.

Eu gosto de como ele me olha…

Me deixa feliz... e quente...

Lentamente larguei a camisa, e coloquei uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.

― Você… ― falei olhando para baixo, mexendo com o lençol em meus dedos… meu rosto esquentava muito. ― Tem um cheiro diferente... ― murmurei as últimas palavras e voltei para seus olhos.

As íris azuis ainda estavam ali, firmes, queimando dentro das minhas.

― Huumm... ― seus lábios se alinharam com o som de sua voz, e me arrepiei uma vez mais. ― E você gosta?

Muito…

A palavra veio rápida em minha mente, mas apenas mordi meus lábios, com medo de que ela saísse.

Ele olhou minha boca e suspirou novamente, agoniado.

― Você está tornando essa situação perigosa, Usako... ― ele sussurrou olhando para baixo, e suspirou mais uma vez enquanto passava a mão em seus cabelos de uma forma nervosa e angustiada.

Eu quero beijá-lo de novo...

Ele olhou para o lado e logo seus olhos voltaram para mim.

― Três e meia da manhã, Usako. Você precisa voltar cedo para casa amanhã?― a voz dele parecia estar um pouco controlada dessa vez, mas seus olhos me diziam o contrário.

Olhei sua boca por um segundo.

Será que ele gosta da forma como meu nome soa em sua boca?

Ou como esse apelido bobo soa?

Ele fica... Usako isso... Usako aquilo...

Oba-chan que fala que, se uma pessoa diz seu nome várias vezes... é porque ela realmente gosta de você…

Será verdade?

Assenti lentamente, respondendo à sua pergunta.

― Então é melhor nós nos deitarmos… ― senti seus dedos tocarem minha mão ―não é? Usako... ― ele sussurrou docemente, e eu o fitei novamente.

He He He!!!

Seus olhos lentamente voltaram a ficar quase negros, e sua respiração se tornou mais pesada.

O seu toque em minha pele me queimava… tanto por fora como por dentro.

Sua mão caminhou pelo meu pulso… segurando firme.

E começou a me puxar...

Ainda atordoada com todo o seu perfume… eu obedeci a ele.

Deitei na cama de lado... e logo Mamoru me acompanhou… virando-se para mim, ficando frente a frente.

Um braço ficou abaixo de sua cabeça enquanto seus olhos me fitavam…

E ficamos assim…

Em silêncio.

Apenas um olhando para o outro.

Eu tinha tanta coisa para falar com ele… mas ao mesmo tempo... não queria falar nada.

Só queria ficar assim... olhando para ele.

Ficar no mesmo espaço que ele…

Ah…

Havia um show de tambores em meu peito… e, com toda certeza, Mamoru podia ouvi-lo.

Com toda certeza…

Ele se moveu.

E eu paralisei por um momento... segurando minha respiração.

Mamoru se aproximou um pouco mais...

Ficando a apenas alguns dedos de distância.

Ah...

Como pode haver essa tensão tão grande entre nós… apenas por a gente se olhar?

― Hum… ― ele suspirou olhando para baixo. ― Ah...

Seus suspiros me arrepiavam ainda mais.

Faziam meu sangue ferver demais…

Ele levantou seus olhos, me fitando de forma séria.

― Sabe... ― sua voz era suave... forte… rouca. ― Desde a primeira vez que te vi… eu quis você.

Minha pele queimou com suas palavras.

Kami-sama… o que ele tá falando…?

Mamoru suspirou de uma forma agoniada.

― E eu quero muito você... ― disse entre um suspiro e outro. ― Nesse… instante.

Mordi meus lábios, sentindo meu coração bater cada vez mais rápido.

Eu vou explodir… com toda certeza vou explodir...

Pare de falar essas coisas, Mamo-baka...

Seus dedos se levantaram e encostaram sutilmente em meu ombro… em uma leve carícia.

Mesmo por cima da manga… pude sentir que sua mão estava bem quente…

Lentamente ela desceu para o meu braço… seguindo o caminho para a minha cintura.

Ele respirou novamente com dificuldade… e eu segurei minha respiração.

― A-acho melhor…― sua voz pareceu falhar por um momento... e mordi meus lábios, evitando rir.

He He He!!

Eu que estou fazendo sua voz falhar, Mamo-baka?

Senti um tecido subir por minhas pernas e chegar até minha cintura… olhei para baixo e voltei a olhar para ele.

Mamoru soltou o lençol, voltando a se deitar.

― Muito tentador... ― falou com sua voz rouca. ― E eu estou sem camisinha...

Corei mais uma vez.

O que ele está falando?

― Mamoru hentai… ― falei erguendo minha mão e batendo em seu peito.

Mas sua mão segurou a minha rapidamente, fechando os dedos em volta de meu pulso... um a um.

Ah... por que ele torna esses pequenos atos tão irresistíveis?

Seus lábios se separaram.

―Venha mais perto... ― sussurrou com seus olhos queimando nos
meus.

Eu obedeci a ele novamente… me aproximando... Sentindo sua respiração ficar mais pesada…

Pouco a pouco me aninhei em seus braços... e ele me recebeu satisfeito... me abraçando.

Fechei meus olhos... os apertando bem forte… e puxei o seu perfume para meus pulmões.

Hummmm…

Como pode cheirar tão bem…

Como pode mexer com o meu interior dessa forma…

Levei minhas mãos até seu peito... e esbarrei sem querer em sua corrente. A temperatura do metal arrepiou meu corpo.

Ela também estava quente...

A mesma temperatura que ele…

Enrolei-a em meus dedos... puxando-a para frente de meus olhos.

Vi um brilho dourado destacado contra o lençol.

Era aquele anel dourado.

Lentamente o peguei… sentido o peso dele sobre minha palma.

Era tão bonito…

Toquei lentamente, e comecei contornar o círculo.

O peito dele subiu por um instante, e eu o fitei.

Suas mãos se afastaram um pouco, deixando um pouco mais de espaço entre mim e ele... e vi seus olhos se focarem em mim.

Mordi meus lábios.

Tudo bem se eu perguntasse? Ele ficaria ofendido ou bravo com a minha intromissão?

Mas eu queria tanto saber mais sobre ele…

O anel brilhava ao meu toque, vi as palavras escritas novamente, mas fiquei com medo de lê-las.

Era algo dele.

Talvez de seu passado... ou até mesmo…

― Era de sua mãe?― minha voz saiu num só suspiro, e direcionei meus olhos aos azuis dele.

Seus lábios se abriram lentamente, mas logo voltaram a se fechar… como se ele pensasse se me diria ou não.

Senti vergonha novamente.

Usagi intrometida!

Eu e minha boca grande!!!

Mas…

Eu queria saber tantas coisas de Mamoru Chiba…

Havia tantas coisas que eu queria perguntar…

Como…

Como era a mãe de Mamoru?

Como era seu pai?

Ele sofrera… muito?

Como ele conseguira fazer tudo que tinha feito sendo somente uma criança? Cuidar de Taru-chan… do local onde ele trabalhava… estudar...

E o casamento… ainda não entendia o porquê de ele ter se casado.

Minhas bochechas queimaram novamente.

― Sim…― sua voz soou pelo silencioso quarto, e o olhei surpresa. Seus olhos ainda me fitavam com tanto carinho que meu coração batia de forma anormal. ― Era dela... ― tomou o anel em seus dedos, levantando-o pouco para observá-lo melhor.

Juro que vi um brilho de tristeza em suas íris azuis, mas ele logo as desviou de volta para mim, abrindo um pequeno sorriso de lado.

― Não disse que um dia eu deixaria você tocá-lo?

Uah…

Corei ao me lembrar do dia em que machuquei meu pé em sua casa, e ele me pegou em seu colo.

O pensamento deixou um traço vermelho por todo o meu rosto.

Uah…

Baka Mamoru...

E ele abriu um sorriso novamente.

― Só não achei que fosse demorar tanto tempo assim...― ele voltou a falar fechando os olhos, deitando-se agora de costas e me puxando para que eu ficasse em cima dele. Apenas mordi meu lábio, sentindo raiva.

― Baka... ― murmurei sob minha respiração e, lentamente, coloquei o anel em minhas mãos mais uma vez.

Era pesado e grosso.

Percorri meus dedos contra a textura, e olhei a escrita no interior do anel.

A letra era fina e bonita, e as palavras eram singelas: “Para sempre”.

Pisquei algumas vezes.

O pai de Mamoru... devia ter amado muito a sua esposa, para escrever algo tão romântico assim…

Ficar para sempre com o amor de sua vida…

E acho que a Sra. Chiba deveria confiar muito em Mamoru, para lhe entregar algo tão importante como aquele anel.

Deixei um leve sorriso se formar em meus lábios e voltei a olhar o rosto tranquilo de Mamo…

Seus olhos estavam fechados... como se ele se preparasse para dormir e, talvez, entrar em algum sonho...

Eu me ajeitei um pouco em cima dele e coloquei lentamente o anel em minha palma.

― Foi sua mãe quem te deu?― falei um pouco baixinho, temendo que talvez ele já estivesse dormindo.

Mas lentamente ele negou com a cabeça, seus olhos se abriram e fitaram o teto do quarto, como se ele estivesse se lembrando de um passado distante.

― O meu pai me deu…― sua boca se mexeu, e um som profundo saiu de sua garganta ―de certa forma... ― seus olhos voltaram para mim. Suspirou mais uma vez e molhou os lábios.

Suas mãos voltaram a minha cintura, me ajeitando e me apertando ainda mais contra seu corpo.

― Ah...― ele gemeu baixinho. ― E eu o guardo... para me lembrar todos os dias do que aconteceu...

Hum?

Do que… aconteceu?

Fitei-o sem entender, e ele voltou a abrir um sorriso para mim.

― Talvez… seja algo masoquista de minha parte...― seus olhos agora se voltaram para mim, e novamente estavam muito escuros... quase negros.

Tristes…

Doloridos...

E temerosos.

Eu não consegui entender o que ele tentava falar para mim, e me senti um tanto triste.

Seu passado fora tão dolorido assim?

Olhar para aqueles olhos e tentar enxergar o que ele queria dizer com aquelas poucas palavras me fez sentir fraca…

Pois eu não sabia como poderia ajudá-lo...

Me senti triste…

Eu não deveria ter perguntado.

Pois o jeito com que ele me olhava agora…

Me fazia sentir culpada.

Ergui minhas mãos, tocando seu rosto quente… bem quente contra minhas palmas.

E olhei no fundo de seus olhos.

― Gomenasai…― murmurei perto de sua boca e beijei a ponta de seu nariz.

Eu não deveria ter perguntado…

Ele ficara tão triste de repente...

― Não... ― ele falou de forma direta, e eu me assustei com seu rosto sério. ― Pague-me com o seu corpo...

Franzi meu cenho de forma brava e lhe mostrei a língua.

Aquele sorriso bobo dele se formou, e seus braços me puxaram para deitar ao seu lado novamente.

― Mamo-baka... ― murmurei sob minha respiração, enquanto me deitava no local para onde ele me guiava.

Deitei minha cabeça no travesseiro e me virei em sua direção. Ele fez o mesmo, mas apoiou novamente sua cabeça no próprio braço, enquanto sua outra mão me puxava para se aproximar um pouquinho mais.

― O que mais quer saber? ― sua voz soou macia, e seus olhos fitaram todo meu rosto, mas se fixaram em meus lábios.

Paralisei por um momento com a sua pergunta.

Alguma coisa no passado de Mamoru o machucava… então resolvi deixar de lado esse tema.

Se um dia ele quiser me contar…

Eu estarei aqui para ouvi-lo.

Então eu não ia forçá-lo.

― Hum... ― fiz um pequeno bico com meus lábios, enquanto olhava para o lado.

O que mais eu queria saber mesmo?

Senti seus dedos tocarem meu queixo, e retornei meus olhos para ele.

― Pergunte o que quiser...― sussurrou. E vi seus olhos azuis ainda fitando minha boca. Seu polegar encostou suavemente em meu lábio inferior, e começou uma leve carícia.

Como se quisesse senti-lo com seu dedo.

Acariciando de um lado para o outro…

Lentamente...

Eu me perdi por uns minutos, mas pisquei, tentando recobrar minha atenção e escolher uma pergunta.

― Vo-você fa-faz faculdade de quê?

Ele continuou sério, ainda deslizando seu polegar contra meu lábio.

― Hum...― seus lábios se alinharam novamente, e ele desviou seus olhos para os meus, mas logo voltou ao seu lugar de origem: minha boca. ―Ciências Contábeis... ― seu dedo deslizou de forma mais áspera. ― No próximo ano eu me formo. Na verdade eu já terminei tudo, mas preciso apenas apresentar meu trabalho de conclusão.

― Hum…

Ciências contábeis?

Humm… não fazia ideia de para que servia esse curso...

Mas apenas assenti.

― Sabe o que é? ― eu pisquei algumas vezes e neguei com minha cabeça. ― Aprender a cuidar de contas de uma empresa, controle de registros negociais, dentre outras coisas.

― Humm… parece complicado... ― senti uma pressão maior de seu polegar, e fechei meus olhos timidamente.

― Ah... não é tanto assim...― sua voz me deu arrepios. Voltei a olhá-lo, e seu polegar passou por entre meus lábios, separando-os. ― Abra a boca... ― dessa vez ele soou ardente.

E obedeci mais uma vez...

Ele respirou agoniado enquanto enfiava seu dedo dentro de minha boca, deixando meu rosto ainda mais quente.

― As matérias podem ser um pouco chatas, mas é um bom curso... ― continuou a falar enquanto retirava lentamente seu dedo de minha boca, mas parou e voltou a enfiá-lo. ― Feche um pouco mais seus lábios em volta de meu dedo...

Hummm...

O que ele tá fazendo?

― Isso… Sou formado em Direito também… Ciências Contábeis é minha segunda formação… Próxima pergunta... ― disse como se estivesse entretido com o que ele fazia com a minha boca...

Espera aí, duas formações?!

UAH!

Ele deve ser realmente muito inteligente… Tão jovem e já com dois cursos... Superdotado...

Mas…

Ah...

Seu dedo continuava a entrar em minha boca, tocando minha língua, e depois ele tirava... repetindo o movimento algumas vezes... lentamente...

Não estava conseguindo processar muito a informação pela sua insistência em fazer isso...

Humm... peguei calmamente sua mão e a segurei.

Seus olhos se voltaram para mim.

Retirei seu dedo e sorri.

― Como você espera que eu pergunte se você está fazendo isso? ― franzi minha testa e passei a língua nos lábios, deixando-os úmidos.

Mamoru apenas sorriu, mostrando seus dentes perfeitos.

Levou seu dedo até sua boca e o chupou ainda olhando para mim.

He-hentai…

Ele fica fazendo essas coisas... e e-eu não consigo pensar direito…

O que eu ia perguntar mesmo para ele?

― Po-por que se casou com Rei-chan? ― minha boca desandou a falar sem mais nem menos… e, por um minuto… vi seus olhos mudarem.

HÃ???

QUAL É O MEU PROBLEMA????

Ele suspirou… colocando sua mão em minha cintura... e seus olhos se desviaram dos meus, relutantes.

AAAAARRRRRGGGGHHHHHH!!!!

EU SOU TÃO IDIOTA!!!

ACABEI DE FALAR PARA MIM MESMA QUE NÃO IA PERGUNTAR COISAS DO PASSADO DELE… E MINHA BOCA PERGUNTA SOBRE ISSO???

SUA IDIOTA, PARA DE PERGUNTAR COISAS INDEVIDAS!!!!

EU SEI QUE QUERO SABER SOBRE O CASAMENTO DELE… MAS AGORA NÃO É UMA BOA HORA!!!!

― AAAHHHH… QUER DIZER… quan-quantos anos você fez? ― pisquei fitando seus olhos azuis, que agora se voltavam para mim novamente escuros.

― Não respondi a outra ainda...

― Demorou demais para responder…

― Eu ia responder.

― Não é mais necessário... responda essa última agora…

Ele suspirou como se não entendesse o que se passava em minha cabeça.

Devo dar razão a ele… nem eu mesma sei o que se passa em minha cabeça muitas vezes…

― Vinte... ― ele disse num tom cansado.

Pisquei várias vezes.

― Vinte anos?!

Ele assentiu ainda entretido não sei por que pela minha boca.

― EU SOU QUATRO ANOS MAIS NOVA QUE VOCÊ!!!! ― me sentei na cama, tentando parecer surpresa, me virando para ele como se não acreditasse.

― E? ― ele disse sem nenhuma preocupação evidente em seu rosto.

― EU SOU QUATRO ANOS MAIS NOVA QUE VOCÊ!!! ― falei novamente, tentando parecer extremamente surpresa.

― Que diferença isso faz, Odango...? ― ele falou fechando os olhos.

Dessa vez fiquei de joelhos na cama e coloquei as mãos na cintura.

Mamoru abriu os olhos e me fitou.

― O quê?

― SEU PEDEO... PODO... PEDIOFI... PO...

― Pedófilo.

― ISSO!!! PELO MENOS SABE O QUE É!!!! ― ele me fitava por debaixo de seus cílios com seus olhos brilhando. ― VOCÊ NÃO SENTE VERGONHA??!!

― Vergonha?

― VOCÊ ESTÁ ABUSANDO DE UMA MENOR DE IDADE!!! ― falei apontando meu dedo na sua direção.

Mamoru piscou várias vezes.

Ai, ai…

Exagero, eu sei... mas... por algum motivo, eu queria fazê-lo rir.

Não me importava muito com essa diferença de idade…

Eu mesmo já sabia quantos anos ele tinha… mas estava fazendo isso... para…

Ele abriu um sorriso.

Para isso…

Para esse sorriso…

Ele pareceu um pouco melancólico por um momento.

― Abusando? Eu?― ele se ergueu na cama, sentando-se novamente. E parece que realmente entrei em sua pele com essa “discussão”. ― Não existe abuso se as duas pessoas estavam desfrutando da transa ― disse com um sorriso de lado, e seus olhos brilhavam.

― Você entendeu o que eu disse… ― falei cruzando meus braços e sentindo meu rosto corar. Ele sempre tem que falar essa palavra… argh… ele é tão hentai... ― Você abusou da minha inocência! ― falei mais alto.

E ele riu…

Começou a rir bem alto.

Não pude deixar de abrir um sorriso.

Era bom vê-lo rindo…

Sua risada era gostosa de ouvir.

Esquentava meu coração...

― Odango-baka... ― disse assim que suas risadas terminaram. ― Não me importa a diferença de idade… ela nem é tão grande assim…

― Diga isso para a Lei!! Como você a conhece, deveria saber sobre isso!!! ― mostrei a língua para ele, e Mamoru sorriu bonito.

Humm... sorriso. Gosto tanto do seu sorriso...

― Se a Odango parar para pensar… quando você tiver vinte... eu terei vinte e quatro… e quando tiver vinte e quatro, eu terei vinte e oito… a maioria dos casais tem uma certa diferença de idade. Isso acontece há anos... Você não deveria se preocupar com isso...

Por um momento minha respiração travou nos pulmões.

Não consegui piscar por um momento enquanto eu fitava aquele cara na minha frente.

Ele disse…

― Ca-casais?

O que ele quis dizer com isso?

Éramos um casal agora?

De verdade, isso?

E-eu sei que concordei que iria ficar com obrigação com ele... mas não achei que isso significasse que seríamos um casal agora.

De… verdade?

Ele passou a mão nos cabelos, os puxando para trás... e colocou a outra mão na lateral de meu pescoço… com seu polegar tocando minha bochecha.

― E você... ainda me deve uma resposta ― seus olhos se ergueram para os meus.

Azuis... azuis...

Meu rosto queimou novamente.

― Res-resposta? ― gaguejei por um momento.

― Essa cabeça de odangos esqueceu por acaso o que eu tinha te perguntando algumas horas atrás? ― seu dedo acariciou minha bochecha mais uma vez.

E o ar faltou em meus pulmões.

E-eu não havia esquecido...

É claro que não…

Mas a forma como ele pedira... me deixou um pouco...

― Só quero uma resposta... ― disse com seu olhar firme e sério, fazendo meu coração bater ainda mais forte por ele.

Eu sei... eu estava feliz... com tudo o que ele me dissera antes…

De que eu tinha obrigação de ficar com ele e tal...

E eu queria dizer “sim” para ele...

Mas parecia que minha voz se enroscava em minha garganta…

Não sei se era por causa de meu coração, que estava acelerado demais…

Ou porque eu não conseguia mais respirar...

O perfume dele estava em todo o lugar…

E a camisa dele... Deus, como cheirava igual à pele dele…

Ahhh…

Kami-sama...

― Eu vou ser responsável pelo que fiz com você... ― ele olhou rapidamente para minha barriga... por um motivo que eu não consegui entender.

Responsável pelo que fez comigo?

Ma-mas eu também fiz com ele... eu também tenho que ser responsável por isso...

Não é?

Seus olhos me fitavam com tanto… ah... carinho…

Hmmm… eu gosto tanto desse cara...

― Me-mesmo depois de tu-tudo que aconte-aconteceu... vo-vo-cê ainda acha que-que eu diria não? ― falei fechando meus olhos, e voltei a olhá-lo com um sorriso... minha voz tremia.

Uaah...

O sorriso dele de lado me matou mais um pouquinho...

― Só diga então para eu me manter confiante...

Ri um pouco com as suas palavras, e minha pele se esquentou com satisfação.

― Sim... Mamo-baka...

E ele sorriu lindamente... encostando seus lábios nos meus.

― Boa... resposta...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, até o próximo!! Que espero que seja logo! Rezo a Deus!
Kami-sama, me ouça!!!

E, por favor, peço a todos, não deixem de comentar. Pode ser que os reviews ajudem a Naonix! Uma injeção no ego de qualquer autor deve ajudar para quebrar seus bloqueios criativos, não? Então vamos todos na campanha de fazer a autora naonix feliz!!!!

Bjs da Ana-chan



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