Black Butterfly escrita por Very Happy


Capítulo 12
Cap. 12:A Festa Final


Notas iniciais do capítulo

Gente ta ai mais unzinho.
AVISO:este ta um pouco violento, mas procurei moderar :D



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Estava deitada em minha cama, quase dormindo. Já havia tomado banho e retirado a armadura. Não jantei nem nada, pois me empanturrei na hora do nosso “lanche”. Logo, ouvi uma batida na porta. Estava cansada demais para me levantar e abri-la, mas talvez fosse algo importante. Joguei as cobertas de lado e fui até a mesma. Girei a maçaneta e vi Alice se materializar do outro lado.

-Oi. – ela disse.

-Oi. – respondi.

-Bem, sei que estava dormindo, dá pra ver pela sua cara, mas é que vai haver uma festinha.

-Uma festa pra que?

-Dã, pra comemorar a chegada dos outros alunos. – ela fez uma pausa – Então, quer ir?

-Ah não sei, tô...

-Só perguntei por educação – ela disse, enquanto entrava no quarto.

Fechei a porta enquanto ela escancaravameu guarda-roupas e analisava cada roupa que havia lá.

-Veste esse ai. – ela disse, me laçando uma vestido preto simples.

-Alice. – falei.

- O que? Ah, nem vem. Você precisa ir a esta festa. Pra se enturmar, vai?

Ela fez um biquinho e juntou as mãos, levando-as ao peito. Sorri para ela.

-Tá bem. Mas não vamos demorar. – disse, por fim.

Rapidamente, ela separou um par de sapatilhas para mim, arrumou meu cabelo e correu ao seu quarto para vestir sua roupa. Logo, ela estava usando um vestido branco bem curto.

-Nossa. Quem está querendo impressionar? – perguntei, enquanto andávamos pelo jardim.

-Quem mais? – ela perguntou, erguendo as sobrancelhas.

Uma grande tenda foi montada no meio do jardim e, dentro dela, podíamos ver luzes e ouvir vozes e músicas. Assim que entramos, pude perceber que aquilo, na verdade, era como se fosse uma boate. Tinha globo de espelhos, um mini bar (sem bebidas alcoólicas, claro), jogos de luzes e muitos, muitos alunos.

-RODRIGO! – gritou Alice ao meu lado, enquanto corria para um garoto com um enorme chapéu na cabeça.

-Uou, não sabia que viriam. – ele disse, por fim.

-Claro que não faltaríamos. Só a madame ali que não estava muito afim, mas arrastei ela.

-Fez você muito bem. – falou Daniel.

Não havia percebido sua presença. Ela usava uma calça jeans com a mesma blusa branca de antes. Estava com o cabelo levemente bagunçado, como eu gostava.

-Bom, então vamos dançar. A noite é uma criança. – falou Rodrigo, enquanto puxava Alice para pista.

Ela me deu uma leve piscadela e eu abri um enorme sorriso para ela.

-Me divirto bastante com a atitude dos dois. – falou Daniel.

-Também. – falei. – Quer sentar? – perguntei, mostrando uma mesa vaga.

-Claro.

Assim que sentamos, nossas bocas pareceram que foram costuradas. Não falamos nada por um bom tempo. Depois de vários e longos minutos, ele disse:

-Sabe, não gosto muito, mas, quer dançar?

-Por mim, tudo bem. – respondi.

Ele me conduziu até quase no centro da pista e logo começamos a dançar. As músicas eram rápidas (pop, rock,...) e por isso me mexi bastante. Era boa em dança. Havia feito várias aulas e, pelo que parecia, ele também.

-Onde aprendeu a dançar assim? – perguntei, quase aos gritos para ele me ouvir.

-Em casa e em pequenas festas que já fui. – ele respondeu, também quase gritando.

Logo, uma menina de cabelos pretos chegou e começou a dançar com ele. Por mais que ele não parecesse gostar, ainda assim dançava. “Por educação.”,pensava. Mas acho que minha expressão era outra, pois assim que ele viu meu rosto, seu sorriso desapareceu e percebi que eu havia parado de dançar. Ele riu e se dirigiu a mim, deixando a garota de lado e começando a dançar comigo. Acho que a garota não gostou, pois vi ela nos fuzilar a sair andando. Daniel olhou para trás para conferir se ela já havia ido e logo abriu um sorriso travesso.

-Que foi? – perguntei, também sorrindo.

- Ciúme mata, querida. – falou ele.

- Idiota. – falei, sorridente e corando.

Passamos o resto da noite dançando, conversando e bebendo água para repor as energias. Já era uma 1:00 quando encontramos Alice e Rodrigo, aos beijos.

-Nossa. A amizade é linda. – zombou Daniel.

-Sem graça. – falou Rodrigo.

Alice estava super radiante e sorridente. Finalmente consegui. “Vitória” pensei.

Começamos a dançar, todos juntos, e fomos assim até tarde. Logo, as luzes começaram a piscar, dando a ideia de pausa no movimento dos amigos. Estava dançando super animada quando senti algo líquido e quente pingar em minha mão. Não dava para saber oque era devido às luzes. De repente, um grito cortou o ar e senti alguém me puxar pelo braço. Mas ao olhar para trás, pude ver uma pessoa, uma menino, caído no chão e poças vermelhas ao seu redor.

Então, o caos começou...

Várias pessoas começaram a correr e a gritar. A música parou e o DJ se jogou do palco. Muitas pessoas se agrediam e as mais fracascaiam no chão. Daniel me puxava à procura de algum lugar para sair. Sua expressão, antes sorridente, agora era preocupada.

-Vem. – ele dizia.

Começamos a correr. Olhei para trás e vi Alice e Rodrigo atrás de nós, ela com a cara mais assustada que já vi. Paramos de repente, enquanto uma garoto caia na frente de Daniel. Ele estava ferido no braço direito, de onde escorria muito sangue.

-Daniel... – sussurrou Alice, com a voz tremula.

-Não podemos. Vamos. – ele disse, me puxando novamente.

Atravessávamos grupos de pessoas sem nem sequer parar. De repente, uma bola de fogo sobrevoou os alunos e atingiu o equipamento de som. Este começou a pegar fogo.

Nunca corri tanto em minha vida. Fagulhas voavam e nos atingiam. Uma logo atingiu a barra de meu vestido. Bati minhas mãos nele várias vezes até o fogo apagar e as cinzas caírem dele. Assim que achamos uma saída, pulamos porta afora.

-O que foi aquilo? – perguntou Rodrigo.

-Não sei, mas... - comecei, mas fui interrompida por um ser grande e branco que me jogou por cima das costas.

-SOPHIA! – ouvi Alice gritar ao longe, mas já era tarde. Já havíamos entrado na floresta.

-Me solta, me solta! – gritava, enquanto batia na coisa. Estava escuro e não conseguia saber o que era.

“AI! Eu tenho que protege-la, esqueceu?”, ouvi uma voz muito familiar em meu pensamento.

Parei de bater nele e o encarei. Mesmo na escuridão da noite, pude identifica-lo.

“May?”, perguntei em pensamento.

“Sim, mas não fale muito temos que correr.” Ele respondeu.

Ele estava enorme. Passara de um mini lobo a um lobo gigantesco. Sua pelagem estava mais branca do que nunca.

“Mas o que...” – comecei.

“Não, depois...” ele interrompeu-me, mas logo caio no chão e senti uma dor insuportável em minha perna.

Cai de suas costas e rolei até um pouco mais a frente. A dor era tão forte que já estava me dando dores de cabeça. Olhei para o lado e vi May. Estava caído e gemendo de dor. Em sua pata traseira, estava cravado uma flecha.

-May! – gritei e rastejei até ele.

“Vá, eu tenho...” ele começou, mas foi interrompido por mais um gemido.

“Você vai ficar bem” pensei, acariciando seu pelo.

Tudo estava embaçando. Não aguentava mais. Deitei minha cabeça sobre seu pelo macio e adormeci.

Não sabia por que tinha começado, mas tinha medo de o torneio ser assim. Se fosse, eu estava “numa fria”.


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Notas finais do capítulo

Então, mereço comentarios?