The Daughter Of The Regicides escrita por Reira
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem :3 e leiam as notas finais.
Elinys mal dormira naquela noite e o pouco que conseguiu foi repleto de sonhos com o pai. Ela virou na cama pouco confortável, faltavam algumas horas para o sol nascer, mas sabia que não tornaria a dormir.
Levantou-se e abriu o baú aos pés da cama, nele encontrou uma armadura prateada, masculina, provavelmente a menor que eles tinham, mas que ainda ficaria absurdamente grande nela, juntamente com um longo manto acinzentado. Elinys não pode evitar a expressão de desgosto ao observá-los, não vestiria aquelas peças.
Com um baque forte fechou a tampa do baú e vestiu suas roupas comuns e sentou-se a cama, polindo as espadas e esperando à hora de se apresentar ao Senhor comandante.
– - -
Seguia andando pelos corredores, em direção ao pátio onde os guardas estariam treinando aquela manha, e não pode conter o frio na barriga. Antes mesmo de poder ver os homens lutando pode ouvi-los, o doce som do aço contra o aço era reconfortante a ela. Assim que pisou no pátio e aos pouco fora sendo notada o silencio foi recaindo, Elinys não queria se gabar, mas seus anos em Braavos a deram certa fama.
– ... ouvi dizer que ela estava nas Cidades Livres... - ela ouviu um sussurro.
Ela encaminhou-se até Sor Barristan Selmy, o Comandante da Guarda. Eles mutuamente se analisaram, e Elinys se perguntou como seria lutar contra ele, mesmo velho Barristan, o Ousado devia ser um exímio guerreiro.
– Elinys Lannister, Senhor, apresentando-se a serviço da Rainha. - ela disse, a voz alta e imponente que só um Lannister poderia ter.
Ele lhe lançou um olhar duro e seus lábios se retorceram em desgostosos ao ouvir o sobrenome dela, algo que ela já havia habituado-se.
– Não está vestido a armadura... lady. - ele disse seco.
– Não sou uma lady, Sor, sou uma guerreira, tal como minha mãe. E, quanto à armadura, devo desculpar-me, ela não coube. - ela podia sentir todos os olhares em suas costas.
– Não pode servir sem uma armadura. - ele disse, dando-lhe as costas.
Elinys lutou para controlar a raiva que se apoderou dela, ele a subestimava, achara que ela não pode lutar.
– Posso derrotar qualquer um que ordenar - a voz soou alta e perigosamente desafiadora - até mesmo você, Sor.
Longe dali, um corvo crocitou. Barristan Selmy não se virou, mas Elinys pode ouvir o riso em sua voz.
– Qualquer um, milady? Tem certeza disso?
Elinys não respondeu, não considerava necessário.
– Baratheon, - Sor Barristan disse olhando para um homem alto e forte, com cabelos negros e olhos azuis, - lute com a lady.
Os olhos do homem correram de Selmy para ela e sua expressão fechou como se estivesse em um embate interno.
– Com todo respeito Sor, eu não luto com mulheres. - Elinys lançou-lhe um olhar de escárnio.
– Você não lutará com uma mulher - ela respondeu, não contendo o deboche na voz - lutará com uma mercenária, criança. Não tenha medo, não irei lhe causar nenhum mal definitivo.
O rosto do rapaz Baratheon foi tomado de um violento tom escarlate rosto, as mãos se fecharam contra um poderoso martelo e ele deu um passo à frente, fazendo com que todos ao seu redor se afastassem.
- Eu não sou uma criança – ele disse entre dentes.
Elinys apenas sorriu, e isso o afrontou mais do que qualquer palavra que ela pudesse ter dito.
Ele avançou com ferocidade em sua direção e Elinys teve apenas o tempo para sacar Cumpridora de Promessas.
O choque do martelo contra a espada fez com que seu corpo inteiro sentisse o impacto. Rapidamente ela se restabeleceu, passada a surpresa da veracidade do oponente ela procurou se concentrar na batalha, e quase pode ouvir a voz do pai nos ouvidos “Tire vantagem do tamanho dele, quanto maior o adversário, maior a queda”, e foi isso que ela fez. Mesmo que não parecesse ela tinha braços fortes, e velocidade notável, atacava-o sem dar chance para que o grande martelo de guerra lhe arrancasse a cabeça.
Em um giro rápido, Elinys atacou a mao que segurava o martelo, fazendo o rapaz Baratheon solta-lo, e então, com a mao esquerda livre desembainhou Caos e posicionou ambas as espadas contra o oponente, Caos contra a garganta, Cumpridora de Promessas contra o peito.
Foi a primeira vez que seus olhos se encontraram verdadeiramente, e Elinys pode perceber o quão azul era os olhos do homem a sua frente, ambos arfavam em silencio.
- Muito bem, muito bem – a voz de Barristan Semly os obrigou a quebrar o olhar, lentamente Elinys retirou as espadas. – Estou muito impressionado, talvez a Rainha Daenerys não tenha cometido um erro tão grande ao mandá-la para cá. Vá até algum ferreiro e providencie uma armadura apropriada. Aqui os guardas fazem rondas em duplas, você fará par com Audric.
Os olhos de Elinys vasculharam a multidão de guardas que se formou ao redor.
- E quem seria esse, Sor? – ela perguntou a Semly, mas ele não precisou responder, Audric se manifestou.
- Eu. – disse o homem com quem lutara a pouco, seus olhar era cortante e sua voz era fria – Eu sou Audric Baratheon.
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E ai? O que recomendam?
E o que acharam do Audric?