Lies. escrita por bbelieve


Capítulo 26
Capítulo 23 - Breaking my heart. Again.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPAS PELA DEMORA! :((( Por isso fiz um capítulo grande. Espero que gostem, beijos!



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**relevem os erros**

Um mês havia se passado, desde que terminei com Ryan, e não falo com Justin. Um mês de tortura, um mês derramando lágrimas que teimavam em cair.

— Filha, não fica assim. – minha mãe disse entrando no quarto. Se eu tivesse contado essa já seria a milésima vez que ela havia falado isso. Ela não sabia o que havia acontecido entre Justin e eu, por mais que ela já tenha perguntado trocentas vezes o que estava acontecendo, por que eu havia terminado com Ryan, e outras.

— Mãe, não quero ser grossa, nem nada, mas por favor, será que a senhora pode me deixar sozinha? Vai, me deixa em paz. Só hoje, por favor. – supliquei. Eu não estava afim de conversar com ninguém. Não queria pensar em nada, queria apenas deitar e dormir até eu esquecer completamente desse mês.

Ela fez o que pedi e saiu do quarto batendo a porta. Enfiei meu rosto no travesseiro abafando meu grito, eu não aguentava mais! Por que infernos ele não me ligava? Por que infernos ele não dava notícia alguma? Por que infernos ele não estava mais morando com a mãe dele? Por que infernos ele estava ignorando completamente minhas mensagens, ou talvez, por que infernos ele havia mudado de número?

Quer dizer que ele havia me usado, quer dizer que tudo que ele disse naquela noite eram mentiras?


*Flashback*


(...)

— O que vamos fazer depois disso, Justin? – perguntei com a cabeça deitada no seu peito, enquanto assistíamos a alguma na televisão e ele fazia carinho nos meus cabelos.

— Sinceramente, Ju, eu não sei. – ele respondeu e eu dei um sorriso um fraco sorriso, tentando fingir que tudo estava bem. — Eu queria poder te dizer que tudo vai ficar bem, que vamos ficar juntos, e todas essas coisas. Mas não vai ser assim, linda. – ele disse e eu senti algumas lágrimas molharem minha bochecha e escondi meu rosto em seu peito.

— Ei Julie, não fica assim, por favor. Prometo que vou fazer de tudo pra que possamos ficar juntos. – ele disse tentando me animar, e puxando meu rosto colando nossos lábios, logo sua língua pediu passagem e eu cedi. Ficamos nos beijando até que fomos obrigados a parar por causa da falta de ar.

— Sei que não vai ser fácil pra você, com toda a mídia, e com o Scooter. Mas pra mim também não vai ser, tem o Ryan. Eu o trai, mas sei lá, tá tudo embolado na minha mente.

— Sim, o Scooter é pior que a mídia, ele praticamente quer mandar o que eu faço, ele quer fazer as coisas por mim, e não liga para a minha opinião.

— Você devia conversar com ele. – comentei passando minhas mãos pela sua bochecha.

— Não adianta. – ele sorriu como se quisesse passar calma.

You know that I care for you, I’ll always be there for you, promise I’ll stay right here, yeah, I know that you want me too, baby we can make it through anything, cause everything’s gonna be alright...


(….)

*Flashback off*

“…vou fazer de tudo pra que possamos ficar juntos.” – ele disse.

Suspirei pensando, sentindo algumas lágrimas molharem minha bochecha. Lá estavam elas, novamente. Eu realmente não sabia como ainda as tinham, parecia ia impossível, já que eu havia chorado praticamente todos os 31 dias deste mês.

— Você foi uma estúpida, Julie. Estúpida! Idiota! Infantil! Iludida! – eu gritava, mas não alto ao ponto de que minha mãe pudesse me ouvir.

Cada vez caiam mais lágrimas. Eu estava com raiva de mim, talvez, até mais do que de Justin. Ele era um babaca! E eu sabia disso, e mesmo assim eu me entreguei pra ele. Me iludi mais uma vez. Ele não se importa com ninguém, ele já havia demonstrado isso no shopping, agindo como um completo imbecil. Tudo que ele se importa é com a porra da sua carreira, com a porra do seu umbigo. Ele com certeza estava pouco se fodendo se era minha primeira vez, estava pouco se fodendo se eu estava lá, me entregando pra ele, o amando de verdade. Mas a idiota aqui, não conseguiu perceber isso, e agora está aqui, sofrendo.

Foi uma noite de mentiras. Mentiras foram ditas como se fossem saudações, como se fossem simples oi’s. “Querido Bieber, parabéns! Você acaba de ganhar um Oscar, pela melhor atuação da sua vida, enganando a trouxa aqui! Espero que esteja feliz.” – Pensei, e eu daria tudo para falar isso na sua cara, esfregar toda a verdade, dizer tudo que estava engasgado na minha garganta, não estava mais aguentando segurar.

Ainda chorando, ouvi meu celular tocar. Droga, pensei. Olhei no visor e li ‘Ryan’, rejeitei a ligação. Seja lá o que for, deixa pra outra hora. Mas parecia que ele não queria deixar para outra hora, que retornou ligar mais diversas vezes. Dei-me por vencida e atendi.

— Que droga, Ryan! O que você quer? – disse com a voz mais arrogante e chorosa do mundo, aina enxugando as lágrimas.

— Oi para você também, Julie. Eu vou bem, obrigado! E você, como está? – ele disse risonho.

— Que merda, Ryan! Estou ótima, não percebeu? – disse irônica.

— Percebi, claro que percebi! Por isso estou te chamando para um passeio, e não aceito não como resposta!

— Desculpe te desapontar, mas você vai receber um ‘Não’ como resposta. Estou péssima!

— Ah vamos, Ju. Por favor, é só um sorvete! Nada mais, assim que acabarmos, eu te levo pra casa. Por favor! Se você não aceitar, eu vou te ligar trocentas vezes e te mandar milhares de mensagens! Não vou te deixar em paz um só segundo. – ele disse risonho, e eu bufei.

— Tá bom, você venceu, como sempre! Vou me arrumar, vem logo! – falei e ouvi ele falar um ‘Pode deixar’ baixo.

Sim, eu e Ryan havíamos voltado a nos falar. Depois de algumas semanas pedindo desculpas, ele aceitou. E agora ele é meu melhor amigo aqui, já que todos praticamente me abandonaram. Quer dizer, ainda falam comigo, mas quem quer andar com uma amiga que está praticamente todos os dias pra baixo, reclamando de tudo, nada está bom? Pois bem, ninguém! Bem, o Ryan, ele anda comigo, está sempre comigo! O único que está sempre ao meu lado, tentando me colocar pra cima. Quer saber? Esse era o nosso destino, sermos melhores amigos, nada mais. E agora, eu entendo isso!

Me arrumei rapidamente e desci as escadas correndo, mamãe estava na sala vendo TV, e se espantou ao me ver arrumada e pronta pra sair.

— Ér, o Ry ligou. Está me forçando ir tomar um sorvete com ele, então... – falei sem graça.

— Ah, tudo bem! Só não demore muito, a noite temos um compromisso.

— Compromisso? – perguntei — Ah mãe, desculpa, mas nem dá. Você sabe, eu não tenho estado bem.

— Nem adianta, Julie. É importante, e você vai.

— Poxa mãe, só essa. Prometo que o próximo eu vou!

— Não adianta falar nada, você vai e ponto! – ela disse e eu bufei de raiva.

“Sério que vão ficar me obrigando a fazer as coisas, sendo que eu não quero fazer?!” – pensei.

Saí de casa e Ryan já estava parado em frente a minha casa, apoiado no carro e sorrindo. Ele estava lindo, como sempre. Ele sorria espontaneamente, mostrando todos seus dentes perfeitamente brancos formados em um lindo sorriso que sempre me contagiava. Era impossível olha-lo com esse sorriso estampado no rosto e não sorrir.

— Olá, senhorita. – ele disse me abraçando de lado, dando um beijo na minha testa.

— Oi, Ryan. Vamos logo? – perguntei entrando no carro, sem esperar ele abrir a porta ou nada. Ele revirou os olhos e seguiu para o bando do motorista. — Já são cinco horas, e eu ainda tenho que voltar para um compromisso com a minha mãe.

— Uh, parece que a senhorita que adora ficar em casa, vai sair a noite. Posso ouvir as pessoas gritando Aleluia. – ele disse risonho.

— Ryan, te fode. – disse colocando o cinto, sentindo Ryan sair com o carro.

— Educação a gente vê por aqui, não? – ele perguntou irônico. Nada respondi e virei meu olhar para a janela do carro, prestando atenção nas poucas pessoas que andavam na calçada extremamente limpa.

Ry estacionou o carro em frente à sorveteria e descemos. A sorveteria estava completamente vazia, se havia dois clientes, era muito. Nos aproximamos, sorrindo de volta para um senhor – que era o atendente da sorveteria – e caminhamos até uma mesa forrada de uma toalha clara com alguns desenhos coloridos e com dois cardápios em cima.

Pedi uma garrafa d’água sem gás, só depois iria pedir o sorvete, e Ryan fez o mesmo. O senhor que minutos antes sorria para nós, trouxe as garrafas e nós agradecemos.

— Sinceramente, não sei por que vim.

— Porque eu pedi, oras.

— Nossa, grande explicação! – falei irônica. E olhei para rua através da cerquinha que havia ao lado da mesa.

Eu não estava acreditando no que via, eu só podia estar sonhando, quer dizer, tinha de ser um pesadelo! Lá estava ele, depois de um mês inteiro sem dar um alô, vestindo seus inseparáveis supras coloridos, moletom, uma blusa estampada com alguma mulher que eu não reconheci quem era, ou quem parecia ser, um boné de aba reta e um cordão. Ele estava perfeito, parecia que após estes dias ele estava ainda mais encantador. Ele sorria para alguém que estava dentro da loja e logo esse alguém deu as caras. Se a cena dele naquela calçada já era inacreditável, imagine a cena dele com ela.

Fiquei o encarando por vários minutos, e Ryan já havia percebido. Bem, o Ry sabia da história toda, quer dizer, quase toda. Ele não sabia que o cara, era Justin. Então, ele chamou Justin até onde estávamos. Quando ele se aproximou de mãos dadas com aquela vadia, eu juro que quis mata-lo, eu estava apenas vendo a hora que iria ataca-lo como um leão ataca sua preza. Ele mantinha um sorriso sínico no rosto, seus cabelos estavam bagunçados, e a garota parecia me olhar dizendo ‘Ele é meu, vadia.

— E aí, brother? Esqueceu dos velhos amigos, foi? – Ryan disse animado e eles fizeram um aperto de mão.

— Que isso, Ry, nunca! Estava meio ocupado em Los Angeles. – ele disse.

— Percebe-se. – resmunguei baixo e Ryan me encarou, respondi dando um sorriso falso.

— Então, Justin! Quanto tempo, desde quando não nós vemos? Ano Novo? É, acho que sim, né. Senti saudades! – falei e dei ênfase no final, sendo irônica.

— Pois é. – ele sorriu franco. — Melhor irmos embora, vocês estão ocupados. – ele nos encarou. Saquei tudo, ele achava que eu e Ry ainda estávamos juntos.

— Nós? Imagine! Não temos mais nada, apenas amigos, né Ryan? – perguntei e olhei para o garoto, que não estava entendendo nada, ao meu lado e ele assentiu. — Terminamos logo depois do ano novo. Mas isso é passado! – falei sorrindo, tentando passar a mensagem pra ele que eu havia acabado com Ryan por sua causa, e que para mim, o que aconteceu entre nós fazia parte do passado.

Justin assentiu como se tivesse entendido a mensagem e fez uma cara de surpreso. O que é agora, o bonito não acredita que terminei com Ryan por sua causa? Coitado se ele pensa que eu sou como ele, nunca serei como ele. Ele é fria. Não se importa com os sentimentos do outros.

— Ryan, fique ai com Justin, tá? Tenho certeza que ele tem muitas novidades para contar. – dei um risinho fraco.

— Mas Ju... – ele falou segurando meu braço enquanto eu deixava algumas notas de dólares na mesa para pagar pela água, e saia da mesa.

— Sem mais, Ry. Eu realmente preciso ir. – o olhei implorando, e ele soltou meu braço.

— Tchau, Justin. Tchau, Selena. – acenei e fui até um ponto de taxi.


Ao chegar em casa, olhei ao relógio já eram seis e meia, eu teria de tomar banho e me arrumar para o tal compromisso com a mamãe. Subi as escadas, passando pelo quarto da minha mãe, e falando um ‘Cheguei!’ e logo segui até o meu quarto. Joguei a bolsa que eu usava em cima da cama e fui para o banheiro.

Me despi e entrei em baixo do chuveiro, o ligando, a água quente em contato com a minha pele me relaxava, e tudo que me vinha a mente era Justin, como ultimamente. Por mais que eu tentasse, por mais que eu quisesse, eu simplesmente não conseguia apagar aquela noite, deixa-la no passado. Eu não conseguia esquecer nossos beijos, o que ele disse pra mim. Eu não conseguia deixar de sentir o que sinto por ele, amor seja lá o que for.

Depois de alguns minutos, desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha enxugando meu corpo e sentindo um pouco de frio. Fui até o closet na busca de alguma coisa que servisse, e por fim encontrei um vestido simples, mas não tão simples, e uma sapatilha. Me vesti e arrumei meu cabelo, fiquei arrumando a bagunça que estava no meu quarto e desci. Mamãe estava sentada no sofá com seu tablete na mão, ela estava definitivamente, elegante. Usava um macacão preto largo, seus cabelos um pouco ondulados estavam jogados pelos seus ombros, a maquiagem divinamente feita e seus saltos eram maravilhosos.

— É tão importante esse jatar? – perguntei risonha.

— Sim. – ela respondeu breve.

— Ah mãe, preciso mesmo ir?

— Julie, não vou nem falar mais nada.

Saímos de casa e eu fui em direção a garagem, mas não vi minha mãe me acompanhar. Ela estava parada me encarada.

— O que foi? Vamos à pé?

— Filha, é na casa da Pattie. – ela disse calma.

— O QUE? Não, nem adianta. Não vou, mãe. Não vou! – falei cruzando os braços como uma criança de 5 anos, fazendo birra. Estendi a mão pedindo a chave de casa e ela negou. — Mãe, por favor, não me obrigue a fazer isso.

— Julie, o que está acontecendo? Me conte, pelo amor de Deus! – ela disse passando a mão pelo rosto, parecendo agoniada.

— Não posso. – abaixei a cabeça, escondendo meu rosto.

— Então vamos!

— Mãe, por favor! O Justin vai estar lá, eu não quero vê-lo. – choraminguei.

— Ju. – ela me chamou, passando a mão na minha bochecha, como fazia quando eu era pequena e ficava triste com algo. — Pela Pattie, não faça pelo Justin, faça pela Pattie. Você gosta tanto dela, não é? – ela perguntou e assenti. — Prometo que não vamos demorar, só pra não dar um bolo nela. Vamos? – ela perguntou sorrindo.

— Promete? – perguntei e ela assentiu. Tá, eu estava agindo como se tivesse 5 ou 6 anos de idade, mas...mas... m...eu não sei!

Caminhamos em direção a casa da tia Pattie e assim que tocamos a companhia, ela atendeu.

— Olá, queridas. Fico tão feliz por vocês terem vindo. – ela disse sorrindo, nos abraçando e logo dando espaço para que entrássemos. A casa estava da mesma forma que eu havia visto da última vez, sendo que não lembro quando foi isso.


Justin’s POV

— Justin, vá se arrumar, daqui a pouco todos estão chegando! – mamãe disse enquanto me encarava jogado no sofá. Assenti e subi as escadas.

Entrei no quarto e bati a porta. Procurei por alguma roupa que eu poderia usar nesse jantar, já que era importante, muito importante, alias. Achei algo que serviria. Jeans escuros, camiseta e uma jaqueta, juntamente com meus inseparáveis Supras. Fui até o banheiro e me despi, entrando no box e deixando que a ducha quente batesse no meu pescoço.

Desci as escadas, me dirigindo até a sala. O que ela estava fazendo ali? Não, não acredito que a Dona Pattie a convidou, tudo será mais difícil agora. Sim, Julie estava lá, sentada confortavelmente no sofá, com as pernas cruzadas, conversando sobre algo com a Cláudia que logo me cumprimentou e foi até a cozinha falar com a minha mãe.

Julie estava diferente desde o último dia que nos vimos, quer dizer, ela parecia abatida, a baixo dos seus olhos haviam olheiras fundas e roxas, no seu rosto não havia mais sorriso algum, ela parecia acabada. E pensar que tudo isso é culpa minha, me faz querer me jogar de uma ponte. Eu sou realmente um estúpido. Eu havia feito isso com ela, ela estava assim mal por minha causa, era lógico isso. Eu falei que faria de tudo pra ficarmos juntos, mas quando apareceu o primeiro obstáculo eu me rendi.

Pois é, primeiro obstáculo; mas também pode chama-lo de Scooter Braun. Eu sabia que ele iria ser contra isso tudo, mas ele foi além de ser contra, ele simplesmente me proibiu de vê-la, me proibiu de manter contato com ela, me proibiu até de pensar sobre ela – algo impossível, claro. No mesmo dia que ficamos, quer dizer, na manhã seguinte eu conversei com ele, e contei tudo, eu estava decido a terminar com a Selena, e arrumar um jeito de poder ficar com a Ju. Mas não, ele veio e estragou tudo, dizendo que nós não poderíamos ficar juntos, que erámos de classes diferentes, disse que eu sou famoso e ela simplesmente uma fã louca, ele foi um egoísta, imbecil, e outros. Ele só pensou na minha carreira, em nenhum segundo se quer ele pensou em mim como um garoto, era somente no Justin Bieber - o astro mundialmente famoso. Ele mandou eu me mudar pra seu apartamento só pra nunca mais ver a Julie. Até esse jantar ele queria que fosse em seu apartamento, mas Dona Pattie arrumou um jeito.

— Precisamos conversar. – tomei coragem, e disse. Eu passava a mão na minha nuca, nervoso, e fitava o chão. Eu tinha medo do que ela iria responder.

— O que? Está brincando, né? – ela respondeu depois de alguns minutos, dando uma risada fraca. — Sério que você some durante um mês inteiro, não dá noticia, não responde as merdas das mensagens que eu te mandei, e volta dizendo que precisamos conversar? Sério, Justin? – ela continuou, e eu a encarei, seus olhos estavam marejados, e ela estava prestes a chorar. Queria poder ir até ela, abraça-la, mas não podia.

— Você não sabe o que aconteceu! – respondi na defensiva, e pude sentir alguém entrando na sala. Segui meus olhos e encontrei a moça a minha frente sorrindo abertamente, Selena. Scooter estava me obrigando a ficar com ela, disse que será ótimo pra nossa carreira se ficarmos juntos. Caralho, merda! Ele só pensa em negócios e essas coisas.

— Posso imaginar. – Julie disse baixo e Selena a encarou.

Julie’s POV


Eu estava fervendo de raiva, da cabeça aos pés.

Primeiro, Justin dissera que precisávamos conversar. SÉRIO que ele acha que eu cairia de novo nessa? Ele acha que sou o que, uma babaca, um cachorrinho que sempre que ele vir com essa carinha de anjo dele eu vou perdoa-lo e agir como se nada tivesse acontecido? Ah não, dessa vez não.

Segundo, eles dois – Justin e Selena – ficavam se beijando a cada 20 segundos, e aquilo só me deixava pior. Eu poderia sentir as lágrimas molharem a parte de baixo dos meus cílios, e isso só me deixava com mais raiva de Justin e de mim. Eu estava ali, quase chorando na frente deles, me mostrando fraca.

— O jantar já está a mesa, queridos! – Pattie disse animada aparecendo na porta da sala. Todos a encararam e sorriram a acompanhando até a mesa de jantar.

O pessoal da equipe do Justin já havia chegado, quase todos estavam lá, quer dizer, os principais – eu acho; se não me engano, os pais de Selena também estavam lá. Todos estavam muito contentes, conversando animadamente uns com os outros, e eu parecia ser a única sobrando ali. Scooter me olhava algumas vezes, bem, esse algumas vezes significa muitas vezes, tive vontade de me levantar e gritar um “O QUE FOI? ESTOU DE VERDE, QUERIDO?”

Todos se sentaram a mesa, ainda sorrindo. Justin se levantou fazendo todos os olhares seguirem até ele, inclusive o meu. Ele sorria abertamente, mas parecia incomodado com algo. Selena o encarava com o maior sorriso do mundo, e eu estava sem entender nada.

— Bem, eu não sei nem como dizer isso. É um tanto estranho. – ele disse e riu fraco. – Uh, como todos sabem, eu e Selena – ele a olhou – estamos juntos há bastante tempo. E a partir de hoje, queremos levar nossa relação um passo a frente. – ele terminou, e eu já sentia as batidas do meu coração diminuírem, cada vez mais.

As pessoas que estavam a mesa se encaravam e olhavam para Justin, Scooter me encarou sorrindo, assim como Selena, era como se os dois zombassem de mim, esfregassem na minha cara que eu e Justin nunca iríamos ficar juntos, que era algo impossível.

— Selena, quer casar comigo? – ele se virou pra ela, sorrindo e abrindo uma caixinha onde havia um anel com algumas pequenas pedrinhas.

Fiquei em choque ao ouvir aquela pequena frase ‘que casar comigo?’ Então era esse o final, quer dizer, o final feliz deles, e o meu final não-tão-feliz.

Eu me sentia como se tivesse machucados em todo o meu corpo e alguém simplesmente acabara jogar álcool em todos os eles. Dramático, mas era isso. Estava doendo demais! Senti olhares em cima de mim, só ai percebi que chorava. Sem pensar duas vezes me levantei correndo da mesa e saí daquele lugar.




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Notas finais do capítulo

Mais tarde vou atualizar com o link do tumblr que eu criei pra postar as fanfics! Beijos
DEIXEM REVIEWS????!