Em Busca De Uma Willows escrita por Little Fish
Notas iniciais do capítulo
Gente mil desculpas por não ter postado ontem, mas é que eu tinha tanto trabalho que quando terminei , fiquei sem cabeça pra ideias. Mas aqui esta lindias :D
- Ainda bem que parou. - com cautela coloquei a menina no chão, que logo enxugou suas lagrimas e sorriu pro motorista que ela bem conhecia.
- Mudou de ideia senhorita? - aquele sorriso dele me deixou com ódio, minha vontade era de socar a cara dele. Não sei por quê.
- Deixe-me ver sua carteira de motorista. - sorri.
Samuel franziu a testa, mas não protestou, achou estranho é claro, mas vi-o virar o corpo pro outro lado pra pegar sua suposta carteira.
Olhei sorrindo pra loirinha que fez um bico mal criado.
- Não seja assim, estou tentando arrumar uma carona pra nós duas.
- Mas fui eu quem arrumou a caron... - ela bateu o pé no chão e virou o rosto. Coloquei a mão sobre a boca pra abafar o riso.
- Aqui senhora. - ele esticou o braço me entregando sua carteira.
Olhei bem pra ele e depois pra foto na carteira, fingi ler alguma coisa e o entreguei.
-Esta bem. - balancei a cabeça - Se você fizer algo comigo e com essa menininha, o mundo saberá. - fiz uma cara de dramática.
- Ok! - ele revirou os olhos - Sobe ai dona.
- Ah, desculpe-me pelo dedo do meio. - sorri.
Peguei a mão da loirinha e a conduzi até o outro lado. Abri a enorme porta e levantei Lindsey que não largava sua mochila. Então subi no caminhão e fechei a porta pesada.
Samuel nos analisou, tentando ver se tudo estava em ordem. Então esboçando um sorriso amarelo ele deu partida, levantando poeira quente.
**~~
- Que legal. - Lindsey estava tão entusiasmada com aquela viajem que me deixava enjoada.
- Sim, sim. - ele gargalhou.
Abri mais a janela, deixando o vento quente ricochetear em minha face, era melhor do que ouvir a conversa daqueles dois.
- Eu sempre tive vontade de ir a Miami. - a menina falou com um tom de voz... meloso.
- Lá é um lindo lugar.
- Honey. Honey. - a loirinha me balançou me fazendo bater com a cabeça na janela. Olhei pra ela franzindo a testa. Ela entortou os lábios, mas sorriu dando de ombros - Vamos a Miami?
- Não! - fui curta e grossa, me virando pra paisagem um tanto repetitiva.
- Por quê? - os dois fizeram a mesma pergunta ao mesmo tempo, me fazendo revirar os olhos.
- Porque lá tem muito Sol! - falei sem pensar.
- Mas aqui também tem! - Lindsey choramingou - E lá tem parques de diversões e praias lindas. - eu podia senti-la quicar ao meu lado no banco fazendo Samuel rir.
- Las Vegas tem boates. - murmurei.
- O que? - Samuel perguntou sem entender. Aposto que franziu a testa e me encarou por alguns segundos.
- Se quiser saber, pergunte a loirinha ai do seu lado. - sorri cheia de malicia, mas não olhei pra eles. É claro que Linds deve ter bufado de raiva, mas ela era criança, um dia esqueceria-se de tudo aquilo...
- Como assim Linds? - mais uma vez ele perguntou.
- Nada! - sua resposta foi cuspida.
- Então por que você gostaria de estar em uma boate? Você é jovem! - decidi da uma olhadela. Aquilo começara a ficar interessante.
Lindsey olhava pro painel do carro, pensando em uma resposta decente enquanto Samuel esperava por uma resposta.
- É só que eu e Sara tivemos uma pequenininha...
- Sara? - fiz uma careta, encarando ela sem ter medo de um dos dois me pegarem prestando atenção em tudo aquilo - então quando quer colocar a culpa de algo em mim me chama de Sara?
- Não! - ela me olhou estreitando os olhos.
- Sabe Samuel. Ela disse que preferiria ser uma Stripper do que estar aos meus cuidados. - fiz um bico enquanto ela me ouvia com a boca completamente aberta.
- Lindsey que coisa mais feia. - Samuel balançava a cabeça em negação.
- Mas a culpa não foi minha. - ela o olhava cheio de suplica - Acredite em mim. - seus olhinhos chegavam a brilhar e por algum segundo Samuel a olhou já cheio de carinho.
- Ah, não! - interrompi aquele momento de palhaçadas e perdões - Achei que jogaria ela do caminhão ou sei lá. Tanto faz. Mas isso? Deixa-me com nojo! - novamente fiz cara de nojo.
- Deveria amar mais sua afilhada. - não era minha imaginação, o cara estava realmente choramingando - Sabe quantas pessoas não tem a sorte que você tem ou que ela tem? - o encarei, porque eu podia ver seus olhos molhados - É triste alguém não ser seus padrinhos. - então ele desabou no choro.
No primeiro minutos Linds me olhou do mesmo modo que eu olhava pro cara chorando. Sem entender e achando aquilo super estranho. Mas no minuto seguinte ela franziu o cenho acariciando o braço de Samuel.
- Esta vendo o que você fez com o pobrezinho? - ela me encarava fazendo biquinho - Ah, Samuel não fique assim. Um dia você encontrará uma madrinha. - ela sorriu pra ele que logo enxugou as lagrimas.
- Não acredito. Não acredito. - dei dois socos no painel - Devo ter pecado, não é possível! Isso não é uma viagem a Las Vegas, e sim pro inferno.... Não... Não... - balancei a cabeça ao olhar pros dois que me encaravam curiosos - JÁ DEVO ESTAR NO INFERNO! - berrei fazendo Lindsey pular de sua poltrona assustada.
- Sara! - Samuel voltou a olhar pra estrada - Você teve padrinhos?
Não acredito que ele estava me perguntando aquilo.
- Quero descer! - murmurei.
- Agora não pode. Estamos no meio de uma estrada.
- Fale honey. - a voz de Lindsey era delicada.
- Não, nunca tive. - falei entre os dentes.
- Oh! - os dois sibilaram ao mesmo tempo.
- Então você precisa de tratamento. - o tom de voz de Samuel era urgente.
- O que? - quase gaguejei.
- Eu tive que me tratar. Conheço um psicólogo muito bom. - ele sorriu e Lindsey imediatamente se afastou dele, ficando perto de mim.
- Eu não preciso de nada, ok? - minha boca ainda estava aberta. Eu estava indignada com aquilo.
- honey quero descer. - a loirinha sussurrou, sem tirar os olhos do motorista.
- Agora você espera. - ela não mandava em mim.
- O que? Estão com fome ou com vontade de... Sabem... - ele sorriu movimentando a mão.
- O que é isso? - olhei pra mão dele que balançava.
- É que não sei como vocês mulheres pedem para ir ao banheiro.
- Todo mundo sabe como pedimos. - fui obrigada a respirar fundo e me afundar no banco.
- Não! - Lindsey respondeu - Não... Não... Ah. Quero ir ao banheiro. - ela sorriu, aquela garota estava armando algo - Estamos longe?
- Um pouco, mas vou acelerar. - ele virou o rosto piscando pra menina que fez cara feia ao tentar forçar um sorriso.
Sorri comigo mesma. Quer tentar ser gentil com todos que ver a frente.
Era engraçado e estranho, a qualquer segundo Samuel poderia entrar em crise de maluquice e nos matar, como também ficar quieto na dele e nos levar até o combinado.
Mas o que importa? Agora Lindsey iria ficar no seu canto. Quieta e insegura. Enquanto eu pensava no cara que estava a minha espera na próxima parada.
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Bom, ficou meio grande ne ? :s
Espero que tenham gostado bastante. Até o próximo cap.