Em Busca De Uma Willows escrita por Little Fish


Capítulo 2
Implicância 0.1


Notas iniciais do capítulo

aaah obrigada pelos reviews lindas *--*
Tenham uma ótima leitura.



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Um ano e meio depois.

– Vai acabar morrendo.

– Problema. Quem vai morrer? – coloquei a garrafa de cerveja na mesa e olhei pra sala onde Linds tacava sua mochila no sofá.

– Entrei de férias. – ela me encarou.

– Ótimo. – balancei a cabeça – Agora vou ter que arrumar algo pra você fazer! Não aguento mais a bagunça que você faz, brinca e não guarda nada. Destrói tudo que toca e ainda fica dizendo que vou morrer. Cath deveria ter me dito que você era assim. Você é um defeito e frabrica?

– Por que aceitou ficar comigo? – ela parou franzindo a testa.

– Porque você só tem dez anos. É melhor ficar comigo do que virar uma Striper da vida, sozinha. – sorri fazendo um bico.

– Você é impossível! E eu ainda tenho nove anos. – ela grunhiu batendo o pé no chão – Eu preferiria ser uma striper.

– O que? – balancei a cabeça – Retire o que disse agora! Você só tem dez anos!

– Espero morrer antes que você. E já disse que tenho nove anos. – ela se virou indo pro quarto.

Aquele drama já era rotineiro. Cath sumiu do mapa. Nunca mais ligou, nunca mais voltou pra buscar a peste dela, nunca mais, nunca. Olhei pro teto. Já estava de saco cheio daquilo, mas promessa é promessa. Cocei os olhos e deixei a garrafa de água de lado. Levantei e fui até o quarto da menina.

– Lindsey. – sussurrei ao entrar no quarto escuro onde a menina estava na cama lendo algo.

– O que é? – ela me encarou.

– Garota você só tem dez anos. – arregalei os olhos – Deveria agir como uma criança. – franzi a testa e mudei de assunto rapidamente – Vamos a praça?

– O que? – seus olhinhos se arregalaram.

– Vamos, antes que eu mude de ideia. – praça era a pior coisa do mundo, onde tinha crianças melequentas pra todo canto e pais gritando por seus filhos que eram umas pestes.

A menina sorriu e ficou de pé num instante.

Arrumamo-nos e fomos andando até a praça mais próxima onde Lindsey correu pra ir brincar no primeiro brinquedo a sua frente.

Sentei no banco próximo, olhando a garotinha loirinha fazendo amizades e correndo pra um lado e para o outro.

Abri a minha coca-cola e fiquei bebendo. Aquilo era chato, mas a garota realmente precisava de uma social...

– Oi. – fiz um bico e olhei pro lado.

– Falou comigo? – olhei pro homem que sentava no banco sorrindo ao meu lado.

– Acho que só tem você aqui. – ele arqueou a sobrancelha.

– Engraçadinho. – fiz uma careta – Qual dessas Coi... Dessas crianças é seu filho? – apontei pras criancinhas.

– Não tenho filhos.

– você não é pedófilo não, né? – encarei o cara franzindo a testa. Ele por sua vez parou de sorrir e meio que enrubesceu.

– Não sou nada disso. – ele franziu o cenho balançando a cabeça e então começou a dar risadas.

– Por que esta rindo? – fiz um bico esperando por uma resposta.

– Porque você é engraçada! – ele ainda ria.

– Eu não acho graça e além do mais o que um homem velho estaria fazendo em uma praça cheia de crianças e sem um filho. – esbocei um sorriso e logo ele parou de ri me encarando.

– Nossa, você é boa...

– Esta maluco? – cruzei os braços encarando ele.

– Não. Disse que é boa em outro sentido... – ele balançou a cabeça e ergueu a mão – Prazer Gilbert Grissom. Mas pode me chamar de Grissom.

Olhei pra sua mão meio desconfiada, mas logo o cumprimentei.

– Prazer. – eu ainda estava meio desconfiada – Sara Sidle.

– Nome bonito... – então a pirralhinha chegou fazendo a maior algazarra.

– ah honey compre um picolé pra mim? – seus olhinhos eram pidões. Fazendo uma careta peguei do bolso uma nota e entregue a Lindsey que saiu correndo.

– Sua filha é muito bonita. – ele olhava Linds correndo até a barraquinha de sorvete.

– Minha afilhada. – respondi friamente.

– Nossa. – ele me olhou – Trazendo sua afilhada pra passear?

– É. – dei de ombros.

– Você seria uma belíssima mãe. – ele ainda a olhava com admiração.

– Seria? – perguntei mais para mim mesma.

– Ela gostar de você...

– Por quê? – olhei pra ele com certa curiosidade.

– Tenho que ir. – ele ficou de pé e me olhando disse – Sara, certo?

– Sim! Mas...

– Espero que nos veremos mais vezes Sidle. – ele piscou.

– Por que não fica? – perguntei deixando minha coca-cola de lado.

– Até qualquer hora honey. – ele se virou indo embora.

Olhei pra loirinha sentada no balanço com um picolé na boca. Depois de um tempo eu e Lindsey fomos embora. Enquanto ela ia contando as historias dela no parque eu ficava imaginando aquele cara... Grissom, isso Grissom... Ele parecia louco... Mas e dai? Ele seria o pai de meus filhos. Sorri pra mim mesma ao pensar nisso.

– Sara?! – olhei pra miniatura que me tirava de meus pensamentos bons.

– O que?

– Abre a porta! – ela apontou pra porta a nossa frente – Hun, parece que esta na lua. Aposto que foi aquele cara bonitão. – ela riu

– Lindsey você só tem... A esquece, vai tomar banho. – gritei fechando a porta.

– Ah. Eu só tenho nove anos. - ela riu.

Nessa noite tivemos mais uma briga como sempre. Sabe não me lembro qual foi o motivo de nossa discutição, mas lembro que foi por causa dela que fomos pra Las Vegas...

Mas uma vez ela estava chorando. Mas dessa vez eu sabia que tinha pegado pesado. Grunhi baixo e larguei a garrafa de vinho na bancada indo pro quarto da loirinha.

– Lindsey. – chamei quando vi que a porta se encontrava trancada.

– Me deixa em paz.

– Abra, não vou implicar com você. – falei mansamente.

– Você me importuna. Você só me deixa infeliz, me esquece. – ela berrava.

Franzi a testa surpresa pelas palavras da menina. Como ela era inteligente.

– Então vou ficar aqui na porta até você abri-la. – antes que eu sentasse no chão a porta foi destrancada. Respirei fundo e a abri – Por que destrancou?

– Porque eu não ia querer acordar pela manha e quando abrisse a porta visse você jogada ai igual a essas pessoas bêbadas retarda...

– Ta ok, entendi. – fiz um bico sentando na pontinha de sua cama.

Ela se encontrava sentava e olhava algo.

– O que é isso?

– Uma foto minha e da mamãe. – ela fez beicinho querendo chorar. Suspirei e cheguei mais próximo dela dando-lhe um abraço – eu sinto a falta dela. – ela me abraçou chorando.

– Também sinto. – sussurrei.

– Me leve até ela. Por favor, honey, por favor. – ele pedia.

– Desculpa, mas não posso Lindsey! – a soltei olhando-a.

– Ela me abandonou não é? – suas lagrimas não paravam de cair.

– Não! Não acredite em mim... – eu não era feita pra aquilo, fiquei de pé saindo do quarto dela e indo pro meu com lagrimas nos olhos.



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Notas finais do capítulo

Não sei quem é pior. Lindsey ou Sara! bom vocês verão.