Em Busca De Uma Willows escrita por Little Fish
Notas iniciais do capítulo
Essa fic é focada em Lindsay que é deixada por sua mãe na casa de Sara que detesta crianças, principalmente aquelas que adoram fazer bagunça. Espero que gostem desse primeiro cap.
Respirei fundo quando tinha acabado de arrumar a casa que demorei quase um dia inteiro, mas agora mesmo estando soada, suja, cansada ou sei lá mais o que. Eu estava pelo menos satisfeita por tudo aquilo.
Sorri orgulhosa de mim mesma. Virei-me pulando e dando saltinhos fui até meu banheiro, mas antes que eu pudesse ter o gosto de tocar na maçaneta e abrir a porta daquele lugar que era mágico pra mim naquele momento à campainha toca me fazendo broxar. Revirei os olhos e batendo o pé fui até a porta. Olhei pelo olho mágico vendo duas loiras. Uma maior e uma copia, sendo que pequenina.
Ela estava segurando uma mala... Uma mala? Olhei pra minha casa toda já querendo chorar, mas abri a porta quando Catherine bateu nela mais uma vez.
– Oi. – sorri pras lagrimas não escaparem de meus olhos.
– Oi tia. – Lindsey quicou sorrindo.
– Oi Sara. – Cath pegou a mala do chão.Dei espaço pra elas entrarem e eu só olhava a peste loira que entrou diferente. Calma demais por meu gosto.
– Não acha muito tarde pra estar andando por ai... – fechei a porta – E como uma menina?
– Não! – Cath largou a mala me olhando com um sorriso que logo sumiu.
– Vai viajar? – olhei pra mala de novo com medo de sua resposta e depois pra ela.
– Não! – Cath mordeu os lábios.
– Então... – arqueie a sobrancelha. Catherine por sua vez olhou pra filha que ligava a TV e depois me olhou com um olhar triste.
– sara preciso conversar com você.
– O que esta acontecendo? – rapidamente fiquei preocupada.
– Podemos... – ela apontou pra cozinha e antes que ela continuasse a arrastei pra lá pegando da geladeira uma jarra de suco de morango e colocando em dois copos.Sentei na cadeira em frente a ela e aos cochichos ela começou a falar...
– Sara preciso ir embora. – eu podia ver suas mãos tremendo.
– É por isso que esta com a mala? – perguntei de olhos arregalados.
– Sim, mas... – ela deu uma olhada rápida pra sala onde Linds ria de algum programa idiota -... Mas Linds não pode ir comigo.
– Como assim? – franzi a testa encarado-a.
– sara você sabe de minhas condições, sempre soube... – ela deu uma pausa rápida respirando fundo – eu preciso arrumar um emprego bom, subir na vida. Se eu levar Lindsey não vou conseguir fazer o que pretendo, ela precisa ficar enquanto eu ganho dinheiro. É só por alguns meses. Volto pra buscá-la e te pago tudo...
– Ei, ei, ei. Pare com isso. – peguei sua mão tremula que estava em cima da mesa – Cale a boca. Você faria o mesmo por mim. – sorri pra ela.
– Obrigada Sara. – ela choramingou – Vai ser difícil ficar longe da minha pequena, mas é a necessidade.
– Pra onde vai? – perguntei mudando de assunto.
– Las Vegas. – sua resposta foi rápida, como um jato.
– É longe demais. – suspirei – Lindsey é muito pequena, vai sentir saudades.
– Eu sei, mas ela prometeu... Que... Que vai me esperar e eu conversei com ela...
– ok! Acho que ela tem cabeça pra isso. – olhei pra baixo pensando em algo.
– Em menos de um ano estarei de volta. – Cath me garantiu.Seria um ano. Um ano com aquela peste loirinha. Um ano... Meus olhos lacrimejaram, não pela partida de Cath, mas por saber da bagunça que minha casa ficaria.
– Mantenha contato com ela. – foi à única coisa que consegui falar...
– Tome conta de sua afilhada... Como se fosse sua filha. – ela sorriu.
– Lindsey? – gargalhei – Pode deixar. – arqueei uma sobrancelha.
**~~~
– Por que desligou o som? – fui até a sala gritando. Já fazia um mês que a pirralha estava na minha casa e eu já tinha perdido as contas de quantas vezes tinha me irritado com ela.
– Porque suas musicas são chatas! – ela me encarou sentando no sofá e cruzando os braços.
– Sua mãe mandou me respeitar. – franzi o cenho indo ligar o som – esta morando comigo. Então se acostume com meu gosto.
– Eu te odeio. – ela ficou de pé indo pro quarto.
– Nossa que coincidência. – berrei quando ela bateu a porta do quarto.
Dei de ombro e aumentei o som no ultimo volume. Pegando a vassoura e dançando pela casa.
Depois de ter arrumado a casa toda, desliguei o som, mas ao fazer isso ouvi soluços tentando serem abafados. Revirei os olhos. Fazia uma semana que Cath parara de ligar pra pobre criança e agora ela vivia deprimida e pelos cantos dizendo sempre que me odiava. Brigou duas vezes na escola em menos de uma semana, ela era durona. Parecia com a cath na escola, sempre arrumando brigas e me enfiando em confusões.
Bati duas vezes na porta antes de entrar.
– SAI DAQUI! – ela gritou ao me olhar com aqueles olhos inchados e vermelhos.
– Cala a boca. – dei de ombros e sentei ao lado dela na cama – Venha aqui. – ergui as mãos a chamando pra um abraço que nem eu estava a vontade em da-lo. Aquilo era estranho. Insuportável na verdade. Mas prometi a Cath sobre o fato de cuidar bem dela.
Seria trágico Cath voltar e saber que a filha virou uma louca suicida ou melancólica, ou até mesmo uma roqueira que só pensa em sangue e pessoas mortas. Me arrepiei com o pensamento. Ainda bem que eu não era nada disso.
– Não vou te abraçar. – ela soluçou.
– Você quem sabe. – fiquei de pé.
– Quando minha mãe voltar você vai ver. – parei encarando a loirinha metida – Melhor, quando ela ligar vou dizer a ela que você se droga.
Minha boca se abriu num “o” bem grande. Como uma cabeça de uma criança de quase nove anos poderia ser tão maliciosa?
– Olha aqui loirinha. – coloquei a mão na cintura – Aquilo foi apenas um cigarro.
– Problema. Vou contar! – ela fez um bicão.
– Conte. – então pra deixar o clima mais dramático sorri e apertei os lábios – Sua mãe não vai voltar.
– AAAAH. – ela gritou e se tacou na cama, enfiando a cabeça no travesseiro.
Sorri, eu gostava era daquilo, enganar a criancinha mimada que me importunava.
Sai mais satisfeita do que imaginaria daquele quartinho. Coloquei o cabelo pra trás e fui pra cozinha cozinhar em paz.
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Devo continuar?