Meu Bônus Infernal escrita por Mandy-Jam
Notas iniciais do capítulo
Eu queria agradecer as quase 50k visualizações! Vocês são incríveis, sério!
Muito obrigada por acompanharem a fic, favoritarem, recomendarem, comentarem, por ler (obviamente) e por serem tão lindos e pacientes comigo!
E para aqueles leitores que estavam com saudade do Ares, olha o senhor da guerra de voltaaaa!
Espero que gostem!
Boa leitura.
POV Ares
— Eu detesto vocês dois. — Declarou Hermes.
— Não seja um bebê chorão. — Eu sei que essa frase podia tranquilamente ter vindo de mim, mas quem a pronunciou foi Jenny. Agarrada com Alice como uma mãe coruja, a mortal nem se dava ao trabalho de olhar para Hermes.
— Está falando sério, Jenny? — Perguntou incrédulo — Tem quatro pessoas nessa cama, e uma delas pesa o mesmo que uma orca.
— Isso é coisa que se fale da sua filha? — Falei fingindo que a indireta não era para mim — Palavras machucam, Hermes.
— Jenny — Ele continuou me ignorando, rangendo os dentes — Você acha que eu vou dormir sozinho em uma cama improvisada no chão?
— Eu acho que você é adulto e muito mais velho que eu, e que vai saber como se virar. Ou quer que eu te ajude a dobrar os lençóis e cante uma música para você dormir? — Respondeu irritada. Provavelmente, ainda não estava satisfeita por ele ter mentido quanto ao estado de Alice. Eu, particularmente, também não estava, por isso apreciei a cena com um sorriso de satisfação — Você não é meu filho.
Hermes bufou pesadamente, e jogou o travesseiro que tinha nas mãos no chão.
— Quantas vezes você quer que eu te peça desculpas? — Perguntou inquieto — Eu já disse que não queria te assustar com-
— Sh! — Fez ela virando o rosto, um pouco — Está atrapalhando Alice a dormir, seu tagarela.
— Estou sem sono. — Declarou. Eu estiquei o rosto para conferir como ela estava. Alice permanecia deitada, de barriga para cima entre sua mãe e Apolo.
— Está se sentindo bem? — Perguntei vendo as olheiras que se formaram em seu rosto. Seus olhos castanhos encontraram os meus e ela deu um sorriso fraco.
— É, você está bem? — Perguntou Apolo, mexendo-se para mais perto dela, acariciando seu rosto. Cerrei o punho com raiva e praticamente rosnei para ela.
— Eu não vou repetir de novo, tira a mão dela. — Ordenei tomado de ciúmes e raiva. Apolo olhou para mim com frieza digna de Ártemis — Se não fosse por você e pela sua irmã esquisita, ela não teria passado por isso.
— E se não fosse por você e seu heroísmo salvando-a, ela não teria sobrevivido, não é? Opa, espera. Você não estava lá, não é mesmo? Acabei de me lembrar. — Lançou de volta.
— Só porque eu não estava lá, não quer dizer que eu não me importo. E não tem nada de heroico em salvá-la de um perigo que você mesmo criou! — Rebati com fúria.
— Eu estou bem! — Disse Alice, mas forçou demais sua voz. Logo começou a tossir e nós dois olhamos preocupados. Ela tentou nos dispensar com um gesto de mão, mas nada adiantou.
Antes Apolo pudesse abraçá-la, Jenny a puxou mais contra si. Sua mão afagou o cabelo de Alice, o que eu sabia que funcionava muito bem para fazê-la dormir. No entanto, a semideusa permaneceu com seus grandes olhos castanhos abertos, fitando o teto.
— Dá para vocês dois resolverem isso amanhã? — Disse Jenny impaciente — Minha filha não precisa ouvir vocês dois discutindo.
— Ele começou! — Declarou Apolo, apontando para mim. Ergui meu joelho, acertando-o no meio da bunda. Apolo grunhiu, mas não tinha muito espaço físico para reagir. O máximo que conseguiu foi uma cotovelada sem impacto nas minhas costelas.
Como Hermes bem tinha apontado, a cama que era para duas pessoas somente, agora abrigava quatro. E como Apolo não saíra de perto de Alice, eu ficara com o único espaço disponível: grudado na janela. Eu conseguia sentir a friagem tomar conta das minhas costas, mas por pior que isso fosse não queria chegar ainda mais para o lado. Eu estava vergonhosamente deitado de conchinha com o deus do sol, sentindo o cheio de shampoo nos seus cabelos loiros.
— Argh, sinceramente, vocês dois ficam insuportáveis quando estão apaixonados. — Queixou-se Hermes enquanto deitava-se no chão. A única luz que iluminava o quarto era a de um abajur na mesinha de cabeceira — Não tem como serem um pouco menos grudentos?
— Nós somos insuportáveis apaixonados? — Apolo repetiu, abertamente irritado. O deus do sol ergueu um pouco o corpo, colocando seu peso sobre o cotovelo esquerdo — Olha só quem está falando isso!
— O que está insinuando? — Respondeu Hermes.
— Você fica insuportável apaixonado! — Declarou ele de volta, e eu ri sabendo que era verdade. Apolo me cutucou, ciente de que Hermes agora ficara sentado para nos ver — Você lembra de Perseu?
— Perseu! — Imitei a voz dele e caí na gargalhada logo depois. Prossegui com minha imitação de Hermes — Oh, Perseu! Você é tão forte! Eu te empresto as minhas sandálias! Cuidado, volte para mim!
— Que blasfêmia! — Berrou ele chocado e envergonhado. Eu e Apolo gargalhamos juntos — É claro que eu mandei ele voltar para mim, ele estava com as minhas sandálias!
— Porque você fez questão que ele as levasse! — Rebateu Apolo — E depois fez questão de acompanhá-lo em toda maldita viagem. Toda tarde eu tinha que ouvir você tagarelar sobre ele!
— E daí?! — Exclamou impaciente — Mesmo que eu gostasse dele, que diferença faz? Foi um mortal, e eu não-
— Não, não! Tinha aquela ninfa que você cismou que te paquerava, mas na verdade ela estava a fim de Poseidon. Você passou anos falando em como seus filhos iam ser lindos sendo que vocês nunca tinham nem segurado as mãos! — Continuou — Mas o pior de todos, foi aquela mortal insuportável…!
— Ok, chega! — Ele de repente ficou pálido e tenso — Já entendi, somos todos chatos. Agora, boa noite.
— Aquela garota irritante de…!
— Eu já falei, Apolo! Chega! — Falou ele, nervosamente. Julguei que por Jenny estar deitada logo ali do lado, ouvindo cada palavra, ele estava com medo de ela ter um ataque de ciúmes. No entanto, a mortal manteve-se quieta, como se ignorasse a discussão inútil.
— Você roubou o meu carro para poder impressionar aquela mortal! E ficou meses treinando passos de dança para poder impressioná-la. — Continuou. Dessa vez, Jenny se mexeu um pouco.
— O quê? — Ela falou olhando para Hermes.
— Eu disse que já chega! Vamos dormir, por favor. Vamos só dormir. — Ele estava quase em desespero, embora não quisesse transparecer.
— Eu queria ter visto a cara dessa garota. Eu queria ter a chance de estrangulá-la com as minhas próprias mãos por todo aquele inferno que vocês causaram. — Apolo declarou, irritado.
— Chega! — Gritou ele, ainda mais tenso. Apolo olhou para o irmão pronto para continuar, quando Hermes lançou um olhar silencioso para Jenny. Os olhos azuis do deus dos sol seguiram, e levou alguns instantes para entender a mensagem que queria passar.
— Você. — Disse Apolo quase sem som em sua voz. De repente, tomado de raiva, quase rosnou — Você! Foi você!
Jenny olhou para ele sem entender o que estava acontecendo.
— Eu gostava de você! — Exclamou de forma dramática. A mortal abriu a boca, ainda perdida, mas ele prosseguiu — Você deixou eu lamber a massa de bolo! E agora eu descubro que foi você que destruiu o meu carro?
— Eu nunca andei no seu carro. Do que está falando? — Respondeu desnorteada.
— Estou falando de você e o meu irmão roubando o meu carro e deixando-o com um cheiro insuportável de cigarro! — Exclamou apontando para Hermes.
— Mãe, você fumava? — Perguntou Alice, chocada.
— Eu nunca andei no seu carro! — Repetiu ela, colocando-se sentada. Jenny podia ser durona, mas viu que a raiva de um deus como Apolo era mais do que ela podia enfrentar sozinha. Olhou para Hermes buscando ajuda — Hermes, diz para ele que eu nunca-
Vendo a expressão de culpado no rosto dele, Jenny deixou seu queixo cair.
— Ah, claro! — Riu com raiva — Por que não me surpreende o fato de você ter me levado para um encontro em um carro roubado?!
— Não roubei nada, amor. Eu peguei emprestado.
— Sem pedir! — Exclamou Apolo.
— Mas ele voltou para você! — Gritou de volta.
— Sim, com os bancos sujos de areia, cheirando a nicotina, e com meus cds da Madonna arranhados! Vocês dois não prestam! — Ele cerrou os punhos — Eu devia te matar, sua miserável, por ter feito parte disso!
— Você até poderia me matar — Jenny tentou argumentar —, mas lembra? Você gosta de mim porque eu sou uma mãe legal.
— Não gosto mais. — Declarou amargo.
— Viu? Ninguém gosta dela. — Falei sorrindo — Podemos nos livrar logo dessa mulher?
— Não! — Hermes e Alice responderam juntos.
— Olha, eu sinto muito pelo carro, eu não sabia que era seu! Ele disse que tinha comprado, e que queria estrear dando uma volta na praia. Foi há 20 anos atrás, isso já passou! — Disse ela. Apolo abaixou os olhos para Alice, que observava tudo desnorteada.
— Ah, deuses, eu espero que vocês não tenham feito Alice no meu carro! — Exclamou fechando os olhos com força. Alice grunhiu com nojo e desconforto, e Hermes intercedeu. Isso estava ficando bom de verdade.
— É claro que eu não fiz a minha filha no seu maldito carro! — Exclamou achando a ideia ridícula — Pode falar o que quiser sobre o conforto da carruagem do sol, mas aqueles bancos não são tão reclináveis assim.
— Acho que eu vou vomitar. — Disse Alice em um murmuro, mas foi ignorada.
— Como eu ia saber que o carro era seu, se eu nem te conhecia! — Falou Jenny, e depois olhou para Hermes. Novamente viu a cara de culpa e desconforto, e foi a vez da mortal de tirar suas próprias conclusões. Voltou seu rosto para Apolo e estreitou seus olhos, forçando sua memória ao máximo, até que conseguiu achar algo — Ah, meu Deus, não. Você.
Apolo franziu o cenho, sem entender.
— Você é o pervertido. — Falou e eu soltei uma gargalhada alta.
— Do que você me chamou?! — Apolo ficou furioso.
— Você tentou me beijar na saída da boate! — Acusou, com raiva, apontando para ele — Foi você que estava com Hermes, o irmão babaca.
Foi a vez de Apolo ser atingido em cheio pela surpresa. O queixo dele caiu e as palavras sumiram de sua boca por alguns instantes. Eu soltei uma gargalhada alta em meio ao silêncio incômodo.
— Ah, isso está ficando cada vez melhor! — Ri, divertido.
— Quer saber? Isso realmente foi há 20 anos, vamos esquecer tudo isso. Eu te perdoo. — Falou apressadamente — Boa noite, gente! Amanhã vai ser um grande dia! Durmam bem e sonhem comigo.
— Esquecer? — Repetiu Jenny — Você passou a mão em mim!
— O quê? — Alice olhou para ele sem acreditar. Apolo engasgou.
— Não passei não.
— Passou sim! Pela minha perna. — Insistiu, irritada.
— Não passei não! — Exclamou para ela — Você deve estar me confundindo com outro homem alto, loiro, belo e charmoso.
— Ah, eu devo repetir o que você disse para mim? — Falou quase rosnando — Você disse que ia por-
— Não! — Berrou dando um pulo na cama e arregalando os olhos para Jenny — Ficou louca, Alice não tem idade para ouvir isso!
— Então foi você! — Exclamei rindo ainda mais.
— É claro que foi ele! E para o seu governo, eu tinha a idade da Alice, seu atrevido! — Reclamou ela. Jenny voltou sua cabeça para Hermes, sentado no chão. Pela forma como ele observava as coisas, ele já sabia que tudo aquilo tinha acontecido — Eu não quero ele namorando da nossa filha.
— Ah, você não quer? — Perguntou ele, fingindo inocência.
— Não, não quero! Seu irmão é um pervertido!
— Então talvez você possa dizer isso para a sua filha, porque ela não me escuta! — Hermes esticou o pescoço para olhar para Alice, deitada encolhida entre essa briga de titãs. Apolo ficou nervoso.
— Ei, isso é completamente injusto! Como eu ia saber que você ia ser a mãe da Alice? —Falou apressando-se em se defender — E além do mais, eu não fiz nada! Eu nem beijei você de verdade!
— Porque eu desviei o rosto. — Replicou ela — Não fique perto dela, estou avisando!
— Seu desejo é uma ordem, sargento. — Disse eu, erguendo Apolo e girando-nos na cama. Em questão de segundos, bem mais rápido do que ele podia processar, eu estava no lugar dele ao lado de Alice e ele passara para o meu canto perto da janela. Apesar dos protestos, mantive-me ali.
— Isso não me deixa mais confortável. — Resmungou Hermes — Ainda prefiro Scott.
— Por hoje é o suficiente. Ei! Estou de olho na sua mão. — Avisou Jenny apontando para Apolo, que resmungou remexendo-se na cama. Eu sorri e abracei o corpo gelado de Alice.
— O que acabou de acontecer? — Perguntou ela, desnorteada.
— Plot twist, Apolo é seu pai. — Disse para ela. Alice fez uma careta de nojo e eu ri — Se quiser vomitar, é só virar para o lado da sua mãe. Vai ficar tudo bem.
Hermes apagou a luz do abajur, e eu acariciei o cabelo dela até que caísse no sono.
Todos estavam dormindo.
Já devia ser cerca de duas da manhã, mas eu estava acordado fitando o escuro. Não conseguia dormir nem um segundo, pensando em mil coisas ao mesmo tempo.
Do meu lado, as mãos de Alice tocaram meu braço. O frio de seus dedos me provocou um choque, fazendo meu corpo estremecer rapidamente.
— Desculpe. — Murmurou baixinho.
— Tudo bem. — Respondi, fingindo não ter ficado ainda mais preocupado pelo calor não ter voltado ao normal. O frio fazia com que eu associasse-a a um cadáver, e aquilo era demais para mim — Eu não sinto frio, lembra.
— Como esquecer? — Murmurou de volta.
— Não estava dormindo? — Perguntei puxando-a contra mim. Alice acomodou-se contra o meu peito e eu fiz carinho em seu rosto — Achei que tinha conseguido.
— Eu acabei acordando. — Respondeu encolhendo os ombros — Não consigo voltar a dormir. Por que você está acordado?
Hesitei um instante.
— Eu… Eu estava pensando.
— Não sabia que você conseguia fazer isso. — Implicou ela, e por um instante quase esqueci que estava mal. Resmunguei um “lesada”, mas Alice respondeu com uma tosse. Meu coração se apertou de nervoso.
— Eu ia mandar um manticore. — Contei, por fim. Senti meu coração acelerar como se estivesse correndo uma maratona, e Alice provavelmente percebeu já que estava contra meu peito.
— Como assim?
— Ao invés do javali, eu ia mandar um manticore. Em Tóquio, quando eu te amaldiçoei. — Expliquei sentido-me cada vez mais tenso — Mas eu mudei de ideia no último instante, e mandei o javali mesmo.
— Obrigada? — Disse depois de um segundo.
— Se eu tivesse mandado o manticore, você estaria morta. Não teria nem chance. — Falei — Eu poderia ter te matado.
Por incrível que pareça, Alice riu contra o meu peito. Fiquei irritado.
— Eu estou falando sério, Kelly.
— Você só notou isso agora? — Falou ainda rindo baixinho — Você tentou bastante me matar.
— É diferente. — Reclamei.
— Por quê?
— Porque você morreu de verdade, Alice. — Quando pronunciei seu nome, ela parou de rir. Estava completamente escuro, então julgo que foi por isso que ela começou a tatear o caminho até meu rosto. Sua mão, no entanto, achou-me de uma forma bem pouco delicada. Seu dedo mindinho afundou nos meus lábios, enquanto dois outros quase entraram no meu nariz, e o resto cutucou meu olho — Ai!
— Desculpa. — Disse, tirando a mão e erguendo o rosto. Ela me beijou bem devagar e depois afastou o rosto — Eu não sabia onde a sua boca estava.
— Achou.
— É. — Ela beijou de novo — Eu estou viva. Você não escolheu o manticore, e eu acabei bem. Não fique pensando o que aconteceria se você escolhesse algo que não escolheu de verdade. No final, está tudo bem.
— Eu não devia ter ido ao restaurante. Se eu ficasse aqui, teria protegido você. — Continuei fazendo exatamente o contrário do que ela dissera. Alice suspirou.
— Como me protegeria?
— Como assim? — Perguntei, confuso — Lutando contra o monstro, é claro.
— Com isso? — Perguntou apertando meu bíceps direito. Eu ri e assenti com a cabeça, embora ela não enxergasse — Ou com isso? — Apertou o do outro braço. Sua mão desceu até a minha barriga e tocou com a ponta dos dedos os meus músculos, como alguém apertando botões — Ou com isso, isso, isso, isso, e isso?
— Está faltando músculo nessa contagem. — Repliquei — Mas embora tudo isso seja impressionante, eu sei, eu usaria isso. — Ergui meus punhos no ar.
— Que homem. — Disse suspirando — Você usaria isso também?
Suas mãos agarram minha bunda, e eu comecei a rir. Meu corpo tremeu e Alice riu também, em cima de mim. Agarrei sua cintura e puxei-a de volta contra mim, aconcheando sua cabeça contra meu peito.
— Usaria tudo que fosse necessário para te manter viva. — Beijei sua cabeça — Agora tente voltar a dormir. Você precisa descansar.
— Meu herói. — Disse e buscou o sono novamente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Caso vocês não saibam, estou escrevendo duas fics novas.
Uma é a fic do Hermes e da Jenny: Retorne ao remetente.
A outra é uma Poseidon x Atena: Querida Pallas.
Se estiverem a fim, podem dar uma olhadinha e deixar aquele reviewzinho para animar a autora. Serão muito bem-vindos!
Beijos e vejo vocês nos comentários!