Me On Shibusen escrita por Katagyu Suzuki


Capítulo 5
O sonho


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora pra postar o capítulo Ç_Ç
Ah sim. Eu queria dizer que eu mudei algo na história. Agora, Lih é apenas uma shokunin e eu sou apenas uma arma. Isso porque eu estou acompanhando o mangá e descobri que na verdade não existe isso de arma-shokunin, então tive que alterar. Caso queiram reler, releiam, mas é só pra avisar que é isso mesmo ^^'



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Despedi-me de todos, e junto com Lih, Ingrid e Wook, fui até o quadro de avisos, para falar com a senhora de cabelos louros.

– Olá crianças – ela sorriu, olhando para Ingrid e Wook – Vocês dois vieram pegar uma missão? Eu sei que vocês duas – ela apontou para mim e Lih – pegaram uma hoje cedo.

– Não... Na verdade viemos perguntar se nós podemos acrescentar eles dois na nossa missão... – disse Lih, calmamente.

A senhora começou a teclar no computador, depois levantando a cabeça para nós.

– Mas é claro que podem. – nós quatro nos entreolhamos com alegria – Mas tiveram sorte. Tem dois lugares vagos no avião que reservei pra vocês... A apenas algumas fileiras pra trás da de vocês duas.

– Legal! – comemorei, mas a senhora continuou.

– A viagem continuará sendo pra amanhã cedo ou será pra outro dia?

– AMANHÃ?! – Lih gritou, enquanto Wook levantou uma sobrancelha para a senhora, e eu e Ingrid fizemos uma cara confusa.

– Não avisei vocês? – ela pareceu tão confusa quanto nós – Eu não posso arranjar uma missão assim, e vocês a fizerem depois da aula. Além do mais, vocês precisam avisar seus pais.

Todos concordaram com a cabeça, sem dizer nada. A viagem ficou marcada para as oito da manhã do dia seguinte. Lih queria fazer a viagem as sete, mas até parece que eu iria viajar com aquele horário tão assimétrico.

...

– Finalmente, todos aqui!

Estávamos no aeroporto, todos ansiosos. Era minha primeira missão como sendo uma aluna oficial da Shibusen. Não estávamos levando malas, visto que a viagem duraria menos de dois dias. Sentamos na sala de espera dos passageiros, já que nosso avião sairia dali a meia hora, e começamos a conversar.

– Ingrid, aonde você conheceu o Wook? – perguntei, numa parte da conversa – Tipo, quando vocês chegaram, vocês já eram parceiros, vocês não se conheceram lá como eu e Lih.

– Ah... – os dois se entreolharam, e Ingrid começou – Meus pais e os de Wook são grandes amigos, desde que nascemos. Eu convivi a vida inteira com esse idiota.

– Cale a boca, imbecil – mas os dois apenas sorriram um pro outro, com olhares desafiadores – Mas enfim, quando meu sangue de arma despertou, algumas semanas depois, a Ingrid disse que era uma shokunin. Então começamos a parceria.

Era uma história de parceria melhor do que a minha com Lih.

– Mas... Me contem a de vocês. – disse Ingrid, tirando as costas do encosto da cadeira, e apoiando os cotovelos nas pernas e a cabeça nas mãos. – Como se conheceram, e como ficaram amigas?

– A-Ahn... Não é interessante... – eu disse, colocando uma mão atrás de minha cabeça e mexendo com meu cabelo – Sério, chega a até ser ridícula.

Lih pareceu ofendida um pouco, fazendo uma careta pra mim, mas depois concordou com a cabeça.

– Jura? Então deve ser interessante – Wook riu. – Nos contem.

– Bem... Eu estava atrasada pra aula na Shibusen... – começou Lih, antes de eu interrompê-la – Mas quando eu cheguei na porta da Shibusen não tinha ninguém para me mostrar o lugar, então achei que uma hora ou outra iria aparecer alguém. Quando saíram três meninas da porta... A Tsubaki, a Maka e a Dani. A Dani me disse que era uma arma, eu disse que era uma shokunin e a nós fizemos a parceria.

Os dois pareciam chocados.

– A-Assim, sem se conhecer? S-Sem lutar? – Wook perguntou, passando os dedos pelo cabelo liso (como ele era lindo!) e fazendo uma cara confusa – C-Como isso é possível?

– Vai saber. – dei de ombros, tentando não rir da cara dele – Mas quando a Lih me segurou na sala do Shinigami-sama, eu sabia que ela era a shokunin certa pra mim.

Olhei de relance pra cara de Lih. Os seus olhos estavam brilhando, e ela juntou as mãos, entrelaçando os dedos, colocando-os do lado da cabeça, que estava inclinada pro lado. Só faltava aparecer aqueles brilhinhos e a aura bonitinha que sempre aparecem em animes quando um personagem faz uma cara desse tipo. Então ela me abraçou.

– WAAAH, DANI! – eu levei um susto, e Wook e Ingrid riram – EU TAMBÉM TE ADORO, VIU?

– Eu nunca disse que te adorava. – tsundere? Eu? Imagina...

– Não precisa dizer, porque eu sei que você gosssssssssssta de mim! – respondeu ela, ainda me abraçando.

“Senhores passageiros do voo 729 com destino ao Canadá, favor pegarem seus passaportes. O voo já irá sair.”

– É o nosso – disse eu deprimida, olhando para a para a passagem em minha mão – Porque o nosso voo tinha que ser tão assimétrico?

– Eh? – questionou Ingrid. Wook suspirou.

– Você tem andado com aquele garoto, o filho do Shinigami-sama? Death, the Kid?

– N-Não. – respondi, antes que Lih falasse qualquer coisa. – Ele também gosta de simetria, certo?

– Certo... Como soube? – perguntou, abrindo um pequeno sorriso malicioso, que me fez corar.

– Não é nada do que você está pensando! – disse corando – É-É que a Shibusen é totalmente simétrica, e eu sei que o Shinigami-sama adora a arte da simetria, p-p-p-p-p-p-p-porque eu pesquisei! – gaguejei, enquanto Lih segurava o riso – É SÉRIO!

– Tá bom, acreditamos em você. – disse Ingrid. Ela era inocente por acaso? Ela parecia estar falando sério.

– Claro que sim! Acreditamos! – criticou Wook em tom de ironia, o que me fez corar mais ainda.

– Idiota. Vamos logo.

...

A viagem não era muito longa, mas como eu sou preguiçosa, adormeci no começo da viagem.

Eu tive um sonho estranho. Nele, eu estava em frente a uma parede espelhada, mas ela estava rachada exatamente no meio na diagonal, mas ainda alguns cacos saíam de onde ele estava quebrado. Eu me olhei nele, e eu estava diferente. Meu cabelo estava negro, da mesma altura de antes, mas ainda sim, preto. Três mechas brancas horizontais iam do meio do meu cabelo pela frente e cruzavam a minha cabeça até a parte de trás, pela direita.

Eu estava com roupas diferentes também, que eu nunca havia visto iguais na minha vida. Eu estava com um vestido preto, com detalhes em branco, com duas meias três quartos pretas, com um tênis all star preto e uma caveira assustadora como gravata no pescoço.

Mas não era bem uma gravata do tipo do Shinigami-sama. Era uma assustadora. Uma caveira verdadeira. Eu a toquei, e ela era feita de ossos mesmo. Não entendo como era tão pequena.

Aproximei-me do espelho. Meus olhos estavam assustadoramente vermelhos. Dei alguns passos pra trás, e caí no chão.

Essa minha aparência não estava normal. Levantei-me e me aproximei novamente do espelho, dessa vez, tocando-o na parte não quebrada... E um sorriso insano apareceu no meu rosto, apesar de eu não querer.

Por quê?

Por quê?

Porque a insanidade tão forte agora? Havia algo dentro daquele espelho, eu precisava terminar de quebrá-lo... Mas, porque?

– Eu não consigo... Quebrá-lo... – falei pra mim mesma, passando meus dedos nos cacos do espelho, sem cortá-los.

– A insanidade... Atingiu até você, Daniella...

Olhei pra trás. Kid estava atrás de mim, mas muito mais bonito. Em vez da sua típica gravata com a caveira do Shinigami-sama, havia algo como um lenço. Suas roupas não estavam mais as mesmas, elas eram completamente pretas, os detalhes brancos eram somente as mangas da camisa.

– Você me prometeu... Que se cuidaria.

Ele se aproximou de mim, e ficou tão próximo que eu percebi que seus olhos estavam lunáticos.

– Você também foi pego pela insanidade. – eu disse.

Kid continuou se aproximando, e eu recuando até me encostar no espelho. Senti meu braço se cortar com um dos cacos, mas ainda sim, eu não liguei. Ele colocou seus duas mãos em cada lado da parede, próximos da minha cabeça, me prendendo lá.

Abriu um sorriso psicótico, acho que parecido com o meu.

– Mas você prometeu a mim.

– Como se você não tivesse prometido.

Droga, ele ainda estava muito perto. Eu conseguia sentir a sua respiração.

– E-Eu...

– Acorda.

– Eh?

Lih tinha me chacoalhado, e eu voltei a mim de novo. Algumas pessoas já tinham saído do avião, outras estavam de pé pegando suas coisas.

– Sua dorminhoca. Dormiu a viagem inteira! – ela disse com um sorriso bobo. Atrás dela, Wook e Ingrid estavam parados.

– Conseguiu acordá-la? – perguntou Ingrid, com um sorriso besta. – Vamos. Precisamos logo deter aquele ovo de kishin.

Bocejei, e dei um tapa nos dois lados de meu rosto com ambas as mãos. Alguns podiam achar que eu estava tentando me acordar, mas era pra tirar mais o vermelho que estava insistindo em continuar nas minhas bochechas. Logo depois, me levantei.

– Estou pronta. Vamos logo.


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews?



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