Me On Shibusen escrita por Katagyu Suzuki


Capítulo 4
Recebemos a primeira missão


Notas iniciais do capítulo

Eu acho que esse não ficou muito legal :/ É um dos que eu menos gosto, tirando que a Marie-sensei entrou /o/
Comentem onegai!



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Pra falar a verdade, a partir de quando nós fomos chegando perto do quadro de avisos, eu fui querendo cada vez menos arrumar uma missão.

– Vamos chegar atrasadas na aula... – reclamei com Lih, com a voz arrastando de preguiça. – Deixe a missão pra depois... Vamos pra sala...

– Não me importo com as aulas, vou pegar uma missão! Você mesma disse que queria ver uma junto comigo!

– Precisa ser justo agora? – perguntei – Deixe para depois da aula!

– PRECISA. SER. AGORA. – ela disse as palavras pausadamente e me lançou um olhar maligno. Eu calei a boca. Depois de uns segundos, chegamos ao quadro de avisos – Vamos ver… Vamos ver…

Parei de pensar na aula (que na verdade, seria uma desculpa para eu ficar olhando para o Kid) e na minha preguiça, e tentei ajudá-la a procurar uma missão que pudéssemos fazer.

– E essa aqui? – perguntou-me depois de passarem uns trinta segundos.

Olhei para a plaquinha que Lih estava apontando. Dizia que “iríamos para Canadá - America do Norte capturar o famoso kishin Serial Killer ‘Loozy’”

– “Loozy”? – engasguei – Ele é bom demais para nós…

Tentei me lembrar desse kishin. “De olhar parece um homem normal, mas suas unhas crescem e ficam com longas lâminas de aço imitando tesouras, e seus olhos ficam vermelhos como sangue, e que se você sequer olhar neles pode acabar paralisado. Como se não bastasse, ainda pode voar. Se um dia for lutar com ele… Tome cuidado” era como minha mãe o descrevera há alguns dias atrás.

Sim, esse kishin é meio louco, eu também acho. “Dizem que não se decidiu na vida entre ser um cabeleleiro e um piloto de avião e por azar morreu cedo. Na sua morte, o preconceito de todos por ser negro ficou na terra, e agora voltou como kishin querendo vingança” ela me contava “Mas ele é forte… Possui movimentos rápidos e ágeis” ela acrescentou depois. “Não acredito. Nunca vi kishin mais ridículo que esses”, eu sempre respondia. Nunca soube como ela havia descoberto a aparência dele ou até mesmo como atacava.

Enquanto estava nos meus pensamentos, Lih havia pegado a plaquinha.

– É necessário ter precisão nos movimentos, força e agilidade – ela leu – Excelente! Pelo jeito ele é bom, mas não representa um perigo muito grande…

– Cale essa boca, vamos embora… Ou simplesmente não podemos pegar outra missão?

Ela me lançou outro olhar maligno que me fez ficar quieta em um instante. Como ela conseguia fazer aquilo?

– Acha que nós não temos capacidade? – ela perguntou friamente.

– Não é isso… Nunca treinamos… – tentei concertar.

– Vamos treinar com ele então!

– Mas ele é muito forte!

– Nós somos mais!

– Lih…

– Está dizendo que não é uma boa arma e que vai desistir? Que você é fraca e não consegue se deixar ser manejada por mim? Fraca – aquilo me atingiu em cheio. Como se não bastasse ela continuou - Talvez eu deva arrumar outra parceira pra fazer essa missão comigo.

Fiquei sem palavras e murmurei algo como “vamos fazê-la, então”. Ela abriu um sorriso enorme.

– Podemos fazer essa? – ela perguntou para uma mulher baixinha e gordinha, de cabelos encaracolados, louros e curtos que dizia se podíamos ou não fazer as missões.

– Vocês têm força de vontade – ela disse entre risadinhas. Pelo jeito ouviu nossa discução – São as novas alunas, não são?

– Sim – respondi. Ela não poderia dar aquela missão pra gente, ela não poderia. Ela viu minha “vontade enorme” de fazer aquilo…

– Podem fazê-la – a senhora respondeu, pegando a plaquinha das mãos de Lih, para minha tristeza.

Lih ficou me irritando o caminho inteiro até a volta para a sala, porque eu disse que só iríamos fazer a missão depois das aulas. Ela ficava me dizendo que era pra ser agora para capturarmos o tal do Loozy…

– Argh, preste atenção – sussurrei quando estávamos em frente à porta – Eu perdi duas aulas, preciso tentar prestar atenção em pelo menos uma…

– Huh! – suas feições de repente ficaram alegres, como se eu lhe tivesse dado um presente – Não precisa dizer mais nada Dani. Já sei o que quer fazer – e abriu a porta da sala.

– Idiota… – murmurei.

Esperava encontrar o professor de cabelo cinza e de parafuso na cabeça, mas nos deparamos com outra professora. Era loira dos olhos azuis enormes, os cabelos divididos exatamente no meio. Não saberia dizer se era alta por causa das botas brancas de salto ou se já era assim. Usava um tapa olho no olho direito, e um vestido preto e amarelo. Parecia ser uma pessoa bondosa.

– Daniella e Lílian, certo? – perguntou-nos com um sorriso.

– Somos… – Lih corou quando ouviu seu primeiro nome ser pronunciado por inteiro de novo. Eu queria rir, mas o meu também foi, então deixei quieto.

– Estão atrasadas – ela falou, sem desmanchar o sorriso – Mas tudo bem, o Shinigami-sama me avisou o por que. Podem se sentar nos seus lugares… Ah sim! Meu nome é Marie ok? Mas podem me chamar de Marie-senpai.

– Ok – dissemos as duas ao mesmo tempo. “Marie-senpai” repeti em minha mente. Subimos para a quarta fileira. Sentei do lado esquerdo do menino Kid e a Lih do meu outro lado esquerdo. Não ouvi muito bem o que a professora Marie disse a aula toda, fiquei olhando para o Kid… Mas discretamente é claro. Senti a Lih me cutucar na perna com a caneta e apontou para seu caderno. Ela havia desenhando um coração com os seguintes dizeres:

“Dani likes Kid”.

Apesar de eu não entender o porque dela escrever em inglês, corei violentamente. Aquela aula bem que podia acabar logo…

– Finalmente essa aula terminou! – disse Soul se levantando e se espreguiçando.

Todos os alunos agora se dirigiam às saídas. Antes mesmo do Kid se levantar, disse que “ajudaria a Lih a guardar suas coisas” e fechei o caderno que ela havia desenhado e guardei um lápis e uma caneta no estojo dela, jogando tudo na mochila dela com incrível rapidez, e obrigando-a descer as escadas. Ela por sua vez percebeu o que eu tinha feito (e as intenções) e amarrou a cara pra mim.

– Vamos rápido, você não queria sair em missão o quanto antes? – perguntei maliciosamente quando estávamos em frente a escrivaninha da Marie-senpai.

– Vocês vão fazer sua primeira missão? – falou Soul que agora havia chegado até nós, seguido por Maka, Tsubaki, Black Star, Kid, Liz e Patty – Que maneiro.

– Que missão vocês pegaram? – disse Tsubaki.

– A do Loozy – respondeu Lih um pouco orgulhosa – Estamos indo pro Candá hoje mesmo!

– Loozy… Loozy… – repetiu Maka, do lado do Soul – Ah! Espera! O cara é bom! Vocês vão tentar lutar com ele mesmo sem treinamento?

– Você está repetindo o que a Dani disse – Lih encheu as bochechas de ar – Nós vamos conseguir.

Kid colocou a mão no meu ombro.

– Boa sorte – ele disse – E… E que voltem rápido.

Lih agradeceu-o com o olhar, mas eu sabia que ela ia me zoar muito depois. Senti meu rosto ficar vermelho, mas sorri.

– Vamos completar com total perfeição – respondi para ele.

– Heeeey, vão para onde?! – perguntou Ingrid, chegando por trás de mim e do Kid, seguida por Wook – Vocês não me avisaram de nada! E Wook, porque você quis voltar rápido? Podíamos ter pego a missão com eles!

– Sem problemas. Qualquer coisa a gente conversa com a senhora de cabelos louros e pede pra vocês irem com a gente. – disse Lih, e Ingrid sorriu.

Wook revirou os olhos. Liz olhou para o menino com um pouco de interesse e desviou o olhar.

– Vocês são os alunos novos? – perguntou Black Star, encarando os dois. Ingrid e Wook mal confirmaram com a cabeça e ele gritou – MUITO PRAZER! EU SOU BLACK STAR! A ESTRELA QUE MAIS BRILHA! E O ALUNO MAIS FORTE DA SHIBUSEN!

– Menos, Black Star… – Tsubaki puxou o cachecol do menino um pouco – Ah… Eu sou Tsubaki… Prazer em conhecê-los… Sou arma e parceira do Black Star…

– Eu sou Soul – disse ele acenando, e apontou para Maka – Sou arma, parceiro dessa tá…

– MAKA CHOP! – Maka acertou um livro (grosso e de capa dura) na cabeça do coitado do Soul. Não entendi muito bem o porquê ela tinha feito isso, sendo que ele nem terminou a frase. Mas percebi que nunca vou querer levar um Maka Chop na minha vida.

– Eu sou Liz – disse ela mesma – E essa é minha irmã Patty. Somos armas do Kid – ela acenou com a cabeça em direção ao garoto, que ainda estava com a mão no meu ombro.

– Aquele menino é bonito, não é, nee-san? – Patty apontou para Wook, que ficou parecendo um tomate.

– N… Não aponte assim, Patty! – Liz abaixou o braço da irmã – Eu… Desculpem-me…

Maka, Lih, Tsubaki, Kid, Black Star, Soul, Ingrid, Patty e eu rimos. “Não vamos morrer na missão” pensei comigo “Não para perdemos todos esses amigos…”


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Notas finais do capítulo

MAKA-CHOP!