Lágrimas por Amor escrita por Aki Nara


Capítulo 25
Capítulo 25 - Amizade




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Asuka havia voltado após o mestrado na Itália e o doutorado na Alemanha. Ele olhava para Umi meio incrédulo por encontrá-la naquele estado... Pálida e aos prantos.

E agora, o copo com água e açúcar girava em suas mãos, ela parecia estar constrangida demais para falar. Ele aguardou em silêncio, porém paciência não era seu forte e foi direto ao ponto.

_ Você está melhor? – falou dando vazão a sua ansiedade.

_ Isso é uma pergunta médica? – ela finalmente o encarou e entre um sorriso sem graça e outro entristecido disse – Por favor, não conte a ninguém que me viu neste estado. Promete?

_ Não. Só a de um amigo preocupado. Hum! Minha personalidade maquiavélica não me permite guardar segredos. Ainda mais quando um mico vale ouro.

_ Por favor? – algo no olhar dela não lhe permitia brincar por mais tempo.

_ Claro! O que você não me pede chorando, que eu faça sorrindo? – pôs as mãos sobre as dela, segurando carinhosamente antes de depositar um beijo em cada mão.

_ Obrigada.

_ Ajudaria muito você se abrir, Umi. Ainda somos amigos. Certo?

_ Somos. Fale-me de você. Quando voltou? O que tem feito? Arranjou namorada?

_ Nossa! Você está querendo fugir, não está? Voltei a pouco tempo. Paramédico neste hospital e voluntário de clínica médica nas horas vagas. Adivinhe onde.

_ Não faço a mínima idéia – ela balançou a cabeça negativamente.

_ Lá no orfanato.

_ No Kodomo no Sono?

_ Sim, lá mesmo. Madre Celeste é uma mulher de fibra, ela me mantém a pulso.

_ Ela é assustadora, não?

Eles riram, finalmente os olhos acompanhavam um sorriso genuíno.

_ Você fica duas vezes mais linda quando sorri – Asuka tocou-lhe as faces – Como ele está?

_ Quem? – ela disse ingênua.

_ Espero que a causa dessa tristeza não seja aquele tonto.

_ Kenzo? – olhou-o surpresa.

_ O Papai Noel que não haveria de ser. Não insulte minha inteligência, Umi.

_ Você era inteligente?

Ele desarrumou os cabelos dela, ela voltava ser a garota encantadora que aprendera a amar. No início queria apenas manter um pedaço de Maya perto de si.

Era bom fantasiar o que poderia ter sido, mas Umi era totalmente diferente. E quando enfim permitiu que Maya partisse, seu coração estava tomado de um amor que havia chegado tarde demais para ele.

_ Não é justo. Sou muito mais charmoso e interessante que aquele “Pocoyo”.

_ Sim. O amor é cego... – ela voltou a ficar séria.

_ Eu mato aquele desgraçado. O que ele fez? – Asuka se levantou abruptamente.

_ Nada – ela se apressou em segurar a mão dele antes de prosseguir cabisbaixa. – Não há nada de errado com ele... Sou eu.

_ Por Deus! Acho melhor me contar o que está acontecendo antes que acabe fazendo uma loucura de que me arrependa depois. – Ele se sentou novamente e apesar de impaciente aguardou.

Umi abriu a bolsa e retirou os resultados dos exames e empurrou-os sobre a mesa na direção dele. Asuka pegou todos os exames e analisou tudo numa fração de segundos.

_ Você já procurou uma segunda opinião? – disse sério.

_ Não... Procurei um médico conceituado. Há possibilidade de erro, considerando quem é o médico?

_ Não. Ele é melhor – ele suspirou inconformado. – Relaxe. Não se desespere sem necessidade. Vamos dar tempo ao tempo. Vejo que está com uma receita... Então, façamos o que ele sugeriu. Okay?

Ela concordou num silêncio mudo.

_ Lutaremos juntos, Umi. Tenha a certeza de que estarei até o fim com você.

Ela ouviu as palavras que gostaria de ouvir Kenzo lhe dizer e sentiu medo de ser egoísta. Não podia ser injusta em impor mais sofrimento, nem para ele... Muito menos para Asuka. Assim, simplesmente decidiu partir.


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