A Mudança De Rose Weasley escrita por Rafaella Black


Capítulo 5
Dance, Rose, dance


Notas iniciais do capítulo

Oiiii pessoal,aqui estou eu de novo com mais um capítulo novinho.Espero que vocês gostem.Eu quero agradecer a todo mundo que está acompanhando e que estão comentando, a opinião de vocês é muito especial para mim.Bjokas,Rafinhacca



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Chapter Four: Dance, Rose, dance!

–Ross, você já pensou em voltar a dançar?- Molly me perguntou na manhã de segunda-feira, quando eu estava me arrumando para a aula.

–Não, Moll, eu não pensei e também não quero pensar. Por que todo mundo insiste nesse assunto?- eu disse.

Ela fez aquela cara que ela sempre fazia quando ia falar uma coisa séria e se sentou na cama.

–Nós insistimos nisso porque queremos o seu bem, Rose. Você sempre se sentiu bem quando dançava, e não é justou que você pare de fazer uma coisa que te deixava feliz só porque uma comen...

–PARA!- eu a interrompi.- Eu não quero falar sobre isso, ok?

–Ok. Eu só disse o que eu penso. É melhor você se arrumar ou então irá perder o café. Eu vou descer pro Salão Principal, ok?

Eu concordei com a cabeça e observei ela sair do quarto. Por que todos tem insistido tanto nessa história de dançar?
Eu fui até meu guarda-roupas e coloquei uma calça preta, uma blusa peplum amarela com cinto vermelho, uma jaqueta preta e uma bota vermelha de salto. O tempo estava meio frio.

Eu desci para o Salão Comunal e dei de cara com o quadro de avisos. Havia um cartaz enorme que dizia: “Teste para Líderes de Torcida: Sábado, ás 8:00 da manhã”. Embaixo havia uma lista cheia de assinaturas. Eu passei minha mão por cima delas e reconheci o nome de várias colegas minhas. Alí embaixo, bem no finalzinho da lista, os nomes Ashley Longbottom, Dominique Weasley e Molly Weasley II me chamaram a atenção. Elas iam participar do time com certeza. Não havia chance para ninguém...

O barulho de passos chamou minha atenção, e quando me virei, vi que era Alvo.

–Bom dia, Rosie.

–Bom dia, Al.

–Você tava’ se inscrevendo para o teste?- ele perguntou apontando para a lista.

–Não. Eu só estava vendo quem se inscreveu. Nenhuma dessas garotas tem chances contra a Ash, a Domi e a Moll.

–Pois é. E nem mesmo as três tem chances contra você.

–Você tá brincando né, Al? Eu sou péssima!

–Péssima? Ross, se você fosse péssima, não teria feito nem um quarto das apresentações que você fez e nem teria ganhado tantas competições. Você tem talento Rose.

–Pode até ser.- eu disse nervosa- Mas de que isso adiantou? No final, tudo acabou daquele jeito. Pra que serve o talento?

–Tudo acabou porque você quis. E a pergunta certa é: Pra que serve o talento se você não tem coragem para mostrá-lo? Pense nisso.- Ele disse e saiu. Ótimo!!! Mais alguém quer dar lição de moral ou já acabou? Eu tenho certeza de que ainda vem mais bomba...

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Eu evitei todo mundo na hora do almoço e fui para o Corujal. Eu estava sem fome e precisava muito conversar com a única pessoa que me entendia nos momentos de dificuldade: minha mãe.

Eu peguei um pergaminho e minha pena em minha bolsa e comecei a escrever:

“Oi mãe,

Como estão as coisas aí em casa? O papai está bem?

Espero que sim, porque aqui as coisas estão meio...estressantes. De repente, todo mundo resolveu falar pra eu voltar a dançar, só porque a McGonagall resolveu inventar um time de Líderes de Torcida. Por que eles não conseguem entender que eu não posso fazer isso depois de tudo o que aconteceu? Eu sei que eles me amam, mas quando se ama alguém, você não deve apoiá-la em suas decisões? Não é assim que deve ser?

Por favor, me responda o mais rápido possível.

Beijos e abraços,

Rose Weasley.”

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A resposta de minha mãe chegou logo após a minha ronda com o Malfoy. Eu já estava pronta para dormir, quando minha coruja, Lice, bateu seu bico no vidro da janela. Eu a abri e, assim que peguei a carta, minha coruja saiu voando.

Eu me sentei em minha cama e comecei a ler a carta:

“Querida Rose,

Eu estou feliz que você tenha me mandado aquela carta, querida.

Primeiramente, nós estamos muito bem aqui em casa. Seu pai e seu tio Harry estão no interior para o recrutamento de novos aurors e eu e sua tia Ginna estamos aproveitando para matar as saudades.

Respondendo sua pergunta: Sim, eles tem o dever de te apoia, MAS eles também devem pensar se as suas decisões fazem bem a você. Eu também acho que você deveria voltar a dançar. Um talento como o seu não deve ser guardado por causa de um simples medo.

Você precisa esquecer o passado e se focar no presente, só assim vai conseguir superar tudo o que aconteceu. Ouça seus amigos e deixe de ser essa cabeça dura idêntica ao seu pai.

Pense nisso, certo?

Beijos e abraços,

Sua mãe.”

Eu acabei de ler a carta e afundei embaixo das cobertas. Será que é isso que eu tenho que fazer? Superar?

Eu afastei esse pensamento. Por enquanto. Tudo o que eu queria era uma boa noite de sono, sem nenhum pesadelo. E foi o que eu consegui.

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No dia seguinte eu acordei bem cedo, por volta das 4:30 da manhã e não consegui voltar a dormir.

Eu me levantei e fui até o banheiro. Fiz minha higiene matinal e coloquei uma roupa bem confortável. Um short vermelho, uma regata preta, um moletom cinza escrito I S2 NY e um all-star. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e saí do quarto em silêncio.

O salão comunal estava vazio, assim como o corredor. Eu andei o mais rápido e silenciosamente que pude e me dirigi até o corredor da sala precisa. Eu parei diante da parede e pensei: “Quero um lugar onde eu possa dançar”. A porta surgiu na minha frente e eu a abri. Dei de cara com um estúdio de dança. As paredes eram cobertas pos espelhos e havia um som e uma estante cheia de CD’s. eu me dirigi até a estante e coloquei um CD aleatório no som. A música Starships, da Nicki Minaj começou a tocar e eu comecei a me alongar. Assim que a musica terminou e outra começou a tocar, eu tentei me lembrar de alguns movimentos de balé. Eu treinei por bastante tempo, até que começou a tocar I Knew You Were Trouble, da Taylor Swift e eu não aguentei. Eu tinha que dançar.

http://www.youtube.com/watch?v=Xr1--QfZmR8

Assim que eu acabei de dançar eu ouvi palmas vindas de trás e me virei.

–Hugo?

–Não, a vovó Jane- meu irmão disse brincando.

–O que você tá fazendo aqui?

–Eu vim te ver dançar.

–E como você sabia que eu ia dançar?

–Eu não sabia. Quando eu me levantei para beber água, eu vi você saindo do Salão Comunal. Então eu resolvi seguir você.- ele disse fazendo carinha de anjo.

Eu fechei meus olhos e desejei que duas poltronas aparecessem e quando os abri, lá estavam eles.

–Por que você não se senta, Hug?- eu perguntei a ele, que se sentou- Por que você me seguiu?

–Eu precisava conversar com você, e se eu fizesse isso durante os intervalos das aulas e ou no Salão Comunal, todo mundo ia querer dar a sua própria opinião.

–Ok, então fale.- eu disse me sentando.

Eu sabia que vinha bomba, mas deixei ele falar, porque a última pessoa com quem eu quero brigar é meu irmão.

–A mamãe me mandou uma carta ontem, dizendo que você tava meio em duvida sobre dançar e...

–Eu não estou em dúvida.- eu o interrompi.

Ele sorriu e disse:

–Ela disse que você ia falar isso e mandou eu dizer que, mesmo que ela não ouça a sua voz ou não esteja vendo o seu rosto, ela ainda sabe como você está se sentindo- é claro que ela sabe. Ela sabe tudo.- Olha, Rosie, eu não vou ficar falando tudo o que ela mandou, porque eu nem me lembro mais o que era, então eu vou falar o que eu sinto, ok?

Eu balancei minha cabeça afirmativamente e esperei que ele começasse a falar.

–Eu me lembro de quando nós éramos pequenos e você começou a fazer as aulas de dança. A mamãe sempre me levava junto com ela quando ia buscar você, e a gente sempre chegava bem cedinho. Eu ficava fascinado em ver você dançando e orgulhoso por ter uma irmã tão talentosa.- ele sorriu- Eu adorava ver você ensaiado lá em casa e errando, e tentando de novo e de novo, até que conseguisse fazer tudo direito. Você tinha uma determinação incrível. Então aquilo aconteceu, e você se tornou outra pessoa, não falava com ninguém, não dançava mais e nem queria sair de casa. Você sabe como foi ruim pra mim ver a minha irmã, que era um símbolo de talento e determinação pra mim, desistir de tudo, desistir do talento por causa de um trauma? Certo, você tina direito de ficar traumatizada, eu sei. Mas precisava desistir de tudo?

As lágrimas já caíam dos meus olhos descontroladamente.

–Você não sabe como doeu pra mim, Hugo.- eu disse em meio ás lágrimas- Você não sabe como foi acordar e ver que o meu sonho tinha sido em vão.

–Eu não sei mesmo, Rose. Mas eu sei que você tem vontade de voltar a dançar, de voltar a ser quem você realmente era. Eu me lembro que você também cantava pra mim quando eu estava triste ou com medo, que eu me lembre, a sua voz era maravilhosa. Talvez você não esteja enferrujada.

–Olha Hug...

–Não fala nada não, Ross. Só pensa nisso, ok?- ele disse se levantando.

Eu balancei minha cabeça afirmativamente e observei meu irmão sair da sala com a cabeça baixa. Talvez seja a hora de tomar uma decisão...


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Notas finais do capítulo

Reviews pleaseeeee?