Lucy Longbottom escrita por Miss Potterhead


Capítulo 8
Quem sou eu? O que está a acontecer comigo?


Notas iniciais do capítulo

Mais um *-*



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Na manhã seguinte cheguei ao Salão Principal de mau humor, não tinha dormido nada, mas tinha conseguido disfarçar as olheiras com maquilhagem.

Entrei, dirigi-me à mesa da Sonserina e sentei-me sem nem olhar em volta.

Comecei a comer, levei o meu suco à boca, mas senti um gosto estranho e cuspi tudo.

Oiço risos na mesa da Grifinória, e vejo a Ginny a rir às gargalhadas.

A vagabunda trocou o meu suco por qualquer coisa verde e nojenta que nem consegui identificar o que era.

Baixei a cabeça e continuei a comer, sem tocar no suco.

As gargalhadas da sangue ruim começaram a fazer eco com as da vadia e eu controlei-me para não saltar por cima da mesa e quebrar o pescoço daquelas duas.

Nesse momento uma das minhas colegas de quarto sentou-se ao meu lado.

Era loira e de olhos verdes. Os cabelos loiros caiam-lhe até meio das costas em cachos perfeitos. Os olhos verdes cor de esmeralda faziam lembrar duas pedras preciosas. O risco preto salientava os seus olhos e a maquilhagem dava-lhe um toque sedutor mas inocente.

Ela esboçou um sorriso torto.

- Também não gosto da Weasley e da sangue ruim. Todos gostam delas, lá na Grifinória, mas eu não vou com a cara delas.

- Nem eu… - respondi dando mais uma garfada na comida.

- Sou a Jessica, Jessy para os amigos.

- Lucy, prazer.

- Eu sei o teu nome, este povo invejoso não sabe fazer de outra coisa se não falar de ti e de como tu és falsa e blá blá blá…Na verdade até gostei de ti. Alguém sincero e malvado por aqui é sempre uma coisa boa…Estou farta destes sonsinhos dos Grifinórias e das vadias da Sonserina. – ela resmungou.

- Eu também, entao temos um pacto? – eu sorri mais animada, ter uma aliada era sempre melhor do que passar os dias sozinha a planejar contra aquelas duas.

- Temos pacto! Vamos acabar com aquelas duas nojentas – ela soltou uma gargalhada.

Esse dia foi normal, eu e a Jessy éramos das mesmas casas o que significa que íamos juntas para todas as aulas, em um único dia tornamo-nos muito amigas.

Ela apresentou-me as suas amigas, mas eu não gostei muito delas, eram pattys, vadias e fofoqueiras.

Nessa noite, no nosso dormitório estávamos conversando. A nossa outra colega de quarto estava ferrada a dormir, por isso podíamos falar à vontade sobre o nosso plano.

Oiço leves batidas na porta, levanto-me e vou abri-la. Era o Snape.

- Precisamos de falar…

- Não tenho nada para falar com você – fiquei logo na defensiva.

- Filha, nos temos mesmo de falar…

- EU NÃO SOU SUA FILHA! – gritei-lhe e fechei a porta logo em seguida.

- Filha? – a Jessica olhou-me estupefacta. Boa, agora tinha de lhe contar tudo.

- Ér… eu descobri ontem que sou filha do Seboso…

- O que? Como? Conta tudo.

Sentei-me na minha cama de pernas cruzadas e comecei a narrar tudo o que tinha acontecido, desde os beijos em frente ao lago, até a ida até a diretoria e o Dumbledore contar-me a verdade.

Na manhã seguinte quando entrei no Salão Principal senti todos os olhares em mim. Mas não era como nas outras vezes em que ficam me olhando porque eu estou gata. Desta vez ficaram me olhando perplexos porque sabiam de quem eu era filha. Não foi preciso muito para eu chegar a essa conclusão, as pessoas não falavam propriamente baixo e percebi pelos sussurros que algum filho da puta havia descoberto e contado para a escola toda.

Estaquei ali na porta, eu não queria entrar, eu não queria que todos me olhassem assim porque eu era filha do Snape, eu não queria aquilo.

Quando percebi que estava prestes a chorar, abandonei o Salão a correr, sem rumo.

Corria muito sem saber bem para onde ia, quando de repente esbarro em alguém, o choque foi tão grande que eu só não cai de bunda no chão, porque essa pessoa com quem eu choquei, agarrou-me.

Levantei os olhos para ver quem era e encontro uns olhos cinzentos tristes e profundos que eu sabia bem a quem pertenciam.

Senti uma descarga eléctrica, um calor intenso, e fiquei confusa.

Como se estar nos braços dele provocasse efeitos estranhos no meu corpo.

Ele percebeu que eu estava chorando e não sei bem porque abraçou-me.

O meu coração parou, por um segundo, acho que foi do susto e depois começou a bater descontroladamente rápido, como um pássaro a bater as asas, os batimentos eram tão rápidos que parecia que ele ia saltar do peito a qualquer momento.

Deitei a cabeça no ombro dele, sentindo o calor a voltar, um abraço quente e forte, algo que eu não esperava de uma pessoa como o Malfoy, na verdade ele costuma ser frio e distante, o que se passa com ele? O que se passa comigo?

Quando decidi me afastar ele apertou-me com mais força e sussurou no meu ouvido

- Não chores, eu já sei o que aconteceu, vai ficar tudo bem.

Isto não faz sentido…Porque ele está preocupada comigo? Eu esperava isto do Harry…não do Malfoy… E porque eu gosto do abraço dele? E porque me sinto tão protegida nos braços dele? E porque não o quero largar? E porque estou a chorar como uma criança a quem tiraram o brinquedo preferido? Quem sou eu? O que está a acontecer comigo? Tenho medo…estou confusa.

Afastei-me dele assustada por me sentir tão bem nos braços dele, olhei-o nos olhos e não conseguia deixar de me interrogar pelo que tinha acontecido agora…

Eu queria respostas, não mais perguntas. Comecei a correr em direçao ao dormitório da Sonserina, enquanto passava pelos corredores, mais perguntas vinham na minha cabeça. Sentia a cabeça a rebentar com tantas perguntas. O que se passa comigo? Quem sou eu? O que será que aconteceu ao Malfoy? E o que significou aquele abraço?


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Notas finais do capítulo

E aí? mereço reviews? espero que sim! *-*