1 hora depois na aula de Defesa contra as artes das trevas estava a escrever num pergaminho a contar à Jessica que todos ja sabiam de tudo.

Olhei para o Malfoy uma vez, mas ele pareceu nem saber que eu existo, como se o nosso abraço tivesse sido so fruto da minha imaginação.Estava tão confusa...

Eu não queria ser frágil, eu era aquela garota malvada e rebelde. Não era esta menina perdida e fraca.

"Acho que foi a nossa colega de quarto...só pode ter sido ela, quem mais podia saber? Talvez ela nao estivesse dormindo quando tu me contaste!" - escreveu a Jessy

Lancei um olhar de ódio à morena nojenta com quem eu dividia o dormitório, ela olhou para mim e a perceber que eu saiba, desviou o olhar assustada. Se foi ela, ela nem sabe o que lhe espera...

Nessa noite ao jantar, estava conversando com a Jessy enquanto acabavamos de planear o que fazer a seguir...Um plano bem simples, mas eu ia humilhar a nojenta.Quando acabei de jantar, levantei e fui junto a ela.

- Olá Emma - sorri falso fazendo pose.

- Hum...oi... - ela desviou o olhar de novo para o seu prato.

- Com medinho de falar comigo? Eu não mordo... - continuei a sorrir falso e murmurei baixinho: "Mas sou muito perigosa..."

- Nao, porque havia de ter medo de ti? - ela olhou para mim de novo.O salão todo tinha os olhos postos em nós, até os professores tinham parado de comer para ver o que se passava.

-PORQUE EU VOU-TE MATAR SUA GRANDE VAGABUNDA - peguei o bolo que eu tinha atras das costas e joguei no cabelo nojento e seboso dela, ela soltou um grito histerico e levantou-se irritado.

- PORQUE FIZESTE ISTO? 

- Para aprenderes que as meninas más e fofoqueiras sobrem consequencias - dei-lhe um grande tapa que a fez cair no chão.

Nesse momento já os professores tinham chegado junto de nós, o Filch agarrou na cabra e o seboso de merda, agarrou-me para não me deixar acabar de lhe matar.

- LARGA-ME NOJENTO!! - berrei controcendo-me nos braços dele.

- NAO FALAS ASSIM COMIGO! EU SOU TEU PAI! - ele gritou, virei-me para ele encarando-o furiosa.

- CLARO...PAIZINHO!!! UM PAI QUE EU ATÉ ONTEM NÃO CONHECIA, UM PAI QUE NUNCA QUIS SABER DE MIM, UM PAI QUE ME ODEIA...QUE BELO PAI QUE ARRANJEI! PREFERIA SER ORFÃ! - berrei a plenos pulmoes.

O meu cerebro parou por uns segundos... não, ele não havia feito aquilo...não, ele não havia-me batido à frente do salão inteiro!

O lado direito do meu rosto ardia, isso era sinal que sim...ele havia feito aquilo.Os meus olhos irradiavam raiva, queria-lhe bater, queria-lhe chamar todos os nomes feios possiveis e imaginaveis, mas a unica coisa que consegui dizer foi:

- EU ODEIO-TE! EU NAO SOU TUA FILHA - e sai correndo, corri por corredores sem fim, até que cheguei ao exterior.

Aproximei-me do lago e sentei-me e fiquei a olha-lo enquanto lágrimas brotavam dos meus olhos...

DEIXA DE SER FRACA!! DEIXA DE SER FRACA! eu gritava a mim mesmo...

E foi ali, entre lágrimas que tomei uma decisao... Eu tinha vindo para ali com um objetivo, descobrir os meus pais...descobri e correu tudo mal. Se eu fosse fraca estaria chorando e querendo morrer...mas eu não sou, e por isso vou continuar a ser quem sempre fui, a vadia mentirosa, manipuladora, falsa, doida, vingativa e malvada. Porque essa sou eu...

(...)

- PARA, PARA, PARAAAAAAAAAAAAAAAA!!! - hermione gritando e contorceia-se no chão, como se estivesse em chamas, como se todo o seu corpo estivesse a arder.

- Doi o cruciatus?? Para a próxima não te metas comigo...

- TU VAIS SER EXPULSA! É UMA MALDIÇAO PROIBIDA! TU NAO PODES USAR! VAIS SER PRESA E VAIS PARA AZKABAN! - ela tentou-se levantar, mas eu fui mais rapida.

- CRUCIATUS! - gritei, apontando-lhe a varinha, ela caiu no chão de costas chorando e berrando muito.

- Eu não vou ser expulsa...nem vou presa queridinha...simplesmente porque? tu não vais dizer a ninguem o que eu te fiz...

- EU VOU DIZER SIM!!! - ela gritou, se eu não tivesse usando um feitiço para impedir que as pessoas que estavam fora daquela sala ouvissem o que quer que estava a acontecer ali, concerteza ja todos tinham-me apanhado.

- Nao vais nao e sabes porque? Porque se o fizeres mato o teu namorado - sorri falso.

- NAO! O FRED NÃO! NÃO TOQUES NELE SUA VADIAA!

- Tudo bem...eu não faço nada ao gostosinho...Mas tu não abres a tua boca...sabes porque? Porque ele é que vai sofrer as consequencias - dei uma risadinha e comecei a ir embora, quando estava a chegar à porta, ouvi-a dizer.

- Que mal é que eu te fiz? Porque me tratas assim?

- Nasceste meu bem...o teu mal é teres nascido, sangue-ruim nojenta - fechei a porta num estrondo e fui para a sala comunal da Sonserina