Essa sou eu, na sala dos professores esperando meus pais chegarem. O diretor disse que eu só sairia dali se os meu pais fossem me buscar, e é claro, com uma suspensão de dois dias. Claire estava ao meu lado, nos duas íamos ser punidas, pelo menos alguma coisa com justiça!

Minha mãe chegou e assinou algum papel que eu não estava interessada em saber o que era. A viagem para casa foi meio longa, parece que nenhuma das duas não queria falar nada, acho que ela estava irritada, e eu estava mais ainda, por causa daquela loira oxigenada!

   Quando chegamos minha irmã estava com seu namorado meio que gloriando sua barriga. Pela maldade dela achava até que esse lance de gravidez era um golpe, mas não sei, acho que isso só é coisa da minha imaginação.

- Como foi lá? – Mellany perguntou a minha mãe, que suspirou.

- Demi bateu numa garota.

- Foi ela que começou, eu estava na minha quando ela começou a me atormentar.

- O caso não é esse, você bateu nela, agora está praticando agressividades também? – Minha irmã disse meio que vitoriosa.

- Não te interessa Mellany. – dei de ombros. – dá pra você calar a boca? – Ela me fuzilou.

- Demi, seu pai quer conversar com você. – Minha mãe disse.

- De novo? – Perguntei, ela só assentiu.

- Ele está te esperando no escritório. – Bufei e sai daquele lugar, sabia que a dar merda de novo.

- O que foi pai? – Entrei no escritório já irritada.

- Bom, eu acho que não terminamos aquela conversa de ontem, e, a coisa está mais seria baseando nos fatos de hoje. Então eu acho que eu devo reconsiderar aquela opção. – Meu pai falava tanta palavra difícil e nunca falava o que ele queria dizer diretamente, e como eu sou lerda, demorava um século para entender o que ele dizia.

- Pode ir ao ponto por favor? – Disse impaciente.

- Eu e sua mãe ligamos para o colégio interno. – Minha boca foi lá no chão. – E já te matriculamos lá

- Cacete, qual era a parte de “Eu NÃO quero ir” que você não entendeu? – Gritei.

- Isso já não é mais escolha sua, nos decidimos o que é melhor para você, garanto que quando você tiver mais maturidade vai me agradecer.

- Mas eu não quero ir nessa porra, será que pelo menos uma vez na vida eu não posso decidir o que eu quero fazer? Entenda que isso não vai me fazer bem. Eu estou sendo forçada a ir! – Já estava com muita raiva, e meu pai tranqüilo, como sempre.

- Não quero discutir com você Demi, você vai pra lá amanha! Já contratei um jatinho particular caso você tente fugir.

- A...Amanha? – gaguejei.

- Isso, vai arrumar as suas coisas, você vai pro bem ou pro mal. – Dos meus olhos já começaram a sair lagrimas de ódio.

- Eu te odeio pai! – Disse e bati a porta com força. Droga! Ele iria fazer eu ri nem que seja a força, mas eu não queria ir naquela merda, deve ser horrível!

   Trombei com Justin quando estava indo para o meu quarto.

- Oi...porque essa cara? – Ele disse, não respondi nada e fui andando. – Fala logo.

- Meu pai. – disse pro final.

- O que ele fez? – Fiquei calada. A única coisa que eu consegui foi dar um abraço nele, estava precisando. Foram saindo varias lagrimas silenciosas, estava muito irritada.

- Ele quer me levar para um colégio interno! – disse, Justin retribuiu o abraço.

- Não fica assim, olha, só tem mais três meses para você se formar e pronto.

- Mas eu não quero ir nessa merda!

- Tenta falar com ele.

- Você não conhece o meu pai, falar com ele não vai adiantar nada. – Me soltei dele.

- Quer que eu fale com ele? – Ele disse fofo.

- Não precisa, não quero te incomodar nem nada, e ele também não vai mudar de idéia. –Sorri amarelo.

  - Que dia você vai?

- Amanha. – Disse.

- Amanha? – Ele quase gritou e eu assenti.

- Vou arrumar as minhas malas, pode me ajudar? – Ele balançou a cabeça e fomos ao meu quarto.

Nos dois estávamos deitados na minha cama, cansados. Havíamos arrumado tudo para a viagem, eu não estava com uma cara nada boa. Não havia me conformado com isso idéia ridícula.

- Vou tomar banho. – Disse me levantando.

- Também vou. – Arregalei os olhos. – No meu quarto sua mente poluída! – Nós dois rimos.

   Tomei banho e vesti um pijama confortável, quando voltei para o meu quarto Justin já estava deitado na cama.

- Você ama o meu quarto. – Eu falei, ele sorriu. Deitei perto dele e me cobri até a cintura.

- Eu vou te ligar todos os dias ta? – Ele disse.

- Porque? – Olhei para ele.

- Ué, você não quer? Ta bom, eu não ligo. – Ele disse fingindo estar sério.

- Não, todo dia não, isso é grudento. – Ele riu.

- Eu não ia ligar todo dia mesmo. – Agora foi a minha vez de rir.

- To com sono. – Disse me virando.

- É só você dormir então. – Dei um tapa no ombro dele.

   Justin levantou o meu queixo para que eu pudesse olha – lo e aproximou nossos rostos, ele me deu um selinho e eu retribui.

- Agora você pode dormir. – Ele sorriu e eu fiquei sem graça.

 Virei me para o outro lado e dormi, ou melhor, tentei!