Para Sempre e Sempre

Chapter 1:

Estava chovendo forte em Nova York. Relâmpagos, trovões e a cidade estava sem energia. Stella estava em seu apartamento sozinha. Estava quieta. Quase sem respirar. Mac estava em seu apartamento procurando alguma vela.

- Droga quando mais preciso não tenho. – resmungou.

“Será que a Stella está sem energia também?” – pensou – “Será que ela está bem?”

Ele olhou para o telefone e sem pensar ligou para o apartamento da amiga. Stella não conseguia se mover da cama. Se alguém quisesse falar com ela que ligasse no celular que estava segurando. Mac ligou para o celular dela. No primeiro toque ela atendeu:

“- Stella, tudo bom?

- Ah oi Mac. Tudo bem sim e você? – era mentira não estava tudo bem, estava em pânico.

- Também. Está em casa?

- Estou... – respondeu com um aperto no coração. Um relâmpago.

- Está sem energia?

- Estou. E você?

- Também.

- Hum... Quer vir no meu apê?

- Ta bom.”

Depois de vinte minutos a campainha tocou. Stella com muito custo se levantou da cama e abriu a porta.

- Oi Stell – cumprimentou-a com um beijo na bochecha.

- Oi Mac. Entre.

Ele entrou e se sentou no sofá. Stella pegou uma vela e ascendeu.

- Não trocou de roupa ainda? – perguntou Mac um tanto surpreso.

- Ahn, não. Vou trocar.

Depois de alguns minutos ela voltou trajando uma calça de moletom e uma blusa de manga cumprida.

Ela escutou um barulho e logo depois um flash de luz. Outro relâmpago. Stella prendeu a respiração. Escutou um estrondo forte. Um trovão. Ela pulou.

- Tem medo de trovões e relâmpagos? – perguntou em tom brincalhão.

- Não – mentiu.

“Pra que que eu menti? Ele vai descobrir mesmo” – pensou Stella se sentando do lado de Mac no sofá. O silêncio tomou conta do local. Um relâmpago seguido de um trovão. Stella grudou em Mac e deixou algumas lágrimas caírem.

- Stell... Calma. – consolou-a. Ele a abraçou e deu um beijo na testa.

- É bobo, eu sei. Mas eu tenho um trauma infantil. – explicou-se chateada e envergonhada por fazer aquele “showzinho’.

- Não é bobo. Você tem medo. Não chora não – pediu.

Ela enxugou as lágrimas.

- Como conseguiu esse trauma infantil? – perguntou curioso.

- No orfanato as meninas brutamontes me trancavam em um tipo de porão quando chovia. Ficava tudo escuro e tinha goteiras. Cada gota que caía era uma lágrima que saía de meus olhos e eu já tinha medo de trovões e relâmpagos. E aí eu me ferrava quando saía do porão. As mulheres do orfanato me davam detenção por ficar vagando por aí na chuva.

- Oh Stell... Você é tão forte. Trabalha todo dia vendo estupradores e assassinos.

Outro trovão seguido de relâmpago. Stella ficou mais perto de Mac. Abraçando-o mais forte.

- E como você fica quando está sozinha? Quando tem chuva com relâmpagos e trovões?

- Eu, bom... Não saio da cama. Fico chorando. E esperando que tudo passe. – respondeu ficando vermelha.

Mac a viu ficar vermelha. A vela estava iluminando-os.

- Me conte do que tem medo – pediu Stella.

- Porque quer saber? – perguntou.

- Para não me sentir sozinha no quesito medo – respondeu.

Ela se desvencilhou de Mac.

- Eu tenho medo de estragar a minha amizade com a pessoa que amo – respondeu ficando vermelho. Ele olhou para os pés.

- Você ama alguém? – perguntou Stella com ciúmes.

- Amo.

- Hum...- murmurou - Quem é? – perguntou curiosa.

- Ninguém importante – respondeu tentando sair do assunto. – E você, a quem esse coraçãozinho pertence?

Ela não respondeu de início. Não queria mentir, mas não queria contar.

- Ninguém importante – respondeu igual a ele.

- Hum... Estou todo molhado sentado no seu sofá e você me abraçou. Trouxe uma blusa, posso trocar?

- Claro – respondeu desanimada.

Ele pegou de dentro de uma sacola plástica - que ela nem tinha visto – uma blusa branca. Mac tirou a blusa que usava - e não deixou de notar que Stella o observava com curiosidade – e vestiu a que trouxe.

- Sou bonito? – perguntou sorridente.

Stella balançou a cabeça positivamente. Ele ficou contente em saber que Stella o achava bonito.

- Quer comer algo? – perguntou Stella depois de alguns minutos tentando controlar o medo que surgia cada vez que um relâmpago ou trovão aparecia.

- Trouxe pão de mel, você gosta?

- Adoro – respondeu salivando.

- Achei que gostasse. – comentou tirando o pão de mel de dentro da sacola e abrindo.

- O que mais você trouxe? – perguntou sorrindo.

- Chocolate, coca-cola, biscoito de polvilho, bala de todos os sabores menos banana e chiclete. Ahn também trouxe duas maças.

- Uau.

- Pão de mel ou outra coisa?

- Pão de mel.

Ela pegou e começou a comer. Logo depois eles pegaram a barra de chocolate. Mac passou o polegar pela face de Stella.

- Estava sujo, aliás, ainda está. – explicou-se.

Ele se aproximou dela. E ela dele. Logo ele encostou os lábios dele nos dela. Começou com um selinho, mas logo aprofundaram o beijo. O chocolate foi largado na sala. E eles foram para o quarto dela.

Ele a colocou na cama com cuidado. Começou a tirar cada peça de roupa dela. E ela as dele. Logo ele estava dentro dela. Eles se amaram e acabaram dormindo.

No dia seguinte ele acordou com um peso sobre seu peito. Ele a tirou com cuidado de cima dele. Ele se vestiu e foi embora deixando uma Stella dormindo.