Passou uma semana, as férias acabaram e eu estava de volta para a faculdade.
Essa semana ajudou-me a por as ideias no lugar, foi difícil tentar esquecer os momentos passados mas tinha de o fazer, pois não podia ficar presa a um passado que não voltara mais. Tive de acabar com as minhas esperanças, as esperanças de reencontrar o Zayn, eu sabia muito bem que era impossível mas ‘’a esperança é a ultima a morrer’’ e assim foi, a minha esperança foi a ultima a morrer.
Era segunda-feira, começou uma nova semana e uma nova vida ou melhor dito começou a minha vida antiga, antes de conhecer os rapazes, aquela vida que girava a volta dos estudos, dos amigos e da minha mãe, uma vida normal mas que estava de volta para eu a viver ou pelo menos foi assim que eu pensei até terça-feira na aula de História. 
Eu estava atenta, não sei se era ao professor u se era a Vanessa que me estava a contar as suas historias no meu ouvido, só sei que a minha atenção foi interrompida pela vibração do meu telemóvel, tirei-o do bolço e vi que um numero que me era desconhecido estava a ligar-me, não dei muita importância, não podia atender no meio da aula, pensei que quem precisasse de mim ligava mais tarde. Coloquei o telemóvel no bolço e por momentos parou de vibrar mas depois voltou a vibrar, tirei-o de novo do bolço e reparei que o numero não só me era desconhecido como também não era americano, era estrangeiro mas não sabia de que país pertencia, então decidi pedir ao professor para ir a casa de banho, assim aproveitava para atender. Ao sair da sala o telemóvel parou de vibrar, sentei-me num banco do corredor a olhar para o telemóvel, passaram-se alguns minutos e eu continuei a olhar para o telemóvel mas em vão, porque já não me ligava, por momentos pensei que devia ligar de volta mas a seguir mudei de ideias achei que se fosse tão importante a pessoa voltava a ligar. Voltei para sala um pouco enraivecida ‘’Que pouca sorte, enquanto não tive a oportunidade de falar ligaram-me milhares de vezes e quando tive oportunidade desistiram de ligar’’- pensei eu.
Na verdade eu estava curiosa, queria saber quem era.
Ao sentar-me contei tudo a Vanessa.
Vanessa: Será algum familiar teu de Portugal?
Eu: Não, esse número não é português. Quem será? Ainda por cima do estrangeiro.
Vanessa: Não sei, mas de certeza que não é o Zayn!- disse ela a rir
Ela troçava de mim mas admito que pensei logo que fosse ele.
Quando a aula acabou, a Vanessa tirou-me o telemóvel e foi ter com o professor, fui rápido atras dela e quando lá cheguei ela á estava a falar com o professor.
Vanessa: O professor percebe de números estrangeiros?
Eu: Sim, depende.
Vanessa: Não sabe a que país pertence este numero aqui?
Professor: Parece inglês…Sim é isso mesmo!
Nós olhamos uma para outra de boca aberta, agradecemos ao professor pela ajuda e saímos da sala.
Vanessa: Será o Zayn?
Eu: Não comeces Vanessa
Vanessa: Não, agora estou a falar a sério! Juro que a primeira coisa que me veio a cabeça agora, foi o Zayn. Quem será mais? Conheces alguém da Inglaterra?
Não realmente não conhecia ninguém da Inglaterra, estava em pulgas, queria saber se era ele ou não, agora havia mais possibilidades de ser ele, sendo que o número era inglês, contudo não queria ter falsas esperanças. A Vanessa disse-me para eu ligar de volta mas eu estava sem coragem, por um lado queria mais que tudo ver se era ele ou não mas por outro lado parecia que havia uma coisa que me prendia e não me deixava faze-lo.
Quando as aulas acabaram eu e a Vanessa fomos almoçar a fora então durante o almoço ela disse-me:
Vanessa: Eu sei que o que aconteceu entre ti e o Zayn foi um sentimento forte e verdadeiro para ti, não foi a mesma coisa que eu senti pelo Harry e talvez eu não perceba a tua situação, talvez não perceba o que tu sentes, só sei que se tu sentiste algo forte por ele como o tinhas dito, então luta por ele. Quando se ama, não se baixam os braços mas sim levantam-se. Talvez não seja ele mas tenta, pelo menos mais tarde não te vais arrepender de uma coisa que devias fazer mas não fizeste.
Foi estranho ouvir aquilo da boca dela, a Vanessa era um tipo de rapariga longe do mundo do amor, apesar de ter sempre todos os rapazes que ela queria não a impedia de brincar com eles como brinquedos. As palavras dela tocaram-me no coração, não disse nada e peguei no telemóvel, ela tinha razão, devia pelo menos tentar ver se era ele ou não. Com o meu coração a tremer liguei, mas o telemóvel estava desligado, isso deixou-me completamente triste.
Quando cheguei a casa, deitei-me na cama e comecei a lembrar-me dele, comecei a lagrimar, sentia dor no coração ‘’ Se calhar não é ele, porque eu estou assim?’’- pensava ele ‘’Tinha começado a semana bem, sem lembranças e agora voltei ao mesmo só por causa de uma estupida chama desconhecida, porquê?
Eram 20h00 e no meio dos meus pensamentos ouvi o meu telemóvel a tocar, olhei para o ecrã e comecei a tremer, o meu coração batia com mais força, era de novo o numero desconhecido.
Eu: Estou
Ouvi uma voz masculina e doce do outro lado a perguntar: ‘’Olá, Jessie?
Eu: Zayn?!
Zayn: Sim sou eu!
Eu: É estranho ligares-me
Zayn: Porquê? Lembras-te, eu disse que nunca te esqueceria, só peço desculpa provar-te isso tão tarde.