76 Jogos Vorazes - A Vez Da Capital. escrita por Bia Mello


Capítulo 12
Saindo da Caverna


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Eu sei que demorou uma semana para eu postar o novo capítulos, e talz...
Perdão :3 não vai acontecer de novo - eu acho
kkk
É que teve o feriado e eu derramei Nescau no meu teclado - enfim, espero que gostem desse capitulo. Fico bastante grande, então, é pra compensar. xD
Bjo *-*



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- Não tem nada ai. Com esse tanto, da para alimentar uma pessoa em um dia. – Falei apontando para os quatro saquinhos de comida que Reelly levava na mão.

Estávamos agora no meio da mina. Kier estava certo quando falou que a paisagem mudava de uma hora para outra. Não demorou muito também, mas tive a impressão que estávamos chegando no final. O que foi um grande alívio, porque estava muito quente lá dentro.

- Para uma pessoa não sei, mas conseguimos sobreviver com essa comida. Pelo menos uns dois dias. – Evolet me respondeu.

Calei. Era verdade o que ela dissera. Mas meu estomago estava morrendo de fome.

Andamos em silêncio durante um bom tempo,quando resolvi quebrá-lo. 

- Precisamos achar um lugar para caçar.

- Eu sei que precisamos Dax. – Evolet me encarará, estava começando a ficar brava – Mas, se você não consegue perceber, estamos todos cansados e presos em uma caverna que nem saída possui.

Olhei para os lados. Droga.

- Olhe, pode ter pessoas aqui também. – Fala Kier apontando para a parede na minha esquerda, que tinha migalhas de pão no chão.

- Bom, se essas migalhas não fossem nossas. – Reelly falou grossa – Isso poderia faz muito sentido para mim.

Continuamos andando distraídos. Pelo menos eu e Kier. Olhamos um para o outro e concordamos com uma coisa: nenhuma das duas queria conversar agora.

- Eu acho que podemos descansar aqui. – Falo após umas 4 horas de caminhada.

- Isso não faz sentido! – Reelly começa a falar – Estamos andando em círculos! Entramos para todos os lados possíveis, todos os lugares, deixamos até marcas nas paredes para termos certeza de que não estávamos repetindo o caminho. E o que ganhamos? – Ela desaba no chão – Nada.

- Nada, além de fome, sede e muito cansaço. – Kier completa sentando-se ao lado dela. – Há sim, tem o calor também.

- Quanto nos resta de comida mesmo? – Pergunto, com medo da resposta.

- Bem, nada mais nada menos do que... – Kier abre o saco de comida e olha dentro. Sua cara não é das melhores. – Um pão.

- Um... Pão?

- Sim, e não muito apetitoso, diga-se de passagem.

- Onde afinal foi parar nossa comida? – Reelly pergunta.

- No nosso estomago. Mas esse não é o nosso maior problema agora. – Kier olha para mim – Estamos desidratando rápido com esse calor. Achar água é crucial.

- Em uma mina de carvão? – Reelly revira os olhos – Claro, como não pensamos nisso antes?

- Ironia vai nos ajudar muito mesmo. – Kier responde.

- Talvez podemos ter chance com patrocinadores – Falo esperançoso.

- Talvez... – Evolet, que até agora estava parada e quieta, começou a falar. – Mas não acredito muito que seja possível que um paraquedas consiga entrar aqui e também, não é muito bom confiarmos apenas nisso. E tem uma coisa – Ela se sentou ao meu lado – Temos que arranjar um jeito de sair dessa caverna. Rápido.

Vendo que ninguém tinha respondido, ela continuou apontando para o teto:

- 1º Não sei se vocês repararam, mas o teto abaixou vários centímetros desde que chegamos. – Olho para cima, surpreso. Mais alguns centímetros para baixo e eu teria que começar o me curvar para andar reto. – 2º O calor aumentou também. Resumindo: Eles não nos querem aqui. Ou saímos logo, ou morremos.

- O que você pensou para resolvermos o problema? – Kier perguntou sério.

Ela deu de ombros e respondeu: “Nada.”. 

Resolvemos dormir um pouco. Estando cansados, não iria ajudar em nada.

- Podem dormir. Eu fico de guarda - Falo encostando a uma parede e observo eles se arrumarem para dormir. Não demora muito e todos já estão em profundos sonos.

Tiro o casaco de Ronnie, o calor estava insuportavel com ele. Evolet estava mais do que certa a respeito da temperatura estar aumentando. E foi observando seus cabelos ruivos caindo cuidadosamente em seu rosto, que eu adormeço.

--

- DAX! – A voz de Reelly ecoa na minha cabeça e demoro um pouco até me lembrar onde estou e para abrir os olhos. Tempo suficiente para outro grito chamando meu nome chegasse. - DAX! – Levanto rapidamente e bato a cabeça com força no teto. Se eu estivesse em pé, ele certamente bateria na minha cintura.

- O que aconteceu? – Reelly olhava para mim brava. Eu não conseguia ver nem Kier e nem Evolet.

- O que aconteceu foi que nosso querido guarda, dormiu enquanto nos vigiava. – Ela estava de joelhos me fuzilando com o olhar – Ah! E o teto praticamente caiu sobre nós. Sim, talvez isso seja importante. – Falou ela com seu famoso tom de ironia. – Venha, Evolet e Kier estão tentando achar um jeito de sairmos daqui; O mais rápido possível.

Então – engatinhando – Sigo Reelly, que conseguia se mexer surpreendentemente rápido.

- Olá, senhor dorminhoco. – A voz de Evolet parecia mais preocupada do que com raiva – Vamos, precisamos sair rápido daqui.

Foi quando senti meu estomago doer. Eu estava realmente com muita fome. E sede. Sim, sede. O calor estava mais do que insuportável lá dentro.

- Não tem saída. – Ouvi a voz de Kier vinda de um túnel. – NÂO TEM SAÌDA! – Repetiu ele, provavelmente achando que nós não tínhamos ouvido.

- NÓS OUVIMOS IDIOTA! – Reelly respondeu aos berros.

Foi quando olho para o lado, e vejo algumas pás.

- Gente... – Eles nem ao menos olharam para mim. – GENTE! – Foi o suficiente para todos me olharem. Kier já estava lá conosco. – Não há saída certo?

- Sim. – Evolet sussurra.

- Então – Falo entregando uma pá para todos – Eu acho que teremos que “achar” uma.

----

Limpo o suor no minha blusa, que já estava bastante encharcada.

Havia entulhos e mais entulhos de terra atrás de nós. Eu era uma mistura de carvão e suor. O teto estava perigosamente baixo, de um modo que estávamos praticamente deitados para conseguir escavar.

Eu estava preso e sem ar. E já havia desistido de falar, pois minha garganta estava tão seca, que qualquer tentativa de som raspava minha ela. O calor estava matando também. Eu queria simplesmente me deixar fechar os olhos e esperar que alguém me salvasse.

Mas era impossível nesse momento.

Evolet estava desmaiada ao meu lado, com carvão cobrindo totalmente seu rosto, seus braços e suas pernas. Reelly lutava bravamente, mas de uma hora para outra, começou a praticamente a não se mover. Kier estava igual a mim, morto por dentro (e por fora também) e usando uma energia vinda de não sei da onde.

- Dax... – A voz de Kier ecoava por toda a caverna. – Não consigo. Não mais.

 - Vamos Kier, vai valer a pena. – Respondo, mas não tenho certeza se ele ouviu. Nem eu ouvi direito. Minha voz estava muito fraca.

E ele cai, simplesmente.

Entro em desespero. Agradeci profundamente por não ter claustrofobia, mas eu poderia rapidamente começar a ter. O teto cai mais um pouco. Recomeço a cavar.

“Só mais uma vez” – Penso. E vejo terra, só terra. Um pouco mais fofa, na realidade. “Mais uma” a terra estava começando a ficar úmida. “Mais uma vez” Mas largo a pá e começo a usar minhas mãos. Tufos de terra molhada começam a encher o espaço atrás de mim, e uso toda a minha energia. Foi quando empurro um tanto de terra que um buraco aparece na minha frente. E uma corrente de água começa a entra na caverna, nos puxando para fora. Vejo Kier reagindo e segurando Evolet e Reelly nos braços enquanto somos guiados em um grande rio. Dou um grande gole d’água, que foi o suficiente para eu acordar.

- Kier, leve-as para a margem. – E ele olha para mim devagar. Nem ele consegue ir até a margem sozinho nesse estado. Então nado até chegar a eles. – Vamos sair daqui. – A corrente do rio estava surpreendentemente muito forte.  

- Dax – Fala Kier olhando para mim com uma cara assustada. Foi quando eu comecei a ouvir um barulho de água caindo.

- Por favor, não fala...

- Dax, estamos indo direto a uma cachoeira.

Olho para trás e vejo- que dizer- não vejo a continuação do rio. É quando caímos em uma cachoeira de mais de 100 metros.


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Notas finais do capítulo

gostaram? ficou confuso?
=^.^=
deixem comentários;
espero que tenham gostado.
Próximos capitulo: O mistério da Arena.