76 Jogos Vorazes - A Vez Da Capital. escrita por Bia Mello


Capítulo 11
As primeiras 5 horas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
vix vix
Vlw :3



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Logo após o sinal, corri direto para a Cornucópia. Não me interessava o que poderia me aguardar lá, eu só sei que precisava enxergar alguma coisa. Evolet, Kier e Fynn já estavam lá, procurando boas armas. E havia vários tributos chegando. Peguei a primeira espada que vi pela frente e me juntei a eles. Foi a tempo do menino do 1 chegar e atirar uma faca em Evolet. Consegui empurrar ela, mas a faca acertou em cheio no meu braço esquerdo. Deve ter pego em algum nervo, não sei. Não havia tempo de pensar nisso agora. Vi de relance Kiara que estava pegando uma mochila. Cherry estava na retaguarda, como se vigiasse algum ataque.

–Vamos – Ouvi Kier sussurrar com euforia.

Foi quando entendi o que meu grupo era capaz de fazer. Sem dó, Kier pegou várias facas e as arremessou em direção ao casal do 10. Ele arremessou quatro, uma atrás da outra; Cada casal de facas foi uma morte. Enquanto isso, Evolet, com seu arco-e-flecha, descontava sua raiva, no menino do 1, Beglis, que a tinha atacado anteriormente.

Fynn procurava Reelly por todos os lados. Segurava uma espécie da metal, que servia muito bem como escudo. Foi quando Roy apareceu com uma espada na mão, que era ligeiramente menor do que a minha, mas que com um golpe rápido, acertou Fynn no coração. Após isso, pegou uma mochila e um saco de alimento e correu para a escuridão.

Eu comecei a tremer de dor. Mas vi Vere, a menina do 2, vir correndo com um machado em minha direção. Com meu braço bom, consegui defender o ataque.

– Ora, eu acho que alguém está em desvantagem aqui, não é mesmo? – Ela falou olhando nos meus olhos, com tom de ironia. Mas uma flecha atravessou sua garganta logo após ela falar. Bem na minha frente. Foi a tempo deu desviar de seu corpo caindo sobre mim.

– E é você, querida. – Era Evolet quem havia me salvado. – Preste atenção Dax. Precisamos de você aqui, okay? – E eu apenas afirmo com a cabeça.

Reelly de repente aparece. Ela esta com sua blusa coberta de sangue e segurando o escudo de Fynn.

– Quem o matou? – Sua voz estava perigosamente cheia de fúria.

– Roy. – Falou Kier que se juntava a nós. – Você tinha razão Evolet. Temos que tomar cuidado com esse cara.

– Ele é bom na espada. Mas só. – Falei dando de ombros.

– Então, eu seria muito útil para dar a ele uma morte... Digna? – Foi então que reparei nela. Seus olhos estavam com uma expressão divertida. Como se estivesse esperando fazer aquilo a vida inteira. Reelly também reparou.

– Você parece estar se divertindo Evolet. – Ela falou com uma expressão séria.

– Quem não estaria? – Um sorriso estava estampado no seu rosto. Foi quando uma luz começou a iluminar aquele lugar. – Acho que acabou a primeira parte. Alguém tem a mínima ideia de onde estamos?

– No Distrito 2. – Falo.

– Dentro de alguma caverna. Eu acho. – Kier comenta, olhando para o teto, agora um pouco iluminado. - Mas não tenho muita certeza.

– Poderíamos estar dentro de alguma montanha, talvez? – Reelly começou a falar. – Isso faria um sentido.

– Uma montanha... Você está falando...? – Evolet parecia ter entendido do que ela tinha pensado, porque Reelly apenas confirmou com a cabeça.

– Noz – Enfim falaram. – Nunca entendi o porque desse nome, mas em todo o caso. É onde eram treinados os Pacificadores. No distrito 2.

– Foi destruído. – Kier logo falou.

– Pode não ser o original. – Falo. Comecei a tremer em pensar nesse lugar, Evolet olhou para mim séria.

– Agora, sabemos onde estamos. Antes de nos preocuparmos com o problema da arena ou nos outros tributos, precisamos olhar seu braço.

Finalmente, minha atenção foi para ele. Minha manga estava encharcada de sangue, igual a de Reelly. Com uma faca, Kier a cortou, deixando meu braço exposto.

– Certo. Precisamos tirar essa faca. – Kier falou.

– Eu vou procurar algum remédio. Sobraram bastantes bolsas por aqui – Reelly comentou. Evolet agora chegara perto e ajudava a Kier a tirar a faca. Tentei mexer meus dedos. Apesar de eu não estar os sentindo muito bem, eles correspondiam ao meu movimento.

Gritei de dor quando a faca foi tirada bruscamente de meu braço.

– Você está louco Kier? – Evolet começara a gritar. – Precisávamos de algum pano para pressionar o machucado. Ele pode sangrar até a morte!

A dor estava me consumindo. Sim, tinha pegado algum nervo. Eu queria gritar, mas isso não era uma boa opção. Reelly chegou correndo com algum tipo de pano e uma garrafa d’água.

– Precisamos costurar isso. – A voz de Evolet estava mais controlada.

– Isso vai nos atrasar – Reelly comentou.

Foi ai que desmaiei.

Logo que acordei, reparei que estavamos dentro da Cornucópia ainda. Minha blusa ainda esta cortada, mas colocaram uma espécie de cobertor em cima de mim.

– Está muito mal? – Perguntei.

– Aqui não é a Nox. É algo que representa ela. – Kier chegou. Ele segurava algumas facas. - Ande alguns metros para lá e a paisagem muda. Você pode comparar como se estivesse andando em uma floresta e de repente um deserto aparecesse.- Ele apontou em algum ponto do lado esquerdo - Para lá, a paisagem muda como uma mina.

– Uma mina? – Perguntou Reelly.

– De carvão. – Completou ele.

Mexi meu braço. De algum jeito, elas realmente costuraram o ferimento.

– Você recebeu paraquedas. – Evolet falou, apontando para um pedaço de pano a alguns metros dali. – Tinha linha, agulha, e uma espécie de pomada.

– Há quanto tempo eu estou desmaiado?

– Umas cinco horas. – Reelly falou rapidamente. – Não recomendo você ficar mexendo muito nesse seu braço, apesar de estar surpreendentemente melhor. Mas amanha pode estar representavel.

– Se soubermos quando é amanha, porque com essa luz, vamos perder totalmente a nossão de tempo. – Kier completou. Ele me estendeu um papel. – Toma, veio junto. Fica tranquilo, ninguém leu.

Peguei o papel. Estava escrito: Não abuse. Olhe por Kiara. Revirei os olhos.

– Bom, e agora? – Falei.

– Vamos descobrir sobre essa arena. E se tivermos sorte – Evolet deu um sorriso – Podemos encontrar algumas pessoas no caminho. – E seus olhos de cobre me fitaram. Estremeci de medo quando percebi que estavam sedentos de sangue.



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Notas finais do capítulo

Próximos Capitulo: Saindo da Caverna.
Gostaram? :)
deixem comentários.
bom, já sabem como são essas pomadas milagrosas da capital né? kkkk
vlw :3