Acordei com o sol batendo em meus olhos. Eram 10h16 da manhã de sábado. Rolei um pouco na cama antes de levantar. Fui até o banheiro, escovei meus dentes, lavei meus rosto, troquei de roupa e desci para tomar café.

Quando cheguei lá em baixo, meus pais estavam na mesa. Achei estranho, porque meu pai estava lá, e não no trabalho. Me juntei a eles. Quando terminei de comer, cruzei meus braços e esperei pelo sermão.

- Bom, você sabe que ontem foi a gota d'agua. Eu já não sei mais o que fazer com você. Suas notas, suas atitudes... Você precisa tomar jeito.

- Como vocês exageram, meu Deus! Foi só uma briga. e foi só um C+ ta legal?

- Vamos mandar você pra um colegio interno em Londres - disparou meu pai. com o olhar frio de sempre.

- Que? - disse, rindo.

- Você precisa de um ensino mais severo... - minha mãe disse

- Não, espera ai... Que? Fala sério. Como assim? colégio interno? Vocês só podem estar loucos.

- Não sabemos mais o que fazer! castigo ja não é mais o suficiente - senti um pouco de dor na voz da minha mãe.

- Essa era a oportunidade que vocês estavam esperando pra se livrar de mim. eu sou a vergonha da familia mesmo...

- filha - minha mãe esticou a mão para segurar a minha, mas meu pai a segurou.

- Não Christina. Ela é mesmo. Suas atitudes não são dignas de uma Vanderbilt. Você vai pra Londres pra aprender a se comportar como uma. Seu Voo sai amanhã as 17h00 - Ele me olhava sem expressão nenhuma em seu rosto, com um olhar frio, como jamais fizera antes.

Segui em direção ao meu quarto, idignada e fiquei lá o dia todo. No domingo, arrumei minhas coisas para viajem. Eu estava tão em choque com isso tudo que nem falava direito.

Não estava aguentando mais ficar em casa. Queria pegar esse avião logo só pra sair de lá. As 16h30 meu pai chegou em casa, nos entramos no carro e seguimos para o aeroporto.

Chegamos no Lax bem em cima da hora. Abracei minha mãe em despedida.

- Vou sentir saudades filha

- É, acho que sim. - disse, abracando ela ainda mais forte.

Meu pai se aproximou, mas eu dei um passo pra tras e acenei com a cabeça.

- A gente se vê daqui um ano - disse, e embarquei no avião.