Simul Contre Tempore escrita por estherly


Capítulo 6
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Layra_Montes, aqui está a fic com os cinco capítulos e mais o prólogo. Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/213439/chapter/6

.“Mamãe te mandou uma carta.”

“Para mim?”

“Sim. Ela acabou de mandar.”

“Ela sabe quem eu sou?”

“Não. Mas mandou igual.”

Hermione olhou para a rua e viu outra coruja parada na sua janela. Se aproximou e pegou a carta de Narcisa.

“Olá querida.

Não sei quem é você, apenas quero agradecer. Meu filho está muito melhor desde que começou a ser seu amigo. Apenas peço uma coisa: cuide dele para mim. Confio em você.

Obrigada por tudo.

Narcisa Malfoy”

“ Como está seu nariz?”

“Melhor, mamãe conseguiu para por completo o sangue.”

“ Que bom...”

“Preparada para o sexto ano?”

“Não... Vamos ter que escolher as matérias...”

“Amanhã quer sair?”

“Não posso garantir um nariz sem sangue...”

“Tudo bem... Eu levo um kit de primeiros socorros, apenas por segurança.”

“Tudo bem então. Floreios?”

“Onde mais? Logo após o almoço...”

“Tudo bem.”

“Eu tenho um pedido para fazer...”

“Qual?”

Hermione mandou a carta e esperou. Esperou minutos, horas e por fim, foi dormir. Não recebera uma resposta de Draco. Se deitou e viu a carta de Narcisa. Suspirou... Narcisa havia pedido para cuidar de Draco... As coisas não iam bem.


Jean Granger acredita que a maneira como conquistou John Granger, foi através do paladar. Cozinheira excepcional, Jean cozinhou a primeira vez para John que já se apaixonou por ela. Anos passaram e já casados, eles descobrem que não podem ser pais, não Jean pelo menos.

A tristeza assolou o casal Granger, mas foi no dia 19 de setembro, numa tempestade que Jean encontrou sua felicidade, a felicidade numa pequena menina de cabelos castanhos e olhos castanhos doces, que viria a se chamar Hermione.

Mas foi num banho calmo, que Jean descobriu que a menina, tinha a constelação de Órion no corpo. E erguendo a menina molhada na altura dos seus olhos, Jean lembra o que disse a ela há 15 anos... “Você irá brilhar, como as estrelas que carrega com você”.

Jean olhou para Hermione que comia o almoço com animação. Ela olhou para John que apenas sorria com a animação da filha. Engoliu em seco, Hermione faria 16 anos no mês seguinte, tinha que saber de onde viera. Sabia que ela estava feliz com algo, mesmo não a tendo carregado por nove meses, conhecia a menina que chamava de filha.

- O almoço estava bom, mãe. – disse Hermione dando um beijo em Jean e subindo as escadas.

- O que será que aconteceu para ela estar assim? – perguntou John ouvindo a filha correr de um lado para o outro no andar de cima.

- Ela vai se encontrar com aquele menino. – disse Jean.

- Ah. – limitou-se a resmungar John. Sentiu a mão de Jean segurar a sua.

- Querido, acho melhor contarmos a ela. – disse Jean. John olhou para ela e viu a filha descer as escadas com uma escova.

- Mãe... – murmurou Hermione nervosa. – Eu não sei que penteado fazer. Me ajuda? – perguntou Hermione. Jean sorriu e subiu as escadas calmamente.


Draco se olhou uma última vez no espelho. Por que estava tão nervoso?

- Que lindo está meu filho... – disse Narcisa parada na porta do quarto. Um semblante de mistério rondava os olhos azuis de Narcisa. – Indo se encontrar com ela?

- Sim. – disse ele arrumando o cabelo desalinhado.

- Eu te amo filho. – disse Narcisa dando um beijo na testa do filho e saindo dali. Draco se olhou no espelho e suspirou, não sabia o que estava acontecendo ali.


- Hermione... – murmurou Jean penteado o cabelo da filha.

- Diga mãe. – disse Hermione escolhendo os brincos que usaria.

- Querida... – começou Jean. Hermione se virou e viu a mãe nervosa. Jean não sabia onde começar. – Saiba que apesar de tudo, te amamos muito.

- Mãe... – murmurou Hermione nervosa.

- Você é adotada querida. – disse Jean fechando os olhos, havia desabafado algo que guardava há quase 16 anos. – Não bem adotada, achamos você na porta de casa.

- Eu sei. – disse Hermione compreensiva. Jean ergueu as sobrancelhas assustada. Hermione apenas sorriu carinhosa. – Eu sempre imaginei. Você ainda será minha mãe.

- Oh minha filha. – murmurou Jean abraçando ela.

- Ladys... – murmurou alguém, batendo na porta.

- Draco! – exclamou Hermione vermelha se levantando. – Achei que fossemos nos encontrar na Floreios...

- Resolvi fazer uma surpresa. – disse Draco dando ombros. Hermione sorriu.

- Só vou arrumar meu cabelo. – disse ela pegando a escova e começando a pentear o cabelo num penteado. Perceberam que Jean havia se retirado do quarto discretamente. Draco se aproximou de Hermione.

- Você está linda assim. – disse ele pegando a mão que segurava a escova. Hermione engoliu em seco e se virou. – Morena... – murmurou ele.

Hermione olhava dos olhos dele para o lábio que estava perto demais e voltou para os olhos dele, ela mordia o lábio inferior e aquilo excitou Draco. Sem pensar duas vezes, ele a puxou para um beijo. A mão de Draco penetrando nos cabelos castanhos e macios de Hermione.

– Hun hun... – pigarreou alguém da porta. Draco e Hermione se viraram e avistaram Harry parado na porta.

– Harry! – exclamou Hermione feliz, ela se afastou de Draco e correu até o amigo, abraçando-o. – Merlin... Você está bem? Que saudades! – exclamou ela abraçando ele. Draco engoliu em seco, sempre ouvira o boato que Hermione amava Harry Potter e sempre negou aquilo, mas vendo aquela cena...

– Também estava com saudades. – disse ele para Hermione. – O que ele faz aqui?

– É uma longa história. – murmurou Hermione.

– Eu quero conversar com você. – disse Harry. Hermione engoliu em seco, olhou para Draco que colocou as mãos no bolso.

– Vou convidar seu pai para jogar pôquer. – disse ele passando por Harry e Hermione, que sorriu.

– Não vá roubar. – pediu Hermione brincando. Draco riu e olhou para ela.

– Seu pai que é muito ruim. – disse ele. Ela sorriu e viu Draco descer as escadas.

– O que está havendo aqui? – perguntou Harry vermelho. Ela puxou Harry para dentro do quarto e fechou a porta.


“Querido primo,

Quanto tempo que não nos falamos... Faz quase dezesseis anos. Apenas quero avisar que ela está viva. E saudável. E é linda. Não... Não a vi ainda, mas o amor de mãe que tenho, garante isso.

Espero que esteja bem...

Com amor e saudades,

Bellatrix”

– Hermione, isso é loucura! – exclamou Harry nervoso.

– Harry. – chamou Hermione, tentando fazer Harry parar quieto no quarto. Ele se virou e sentou-se ao lado da amiga na cama. – Eu o amo.

– Oh Mione... – murmurou Harry nervoso. – Ele de fato está mudado.

– Confie em mim. – pediu Hermione segurando as mãos de Harry.

– Confio. – disse ele abraçando ela.

– Mas sobre o que você queria conversar comigo? – perguntou ela.

– Ron. – respondeu Harry.


“Bella...

Não há um dia que eu não pense nela. Me arrependo amargamente de não ter insistido para ficarmos com ela, mesmo você sendo noiva de Lestrange e eu um rejeitado da família... Agora não há o que fazer... Você se casou, é uma comensal da morte. Ela já cresceu e tem seus dezesseis anos. E eu... Um homem que fica escondido em casa. Nossas situações são tão precárias como há 16 anos.

Cuide-se.

Com amor,

S.B.”

– Ele não é mais o mesmo. – disse Harry preocupado. – Ele só pensa em... Naquilo. – disse Harry vermelho. Hermione franziu o cenho, confusa. – Ele só fala... Naquilo, sabe?

– Sobre sexo? – perguntou Hermione diretamente.

– Sim. – respondeu Harry vermelho. – Eu não o aguento mais.

– Você tem a mim. – consolou Hermione abraçando Harry.

– Chegou uma coruja. – disse Harry apontando para a janela.

Hermione se virou e viu uma coruja. De primeira achou que era Veren, a coruja de Draco, mas essa era diferente. Era uma coruja negra, apenas os olhos se destacava. Não podia ser a coruja de Narcisa. Calmamente foi até a coruja e pegou a carta.

Se posicionou ao lado de Harry e abriu a carta. Tinha apenas uma frase, numa caligrafia delicada. A mesma frase que ouvira na profecia.

“Simul contre tempore”


Ele olhava para o anel, apesar de tudo era um Black, o sangue de dragão corria ali, como devia correr nas veias dele. Suspirou, Hermione estava com o Potter, não podia fazer nada. Não podia lutar com ele...

– Filho? – chamou Narcisa assustada. – Não ia sair?

– Ia, mas... Tivemos um imprevisto. – respondeu Draco voltando-se para a leitura.

– Que tipo de imprevisto, querido? – perguntou a mãe preocupada. Draco suspirou, amor de mãe era assim mesmo.

– Uma pessoa. – disse Draco querendo se focar na leitura.

– Não desista. – pediu Narcisa. Draco não fez nada, não ergueu o olhar ou ao menos ergueu a cabeça, mas parou de ler e prestou atenção nas palavras da mãe. – O amor é um sentimento que não pode ser desistido facilmente. Você não tem o anel dos Black à toa. – disse Narcisa saindo dali.

Draco olhou para o anel que usava, olhou para o livro e para a porta. Tinha que pensar em algo... Sorrindo com a brilhante ideia, ele se levantou, jogou o livro para o lado, não se esquecendo de marcá-lo, se arrumou e saiu porta a fora.


– Bella, não vejo necessidade disso! – exclamou Narcisa. Bellatrix bufou.

– Claro que há! – exclamou Bellatrix revoltada. – Ele corre perigo!

– Ele é grande, sabe se cuidar.

– O Lorde não irá se importar se ele é grande ou não na hora de marcá-lo.

– Acalma-se Bella. Lorde não fará isso com Draco. – assegurou Narcisa. – Já pedi para alguém fazer isso.

– É de confiança?

– Extrema. – respondeu Narcisa convicta do que falava.

– Ainda acho que Snape é a melhor opção.

– Snape já tem muitas responsabilidades, principalmente este ano. – disse Narcisa séria.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!!
Próximo capítulo
"- Você a ama? sibilou Harry. Draco engoliu em seco, olhou para Hermione aconchegada nos seus braços e sentiu o coração pular. "