Simul Contre Tempore escrita por estherly


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Um mês depois

“E então... Como estão as coisas entre você e o Ruivinho brigão?”

Hermione riu da carta.

“Draco... Não chame Ron assim. Estamos bem.”

“Você não parecia bem hoje mais cedo.”

Hermione suspirou, ultimamente não tinha como esconder algo dele. Depois daquele dia eles começaram a se corresponder por cartas e Draco virou um aliado para Hermione, além de um bom confidente.

“Não sei por que tento esconder de você as coisas. Não está tudo bem. Hoje eu vi ele flertando com a Luna, lá no Beco.”

“Acha que ele está afim dela?”

Draco mandou Veren entregar a carta para Hermione. Ansiava por uma resposta, que com certeza não viria dela.

“Espero que não. Mas... Quando começamos a namorar prometemos um para o outro que se começássemos a amar outra pessoa, iriamos contar para o outro e acabar o namoro numa boa.”

“E ele falou algo?”

“Não. Acha que ele pode estar afim dela? Ou pior... Me traindo?”

“Lovegood não trairia a amizade de vocês.”

“E como anda a sua vida amorosa?”

“Não tenho tempo para isso... Como anda as férias?”

“Boas. Bem divertidas. Mês que vem vou à Toca. E as suas?”

“Na mansão, não passo disso. Quer dar uma fugida um dia desses e passar uma tarde comigo?”

“Adoraria. Sinto falta de conversar com você.”

“Estamos conversando agora...”

“Pessoalmente quero dizer.”

“Sabia que ia sentir minha falta. Amanhã, pode ser?”

“Você é muito convencido. Pode sim! Que horas?”

“Vamos tomar um café da manhã juntos. E passar o dia, até a janta. O que me diz?”

“Estaria passando muito tempo fora de casa.”

“Você passa meses fora de casa...”

“Às nova horas na Floreios e Borrões”

“Tudo bem. Preciso ir. Minha mãe já está desconfiando por que estou trancado nesse quarto, como se eu fizesse outra coisa nas férias.”

“Afinal, como ela está?”

“Tá melhor. Disseram que ela estava muito pálida quando eu fui para Hogwarts.”

“Espero que ela melhore. Boa noite Draco.”

“Boa noite Hermione”

Hermione jogou a pena para um canto do criado mudo e se jogou com força na cama. Seus olhos viam o teto, mas sua mente revivia tudo o que havia passado com Draco. Todas as conversas que tivera com ele. Era... Único.


- Draco! Saia desse quarto! – ordenou Narcisa ao pé da escada grande.

- Já estou aqui mãe. – murmurou Draco descendo as escadas rapidamente.

- Parece diferente meu filho. – comentou Narcisa passando a mão no rosto pálido de Draco, ambos se dirigiam para a sala.

- Mamãe... – começou Draco. Ele não sabia como começar uma conversa daquelas, nunca havia falado aquilo antes com a mãe.

- O que houve meu filho? – perguntou Narcisa sentando no sofá e puxando Draco para sentar ao seu lado.

- Como se sentiu quando se descobriu apaixonada pelo meu pai?

- Aliviada. – respondeu Narcisa fazendo uma garrafa com um líquido estranho aparecer na sua mão.

- Aliviada? – perguntou Draco pegando o líquido alaranjado da mão trêmula da mãe. – Como assim? Stix!

- Sim, jovem Malfoy? – perguntou um elfo, de aparência engraçada, aparecendo na frente dos dois Malfoy. – Onde Stix pode ser útil?

- Água com açúcar. – mandou Draco. Stix fez uma breve reverência e aparatou num simples click. – Como assim aliviada?

- Jovem Malfoy. – disse Stix entregando o copo com água misturada com açúcar para Draco que fez um breve aceno com a cabeça.

- Beba isso mamãe. – pediu Draco entregando o copo para Narcisa que sorriu com o cuidado do filho. – Agora, me explique.

- Eu me casei com seu pai, num casamento arranjado. – contou Narcisa bebericando e sentindo a água doce relaxar seu corpo. – Nunca amei seu pai, mas quando vi que eu o amava, fiquei aliviada. – disse ela rindo para Draco. O loiro sorriu, há tempos queria ver a mãe rir. – Por que a pergunta, querido? – perguntou Narcisa olhando para Draco que enrubesceu na hora. – Está sentindo algo...

- Sim. – respondeu Draco abaixando a cabeça. Narcisa sorriu, deixou o copo com açúcar pela metade no criado mudo e ergueu o rosto avermelhado do filho.

- Querido... Não precisa se envergonhar. – disse Narcisa olhando os olhos cinza do filho. – O amor é um dos sentimentos mais lindos que a pessoa pode sentir.

- Mãe... Ela não é uma sangue-puro. – disse Draco temeroso.

- Você a ama? – simplesmente perguntou Narcisa.

- Acho que sim. – disse Draco vermelho.

- Então. – disse ela dando ombros - E vou conhecer ela? – perguntou Narcisa. Draco engoliu em seco.

- Eu espero que sim. Ela está namorando. – disse Draco.

- Tudo dará certo no final. – disse Narcisa firme.

- Amanhã eu vou passar o dia com ela. – disse Draco pensativo. – Vamos tomar café da manhã, almoçar e jantar juntos. – contou ele.

- E vai dar algo para ela? – perguntou Narcisa empolgada.

- O que posso dar a ela? Somos amigos há um mês e ela está namorando.

- Sra. Malfoy, um convidado chegou. – avisou Stix.

- Ah sim. – disse ela fazendo um gesto para Stix sair. – Ora Draco... O nosso jardim é tão florido... – disse ela piscando confidente para o filho.


- Mamãe! – gritou Hermione descendo as escadas arrumando o vestido.

- Bom dia filha. – disse Jean carregando umas sacolas. – Onde vai?

- Vou sair. – respondeu Hermione arrumando o cabelo no espelho que tinha na sala.

- Com o... Bony? – perguntou John que lia o jornal.

- É Rony, pai. – corrigiu Hermione. – E não. Não é com ele. É um outro amigo. Volto a noite. Não se preocupem. – disse ela saindo correndo para a lareira que tinha na sala.

- Cuidado querida. – pediu John e Jean ao mesmo tempo.

- Floreios e Borrões. – disse ela sendo consumida pelas chamas verdes.

- Oi! – exclamou Draco se afastando das prateleiras e indo abraçar Hermione que se assustou.

- Oi Draco. – disse Hermione apertando ele. – Parece que está maior. – disse ela afastando-se dele e analisando-o.

- Parece minha mãe. – disse ele revirando os olhos. – Venha... Estou com fome.

- Onde vamos? – perguntou ela saindo da Floreios e Borrões com ele.

- Comer como trouxas. – disse ele divertido.

Em questão de minutos, Draco e Hermione estavam nas ruas movimentadas de Londres. As pessoas caminhavam apressadas, tinham que ir trabalhar ou tinham que ir visitar uma loja às pressas, mas não eles. Calmamente os dois andavam pelas quadras lotadas de gente. Calmamente Draco se divertia ao ver Hermione se lançar contra um vidro por causa de um sapato. Eles foram numa lancheria, fizeram os pedidos e Draco, para a surpresa de Hermione, mandou embrulhar para viagem. Com a curiosidade típica da grifinória cutucando a mente de Hermione, ela se foi junto de Draco para o lugar escolhido por ele. Green Park.

Draco e Hermione eram as únicas pessoas, ou o único casal, diga-se de passagem, que coloria a área verde do parque às oito horas da manhã de uma sexta-feira. Escolheram uma árvore e sentaram-se. Hermione estranhou Draco escolher aquele lugar, mas o loiro confessou que ia ali para aliviar a cabeça.

- Como está as férias? – perguntou Draco de boca cheia de sanduíche.

- Divertidas. Mamãe cancelou a viagem que faríamos essas férias. – comentou Hermione observando as pombas que se aproximavam cautelosas do único casal do parque.

- Para onde iriam? – perguntou Draco curioso.

- Irlanda. – respondeu Hermione sonhadoramente. – Mas acho que foi bom ficarmos.

- Por quê? – perguntou Draco chegando na metade do sanduíche.

- Eu ainda acho que Ron está me traindo. – disse Hermione firme. Draco suspirou, sabia que quando ela colocava algo na cabeça, poucos eram os que conseguiam tirá-lo de lá.

- Muito precipitado para afirmar. – disse Draco, não querendo demonstrar esperança na hipótese de Hermione.

- Será que eu fiz bem aceitando namorar ele? – perguntou Hermione olhando para Draco, buscando ajuda nos olhos cinza dele.

- Não sei te responder. – disse ele sincero. – E o seu sanduíche? – perguntou Draco querendo manter um assunto entre eles. Hermione limitou-se a passar a mão na barriga. – Sua gulosa. – brincou ele. Hermione mostrou a língua para Draco e se deitou na grama.

Draco se virou e viu Hermione relaxar na grama ao seu lado. Como queria abraçá-la, beijá-la a todo instante, chamá-la de “amor” ou “querida”, como queria realizar o desejo de anos... Viu que a respiração ficou mais firme, ela havia dormido na grama.

Viu os dedos da mão dela terem espasmos. Respirou fundo, eram apenas espasmos, ela não estava tendo pesadelos. Apenas depois que Draco viu o rosto de Hermione se virar, numa feição de agonia, ele percebeu que sim... Ela estava tendo pesadelos.



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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar!
Beijos.
Próximo capítulo:
"- Eu sonhei com uma profecia. disse Hermione olhando para ele."



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