Simul Contre Tempore escrita por estherly


Capítulo 20
Capítulo XIX


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, esse é um dos capítulos, para mim, mais fofos.
Beijos



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Uma semana depois...

            - Hermione! – exclamou Harry segurando Hermione, impedindo-a de cair, novamente, no chão. – Mione... Você está bem? – perguntou Harry sentando-a no jardim. Lilith veio atrás, junto com a coruja.

            - Claro que estou. – disse ela tentando convencer mais a si mesma do que os outros. Hermione estava pálida e fraca. Não havia comido desde o dia em que Draco saíra, há uma semana. Viu que Lilith e Harry olharam para ela. – Tudo bem, eu não estou bem.

            - Vamos para a Sala Precisa. – pediu Lilith.

            Harry e Hermione seguiam para a Sala Precisa, enquanto Lilith e Saiph estavam mais atrás. Lilith segurou Saiph nas mãos e falou com a coruja.

            - Você sabe o que buscar. – disse ela. A coruja piou, entendendo o recado e voou.

            - Como será que ele está? – perguntou Hermione sentando ao lado de Harry e na frente de Lilith. Ambos estavam no chão da Sala Precisa.

            - Já, já, iremos descobrir. – disse Lilith vendo a coruja aparecer. Hermione viu que a coruja trazia três coisas e se perguntou como ela conseguiu trazer aquilo. – Aqui... O espelho. – disse Lilith colocando o espelho entre ela e Harry e Hermione. – O diário e por fim, a rosa. – disse ela colocando um objeto do lado do outro.

            - Como você sabe disso? – perguntou Hermione vendo os objetos.

            - Eu sou uma dos melhores amigos de Draco e eu tenho uma bola de cristal.

            - E quem são os outros melhores amigos dele? – perguntou Hermione tentando esconder os ciúmes. Lilith sorriu e olhou para Harry que a olhava curioso.

            - Você e o Harry. – disse ela. Harry abriu a boca assustado. – A tia Narcisa é claro.

            - Lilith... – murmurou Hermione nervosa.

            - Hermione, você sabe a função de cada objeto? – perguntou Lilith. Ela negou com a cabeça. – A rosa muda de cor, já viu?

            - Sim. Quando ele me deu ela estava vermelha, depois ela ficou amarela e agora, verde claro. E agora ela está verde escuro.

            - Exato. Cada cor é um sentimento que Draco sente. – disse Lilith. – Quando ele te deu era vermelha. Vermelha simboliza a paixão. O vermelho mais escuro. Amarela significa alegria. Verde claro significa preocupação. E agora... Esse verde escuro...

            - O que pode significar? – perguntou Hermione vendo Lilith ficar pensativa.

            - Olha... Só tem uma única opção. – disse ela olhando para Hermione. Harry a olhou curioso. – Esse tom de verde é a cor da marca. Nota que ela está escurecendo. Quer dizer, que neste exato momento, estão marcando Draco.

            - Mas ela está vermelha agora. – disse Hermione estranhando. Lilith olhou e engoliu em seco.

            - Percebeu que este tom é diferente do tom de quando ele te entregou a rosa?

            - Sim.

            - Esse tom, é cor de sangue. – disse Lilith. Hermione assentiu. – Significa que Draco está sangrando.

            - Oh Merlin... – murmurou Hermione colocando as duas mãos na boca.

            - Este... – continuou Lilith, apontando para o espelho. – É o espelho de duas faces. Ele era meu e da tia Narcisa.

            - Narcisa está com o outro lado? – perguntou Hermione nervosa.

            - Draco está junto de Narcisa. – corrigiu Lilith. – Isso... É um diário.

            - E... – murmurou Hermione querendo entender o que tinha demais.

            - Draco tem um igual. – disse Lilith. – Nunca viu ele escrevendo em folhas e ou num caderno?

            - Algumas vezes. – disse ela lembrando dos dias que viu ele escrevendo em algum lugar.

            - Provavelmente Draco vai escrever no diário dele...

            - Ele não sabe? – perguntou Hermione.

            - Não ainda. – disse Lilith abrindo o diário e colocando ao lado, uma pena que Saiph havia trazido para ela. – Quando uma pessoa escreve, mas a outra não está com o diário aberto, é como se as palavras ficassem ali, esperando serem lidas.

            - Olhem... – murmurou Harry vendo as palavras se formarem.

            “Olá...

            Novamente estou escrevendo aqui... Eu não sei por que ainda estou aqui... Não estou em Hogwarts, não estou com Hermione, com Lilith e até mesmo, sim... Vai parecer estranho, nem com o Potter...

            Hermione deve estar preparando azarações para quando eu voltar. Não a culpo... Ela estava preocupada e eu... Eu juro que não tenho escolha... Não tinha... A marca já foi feita e eles ainda me marcaram com runas... Na luta que teve em Hogsmead, onde Hermione quase morreu, eu fui marcado. Hermione quase viu, na verdade ela viu o sangue, mas consegui colocar uma atadura. Não queria preocupar ela... Mais ainda... Ela já tem muita preocupação... A profecia, os pais dela, Potter, a traidora... Ah Hermione... Me desculpe... Sei que não vai estar lendo isso, mas... Eu te amo Hermione.”

            Hermione não aguentou, pegou a pena e escreveu...

            “Eu também te amo Draco! Como você está?”

            “Hermione? Merlin... Como você conseguiu?”

            “Longa história... Diga-me, como você está? Eu vi a cor na rosa...”

            “Estou bem, não precisa se preocupar...”

            “Você estava sangrando!”

            “Lilith... Ela te contou dos significados...”

            “Contou. Oh Draco... Me perdoe...”

            “Amanhã eu volto.”

            “Merlin Draco... Eu preciso... Preciso de você.”

            “Paciência Agápi.”

            “Que diabos significa esse ‘agápi’?”

            “Não tem mais graça, mas...”

            “Se for um palavrão Malfoy... Você está morto!”

            “Eu te disse que não é um palavrão. Agápi é ‘amor’ em grego.”

            Hermione não aguentou mais as lágrimas. Sentiu algumas gotas caírem no papel.

            “Não chore meu amor...”

            “Draco... Eu fui uma idiota... Me perdoe...”

            “Não tem o que perdoar querida... Você fez o que julgava ser o certo...”

            “Queria que você estivesse aqui...”

            Hermione escreveu o pedido e ouviu uma voz chamando, olhou e viu que era Draco, no espelho, mas era o Draco.

            - Draco! – exclamou Hermione indo até o espelho, agarrando-o como se aquilo salvasse sua vida, talvez salvasse.

            - Drekinn... – chamou Lilith pegando o espelho de Hermione. – Vou dormir. Passei para dar um oi. Te espero amanhã. Teremos... Surpresas. Vamos Harry. – disse Lilith puxando Harry pela mão e saindo dali.

            - Como você está? – perguntou Hermione.

            - Estou bem agápi... – disse Draco.

            - Draco... Você estava sangrando. – disse Hermione preocupada.

            - Não é nada... Não se preocupe comigo.

            - Eu quero saber se você me perdoa. – disse Hermione nervosa.

            - Sempre terá meu perdão. – disse Draco.

            - Eu queria dormir com você... – murmurou Hermione rindo ao ver Draco ficar vermelho. – Seu tarado! – exclamou ela rindo. – Não é desse jeito... Mas também conta...

            - Deite embaixo das cobertas. – pediu ele. Hermione olhou para a sala precisa e viu que tinha uma cama ali. Calmamente foi até a cama e se postou embaixo das cobertas.

            Ela se deitou, de lado e deixou o espelho na sua frente, via Draco virado, como se ele tivesse deitado na sua frente.

            - Feche os olhos, amor... – pediu ele calmamente. Hermione fechou os olhos. Draco sorriu e por pouco não chorou... Como queria que ele estivesse lá com ela. Engoliu em seco e começou a falar. – Ah Hermione... Como você é linda... E eu agradeço por ter você do meu lado...

            O tempo passou e Draco continuava falando com Hermione. Ouviu um suspiro vindo dela.

            - Boa noite Draco... – murmurou ela.

            - Boa noite meu amor. – disse ele vendo ela, enfim, dormir. 


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Notas finais do capítulo

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