- Atenção pequena. – disse o homem arrumando sua roupa branca. A pequena menina sentou-se ao lado do seu tutor.

            - O que vai acontecer Amitiel? – perguntou a menina curiosa.

            - Paciência Angelus. – disse Amitiel suspirando. – Quando descer, precisará ter muita paciência com eles.

            - Por que está tudo enfeitado lá? – perguntou a pequena menina apontando para os enfeites de ano novo em Hogwarts

            - Eles estão comemorando o ano novo. – disse Amitiel.

            - Mas... O tempo... – murmurou a menina chocada. Havia apenas passado um dia para eles, mas para os homens lá em baixo... Já era véspera do ano novo.

            - O tempo nunca será o mesmo para nós. – disse Amitiel. A pequena suspirou.

            - No que devo prestar atenção? – perguntou ela curiosa.

            - Olha como os humanos, usam a pouca sorte ao seu favor. – disse ele.

~*~

            - Você é um louco! – exclamou Hermione sendo puxada por Draco. Ambos iam em direção às árvores onde Lilith apareceu de surpresa, meses atrás.

            - Um louco que você ama. – disse ele puxando ela e prensando-a na árvore.

            - Draco... – murmurou ela. Draco sorriu e segurou a cintura de Hermione, unindo os corpos. – Está frio... – murmurou Hermione.

            - Quer algo arriscado? – perguntou ele no ouvido dela. Draco viu Hermione morder o lábio inferior nervosa, nunca havia feito algo assim, daquele jeito.

            Estava hesitante, mas a curiosidade grifinória falara mais alto.

            - E o que seria? – perguntou ela no ouvido dele. Draco ofegou e puxou o quadril e esfregou as intimidades deles. Hermione ofegou. – Tente. – disse ela puxando Draco para a sala precisa.

~*~

            - Bom dia! – exclamou Lilith aparecendo ao lado de Harry que estava parado no corredor.

            - Bom dia. – disse ele se virando, segurando Lilith pela cintura e colocando-a no parapeito da janela em que olhava a vista.

            - Que animação é essa? – perguntou ela divertida colocando os braços no pescoço dele.

            - Não queira entender. – disse ele antes de arrebatar os lábios dela num beijo perigosamente sedutor.

~*~

            - Temos que ter calma. – disse Voldemort para o rapaz.

            O rapaz era seu novo seguidor, era fiel, inteligente e o melhor... Sua arma secreta.

~*~

            - Draco... – murmurou Hermione nervosa, quando foi deitada delicadamente na cama.

            - Calma Agápi. – pediu Draco se postando em cima dela. Tanto Hermione, quanto Draco estavam sem a camisa.

            - Não Draco. – disse ela se afastando dela. Estava muito nervosa para aquilo. Pegou sua blusa e começou a vestir.

- Me desculpe. – pediu ele indo até Hermione e abraçando-a. – Não quero forçar você a nada. – disse ele no ouvido dela. As mãos na cintura dela. O peito dele batendo nas costas dela. Ela se virou para ele.

            - Eu te amo. – disse ela de repente. Ele sorriu, colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha dela.

            - Eu também te amo Hermione. Como nunca amei ninguém. – disse ele beijando delicadamente ela.

~*~

            - Amitiel. – chamou a menina envergonhada.

            - Diga Angelus.

            - O que eles...? – perguntou ela se referindo à Harry e Lilith que se beijavam apaixonadamente na janela.

            - Provaram o amor. – disse Amitiel sorrindo. – Aguarde. Daqui a pouco tudo irá mudar.

            - Mudar como? Para melhor ou para pior? – perguntou ela. Amitiel olhou a criança, tão ingênua, mas ao mesmo tempo sábia.

            - Depende a pessoa. – disse ele voltando a olhar para os dois casais. – Cada pessoa tem uma maneira de agir com aquilo que lhe aparece. E às vezes... Isso é um problema. Irreversível. – disse ele olhando para a pequena que encarava curiosa tudo ali.

            - Quando eu irei? – perguntou ela firme olhando para a cena abaixo deles.

            - Quando for a hora certa. – respondeu Amitiel olhando para a cena também.

~*~

            - Vamos... – chamou Hermione puxando Draco pela mão para a cozinha.

            - Mas você recém comeu... – resmungou Draco. Hermione revirou os olhos.

            - E daí? – perguntou ela com as mãos na cintura. Draco sorriu e se lembrou da sua mãe.

            - Vamos sua esfomeada. – disse ele indo para a cozinha.

Hermione enroscou seu braço no de Draco e seguiram o caminho para a cozinha. Mas vozes interromperam a caminhada deles. Hermione olhou para Draco e silenciosamente foram para a origem dos barulhos. Harry e Lilith.

- MAS QUE DIABOS É ISSO?! – gritou Draco vermelho.

- Draco! – exclamou Lilith nervosa. Harry beijava o pescoço de Lilith e sua mão invadia a pele clara dela embaixo da sai, quando Draco berrara. – O que foi? Nunca viram um casal se agarrar? – perguntou Lilith com as mãos na cintura.

- Descarados assim, não. – disse Draco sério. Lilith bufou indignada e se aproximou do Draco.

- Você não é meu namorado. – disse ela cutucando o peito dele. – Você não é meu marido. – disse ela cutucando outra veze. A cada cutucada, Draco dava um passo para trás. – Você não é meu irmão. – disse ela cutucando outra vez. – Você não é meu pai. – disse ela cutucando outra vez. Draco sentia a parede próxima de sei. – E você não é meu anjo da guarda!

- Saiba que seu pai pediu que eu fosse. – disse Draco sério. Lilith engoliu em seco e viu Draco passar por eles e sumir na curva do corredor.

Hermione fez menção de ir atrás de Draco, mas sentiu a mão de Harry detê-la. Lilith olhou para Harry que assentiu com a cabeça. A menina se virou e desatou a correr atrás do loiro.

- Draco! – exclamou Lilith segurando o braço dele. – Draco, me perdoe!

- Às vezes precisa pensar melhor no que fale Lilith. – disse Draco nervoso.

- Eu sei. – disse ela nervosa. – Eu não pensei na hora. Drekinn, sabe que eu te amo, nunca... Merlin, me perdoe! – pediu Lilith, Draco sorriu e a abraçou.

- Sempre lhe perdoarei. – disse ele apertando ela. – Sempre estarei do seu lado também. Eu te amo Lily. – disse ele apertando ela.

Lilith sorriu. Sabia que o amor que Draco sentia por ela, era apenas fraternal, mas como uma boa sonserina, não perdeu a oportunidade para uma brincadeira.

- Mais do que a Hermione? – perguntou ela. Draco olhou compreensivo para ela.

- Nosso tempo já foi Lily. – disse ele carinhoso.

- Eu sei. – resmungou ela encostando a cabeça no peito dele. – Mas eu sei que você sempre irá me amar mais. – disse ela convencida. Draco riu e beijou o topo da cabeça dela.

- Draco! – chamou Hermione ao longe. Draco e Lilith se afastaram e viram Hermione e Harry se aproximarem deles. – Chegou para você. – disse ela esticando a carta. Draco pegou-a e viu que tinha o símbolo, em cera vermelha, dos Malfoy, lacrando a carta.

~*~ Alguns minutos antes...

            Ela precisava ficar quieta ali, ou então seria seu fim. Seu fim de todas as formas possíveis e imagináveis. Não esperava encontrar Malfoy e a Thea nessa clima, mas já que foi assim...

            - Eu não pensei na hora. Drekinn, sabe que eu te amo, nunca... Merlin, me perdoe! – Pedia Lilith.

Ela engoliu em seco, seria o que estava pensando?

- Sempre lhe perdoarei. – disse ele. – Sempre estarei do seu lado também. Eu te amo Lily. – disse ele.

Humm... Poderia ser o que ela estava pensando, sim.

- Mais do que a Hermione? – perguntou ela.

Ela ficou curiosa com tal pergunta, se encolheu no canto. Não podia ser vista, mas também não podia deixar de ouvir a resposta.

- Nosso tempo já foi Lily. – disse ele.

Interessante... Mas espere. O tempo dele com a Hermione ou com a Lilith? A primeira opção parecia mais plausível.

- Eu sei. – disse ela. – Mas eu sei que você sempre irá me amar mais. – disse Lilith convencida. Ela deu uma espiada e viu Draco rindo e beijando o topo da cabeça de Lilith em seguida.

            Engoliu em seco. Tinha informações preciosas nas mãos. Uma arma. Sorriu. Sabia muito bem como usar. A mente dela arquitetava planos mirabolantes onde poderia usar as informações, mas no final, apenas uma frase em mente, uma frase que pretendia seguir a risca.

            “Mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda”.

~*~

            - Viu Angelus? – perguntou Amitiel apontando para a cena que se desenrolara em Hogwarts.

            - Ela aproveitou a sorte dela. – concluiu a pequena. Amitiel assentiu feliz com a dedução da garota.

            - Ela tem pouca sorte e irá usar ela para um plano.

            - Acha que dará certo? – perguntou a menina ingenuamente. Amitiel riu e negou com a cabeça.

            - A pessoa não pode abusar da pouca sorte que tem se não, tudo desmorona.

~*~

            - Vamos para o meu quarto. Lá ninguém incomoda. – disse Lilith. Todos concordaram e rumaram para o quarto especial de Lilith.

            - Oi gente. – disse Gina aparecendo na frente deles. Todos pararam no lugar e viram Gina olhar para cada um.

            - Agora não Gina. – resmungou Harry, sentindo Lilith entrelaçar seus dedos nos dele. Ele apertou-os, como afirmando que estava tudo bem.

            - Não Harry. – cortou Gina. – Eu quero me desculpar. – disse ela olhando para baixo. – Pedir perdão Hermione. – disse ela olhando para Hermione que ergueu a sobrancelha. – Eu... Eu não devia ter feito aquilo. Eu estava furiosa por causa do que aconteceu com Ron e...

            - Está tudo bem Gina. – disse Hermione compreensiva.

            - Me perdoe Harry e Lilith. – pediu ela. – Eu... Eu não sei como pedir perdão. O que eu fiz foi inadmissível. – disse ela gesticulando. Lilith sorriu e abraçou-a, surpreendendo tanto Gina, quanto todos os outros presentes.

            - Tudo bem.  – disse Lilith no ouvido de Gina. – Eu sei que você não fez por mal.

            - Como... – murmurou Gina confusa. Lilith sorriu e se afastou, postando-se ao lado de Harry. – Tudo bem. Eu... Eu quero desejar felicidades para vocês. – disse ela sendo sincera, Gina olhava para cada um ali na frente dela. – Até mais. – disse ela se afastando e acenando para eles.

            - Como você pode ter tanta certeza do que falou para ela? – perguntou Draco para Lilith. A menina sorriu.

            - Eu tenho uma bola de cristal Drekinn. – disse ela divertida, voltando a guiar eles para o quarto particular dela.

            - Acha que é coisa boa? – perguntou Hermione nervosa. Draco viu que Hermione estava tão nervosa quanto ele.

            - Vindo com o selo... Não é nada bom. – disse ele suspirando, demonstrando todo o medo e receio que tinha ao saber que uma hora ou outra teria que abrir aquela carta.