Simul Contre Tempore escrita por estherly


Capítulo 15
Capítulo XIV




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               - Lilith! – exclamou Harry correndo atrás da menina que já havia se distanciado alguns corredores dele. – Lilith! – chamou Harry dobrando um corredor e vendo-a passar por ele. – Lilith! – chamou ele indo até a menina.

            Lilith estava de costas para Harry. Não queria que ele a visse assim. Não queria ver ele. Não queria saber a verdade. Não queria nada, apenas sair dali, mas Harry a segurava pela cintura.

            - Lilith. – chamou Harry delicadamente virando-a.

            - Harry, por favor. – pediu Lilith. – Seja claro, poupe...

            - Lilith! – exclamou Harry calando-a. Ela ficou quieta. – Ouça. – pediu ele erguendo o rosto dela. – Eu não sei se te amo. – disse ele sério. Lilith engoliu em seco e fez menção de se virar. – Ouça! – pediu ele. Lilith respirou fundo e voltou a olhar para Harry. – Eu ainda não sei. Mas você é uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci, se tornou especial de uma maneira muito rápida e gosto do quê temos, mesmo sem saber o que é isso. Eu quero saber... – começou ele vermelho. – Se você quer dar uma chance a isso que estamos fazendo. – disse ele. O coração de Lilith pulava desesperado. – Mesmo sabendo que eu estou confuso em relação ao que sinto, isso não quer dizer que vou te magoar algum dia. Você aceita?

~*~

            - Então? – perguntou Voldemort passando entre o homem amarrado.

            O Lorde estava na frente do prisioneiro, na sua masmorra, e com comensais em volta dele.

            - Vai me dizer? – perguntou ele segurando as duas pontas da varinha.

            - Nunca! – exclamou o homem firme. Voldemort suspirou.

            - Nagini... – murmurou ele. A cobra se esgueirou sinuosa e mordeu a perna do homem que gritou. O grito de dor ecoou na masmorra de pedra. – Diga!

            - Nem morto! – exclamou ele firme. Seus braços amarrados por cordas, assim como suas pernas. – Você vai perder... – disse o homem para Voldemort que sibilou bravo. – Virá poderosa. – disse ele semi cerrando os olhos.

            - A lenda é verdadeira ou não?! – perguntou Voldemort segurando a jugular do homem que sufocou-se com a falta repentina de ar. – É. Ou. Não. É? – perguntou ele pausadamente.

            - É sim... – sussurrou ele. Voldemort soltou com brusquidão o pescoço do homem. – É verdadeira sim! – exclamou ele querendo deixar Voldemort nervoso.

Mal sabia o homem que o temido Lorde das Trevas já estava muito nervoso.

            Voldemort se virou e ficou encarando o homem.

            - Onde ela está? – perguntou ele friamente.

            Todos os comensais ali presentes sentiram um tremor na espinha, mas não o homem que estava ali. Sabia que seu fim estava próximo. Por que não lutar, uma vez na vida, por algo decente? Que valha a pena no futuro?

            - ONDE ELA ESTÁ?! – gritou Voldemort furioso.

            O homem limitou-se a rir. Gargalhar profundamente. A cabeça suja com os cabelos negros caiu para trás.

            - Diga adeus David Lingston. – murmurou Voldemort se posicionando na frente de David que sorria vitorioso.

            - Você vai perder. – disse ele. Voldemort semi cerrou os olhos. – Adeus Angelus. Me desculpe... Eu tentei. – sussurrou David olhando para cima.

            - Avada Kedavra! – exclamou Voldemort.

            O feitiço verde voou até David que deixou o corpo cair, pendurado, morto. David Lingston estava morto, morto com um sorriso. David morreu sabendo que Voldemort era tolo demais para perceber as coisas ao seu redor. Um sorriso de deboche e de esperança.

            - Viu pequena? – murmurou o homem de cabelos loiros e encaracolados.

Ele e uma pequena menina de cabelos castanhos lisos observavam a morte de David Lingston de cima. Ela e o homem estavam a quilômetros de David. A pequena menina apertava a mão do rapaz.

- O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem não tem medo da morte possui tudo. – disse ele.

- Ele se despediu de mim. – disse ela olhando para o rapaz. Ele viu os olhos azuis acinzentados dela úmidos.

- Angelus, não chore. – pediu ele secando os olhos prestes a molhar o rostinho perfeito dela. - Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro. – disse ele. A menina limpou o rosto e se levantou.

- Tem razão. – disse ela animada. – Temos trabalho a fazer. Vamos.

- Assim que se fala Angelus. – disse o rapaz rindo. – Seus pais ficariam orgulhosos de você. – disse ele. A menina apenas sorriu de lado e continuou caminhando ao lado do rapaz, logo sumindo num infinito claro.

~*~

- Aceito. – disse ela. Harry sorriu e a puxou pela cintura para ficarem mais perto.

            - Promete que irá tentar mudar minha opinião? – perguntou ele no ouvido dela. Lilith estremeceu.

            - Prometo Sr. Potter. – disse ela mordiscando o lóbulo dele. – Agora... Se não se importa, preciso ir para a minha casa. – disse ela. Harry sorriu e estendeu o braço para ela.

~*~

- Lilih! – exclamou Draco chamando a atenção da amiga. – Se não tiver atenção, não dará certo. – ralhou Draco.

- Desculpe. – pediu ela se ajeitando na poltrona.

Lilith e Draco estavam sentados ao redor de uma mesa. Na mesa, havia uma pequena bola de cristal, sobre um suporte de prata com forma de estrelas e uma lua. As mãos delicadas de Lilith alisavam a superfície do cristal. Uma poeira escura se formava, mas tudo desaparecia. Lilith jogou seu rosto contra suas mãos, numa atitude de frustração.

- O que houve Lilith? – perguntou Draco preocupado.

- O Harry. – disse ela olhando para Draco. – Estamos namorando.

- Eu sei disso. – disse Draco como se fosse óbvio. – E toda Hogwarts.

- Oficialmente Drekinn. – disse ela séria.

- E por que isso te aflinge? – perguntou ele. – Não deveria seguir seu plano?

- Assim como você. – murmurou ela.

- Não tenho escolha. – disse ele se levantando e andando em círculos.

- Draco! – exclamou Lilith segurando Draco pelos ombros. – Você tem escolha! Pode escolher! Não dará errado se você fizer o certo.

- E como você sabe? – perguntou ele nervoso. – Viu ali? – perguntou ele apontando para a bola de cristal.

- Vi. – disse ela firme. – E vi outra coisa interessante. – comentou ela indo para sentar na cadeira que a esperava há alguns minutos.

- E o que seria interessante? – perguntou ele sentando na frente dela.

- A revelação dos nossos planos. – disse Lilith misteriosa. – A revelação da sua prima. 


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Notas finais do capítulo

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