N.e.o.q.e.a.v escrita por Swageando por ai


Capítulo 2
Um.


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo pode fugir um pouco da sinopse,mais no decorrer da história vocês entenderam. Boa leitura xoxo!



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Justin narrando

Estava deitado na cama, ouvindo minha mãe Patrick cantando animadamente uma música dela lá na sala. Bom deixa eu explicar melhor, minha mãe Pattie Mallette está noiva de Patrick Lovato, o pai da Demi Lovato, da minha Demi. Eles vão se casar daqui duas semanas, e isso significa que daqui duas semanas eu vou revê-la, como eu sinto saudades dela. Há três anos que eu não a vejo, desde que ela ficou famosa e agente se separou ela nunca mais voltou aqui, nem pra fazer um show. Na verdade ainda não temos certeza se ela vem, mais a turnê em que ela está em turnê com o Jonas Brothers vai passar pela cidade uma semana antes do casamento, e segundo Patrick talvez ela fique pro casamento, ou não. Afinal ela nunca mais voltou aqui, nunca telefona, ela nos excluiu da vida dela. 

Demi narrando

Sai do palco me arrastando, quase caí, eu estava morta, definitivamente morta. Minha barriga gritava de fome, a última vez que comi foi ontem no almoço, o que eu posso fazer se só de olhar para a comida eu tenho vontade de vomitar? Entrei no meu camarim tranquei a porta e me joguei em um dos sofás. Eu não aguentava mais isso, essa pressão que a mídia coloca pra você ser perfeito, ninguém é perfeito, todos erram. As vezes me sinto tão culpada, vários e vários adolescentes e crianças me tem como exemplo , mais como eu posso ser um exemplo , sendo que eu me corto, eu não como porque acho que vou engordar , e de três semanas pra cá eu venho me auto medicando com remédios antes depressivos e    até drogas. Eu não faço isso por querer, não mesmo, faço isso pra fugir da dor, nem que seja por alguns instantes. Olhei pro meu pulso todo cortado e senti um enorme desgosto. Imagens de quando eu era criança veio na minha cabeça, as meninas zombando de mim por eu ser gordinha, me xingando, eu sempre fui excluída, eu nunca fui como as outras. Olhei pra minha bolsa “Não Demi você não vai fazer isso”- pensei. Mais como sempre é mais forte que eu, quando eu vi já estava abrindo a bolsa pra achar a droga que eu tinha escondido ali.

“Há que ponto chegamos hein Demi“ - falei pra mim mesmo.

Eu sei que você pode estar pensando que eu sou uma louca por fazer isso comigo mesma. Mas como eu disse não é por querer, é que a dor me “sufoca” e as drogas te dão a sensação de alivio, uma sensação que você está na paz, no paraíso, parece que você esta em outro mundo, eu já vi muitos e muitos famosos morrerem por causa das drogas, mais eu sei me controlar, pelo menos eu acho que sim, eu sei muito bem das consequências, não faz nada bem, mais é bom, não, não é ruim, se fosse não teria tantos viciados como tem. Minha mãe nem sonha com isso, ela não sabe que eu tenho me cortado mais e mais, que eu não tenho comido. Ela sabe dos meus problemas, mais ela pensa que eu estou me recuperando, que eu estou mais forte que nunca e não ando mais fazendo isso. A verdade é que eu estou muito mais muito mais fraca, me cortar virou um vício incontrolável, quanto a não comer, no fundo eu sei que é perigoso, e sei muito bem que é distúrbio alimentar o nome certo pra isto. Mais não posso assumir isso, nem pra mim mesma, eu vou ser mais fraca assumindo isso, e a última coisa que eu quero ser é fraca.

(...) – Demi, você está ai? – Alguém gritava batendo na porta, eu acabei dormindo ali, pela voz deduzi que era minha mãe

- Tô aqui sim mãe

- Ok, arrume suas coisas, agente já vai pro hotel

- Tá ok

Olhei minha imagem no espelho meus olhos estavam um pouco avermelhados pelo efeito das drogas, mais nada demais e além do mais pra esconder dos paparazzis eu tenho que colocar óculos escuros. Não tomei banho, deixaria pra fazer isso no hotel mesmo. Juntei minhas coisas e fui para o carro junto com minha mãe.

(...)Terminei meu banho e coloquei uma roupinha leve de dormir,

-Demi posso entrar, preciso falar com você – minha mãe bateu na porta me chamando

Escondi um dos meus braços nas cobertas, ela não podia ver o corte que eu acabei de fazer na banheira, não mesmo.

-Entra mãe

Ela entrou e se sentou na cama com uma expressão séria.

- Demi, seu pai ligou perguntando se você vai ou não no casamento dele.

- Mãe, eu...eu não quero ir, já te disse

- Demi, ele...ele é seu pai. SEU PAI-aumentou o tom de voz-

- Mãe, eu não gosto daquela cidade, eu amo meu pai mais – ela me interrompeu-

- Filha-suspirou- eu sei que aquela cidade te traz más recordações, eu sei o tanto que você sofreu lá, mais pense bem, faz três anos que você não vê seu pai e ele está se casando, querendo ou não você vai voltar lá, a turnê vai passar por lá ainda essa semana então o que custa fazer um esforço e ficar lá até o casamento? vai ser bom, um tempo livre, sem shows e você ainda vai matar as saudades. Faz isso, por ele, não vai te doer nada, por favor.     

  -Ok ok – falei e ela sorriu

Eu não queria voltar nessa cidade, mais como sempre eu faço as coisas pelos outros e não por mim. Há anos as pessoas que vem tomando as decisões da minha vida por mim, o que eu devo ou não fazer, o que eu posso ou não falar ao vivo, o que me prejudica ou não, eu não venho vivido por mim e sim pelos outros. Acho que as vezes eles esquecem que eu tenho 18 anos e muita responsabilidade pra mim. Os únicos que me entendem são Deus, minha mãe e meus fãs. É por eles que eu me mantenho forte.


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Notas finais do capítulo

Devo ou não continuar ?



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