As Relíquias Da Morte - Nova Geração escrita por JessyFerr


Capítulo 30
Capítulo 30 Dois Severos


Notas iniciais do capítulo

Gente me perdoem eu sei que disse que no próximo capítulo teria mais ação, mas, eu comecei a escrever e quando dei por mim o capítulo ficou enorme e eu tive que dividir em dois, sorry. Obrigada pelos reviews meus lindos, queria dar um agradecimento especial a leitora Novo Universo que fez uma indicação pra essa fic, meu anjo, muito obrigada mesmo eu amei. Agora espero que apreciem o capítulo.
Bjos



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Não é a intensidade dos sentimentos elevados que faz os homens superiores, mas a sua duração.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Trinta –

Dois Severos

Alvo havia convocado uma pequena reunião com os outros, pois, ficar sentado se fazendo de bom moço não era muito o seu estilo. E enquanto os adultos faziam planos, porem, não agiam, não era ele que ficaria parado esperando que Tiago, Kendra e Hugo aparecessem do nada.

- Eu acho que já está na hora da gente agir. – disse Alvo, eles estavam no quarto de Scorpius – Não podemos mais ficar esperando nada acontecer.

- E o que pensa em fazer? – perguntou Jacob entediado.

- Ir atrás deles. – disse Alvo como se fosse obvio.

- Claro. – disse Rose sarcástica – Por que você sabe exatamente onde eles estão.

- Eu não sei. – disse Alvo – Mas tem alguém aqui que deve saber. – disse olhando para Jacob.

- Eu não sei onde eles estão! – exclamou Jacob indignado.

- Você identificou as árvores, então você deve saber de que floresta elas são. – disse Scorpius esperançoso.

- Vocês são malucos? – perguntou Jacob balançando a cabeça – Nós não podemos entrar em uma floresta desconhecida, procurando por uma casa que provavelmente está coberta por feitiços de proteções e comensais por todos os lados.

- Jake tem razão. – disse Lílian – Eu não tenho preparação pra isso.

- Gente, vamos pensar juntos ok? – disse Alvo impaciente – Eles não iam deixar tantos comensais em um lugar só e nós não vamos chegar explodindo tudo.

- Não vamos? – perguntou Scorpius desanimado.

- Não. – disse Alvo – Nós vamos ficar na espreita, e esperar o melhor momento para atacar.

- Mas Alvo, nós somos menores de idade, não podemos fazer magia fora da escola. – disse Rose preocupada.

- Agora nós sabemos o seu grau de preocupação com os outros. – disse Scorpius provocando.

- Eu me preocupo com os outros!

- Não ta parecendo...

- Rose tem razão. – disse Jacob cortando Scorpius – O ministério vai nos identificar assim que fizermos o primeiro feitiço.

- O avô de vocês é o ministro. – disse Alvo mirando Jacob e Scorpius. – Vocês estão se preocupando por nada, eu aceitaria a minha expulsão de bom grado de Hogwarts, se isso salvasse os outros.

Os outros no quarto refletiram, eram os seus irmãos que estavam em apuros, e eles estavam preocupados se levariam uma bronca do ministério. Alvo tinha razão eles tinham que fazer alguma coisa.

- Eu vou. – disse Jacob por fim.

- Eu também. – disseram Lílian e Scorpius.

- Ok. Eu também vou. – disse Rose – Mas serão só nós cinco?

- Eu pensei em chamar mais alguns, que estão na escola. – disse Alvo mais animado – A Dominique, a Roxanne, o Fred...

- A Paola o Pablo – continuou Scorpius.

- Peraí! – exclamou Alvo – Por que o Pablo?

- Ele já tem mais experiência em magia do que a gente. – disse Scorpius como se fosse obvio – E quanto mais gente melhor.

Alvo assentiu emburrado.

- Vamos chamar a Molly? – perguntou Lílian.

- Acho melhor deixarmos Molly e Lucy de fora – disse Rose – Tio Percy é bem rígido.

- Louis? – perguntou Scorpius.

- Acho que ele não iria. – disse Alvo – Mas sei que Frank, ajudaria, e Alan Zabine também.

- Ok. – disse Jacob contando nos dedos – Isso nos deixa com, Frank, Alan, Fred, Roxanne, Dominique, Paola, Pablo, Lílian, Scorpius, Alvo, Rose e eu. Doze pessoas.

- Vamos mandar uma carta pra eles. – disse Scorpius – Eles podem aproveitar que amanhã vão para Hogsmeade e fugir.

- E como eles vão chegar até nós? – perguntou Rose.

- Eu ainda não tenho autorização para aparatar. – disse Jacob – Mas eu posso roubar o carro do papai e ir buscá-los, de lá mesmo a gente vai pra floresta.

- A gente tá ferrado. – disse Scorpius cansado – Papai ama aquele carro.

- O importante é que se a gente morrer nessa missão. – disse Jacob – Papai não vai matar a gente.

- Falta mais uma coisa. – disse Rose – Como Jake disse a casa pode estar cheia de proteções. Como nós vamos saber onde ela está?

- Talvez. – disse Lílian olhando para Alvo – Al pudesse falar com o Sr. Snape.

- E por que eu?

- Por que você recebeu o seu nome em homenagem a ele. – explicou Lílian – Você pode amolecer o coração dele, e tentar tirar alguma informação.

- Ou você pode ir lá e fazer a sua carinha de anjo e conseguir alguma informação. – sugeriu Alvo.

- Acho que carinha de anjo não funciona com ele. – disse Scorpius pensativo. – Cara é você mesmo.

- Ok. – disse Alvo cruzando os braços e pensando que tirar informações de Snape seria uma tarefa muito difícil.

____________

- Vocês podem explicar como conseguiram abrir o pomo? – perguntou Gina impaciente, olhando de Agatha para Harry, eles estavam no escritório de Draco, junto deles também estavam Rony e Hermione.

- Ele simplesmente abriu Gina. – disse Agatha fazendo cara de inocente, ela não ia dizer a Gina que a senha era o fato de Harry estar preparado para morrer.

- Gina que tal a gente falar disso depois? – perguntou Rony – Agora que temos a pedra temos coisas mais importantes em que pensar.

- Odeio admitir isso, mas concordo com você. – disse Draco com um copo de firewhisk na mão.

- E você bebendo não ajuda muito Draco. – disse Hermione irritada.

- Beber me ajuda a pensar. – disse Draco piscando para Hermione.

- O plano é o seguinte... – Harry foi interrompido por uma coruja que acabara de entra voando pela janela e pousando na escrivaninha.

Agatha se adiantou e pegou o pergaminho que estava no bico na coruja, esta não levantara voo, por que possivelmente foi ordenada a receber uma reposta.

- A gente só tem vinte e quatro horas. – disse Agatha lendo o pergaminho.

- Me deixa ver isso. – disse Draco lendo o pergaminho por cima do ombro de Agatha. – Eles pedem que Harry vá até a entrada da floresta da cidade de Godric´s Hollow, em até vinte e quatro horas ou as crianças morrem.

- Não! – exclamou Hermione em meio a lágrimas – Eles não podem fazer isso!

- Calma Mione. – disse Harry gentilmente – Nós já temos as relíquias.

- E agora o que a gente faz? – perguntou Gina.

- Harry vai até a entrada da floresta como combinado. – disse Draco apoiando o copo na mesa – Eu vou acompanhá-lo com mais alguns aurores, escondidos, lógico, enquanto isso outros estarão indo diretamente para a casa na floresta, encontrar as crianças.

- Eu vou até a casa. – disse Agatha firme.

- E eu também. – disse Gina decidida.

- Vamos arrumar alguns aurores para ir com vocês. – disse Rony – Mas vocês têm que ter cautela, eles não podem desconfiar que isso é uma emboscada.

- Vou escrever uma resposta dizendo que pode esperar por Harry na entrada da floresta amanhã mesmo. – disse Hermione escrevendo em um pergaminho – Que horas?

- Agora são dezesseis horas. – disse Draco olhando no próprio relógio – Então vamos marcar o encontro às dezesseis horas de amanhã.

Todos assentiram e saíram do escritório, pois, tinham muitas coisas a fazer até o dia seguinte. Os únicos que permaneceram na sala foram Draco e Gina.

- Podemos conversar? – disse Gina voltando a se sentar.

- Sempre. – disse Draco se servindo de mais firewhisk – Servida?

- Não obrigada. – disse Gina.

- Sobre o que quer conversar? – perguntou Draco – Tem alguma dúvida sobre o plano?

- Não. – disse Gina impaciente – Eu só quero saber por que você está agindo como um perfeito idiota.

- Vocês combinaram entre si ou coisa parecida? – perguntou Draco irritado – Tiraram o dia para me chamar de idiota?

- Harry me contou. – disse Gina indignada – Você querer se separar por uma besteira, isso é ridículo, tem mais coisa ai Draco. Eu te conheço suficientemente bem pra saber que você não iria se divorciar dela por essa bobagem. Ela errou? Bem, eu não acho que ela tenha errado, eu faria a mesma coisa no lugar dela...

- Gina. – disse Draco calmamente – Você tem razão.

- Razão em que parte? – perguntou Gina sarcástica – Que você é um idiota ou...

- Que o motivo de eu me separar dela, não é suficiente. – disse Draco mirando o nada – Eu procurei um motivo durante muito tempo, mas, eu nunca encontrei, ela sempre foi tão perfeita.

- Mas por que você queria um motivo? – perguntou Gina pasma – Você não a ama mais?

- Não é isso. – disse Draco – Por que eu fui infiel e não conseguiria conviver com essa culpa, mas, também fui covarde o suficiente para não contar a ela.

- Espera um minuto. – disse Gina lentamente, via-se nitidamente que ela estava prestes a explodir a qualquer momento. – Você quer dizer que...

- Eu a traí. – disse Draco firmemente – Eu a traí e não consigo conviver com isso. Ainda mais agora, que eu sei que ela sabe, e Agatha guardou isso pra ela o tempo todo.

Gina abriu a boca várias vezes, encontrando palavras para usar naquele momento.

- Você a traiu e ela sabia, e mesmo assim... – a voz de Gina sumiu.

- Exatamente. – disse Draco se servindo de mais bebida – Eu não a mereço.

- Quer saber? – disse Gina se levantando e indo em direção à porta – Você tem toda razão em querer se divorciar dela, você realmente não a merece. – saiu.

Draco ficou um bom tempo olhando para a porta por onde Gina saíra, uma hora ele teria que sair daquele escritório e encará-la, dizer a esposa tudo o que sentia, por que havia feito e quem sabe conseguir o seu perdão.

Ele finalmente levantara da cadeira e saiu do escritório, já eram quase dez horas, e ele sentia um buraco no estômago, também pudera, passou o dia todo bebendo e quase não comera nada, mas, ele tinha a impressão que se comesse alguma coisa, seu estômago devolveria na mesma hora.

Subiu as escadas e entrou no quarto, o cheiro do perfume de flores que Agatha sempre era acostumada a usar invadiu suas narinas. Ela havia acabado de sair do banho e pegava alguns travesseiros no guarda roupas.

- Oi. – disse Draco, até aquele momento ela não o havia percebido.

- Oi Draco. – disse Agatha num sobressalto – Está com fome? Eu mandei o elfos se recolherem, mas, eu posso preparar alguma coisa se quiser.

- Não obrigado, eu estou bem. – disse ele – E esses travesseiros?

- Vou para o quarto do Severo. – disse Agatha naturalmente.

- Por causa de mim? – perguntou Draco sério – Você não precisa fazer isso, eu posso ir para um quarto de hóspedes.

- Não é isso. – disse Agatha com um sorriso mínimo – Eu quero ficar com ele, quero ver as suas reações noturnas longe do nível zero, eu tenho medo que dê alguma complicação. Se você não precisa de nada eu já vou – disse Agatha pegando os travesseiros e indo em direção à porta.

- Agatha, espera. – pediu Draco e voz baixa, Agatha voltou a encará-lo – Eu sei que você, sabe sobre a minha infidelidade.

- Sinto muito. – pediu Agatha corada – Como soube?

- Você sente muito? – disse Draco jogando as mãos pra cima – Eu te traí! – disse ele alterado – Eu que tenho que sentir muito.

- O que você quer que eu faça? – perguntou Agatha alterando a voz – Que eu grite aos quatro ventos que você me traiu? Que você trocou uma noite ao lado da sua esposa por uma prostituta de luxo? Quer que eu mande publicar no Profeta Diário Draco? – Agora as lágrimas caiam por sua face – Eu só tentei esconder isso por que eu tive esperanças que eu pudesse voltar para a minha família e seriamos felizes outra vez.

- Agatha me perdoa. – pediu Draco com a voz baixa.

- Eu te perdoei no momento que aconteceu. – disse Agatha definitiva e saiu do quarto batendo a porta.

_________

- Pode entrar. – disse Snape com dificuldade, quando ouvira alguém bater na porta.

Alvo entrara no quarto, ele estava totalmente constrangido, em estar lá, mas, ele precisava resolver isso hoje.

- Você não devia estar na sua casa uma hora dessas? – disse Snape confuso.

- Papai me deixou dormir aqui. – disse Alvo fechando a porta atrás de si.

- Você quer alguma coisa?

- Eu não tive tempo de conversar com o senhor. – disse Alvo calmamente – E queria conhecer a pessoa que meu pai homenageou, colocando o seu nome em mim. O senhor fez muita diferença na vida dele, protegendo o meu pai, se sacrificando pela Ordem, minha madrinha disse que o senhor salvou a vida dela...

- Ok. Alvo Severo Potter. – disse Snape levantando uma sombracelha – O que exatamente você quer?

Alvo respirou fundo, ele sabia que não seria fácil, mas, tinha que conseguir e bajular o ex-diretor, não estava adiantando nada.

- Preciso da sua ajuda. – disse Alvo muito rápido.

- Da minha ajuda pra que?

- A encontrar Thiago, Kendra e Hugo – disse Alvo.

- Seus pais, já estão cuidando disso. – disse Severo calmamente – Não precisam se preocupar. – Severo se adiantou até uma mesa e rabiscou algo rapidamente em um pergaminho, depois voltou a encarar Alvo.

- Mas Sr. Snape. – disse Alvo urgente – Eu sei que nós podemos ajudar, eles não vão conseguir sozinhos. É muito ruim se sentir impotente, sendo que no fundo você sabe que pode fazer alguma coisa.

- Tudo o que eu pude, eu já passei para os seus pais. – disse Severo dobrando cuidadosamente o pedaço de pergaminho – Agora é só esperar.

- Desculpe se estou sendo grosseiro Sr. Snape. – disse Alvo firme – Mas eu já esperei demais, eu sei que não sou Harry Potter o menino que sobreviveu, e que talvez eu nem saia vivo disso, mas, eu quero tentar, com ou sem a sua ajuda.

Snape encarou Alvo, naquele momento, ele tinha a mesma coragem e determinação que Harry. Até que a porta do quarto se abrindo tirou os dois do transe.

- Sev o que faz aqui? – perguntou Agatha curiosa.

- Vim dar boa noite ao Sr. Snape. – disse Alvo abatido.

- Quem bom meu amor. – disse Agatha seguindo em direção à poltrona, para colocar os travesseiros lá.

Severo se aproximou de Alvo e entregou a ele o pedaço de pergaminho sem que Agatha visse.

- Ok. – disse Alvo em voz alta – Então boa noite.

- Boa noite meu anjo. – disse Agatha voltando para Alvo e lhe depositando um beijo na testa.

Alvo saiu rapidamente do quarto e depois que fechou a porta abriu o pedaço de pergaminho.

Eu sou Severo Snape, e seja bem vindo à casa das serpentes no núcleo da floresta de Godric´s Hollow.

Alvo sorriu satisfeito, Severo Snape era fiel do segredo daquela casa.


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Notas finais do capítulo

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